14 de novembro de 2012

Primeira Impressão

Babel
Mumford & Sons


 Uma das bandeiras que eu carrego no blog é a de sempre abrir espaço para todos estilos. Ir além do pop nosso de cada dia fazendo o SoSingles ganhar mais do que credibilidade, mas também em "substância". Cada novo artista que passa por aqui acrescenta um tijolo na construção desse projeto. Colocando um novo tijolo está a banda de folk Mumford & Sons e o álbum Babel.

Segundo trabalho da banda inglesa, Babel pode se considerado o grande sucesso comercial do ano. Sem nenhuma grande divulgação ou single no topo da Billboard Hot 100 a banda vendeu cerca de 600 mil cópias de Babel na primeira semana de lançamento. Feito extraordinário que fez a banda bater inúmeros recordes e a colocou definitivamente no mapa. Esse grande e surpreendente sucesso pode ser creditados à alguns fatores: primeiro, ao fato de uma boa parcela do público americano está cansada não só da mesma turminha de cantores pop e/ou hip hop, mas também das mesmas músicas com nomes diferentes apenas; segundo, o público de folk (que também engloba uma grande parte do povo indie) estava meio que carente de um artista do gênero no meio mainstream e, por último; Babel é um trabalho muito interessante.

O trabalho está longe de ser considerado um trabalho genial conseguindo mais diversas avaliações indo do extremamente positivo até o extremamente positivo como se pode verificar pelo site Metacritic. Para conseguir "apreciar" o CD é preciso deixar os preconceitos de lado e estar consciente que Babel é um álbum difícil, lento, forte e, mesmo com o grande sucesso, não é nada comercial. Um trabalho primoroso da banda na elaboração dos arranjos viscerais. Há o uso dos típicos instrumentos do folk com o bandolim e o banjo, mas estão bem inseridos dentro dos complexos e multifacetados sem cair no lugar comum. Como o vocalista, Marcus Mumford é cantor refinado só que com uma vibe visceral em todas as suas performances que podem até não agradar a todos, contudo não passa desapercebido. Em certos momentos ele lembra o Jason Marz em uma versão mais evoluída. Há um trabalho inspirado nas composições das músicas conseguindo extrair momentos preciosos apenas para deixar o gosto de quero mais. Não vou ficar aqui falando quais músicas são as melhores já que todo álbum é bem igual e consistente, mas não deixe de ouvir Lovers' Eyes. Melhor: não deixe de ouvir o álbum inteiro mesmo que for para odiar. Poder abrir a mente para novas coisas sempre é a melhor coisa que se pode fazer.

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