29 de setembro de 2012

28 de setembro de 2012

Pop Para Inglês Ver

Under The Sun
Cheryl Cole


O mercado pop na Inglaterra é tão forte quanto o dos Estados Unidos, mas com a diferença de ser mais aberto aos novos nomes e batidas. Até mesmo a Cheryl Cole consegue emplacar uma música que saí do esquema "dance/eletropop".


Under The Sun é um bom pop com uma pegada diferente graças ao produtor Alex da Kid. Dele a canção recebe um arranjo com forte inspiração na batida mais urbana do hip hop, mas sem perder o toque pop. Que nesse caso é uma brisa de originalidade quase se transformando em uma prima da Lily Allen. A composição também transmite essa impressão com um resultado fofo e divertido. Claro, Cole não é genial, mas a sabia produção de Alex consegue lidar com o fato de ter uma cantora limitada e tira dela o que ela consegue dar.
nota: 7

27 de setembro de 2012

A Balada do Vencedor Chato

Home
Phillip Phillips

A invasão de realities musicais voltou com tudo devido ao sucesso do The Voice que acaba de ganhar uma versão aqui no Brasil (onde dona Cláudia Milk é mais esnobada que salada em churrascaria kkkkkk). Enquanto o The X Factor USA apesar da repercussão com dona Britoca e Demi (Who?) Lovato ainda está indo mal das pernas, o mais tradicional reality do genero procura se renovar mais uma vez. O American Idol viu aumentar os índices de audiência quando colocou Jennifer Lopes e Steven Tyler no painel de jurados na décima edição, mas não durou muito já que na última temporada os mesmo índices caíram alarmantemente. Vendo o barco afundar os dois jurados pegaram seus barquinhos e saíram da atração para cuidarem de suas carreiras que tiveram um renascimento após a passagem deles no AI, principalmente para J.Lo. Os produtores se viram em um beco sem saída: o que fazer para voltar a ser o programa número um da America? Então, começaram os boatos de quem seriam os novos jurados. Vários nomes foram cogitados até que Mariah Carey foi confirmada com a primeira jurada da atração. Mimi que tinha recusado a oferta de ser jurada no programa de Simon Cowell se rendeu ao convite após acertar um salário de 18 milhões de dólares o maior de todas as estrelas deixando para trás J.Lo, Britney e Aguilera. A próxima foi Nicki Minaj acertar e ser "colega" de Mimi já começando os rumores de inveja e puxões de peruca entre as duas. Para fechar o painel haviam rumores de Kanye West e o ex-participante Adam Lambert o que faria do programa ter o melhor corpo de jurados de todos os tempos ainda mais com a possível saída do eterno jurado Randy Jackson. Só que o banho de água fria veio com o anúncio que Randy iria voltar e o cantor country Keith Urban (também conhecido por marido da Nicole Kidman). De qualquer forma, há uma grande esperança em ver as duas cantoras no programa que ao menos vai começar com uma boa perspectiva devido ao sucesso do último ganhador Phillip Phillips e o single Home.

Phillip Phillips foi um dos motivos que eu desisti de assistir no meio a última temporada. Depois de chegar na fase de live shows, o programa ficou extremamente chato devido o pouco carisma do candidatos e o favoritismo de Phillip. Seguindo um caminho mais indie, Phillip tem o mesmo carisma de uma batata cozida e suas performances sempre eram basicamente as mesmas. Só Deus realmente sabe o motivo de le ter vencido, mas o a fato é que depois de muito anos um vencedor conseguiu emplacar a música lançada após a vitória. A canção Home foi muito ajudada pelo fato de ter sido usada pelo canal NBC na cobertura das Olimpíadas desse ano. Com isso a canção ganhou muito destaque e conseguiu excelentes vendas no iTunes e alcançar o 9° lugar na Billboard. Mesmo ainda se nenhum pingo de carisma devo admitir que o Phillip ao menos foi respeitado no estilo que ele se destaca: o indie pop.

Home lembra o que a banda Mumford & Sons faz o que é uma evolução para uma música "do vencedor" do AI que costuma ser piegas ao extremo. O grande trunfo é a composição simples, emocionante e cativante sem recorrer a clichês bobos ou populares. A veia artística de Phillip é mantida com um arranjo bacaninha que destaca por ser contido, mas com uma camada bem interessante na sua construção. O defeito é na produção dos vocais do vencedor do reality: parecem frios e burocráticos. Não que ele mostre muito mais que isso, mas ele possuem qualidades mais interessantes principalmente ao vivo. Não que isso ajude a melhorar essa sensação de chatice vindo dele. E para piorar ele tem o pior nome de antro da música: Phillip Phillips. Quem sabe MC e CIA. não encontrem alguém com a alma de astro de verdade.
nota: 7,5

26 de setembro de 2012

Olha Nóis Aqui Travez!

Diamonds
Rihanna

Como disse antes, Rihanna acaba de lançar o novo single do seu próximo álbum. Como ela lança música igual ninhada de coelho, vou já fazer a resenha para que nossas vidas possam seguir em frente como se não houvesse acontecido nada demais. Por favor, finja que essa introdução é bem maior falando sobre a "safadeza" da RiRi em lançar um caminhão de singles todo o mês, pois eu não estou com saco para isso. Agradecido.

Diamonds não me causa a boa impressão igual aos primeiros singles dos dois álbuns anteriores à Talk That Talk (Only Girl (In The World) e Russian Roulette), mas também não fiquei decepcionado como em We Found Love. Com produção de Benny Benasse, a melhor coisa da canção é que RiRi volta para um pop mais "conservador" sem recorrer a batidas tecno graças a co-produção da dupla Stargate que só agora me toquei que não é "uma" pessoa, mas uma dupla de produtores/compositores formado por Tor Erik Hermansen e Mikkel Storleer Eriksen. Deles a canção ganha uma pegada bem mais classuda com um toque dark. A composição é até boa, mas é quase uma continuação temática de We Found Love. Além de não ter um refrão "catchy" coisa comum nas canções de RiRi. Além disso, a frase de impacto "shine bright like a diamond" repetida várias vezes com uma voz alterada de RiRi é irritante em certos momentos enquanto a própria cantora faz uma performance normal e quase sem brilho se não fosse por um tom mais grave que ela usa para cantar que difere do que ela costuma fazer. Enfim, é basicamente é isso. Provavelmente semana que vem voltamos para falar de novo de um novo single dela. Então, fiquem ligados amiguinhos!
nota: 7

Faixa Por Faixa - Grandes Álbuns

CD: My Life
Artista: Mary J. Blige
Gênero: R&B, hip hop soul, soul
Vendagem: 3 milhões
Singles/Peak na Billboard: Be Happy (29°),  I'm Goin' Down (22°), Mary Jane (All Night Long) (Não entrou), You Bring Me Joy (57°), I Love You (Não entrou) e My Life (Não entrou)

Grammy
Indicações

1996
Best R&B Album

Ano: 1994


Foi uma tarefa extremamente difícil escolher qual álbum da Mary J. Blige seria escolhido para entrar nessa lista, mas tive que me render ao segundo álbum da carreira dela, o clássico My Life. Considerado como o melhor trabalho da cantora e uma obra de arte moderna do soul music que ficou na posição 279° na lista de melhores álbuns de todos os tempos pela Rolling Stone, o trabalho quando lançado recebeu criticas pouco acolhedoras. Contudo, com o passar dos anos My Life foi ganhando mais reconhecimento mostrando que a  parceria entre ela e o rapper/produtor que na época tinha o nome Sean "Puffy" Combs foi uma das mais acertada na história da música.

Faixas


1.Intro: / 2.Mary Jane (All Night Long): A grande sacada na parceria entre Sean "Puffy" Combs e Blige foi a mistura entre o hip hop e o tom clássico que ela sempre teve. Apesar de uma batida mais marcada, a faixa é lenta com o "soul" da voz de Mary cantando de maneira sexy uma letra que fala de sexo só que de uma maneira elegante.
nota: 9

3.You Bring Me Joy: Uma dos clássico da carreira dela, a canção aumenta a "velocidade" mostrando o lado mais dançante dela que seria ainda mais amplificado nos próximos álbuns.
nota: 8,5

4.Marvin Interlude / 5. I'm The Only Woman: Como em todo álbum as músicas pegam carona em grandes clássicos do soul/ hip hop usando samples. Aqui atmosfera suingada vem dos clássicos de Curtis Mayfield (Give Me Your Love) e do grupo The O'Jays (For the Love of Money). Só que a produção dá um toque ainda especial com um leve toque pop mostrando a versatilidade de Mary mesmo que sutil.
nota: 8,5

6.K. Murray Interlude / 7.My Life: Começa com uma parte de um rapper cantado pelo lendário rapper The Notorious B.I.G. e depois parte para uma canção que começa realmente a mostrar uma das faces que Mary seria conhecida: abrindo o coração de maneira sincera a fala sobre a sua vida. Os vocais mostram uma jovem em busca de sua identidade própria, mas que sabe como e aonde quer chegar.
nota: 9

8.You Gotta Believe: A primeira balada de verdade do álbum não deixa a desejar em nenhum segundo. Com uma estrutura diferente ao deixar os backvocals K-Ci" Hailey (então namorado dela) e uma ainda desconhecida Faith Evans catarem quase sozinhos um verso, mas sem fazer Mary ser ofuscada.
nota: 9

9.I Never Wanna Live Without You: Continuando a sequência de baladas, a faixa dá uma quebrada no ritimo de grandes músicas. O melhor que mesmo sendo inferior as outras canções, ela consegue manter a qualidade bem no alto com performance inspirada de Mary.
nota: 8

10.I'm Goin' Down: Regravação do original de 1976 da cantora Rose Royce, Mary se "apropriou" de uma maneira única e avassaladora da canção a transformando eu uma das canções símbolo tanto que a maioria das pessoas à creditam como a artista original da canção. E não era para menos: mesmo sem alterar nada, Mary consegue se impor de maneira cativante dando a dor necessária para essa power balada.
nota: 9,5

11.My Life Interlude / 12.Be With You:  Com a virada dramática do álbum após a última faixa, o tom se torna mais melancólico e triste com Mary sofrendo de amor ao ver o amado indo embora.
nota: 8,5

13.Mary's Joint: Indo em um caminho mais R&B puro o álbum perde um pouco na cadência com uma batida mais simples só que ganha uma atmosfera mais intimista e intima que construiu para a identificação entre o público e a Mary.
nota: 8

14.Don't Go: O problema da canção é que ela é maior que deveria, mas o estilo do álbum é de ter canções com duração bem superior a quatro minutos. Aqui o álbum continua investindo numa pegada mais R&B e no brilho vocal de Mary capaz de dar vida a qualquer letra.
nota: 8

15.I Love You: Lembrando a pegada de canções dos anos '70 que flertavam com funk, Mary entrega um performance contida, mas com uma camada de sentimentos rica e poderosa.
nota: 8,5

16.No One Else: O mais curioso é que a canção mais fraca do álbum é a única que não tem produção de Sean "Puff" e Chucky Thompson (colaborador de longa data da dupla). Fica a a cargo de Mr. Dalvin entregar uma canção interessante, mas sem a força do resto do álbum.
nota: 7,5

17.Be Happy: O álbum termina de maneira graciosa com uma batida extremamente gostosa e uma produção com pitadas de jazz mostrando o poder artístico de Mary.
nota: 8,5

International bonus track

18.(You Make Me Feel Like) A Natural Woman: Regravação do clássico de Aretha Franklin mostra definitivamente que Mary estava pré-destinada a pertencer ao panteão das maiores cantoras de todos os tempos.
nota: 9,5

23 de setembro de 2012

E Quando Você Acha Que Acabou, Ainda Tem Mais E Mais Um Pouco

Cockiness (Love It) [Remix] (feat. A$AP Rocky)
Rihanna

Acho que toda vez que a Katy Perry, Nicki Minaj, Beyoncé ou a Rihanna lança um novo single um anjo ganha seu par de asas. Só esse pacto explica o real motivo para tantas músicas serem lançadas. E para a dona RiRi a coisa acabou de subir em um novo nível. No começo desse mês ela lançou a versão remix da canção Cockiness (Love It) como sexto single do álbum Talk That Talk e na semana que vêm ela já vai lançar o primeiro (!!!!!!!) single do seu novo (!!!!!!!!!!) álbum. Nem um ano ainda deu de lançamento ela já vai lançar um novo CD. Antes de ouvirmos Diomonds, vamos à Cockiness (Love It).

Para começar esse titulo de remix é uma safadeza bem grande já que de remix não tem nada. Pegaram a canção original e apenas colocaram um verso do rapper ainda desconhecido A$AP Rocky é só. A batida R&B/hip hop com uma pegada mais urbana com dubstep. A pegada mais crua do arranjo é bem utilizada pelo produtor Bangladesh dando uma cara diferente do resto do álbum. Contudo, apesar da ótima estrutura na distribuição da composição, a mesma peca pelo alto teor sexual. Resumindo: Rihanna quer sexo e só isso. Nessa versão "remix" o rap é completamente dispensável e não agrega nada para a canção. Nada mesmo. A canção se sair melhor na versão original. Em breve teremos outro encontro com dona RiRi para vermos para onde ela vai com sua carreira. Só queria saber uma coisa: qual vai ser o tema da resenha do próximo single? As ideias estão esgotando e não posso falar da mesma coisa todo post. Daqui a pouco só vai ter o nome da música, a capa do single e a nota.
nota
Cockiness (Love It) [Original]: 7
Cockiness (Love It) [Remix]: 6,5

22 de setembro de 2012

Dominação Global

Gangnam Style
PSY

Querido leitor vou fazer uma pergunta e quero que você pense: qual a diferença principal entre o sucesso de Ai, Se Eu Te Pego e o novo fenômeno Gangnam Style? Não estou falando do vídeo da música do rapper sul-coreano PSY, apesar desse ser simplesmente genial. Falo das músicas em si: por que a canção do rapper é infinitamente melhor que a de Michel Télo mesmo as duas sendo hits chicletes e descartáveis? Veja na página do Wikipedia de Gangnam Style e tente achar a resposta. Dica: procure em Background. Achou? Para quem não entendeu ou não sabe inglês dou a resposta: o background. Explicando: o "pano de fundo" da canção do brasileiro é apenas uma canção feita para animar apresentações em um resort que caiu no colo do brasileiro que a transformou em uma aberração de cunho sexual enquanto a canção de PSY é uma critica social aos novos hábitos consumistas dos sul-coreanos. É quase um abismo do tamanho do universo entre as duas.

Agora, falando especificamente de Gangnam Style, devo admitir que a canção é bem melhor que se pode esperar. Claro, que em pouco tempo vai ficar insuportável de ouvi-lá ainda mais com a "genialidade" do "gênio" da música brasileira Latino fazendo uma versão canção, mas enquanto isso não acontece ainda se pode dar um parecer mais imparcial. Categozidado com K-pop (estilo de pop originado na Ásia), Gangnam Style é um ótimo dance pop já que mostra originalidade na elaboração de uma batida poderosa, viciante e, o mais importante, dançante. Não se exatamente qual se a habilidade de rapper de PSY é realmente boa já que meu coreano está "enferrujado" (kkk), mas o carisma do sul-coreano é tão forte que ele poderia estar falando qualquer merda que ele conseguiria conquistar o público. E como disse o teor que está atrás da letra é sensacional já que uma canção com uma vibe tão despreocupada ter como principal teor uma critica acida ao modo de vida dos próprios conterrâneos de PSY é genial. Pena que isso tudo se perde com o sucesso global da canção. Dominação global é assim mesmo: a coisa começa pequena com uma ideia promissora como base, então cresce e perde todo suas características virando apenas um produto de consumo midiático para as massas. Claro, melhor ter nascido Gangnam Style do que Ai, Se Te Pego, né?
nota: 8,5

21 de setembro de 2012

Primeira Impressão

The Origin of Love
Mika


Não é exatamente a reinvenção da roda, mas o terceiro álbum do cantor inglês Mika é ao menos divertido. The Origin of Love é um álbum nitidamente pop só que ao contrários dos dois primeiros álbuns de Mika, a sonoridade é mais "limpa", séria e contida. Não há em nenhum momento "extravagante", apesar de haver momentos de descontração. Há uma grande diferença no tom de The Origin of Love apear de ter o mesmo produtor dos dois primeiros trabalhos do cantor, Greg Wells. Só que foi dado espaço para outros produtores como Benny Benassi, Klas Åhlund e até mesmo Pharrell Williams (que faz o featuring na canção Celebrate que tem a resenha a seguir). Mesmo com algumas batidas com pouca "força" Mika consegue caminhar por todo álbum de maneira exemplar. Sabendo usar sua característica voz na medida certa para que tenha personalidade sem encher a paciência com o falsete que ele possui. Só que alguns momentos a produção erra ao camuflar sua voz embaixo de efeitos. No quesito composição, o álbum é apenas médio. Há um cuidado em manter as canções com uma linha coesa de pensamento, mas a abordagem em muitos momentos sobre o amor e CIA é rasa e bobinha. De longe a melhor canção é espevitada e hilária Popular Song única que conseguiu unir o Mika alegra de antes com essa persona mais "contida". O trabalho também tem música em francês como a boa Elle Me Dit (ganhando uma versão em inglês chamada Emily) além da linda L'Amour Dans Le Mauvais Temps. Tem também a legal Love You When I'm Drunk e Overrated com produção de Åhlund lembrando o trabalho da Robyn. Sofrendo de falta de personalidade está a faixa Underwater que parece uma versão de Set Fire to the Rain da Adele e a pior canção do álbum fica a cargo da arrastada Heroes. Dá para perder um tempinho ouvindo The Origin of Love se você tiver algum de sobra.

Uma Celebração Contida

Celebrate (feat. Pharrell Williams)
Mika 


Segundo single de The Origin of Love, Celebrate é uma canção para dançar. Para dançar timidamente.

A canção é um pop dance bem feitinho, mas que peca ao tentar não ser o que é: uma canção para dançar com se não houvesse amanhã. A construção da música corta as asinhas de Mika ao o enquadrar em um arranjo certinho demais e com vontade de ser menos que poderia ser. Mesmo assim, Celebrate tem uma vibe boa. A letra é apenas ok e a participação de Pharrell Williams é quase numa o que poderia ter feito a música muito melhor com o rapper/produtor americano caindo de cabeça na canção. No fim, o single é igual a dançar na festa da firma no final do ano quando o chefe está junto: controlando o máximo para não sair da casinha.
nota: 6,5

20 de setembro de 2012

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

É chegada a hora de vocês colocarem os móveis de lado e dançarem como não se houvesse mais sorvete de chocolate no mundo inteiro:


Clica aí e se divirta!



19 de setembro de 2012

Primeira Impressão

The Soul Sessions Volume 2
Joss Stone


O que você faz depois de já ter se estabelecido como cantora e ainda mais ter as rédeas completas de sua carreira sem precisar ser controlada por gravadoras? Voltar ao ínício de sua carreira. Apesar de não ser tão literal, mas foi assim que a Joss Stone resolveu lançar o seu sexto álbum, The Soul Sessions Volume 2. Lançado pelo selo que ela criou o CD é a continuação do primeiro trabalho da carreira dela lançado em 2003 e que tinha regravações de canções dos anos '60 e '70 e algumas canções contemporâneas com novos arranjos. O que poderia resultar em algo datado ou com cheiro de desespero consegue se sobressair devido ao um componente fundamental: o talento de Joss.

O principio básico de The Soul Sessions é a regravação de músicas e para isso precisa de uma cartela de músicas que façam jus a essa "necessidade". Infelizmente, aqui a escolha geral não é tão boa quanto da primeira vez, mas tem boas escolhas. O mais curioso é que o álbum realmente deslancha lá na faixa 8 e atinge a versão especial do álbum que contém quatro músicas. Se quando Joss lançou o primeiro álbum era impressionava com sua voz ainda crua com um poder impressionante, hoje a maturidade dos anos trouxe para ela uma sabedoria em saber como usar seu instrumento e também uma experiência vocal impressionante. Dentro do álbum temos alguns momentos que devo destacar: (For God's Sake) Give More Power To The People faz Joss invocar sua Aretha interior, The Love We Had (Stays On My Mind) é uma balada soberba para corações despedaçados, investindo em um rok/soul com um arranjo genial tem The High Road e da versão deluxe vem a acachapante Nothing Takes the Place of You. O álbum poderia ter sido muito mais, mas o resultado faz jus ao um pouco do talento da Joss.

Gracinha

While You're Out Looking For Sugar
Joss Stone


Primeiro single de The Soul Sessions Volume 2 é como a Joss: uma gracinha.

A canção é um R&B delicioso que apesar de não ter qualidade geniais mostra bem o talento de Joss. A pegada mais leve e cadenciada lembra os sucesso do The Supremes como uma pegada mais moderninha. A composição é ingênua, delicada e deliciosa. E a jovem inglesa dominha sem maiores problemas a canção imprimindo sua personalidade. E a Hebe assina em baixo.
nota: 7

18 de setembro de 2012

E Agora, José?

Your Body
Christina Aguilera

Sabe quando aquela sua amiga que está uns 10 quilos acima vira e te pergunta como ficou vestida em um vestido que foi feito para uma menina de dez anos? Você olha para ela e pensa: "Fudeu!". Se você fala a verdade vai perder a amiga. Então, você vira e manda: "Tá linda!". Devo admitir que me senti assim após ouvir o primeiro single do novo álbum da Christina Aguilera.

Antes, vão alguns fatos: sempre foi fã dela mais muito, mais muito, mais muito tempo antes de começar esse blog. Sim, admito que sempre fui FÃ (coisa que um "critíco" não deveria fazer). Tenho o Stripped (álbum e DVD) e o considero em alta conta! Só para dar um exemplo. Tenho acompanhado com certa tristeza os últimos acontecimentos na carreira dela. Exceto pelo trabalho como jurada no The Voice (vamos falar a real que ela não é a causa solitária do sucesso do reality) nada está dando muito bem para ela. Nem vem me falar de Moves Like Jagger que não engulo essa participação safada dela na canção, mesmo sendo um sucesso. Esclarecido isso, vamos ao que interessa: Your Body.

Como vocês poder ter percebido, eu torço pela Aguilera. Por isso atrasei essa resenha já que poderia ter feito à muito tempo atrás quando vazou. Resolvi esperar para ver se a música seria apenas uma "demo" e ainda teria uma nova produção. Infelizmente, não posso mais protelar. Queria muito falar muito bem de Your Body, mas não dá. Eu até gostaria muito de fazer o BFF e falar: "Tá ótimo!", mas não vai dar. Prefiro perder a "amiga" a falar uma mentira. Your Body é uma canção "flat". A canção nem chega a ser ruim já que tem uma produção até ok, mas não passa de um R&B eletrônico que não tem personalidade própria. A batida é fraca e com pouca expressão. Aguilera está lá em vocais bem conduzidos, mas não tem aquele brilho de antes. A composição é até fácil de decorar, mas não tem um pingo de força que ela já mostrou seja em músicas dançantes ou baladas. E para terminar a canção se arrasta por quatro minutos e só melhora de fato no final, mas já é tarde demais. Tenho medo do que pode ser o Lotus (nome do próximo álbum dela), não sei se vai ser sucesso (quando escrevo a resenha a canção está em 11° no iTunes) e espero o melhor para a Aguilera. Só tenho medo que a carreira musical dela tenha chegado na temida pergunta: e agora, José?
nota: 5,5

17 de setembro de 2012

Atendendo Á Pedidos

Breath of Life
Florence + the Machine


Devo admitir que meio que me esqueci de falar sobre a canção Breath of Life do grupo Florence + the Machine que serviu como tema do filme Branca de Neve e o Caçador (também conhecido como o filme que deu uma calhada para o vampiro de Crepúsculo). Então, atendendo à pedidos aqui está.


Breath of Life é uma música característica do grupo, o que já à deixa acima da média, mas ela se perde na sua própria originalidade. Tentando ser grandiosa a canção peca por ser intricada demais na construção de seu arranjo. A produção não é ruim é apenas equivocada. Há coisas demais acontecendo ainda mais para um tema de um filme que mesmo com uma atmosfera dark, precisar conectar com um público mais infanto-juvenil devido a presença de Kristen Stewart. Não é exatamente um trabalho para manchar a carreira do Florence + the Machine, foi apenas um trabalho menor.
nota: 6,5

16 de setembro de 2012

Pérola Pop Especial - Parte 1

Million Dollar Man
Lana Del Rey



Em sua versão mais sexy/dark/sexual Lana Del Rey entrega uma canção que pode ser a trilha de 50 Tons de Cinza. Como única música que tem a co-autoria e co-produção de Chris Braide, a canção ganhou uma atmosfera mais R&B urbano misturada com pop. Enquanto isso, Lana faz sua performance mais contida e natural sem perder o charme "indie" que marca o resto do álbum.



I'm Dat Chick
Kelly Rowland


Se você esquece o pesado trabalho na voz de Kelly,  I'm Dat Chick é divertimento puro. Uma batida bem marcada mostra que o dom da Kelly é fazer pop com influência de hip hop. E a letra lembra os bons tempos do Destiny's Child com uma vibe "poder feminino" é que manda. Vale a conferida.

*Lembrando que todas as músicas fora sugestões de leitores.

15 de setembro de 2012

Primeira Impressão

The Truth About Love
P!nk

A verdade sobre o amor é que ele pode ser um milhão de coisas. Ele te eleva ao céus e depois te jogo nos mais profundos mares. Ele te faz sentir a melhor pessoa do mundo e segundos depois te transforma na caca do cavalo do bandido. A verdade sobre o amor é que ele nunca terá a sua verdadeira forma revelada. Tentar isso explicar isso é algo impressionante, conseguir um resultado bom já é excepcional. Em seu mais novo álbum a P!nk consegue isso e mais um pouco.

Antes de esmiuçar The Truth About Love, tenho que advertir o leitor que o trabalho tem um grande defeito. Infelizmente, o CD ainda não é a obra de arte que a P!nk poderia fazer. Ele chega bem perto disso, mas fica faltando alguns passos para isso. Dito isso, vamos a melhor noticia: The Truth About Love é o melhor álbum da cantora. O motivo é bem simples: ele é o álbum mais coeso da carreira dela. Desde a primeira música até a última o nível é mantido sem nenhum momento fraco ou mediano. Isso foi alcançado devido ao fato da equipe de produção está menor e mais coesa na sonoridade pretendida. O som de The Truth About Love é um pop/rock mais pesado e mais concentrado no lado mais adulto do estilo deixando as batidas mais "normais" de lado para investir em batidas mais fortes em todas as faixas. Só que em algumas músicas a produção deixa a desejar quando não entrega arranjos mais pomposos para combinar com as composições poderosas e extrair todo o potencial que elas possuem. Novamente, P!nk mostra porque no mercado pop ele é a melhor artista: como autora de todas as faixas ela consegue subir um degrau em se posiciona como uma das melhores da atualidade. Como disse antes, o amor é o foco principal do álbum e isso a P!nk já deu provas que sabe falar do assunto da sua maneira. Há um sentimento melancolico só que aqui encontra uma esperança que não tinha no último trabalho dela, mas com a sua vida pessoal acertada ela consegue expressar isso. Misturando o humor peculiar que ela possui e uma capacidade de criar hits radiofônicos com refrões grudentos, P!nk entrega mais um vez um trabalho vocal perfeito. Algumas canções têm um trabalho com auto-tune em cima da voz dela, mas que ela consegue se impor e não se transformar em um robô. Falando em canções em particular a melhor é sem dúvidas o primeiro single Blow Me (One Last Kiss). Outros ótimos momentos estão a safadinha Slut Like You, a que dá nome ao álbum The Truth About Love e a balada que só a ela consegue entregar Beam Me Up. Da versão deluxe tem Run, uma power balada com uma pegada Halo. As partipações de as Lily Rose Cooper (ex-Lily Allen) em True Love e do rapper Eminem em Here Comes the Weekend resultam em boas músicas, mas suas participações não geniais e quase dispensaveis. Já em Just Give Me a Reason temos Nate Ruess, vocalista do fun. o problema foi na produção. A canção tem uma letra divina, performances inspiradas dos dois e uma estrutura perfeita só que o resultado final não entrega o que prometia por uma escolha de não terminar a canção de maneira grandiosa e voltar o tom do começo da mesma. Uma pena, pois seria a melhor canção da carreira dela. Ainda não é o trabalho de uma carreira, mas enquanto isso vamos esperando da melhor maneira possível. Só não demorar muito, tá P!nk?

Onde Há Desejo Haverá Uma Chama

Try
P!nk

Na sua procura pela verdade sobre o amor, a P!nk mostra um lado seu que ela nunca deixou a mostra: a esperança.

 Segundo single de The Truth About Love, Try é uma das canções mais bonitas que ela já lançou como single. Uma power pop/rock balada com uma composição de uma ternura melancólica belíssima. Aqui, mesmo derrotada após um romance que não deu certo, ela sabe que há alguma coisa reservada para ela no fim da dor. Ao mesmo tempo é triste e consegue guardar uma esperança frágil como cristal, mas que é mais forte que a gente pensa. A produção acerta ao realizar um arranjo mais contido e que aos poucos cresce uma batida forte só que ecoando a atmosfera da composição. Vocalmente, P!nk faz uma interpretação surpreendentemente em um tom mais sereno sem ousar demais só que mantendo um nível bem alto de interpretação. Talvez um verso a mais poderia dar mais substância para a canção alcançar patamares mais altos. Mesmo assim, Try é uma canção que marca. Deixa um gosto agridoce na boca, mas é uma sensação com boa.
nota: 8

14 de setembro de 2012

Lady Antebellum Vs. Little Big Town Vs. Pistol Annies

Wanted You More
Lady Antebellum

Pontoon
Little Big Town

Takin' Pills
Pistol Annies

A disputa é simples: três bandas de country entram com suas músicas e vence quem for melhor. Começando com o trio Lady Antebellum.

O quarto single do álbum Own the Night mostra o que eles sabem fazer melhor: uma balada romântica de fazer chorar. Não é uma novidade o talento deles em compor canções que podem até ser piegas, mas que de alguma forma toca. Aqui o foco em um relacionamento que deu errado e finalmente a pessoa se toca. O que eu não entendo é o porquê de uma canção simples como essa precisou de sete compositores. Isso mesmo: sete (além do trio mais quatro compositores). Se quantidade fosse qualidade a canção seria a melhor do ano, mas não é. É redondinha e bonitinha.


Mesmo estando no mercado já faz um tempão só agora o quarteto Little Big Town conseguiu um "hit" para chamar de seu. Pontoon alcançou o número um da parada country e está em 22° na parada principal da Billboard. A canção, single do álbum Tornado, é um country mais tradicional com uma letra mais despreocupada contando sobre um dia divertido ao lado de um rio. Não é exatamente um trabalho genial, mas o clima "solto" é muito bem vindo. Aqui os vocais (assumidos por uma das mulheres do grupo) é seguro só que faltou uma pitada de humor. É redonda e divertida.




Bem mais inspirada está o trio de Pistol Annies com a ótima Takin' Pill, segundo single do álbum Hell On Heels. Começa pelo assunto da letra: uma vocalista de uma banda viciada em pílulas e com uma personalidade forte. A inteligência que a composição foi feita é impressionate em criar humor em um assunto sério. Não é só isso que chama atenção: além do bom arranjo com o uso de uma guitarra inspirada, a compatibilidade dos vocais das três integrantes é soberbo. É ótima e a vencedora da disputa.


nota
Wanted You More: 7
Pontoon: 6,5
Takin' Pills: 8

13 de setembro de 2012

Alguém Se Lembra Deles?

You're Gonna Love This
3OH!3

Alguém realmente lembra do 3OH!3? Sério, você consegue se lembrar de cabeça um nome do maior sucesso deles? Serei sincero: não. Acho que ninguém os avisou já que eles ainda estão lançados músicas e até álbuns. Acredita?

You're Gonna Love This abre os trabalhos para o álbum intitulado Omens (sem dada de lançamento divulgada). Há uma boa noticia: eles não estão tão irritantes quanto antes.  A má noticia: eles ainda são ruins de doer. A canção começa até bem com uma batida diferente, mas em poucos segundos vira eletropop farofa que nem ao menos consegue ser divertido. Ainda mais com o dois "cantores" com talento limitado a canção se trona um grande monte de nada. Para não falar que sou o pior ser humano do mundo devo elogiar a capa do single, uma das melhores do ano até aqui. Para eles serem relevantes deveriam virar artistas plásticos, pois com a música nã está rolando.
nota:3

12 de setembro de 2012

Burn, Alicia, Burn

Girl On Fire
Alicia Keys


Desde que esse blog foi criado, vários comebacks foram feitos. Só que poucos foram realmente dignos de elogios genuinos, tirando bandas como o Green Day e o U2 e cantora P!nk. Entrando nesse hall eu já posso citar a Alicia Keys. Afastada dos palcos desde a gravidez de seu primeiro filho, a cantora deixou um gosto meio amargo com o mediano The Element of Freedom (2009) tanto pelo lado de vendagem, sucesso dos singles e um acolhimento morno da critica. Esse hiato deu à ela a oportunidade de trabalhar no seu quinto álbum que será lançado ainda esse ano. Como primeiro single foi lançada a canção Girl On Fire e ela vem em três versões diferentes.

A música, que dá nome ao álbum, é basicamente superior a todo último álbum da cantora. E vai além: ela entra na lista de melhores da carreira de Alicia. Girl On Fire invoca um poder que até agora Alicia tinha dado apenas faíscas como em No One e Karma. Só que aqui munida de uma consciência mais abrangente, com certeza vinda da recém maternidade, ela consegue mostrar sua alma de uma maneira mais límpida e vibrante. Sustentada por equipe de produção de primeira que tem Salaam Remi (Amy Winehouse, Nas) e Jeff Bhasker (Kanye West, Beyoncé) como produtores e co-autores ao lado de Keys, Girl On Fire volta ao um tema recorrente dela: o poder feminino. A metáfora sobre fogo mostra bem a visão ainda mais ampla dela mostrando que seja para o mau (o fogo como algo destruidor) ou algo do bem (como o fogo da fênix) a mulher sempre vai enfrentá-lo e se sobressair como uma vitoriosa. A composição é poderosa, revigorante e emocionante na medida certa. Há algumas mudanças pequenas mudanças nas versões lançadas, mas não altera o resultado final. Na versão "Inferno" a música conta com a participação da Nicki Minaj que mesmo com versos um pouco desconectados do resto da canção, consegue passar uma mensagem interessante. Enquanto Nicki mostra duas de suas inúmeras facetas e consegue ajudar a versão a ganhar um maior destaque. A construção do arranjo é perfeita. Uma batida madura e hipnotizante marca a versão normal e a "Inferno", enquanto a versão "Blue Light" é "slow" e suave com um arranjo quase completamente novo só guardando pontos chaves. Isso faz a versão perder um pouco da mágica feita nas duas versões, mas a produção consegue um resultado muito bom seguindo a linha mais R&B clássico. Uma coisa que não se perde é o trabalho vocal de Alicia. Seja no contido e delicado trabalho em "Blue Light" ou o impactante e vigorosa performance nas duas versões, Alicia nos lembra o por que ela está no topo das melhores vocalistas modernas. E assim espero que venha o álbum Girl On Fire que pode ser o melhor da carreira de Alicia. Se formos contar apenas com essa prévia já temos uma bela noção do que vem por aí.
nota
Versão Normal: 8,5
Versão Blue Light: 8
Versão Inferno: 8,5

11 de setembro de 2012

Curte Aí!

Pessoal, vocês poder ter notado algumas diferenças no blog. Seguindo a dica do leitor Guilherme (valeu), criei uma página no Facebook do blog. Aí do lado vocês podem ver a caixa com o link e o botão "curtir". Lá estarei postando os post daqui e várias outras coisas sobre música. Vocês poder usar para pedir resenhas, elogiar, discordar, xingar, compartilhar e mandar beijo para a mãe, o pai e especialmente para a Xuxa! Curtem! Abraços.

10 de setembro de 2012

2 Por 1 - Calvin Harris

Let's Go (feat. Ne-Yo)
We'll Be Coming Back (feat. Example)
Calvin Harris


Sabe aquele velho ditado "fez a cama, agora deita"? Normalmente, ele é usado com conotação negativa, mas também pode ser usado para o bem. O DJ  inglês Calvin Harris entra na descrição perfeitamente para explicar sua carreira nos últimos tempos. Depois de ganhar certa notoriedade na Inglaterra, ele chamou a atenção de vários artistas americanos e com o sucesso de We Found Love e o bom desempenho de Where Have You Been seu nome foi catapultado mundialmente. Vendo isso ele não ficou parado e começou a trabalhar para ganhar destaque por si só. O sucesso do single Feel So Close abriu caminho para os próximos trabalhos que marcam o lançamento do seu álbum 18 Months que vai ser lançado em Outubro. O primeiro destaque veio da parceria com a cantor Ne-Yo, Let's Go.

A canção ficou em 17° na Billboard é o melhor trabalho dele até aqui. Seguindo o esquema eurodance de We Found Love, mas que acerta quando deixa a canção mesmo trance e mais pop. A produção sempre clean de Calvin faz muito enfeito na elaboração da batida que conta com o carisma de Ne-Yo para se consolidar em canção marcante. Até mesmo a composição média consegue melhorar no resultado final.

Só lançado na Europa, a canção We'll Be Coming Back se transformou no primeiro número um de Calvis como artista principal na sua terra natal. A canção mostra novamente o talento de Calvin: produção acima da média como em não transformar tudo em um pancadão sem sentido e talento em trazer seu estilo para as canções. Só que aqui o resultado final é morno. Pode ser o rapper/cantor Example que não empolga e as vezes lembra o vocalista do Scissor Sisters em um dia fraco ou a letra um pouco boba e chata que não deixa a canção mostrar o potencial que poderia ter. Mesmo assim Calvin vai construindo uma carreira firme que promete ainda mais sucesso num futuro bem próximo.

nota
Let's Go: 8
We'll Be Coming Back: 6

8 de setembro de 2012

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

Se tu como eu ficou chocado com a safadeza tediosa do VMA desse ano e só deu vontade de gritar:


Para tirar essa carranca da tua cara, vem ver mais parte do As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos e passar um tempo de qualidade. Clica aí e se divirta. Ou não.


7 de setembro de 2012

2 Por 1 - GOOD Music

Cold (feat. Dj Khaled)
Kanye West

New God Flow
Kanye West & Pusha T


Entre aparecer na mídia sendo o novo namorado da socialite Kim Kardashian e ser o possível jurado do American Idol, Kanye West faz música. E o próximo projeto dele é o álbum junto com os companheiros da  gravadora GOOD Music intitulado Cruel Summer que vai se lançado no dia 18 de Setembro. Para promovê-lo foi lançado dois singles. Começo analisando o que atraiu maior polêmica.

Cold basicamente mexe com os defensores dos animais por sustentar a ideia de "usar pele é símbolo de status", mexe com o rapper Wiz Khalifa que está pegando a ex-namorada dele (alias ela está grávida de Wiz), mexe com ex-marido da Kim e fala que está pegando com vontade a socialite e não importa o que falem dele. Com co-autoria dele e do rapper LL Cool J e do lendário DJ/produtor Marlon Williams, a letra é o ponto alto da canção. Trabalho excepcional mostrando a capacidade criativa e de criação acima da persona. Pena que a produção deixa a desejar. Apesar de West estar perfeito o produtor Hit-Boy deixa passar a oportunidade de construir uma batida "matadora". Meio sem graça e arrastada deixando boa parte do impacto morrer na praia. Assim como a participação do Dj Khaled completamente desnecessário.

Um pouco melhor está a canção New God Flow. Em dueto com o rapper Pusha T, a canção tem um arranjo mais encorpado e estilizado. Acontece que a presença de Pusha T na maior parte da canção compromete o resultado final da canção. Não que ele seja ruim, mas está aquém do que a música pedia. É fácil notar quando Kanye "pega" a canção pelos pulsos e domina primorosamente terminando de maneira apoteótica. Mesmo com certas reservas, ainda estou ansioso pelo lançamento de Cruel Summer. Quem saber Kanye não tira um coelho da cartola?

nota
Cold: 7
New God Flow: 7,5

6 de setembro de 2012

Primeira Impressão

Uncaged
Zac Brown Band


Surpreendente. Usar essa palavra é bem difícil para mim aqui no blog, mas de vez em quando ela aparece. E não poderia ser em um melhor momento que para falar do terceiro álbum do grupo country Zac Brown Band, o surpreendente Uncaged.


Não que eu esperasse algo ruim do grupo ainda mais com o histórico deles aqui no blog só que as expectativas foram alcançadas de uma maneira completamente diferente do esperado. Começando pelo fato do trabalho apresentar uma variedade de estilo apresentados dentro do estilo de partida que é, claro, o country. Uma vibe jam session contagia o álbum e mesmo as canções mais dramáticas ganham uma atmosfera mais descontraída resultando em um álbum leve, bem orquestrado e primorosamente bem executado. Zac Brown consegue uma performance sólida em todo álbum em destaca para as canções mais lentas onde ele consegue se sobressair dos outros cantores do estilo. As composições são boas. Não há nenhuma avassaladora, mas na sua maioria há inspiração ou/e emoção genuína. O defeito do álbum está no seu começo: as duas músicas que abrem Uncaged (Jump Right In e a homônima Uncaged) são as mais fracas do álbum. Passado a primeira impressão de um álbum genérico e batido, Uncaged se mostra mais vigor e força começando pela triste canção de adeus Goodbye In Her Eyes. Tem a inspiradora Day That I Die e a romântica Overnight. Só que a melhor música é a country/reggae Island Song. Sim, a country/REGGAE canção tem uma vibe deliciosa e uma pegada contagiante. Surpreendente bom é o trabalho do Zac Brown Band para um álbum surpreendente diferente.

Pegando Boi Com a Unha

The Wind
Zac Brown Band

Mesmo com a pluralidade de sonoridades que compõem o álbum Uncaged foi escolhida a canção The Wind, a canção mais country como primeiro single do trabalho do Zac Brown Band.

The Wind é country puro com forte influência do folk que deu origem ao estilo. O trabalho de instrumentalização que foi realizado na construção da canção é louvável mostrando não só o trabalho da produção também o cuidado dos músicos envolvidos. Cada instrumento é bem aproveitado e tem seu momento de brilhar. A composição divertida e o trabalho vocal de Zac Brown são a fita vermelha em cima fechando com maestria o pacote. E o melhor: faz qualquer cowboy linha dura dançar como se não houvesse amanhar.
nota: 8

4 de setembro de 2012

Primeira Impressão

Life in a Beautiful Light
Amy Macdonald


Continuando na luta para cobrir todos os lançamentos importantes do ano chegou a vez do álbum Amy Macdonald, Life in a Beautiful Light.

A escocesa de 25 anos lançou em Junho seu terceiro álbum. Conhecida pelo estilo folk pop, Amy é uma excepcional letrista e isso deixa transparecer por todo álbum. Todas as faixas são composições suas e vemos uma artista consciente do poder que as palavras possuem e sabe usar isso para entregar mensagens poderosas, maduras e de lirismo único. Combinando com isso temos os vocais de Amy. Dona de uma voz única que navega pelo álbum com várias camadas e texturas que não deve agradar um público mais amplo mais que tem um nicho cativo e fiel. Infelizmente, a produção geral do álbum deixa a desejar e atrapalha muito o resultado final. Há um caminho claro seguido pelo produtor Pete Wilkinson: folk (misturado com pop e rock) com atmosfera indie/songwriter acaba transformando a maioria das canções em um só "som". Há um trabalho interessante na elaboração dos arranjos, mas não há uma variedade de batidas, texturas ou construção. Isso faz o que poderia ser ótimas canções perder a graça com no single Slow It Down (resenha a seguir), Across the Nile, Human Spirit e várias outras. Só que existem bons momentos quando é quebrada a "caixa" e Amy entrega canções inspiradas como The Furthest Star, The Game e The Days of Being Young and Free. Uma pena o resultado ser tão mais ou menos. Ainda mais com um matéria tão promissor.

Para Corações Indie

Slow It Down
Amy Macdonald


Slow It Down, primeiro single do álbum da Amy Macdonald, mostra bem claro as qualidades e os defeitos que acercam o trabalho da cantora.

A composição é ótima falando sobre a vontade de querer algo mais da vida, algo que falta dentro da alma, um pedaço do coração que "esqueceram" de colar. Amy é exata na transmissão desse sentimento em uma performance única. Só que faltou um toque mais dramático e uma elaboração mais pomposa do arranjo que peca pelo "um violão e uma canção na cabeça" esquema que tira o potencial da letra. De qualquer maneira é uma canção indie para quem é indie e está precisando de novos ares.
nota: 6

3 de setembro de 2012

Toda Safadinha

Addicted to You
Shakira

Por falar em Shakirão, ainda esse anos teremos um novo trabalho da colombiana. Enquanto isso não acontece vamos dar uma olhadinha no último single do Sale el Sol.

Addicted to You só tem dois minutos e meio, mas deixa um gosto de quero muito mais. Tirando esse defeito de lado, a canção mostra o melhor lado de Shakira: dançante, pop, latina e sexy. A mistura na medida certa do inglês com o espanhol é comercial e também muito divertido. A composição é redondinha assim como os vocais dela que estão na medida certa sabendo usar seus atributos únicos sem exagerar. A melhor parte da canção é a produção que deixa tudo "deliciosamente"  latino com uma batida mista de merengue e pop dance. Shakira continua do jeito que o povo gosta: toda safadinha.
nota: 7

2 de setembro de 2012

Shakirão Sendo Aguilerão

Get It Started (feat. Shakira)
Pitbull

A Aguilerização pegou a Shakira. Desde que Aguilera se "Mexeu Como o Jagger" e fez a participação mais desnecessária do mundo da música esse vírus vem se espalhando como fofoca na boca de tia velha. A última atingida foi a Shakira que aceitou o convite para fazer o featuring para o rapper Pitbull na canção Get It Started.

A participação na canção só não é pior que a participação dela no clipe que resume ficar igual ao uma cobra anestesiada se remexendo e fazendo carão para a câmera. A canção em si não ruim, mas está longe de ser boa. Acompanhando a falto do que fazer da Shakirão, Pitbull entrega um desempenho sem "gosto" e repetitivo. A produção que tem oito mãos envolvidas não entrega nada transformando numa grande perda de tempo uma canção que poderia ser ao menos divertida. Piorando a situação tem uma composição que não fala nada com coisa alguma. E querida Shakira já basta uma Aguilera, duas é coisa que meu espírito não suporta.
nota: 4

1 de setembro de 2012

Tem Algo de Realeza

Some Nights
Fun.

Já devidamente anotado no currículo artístico da banda Fun. o sucesso de We Are Young, o grupo americano de indie rock conseguiu o feito de emplacar logo em seguida o single Some Nights que dá nome ao álbum deles. A canção alcançou o 5° lugar da Billboard prova que a banda tem talento para uma promissora carreira.

O estilo do grupo se define aos ouvidos do grande público de maneira definitiva e quem consegue ler nas entrelinhas sabe de onde vêm as referencias do grupo. Some Nights tem todo o jeitão de uma canção do Queen nos tempos áureos da banda. Uma versão atualizada e resumida de Bohemian Rhapsody que mesmo sem atingir a genialidade dessa última é uma brisa interessante de originalidade principalmente devido a sua dramaticidade empregada na construção do pomposo, poderoso e revigorante arranjo. Vocalmente, Nate Ruess é um frontman talentoso e com uma variedade vocal bem desenvolvida. A composição é forte e não parece nada comercial com uma mensagem refinada e isso aumenta a qualidade da canção. Eles podem ser os primeiros de um novo reino que a música pode reinar de verdade.
nota: 8,5