Paradise (EP)
Lana Del Rey
Sabe qual a principal e maior diferença entre o Born To Die e o EP Paradise? Humanização. Explico: na resenha do primeiro álbum da Lana Del Rey eu escrevi assim "Born to Die é uma viagem sombria na cabeça de uma cantora que se
transforma em uma personagem em um mundo de corações partidos, morte
idealizada e amores a flor da pele" agora posso afirmar que Paradise é uma viagem sombria na cabeça de uma cantora em um mundo de corações partidos. Viu a diferença? Lana continua com as mesmas características de antes misturando sentimentos sombrios, melancólicos e depressivos com o doce amor, mas com a ajuda de novos produtores como Rick Rubin e Rick Nowels (que apenas co-produziu e foi co-autor de algumas músicas do BTD) a boneca de porcelana foi quebrada e vemos uma cantora mais humana e palpável. As oito canções mais um bônus continuam refletindo uma mente caótica com arranjos soberbos e atemporais só o toque mais orgânico e real consegue resultados mais emocionantes onde é mais fácil a assimilação pelo público. Lana consegue uma variedade de vocais que é bem impressionante. Seja a versão "bad ass" ou a "gatinha suicida" Lana mostra mais abertura e uma emoção bem mais real. O que continua intacto, como disse antes, são os velhos sentimentos. E nisso ela continua perfeita em expor os mais profundos e perigosos sentimentos que todos temos, mas gostamos de esquecer. Dentro do pequeno, mas rico universo desse paraíso temos quatros grandes destaques: a poderosa Ride, a sexy lullaby American, a depressiva Bel Air e a arrasadora regravação do clássico Blue Velvet.
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