23 de novembro de 2012

Primeira Impressão

good kid, m.A.A.d city
Kendrick Lamar


Em 19 de Julho em comecei o Primeira Impressão do álbum do Frank Ocean assim:

"O que faz de um álbum ser considerado uma "obra de arte"? Não é apenas uma "coleção" de boas músicas, não é apenas a elaboração de arranjos perfeitos, não são apenas letras magistrais ou vocalização perfeita. Uma obra de arte musical em forma de álbum é a elevação de um artista aos céus pelo seu próprio talento. É a consagração máxima da alma, a mente e o coração. É a prova que talento é dado por algo divino. Algo acima de nós, chame do nome que você preferir. Nesses quatro anos de blog apenas três artistas chegaram nesse nível: Kanye West com o monumental My Beautiful Dark Twisted Fantasy, Adele e o seu arraza quarteirão 21 e o Florence + The Machine com o divinamente dark Ceremonials. O quarto nome acaba de entrar nessa lista: channel ORANGE do Frank Ocean."

Não gosto muito de reciclar meus textos, mas não tive outra escolha que melhor poderia se encaixar como introdução desse post. Só quero agregar o seguinte: agora a lista chega o quinto nome com o rapper Kendrick Lamar e seu álbum good kid, m.A.A.d city.


O rapper nascido na Califórnia ganhou atenção com o lançamento da mixtape Section.80 em 2011. Aclamada pela critica especializada, Kendrick assinou um contrato com a Interscope e foi apadrinhado pela lenda do hip hop Dr. Dre que o considera com o novo "rei do rap da costa Oeste" (existe uma rixa histórica entre os rappers da costa Oeste e Leste nos Estados Unidos). Além disso, ele está trabalhando com nomes que vão do Snoop Dogg até a Lady GaGa. No final de Outubro, ele lançou seu primeiro álbum intitulado good kid, m.A.A.d city. Vendendo cerca de 240 mil cópias logo atrás da Taylor Swift, o álbum se transformou em um dos mais bem elogiados do ano ganhando um honroso e raro 5 estrelas da conceituada revistas XXL que é voltada para o mundo hip hop. E não era para menos. good kid, m.A.A.d city é um trabalho a frente do seu tempo e ao mesmo tempo é um álbum clássico de rap. Começo destacando ressaltando o grande rapper que é Kendrick Lamar: ele sabe como ir apenas do simples "dizer" palavras, ele consegue dar vida para elas com um estil o próprio, afiado e cheio de várias nuances. Kendrick mostra suas influências, mas não fica preso à formulas já usadas. Ainda "cru" em experiência no mundo da fama e fortuna, Lamar ainda é um "autor das ruas". Suas geniais composições são narrativas complexas sobre vida de um jovem negro na atual sociedade americana voltando ao básico do estilo. Sem frescuras sobre ser rico e essas baboseiras, vemos um jovem consciente de quem é e tudo a sua volta. Sem falar ainda do trabalho de construção lírica das composições entregando momentos perfeitos de rima e ritmo. Só que tudo isso não seria possível se a produção geral do álbum que é simplesmente "acima do bem e do mal". Eu queria muito tentar explicar como é cada batida, cada nuance, cada construção instrumental, cada elaboração sonora só que é extremamente difícil. Tudo é tão genial que quem gosta de música precisa ouvir essa trabalho para poder sentir as mesmas emoções que eu senti. Apenas uma palavra que posso tentar: divino. Claro, good kid, m.A.A.d city é um álbum para ser ouvido como um todo, mas não posso deixar de não comentar Poetic Justice com sample da canção Any Time, Any Place da Janet Jackson mostrando o quando ela faz falta no mundo da música, além da canção ser genial. good kid, m.A.A.d city é mais um a alcançar o paraíso musical. Parabéns e muito obrigado Kendrick Lamar.

Um comentário:

* Miia disse...

o rap tinha tudo para ser um estilo estagnado na decada de 90 mas é incrivel como ele evolui