O.N.I.F.C
Wiz Khalifa
O grande e único problema do novo álbum do rapper Wiz Khalifa intitulado O.N.I.F.C é que ele tem forma, mas falta muito conteúdo. Trabalhando com praticamente todos produtores desconhecidos, Wiz conseguiu produções inspiradas, competentes e muito acima da média em relação ao seus contemporâneos para cada uma das suas vinte faixas (sendo três na versão deluxe). São arranjos construídos de maneira cuidadosa para dar uma personalidade diferente para Wiz com misturas na medida certa de pop, R&B e sud-gêneros de hip hop. Além disso, como rapper Wiz é um até interessante apesar de ter cacoetes que irritam como a risadinha que ele insiste em colocar em quase todas as canções, mas dá até para relevar. O que não dá para esquecer é o fato de quase todas as canções falar de apenas dois assuntos: ser rico e fumar maconha. Quando os dois não estão na mesma música. Há talento nas suas composições, mas tudo gira em torno do egocentrismo de Wiz deixando não apenas as letras pobres, mas toda a canção mesmo com o trabalho primorosos de todos os produtores. Um bom exemplo é a canção Fall Asleep com um trabalho minimalista e bem diferente de três produtores sem nenhum renome no grande mainstream é perdido pela letra fraca e repetitiva. Uma pena. Contudo, há dois momentos que conseguem sair dessa "regra": a incrivelmente romântica Got Everything e a sensacional Remember You (resenha a seguir) melhor canção do álbum. O que poderia ser um álbum genial é apenas um trabalho medíocre. Uma pena.
31 de janeiro de 2013
O Dia Que a Música Foi Roubada Pela Pessoa Certa
Remember You (feat. The Weeknd)
Wiz Khalifa
Normalmente quando um featuring "rouba" a canção do artista principal a sensação que fica não é muito boa. Só que isso pode ser uma coisa boa de vez em quando. Esse é o caso de Remember You segundo single de O.N.I.F.C.
Como featuring da canção está o ainda quase desconhecido cantor de R&B The Weeknd que vem conquistando a critica e também o público nos últimos messes. Considerado por muitos como o "melhor artista desde Michael Jackson", ele traz uma sobro de originalidade para a atual canção. Não vou falar muito dele, pois em breve ele estará no blog por si só, mas vou afirmar que só pelo trabalho avassalador dele em Remember You roubando com graça e genialidade a canção para si fazendo de Wiz um featuring na própria canção é de esperar apenas o melhor dele. Ainda mais que o produtor da canção é velho conhecido de The Weeknd e a sua produção para canção é um esplendor de criatividade. Mesmo sendo ofuscado, Wiz consegue um bom momento no segundo verso saindo do seu estilo de rap. Que bom que alguém roubou a canção e melhor que foi o The Weeknd.
nota: 8
Wiz Khalifa
Normalmente quando um featuring "rouba" a canção do artista principal a sensação que fica não é muito boa. Só que isso pode ser uma coisa boa de vez em quando. Esse é o caso de Remember You segundo single de O.N.I.F.C.
Como featuring da canção está o ainda quase desconhecido cantor de R&B The Weeknd que vem conquistando a critica e também o público nos últimos messes. Considerado por muitos como o "melhor artista desde Michael Jackson", ele traz uma sobro de originalidade para a atual canção. Não vou falar muito dele, pois em breve ele estará no blog por si só, mas vou afirmar que só pelo trabalho avassalador dele em Remember You roubando com graça e genialidade a canção para si fazendo de Wiz um featuring na própria canção é de esperar apenas o melhor dele. Ainda mais que o produtor da canção é velho conhecido de The Weeknd e a sua produção para canção é um esplendor de criatividade. Mesmo sendo ofuscado, Wiz consegue um bom momento no segundo verso saindo do seu estilo de rap. Que bom que alguém roubou a canção e melhor que foi o The Weeknd.
nota: 8
30 de janeiro de 2013
Como Fazer Uma Balada Pop
Different
Robbie Williams
Se tiver uma pessoa que sabe uma balada pop da melhor qualidade é o Robbie Williams desde o sucesso de Angles em 1997. Claro, não seria diferente com o segundo single de Take The Crown a bonita Different.
A canção mostra a vulnerabilidade de Robbie com seus vocais poderosos e tocantes apesar de alguns momentos ele estar com um tom rouco que eu não me lembro dele ter. Contudo, isso ajuda bastante para dar a atmosfera. A competente produção de Jacknife Lee é excepcional ao construir um elegante arranjo orquestral que eleva a canção, mas sem deixá-la pedante ou exagerada. Completa o pacote uma composição tocante e muito bem escrita. Simplesmente é uma balada pop de primeira linha.
nota: 8
Robbie Williams
Se tiver uma pessoa que sabe uma balada pop da melhor qualidade é o Robbie Williams desde o sucesso de Angles em 1997. Claro, não seria diferente com o segundo single de Take The Crown a bonita Different.
A canção mostra a vulnerabilidade de Robbie com seus vocais poderosos e tocantes apesar de alguns momentos ele estar com um tom rouco que eu não me lembro dele ter. Contudo, isso ajuda bastante para dar a atmosfera. A competente produção de Jacknife Lee é excepcional ao construir um elegante arranjo orquestral que eleva a canção, mas sem deixá-la pedante ou exagerada. Completa o pacote uma composição tocante e muito bem escrita. Simplesmente é uma balada pop de primeira linha.
nota: 8
29 de janeiro de 2013
A Simples Beleza
Beneath Your Beautiful (feat. Emeli Sandé)
Labrinth
Emoconiar é tão simples que chega a ser ridículo as tentativas frustradas de alguns artistas de montarem grandes músicas que ficam vazias e sem sentimento. Isso, definitivamente, não acontece na canção Beneath Your Beautiful do cantor/produtor inglês Labrinth.
Sexto single do álbum Electronic Earth lançado no começo do ano passado a canção alcançou o primeiro lugar da parada inglesa a semana de lançamento logo após uma apresentação ao vivo no The X Factor UK. E não poderia ser diferente. A composição co-escrita pela maravilhosa Emeli Sandé, Beneath Your Beautiful é uma tocante ode sobre o amor impossível quando uma pessoa se fecha em si mesma e não deixa se amada. Um trabalho inspirado também vem da produção que constrói uma contida e forte melodia cheia de sentimento que se mostra uma balada pop/R&B de primeira linha. Mesmo não sendo um cantor genial, Labrinth cumpre com louvor o seu trabalho enquanto Sandé entrega mais uma performance sensacional sem ofuscar o artista principal, mas sem ser apenas um nome para ficar depois do featuring. A beleza em estado simples e puro.
nota: 8
Labrinth
Emoconiar é tão simples que chega a ser ridículo as tentativas frustradas de alguns artistas de montarem grandes músicas que ficam vazias e sem sentimento. Isso, definitivamente, não acontece na canção Beneath Your Beautiful do cantor/produtor inglês Labrinth.
Sexto single do álbum Electronic Earth lançado no começo do ano passado a canção alcançou o primeiro lugar da parada inglesa a semana de lançamento logo após uma apresentação ao vivo no The X Factor UK. E não poderia ser diferente. A composição co-escrita pela maravilhosa Emeli Sandé, Beneath Your Beautiful é uma tocante ode sobre o amor impossível quando uma pessoa se fecha em si mesma e não deixa se amada. Um trabalho inspirado também vem da produção que constrói uma contida e forte melodia cheia de sentimento que se mostra uma balada pop/R&B de primeira linha. Mesmo não sendo um cantor genial, Labrinth cumpre com louvor o seu trabalho enquanto Sandé entrega mais uma performance sensacional sem ofuscar o artista principal, mas sem ser apenas um nome para ficar depois do featuring. A beleza em estado simples e puro.
nota: 8
28 de janeiro de 2013
As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos
Um bom dia para vocês que ainda tem esperança na vida depois de ver que o American Idol está um delicia com farofa! Não pelos candidatos (fodam-se eles), mas pelo fato de Mariahgela Carei e Nickicolá Ménage estão com a xana em chama de ódio uma da outra e estão jogando deboche uma para cima da outra mais que duas drags vadias em RuPaul's Drag Race (que começa nova temporada amanhã, bjos e assistam, por favor). Enquanto Mariahgela não acredita que a bunda da Ménage ainda não tem seu próprio CEP:
Ou apenas jogando deboche mesmo:
Já Ménage descobre o resultado do último single da MC:
E joga na cara da colega o sucesso do pop farofa que ela está fazendo:
Então, clica aí que o post está nesse nível!
Ou apenas jogando deboche mesmo:
Já Ménage descobre o resultado do último single da MC:
E joga na cara da colega o sucesso do pop farofa que ela está fazendo:
Então, clica aí que o post está nesse nível!
26 de janeiro de 2013
2 Por 1 - Ne-Yo
Forever Now
Don't Make Em Like You (featuring Wiz Khalifa)
Ne-Yo
Mesmo com o bom desempenho de Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself), Ne-Yo não conseguiu que os seus single seguintes vindos do álbum R.E.D. ganhassem qualquer atenção nas paradas.
Don't Make Em Like You mostra Ne-Yo fazendo o que melhor faz R&B, mas aqui a produção deixa a desejar e muito. A canção não tem nenhuma personalidade ao entregar um arranjo fraco, repetitivo e bem sem graça. A composição também não ajuda ao "enaltecer" uma mulher perfeito, Ne-Yo cai em clichês bobos. Ne-Yo faz o que pode e a presença de Wiz Khalifa afeta negativamente a canção já que não ajuda em nada.
Em contra partida, a parte mais pop dele se mostra mais interessante com Forever Now. A canção tem uma estrutura até interessante já que sua composição, mesmo não sendo genial, tem no tema decepção amorosa um bom momento de criatividade. Ne-Yo carrega bem a canção, mas ela se perde com a produção preguiçosa que dá para a canção um arranjo comum e sem inspiração. Nem era de estranhar com as escolhas de singles o Ne-Yo flopar.
nota
Forever Now: 6
Don't Make Em Like You: 5,5
Don't Make Em Like You (featuring Wiz Khalifa)
Ne-Yo
Mesmo com o bom desempenho de Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself), Ne-Yo não conseguiu que os seus single seguintes vindos do álbum R.E.D. ganhassem qualquer atenção nas paradas.
Don't Make Em Like You mostra Ne-Yo fazendo o que melhor faz R&B, mas aqui a produção deixa a desejar e muito. A canção não tem nenhuma personalidade ao entregar um arranjo fraco, repetitivo e bem sem graça. A composição também não ajuda ao "enaltecer" uma mulher perfeito, Ne-Yo cai em clichês bobos. Ne-Yo faz o que pode e a presença de Wiz Khalifa afeta negativamente a canção já que não ajuda em nada.
Em contra partida, a parte mais pop dele se mostra mais interessante com Forever Now. A canção tem uma estrutura até interessante já que sua composição, mesmo não sendo genial, tem no tema decepção amorosa um bom momento de criatividade. Ne-Yo carrega bem a canção, mas ela se perde com a produção preguiçosa que dá para a canção um arranjo comum e sem inspiração. Nem era de estranhar com as escolhas de singles o Ne-Yo flopar.
nota
Forever Now: 6
Don't Make Em Like You: 5,5
25 de janeiro de 2013
New Faces Apresenta: "O Cara que Refaz"
Time After Time
Angel
Pegar como inspiração uma canção que é considerada um clássico para construir uma nova é complicado. Quando dá certo de verdade é até bem interessante. Assim é o caso do novato cantor Angel com a canção Time After Time.
Acho que nem preciso falar em qual canção ele se inspirou para criar a sua já que o nome entrega tudo. Usando a parte do refrão onde a Cyndi Lauper repete o nome da sua canção, Angel que também é o produtor da canção constrói um R&B moderno que tem como tema a confissão de uma traição pelo narrador. Bem escrita, sincera e com ótimas sacadas sonoras. O arranjo também acerta com uma mistura sonora que não ultrapassa os limites para cair no lugar comum entregando um trabalho seguro e bem equilibrado. Mesmo que em certos momentos (como no refrão) ele lembrar o Chris Brown, Angel mostra capacidade de segurar uma canção já que tem mais nuances que o seu contemporâneo americano. "Refazendo" um clássico, Angel tem um bom começo de carreira.
nota: 7,5
Angel
Pegar como inspiração uma canção que é considerada um clássico para construir uma nova é complicado. Quando dá certo de verdade é até bem interessante. Assim é o caso do novato cantor Angel com a canção Time After Time.
Acho que nem preciso falar em qual canção ele se inspirou para criar a sua já que o nome entrega tudo. Usando a parte do refrão onde a Cyndi Lauper repete o nome da sua canção, Angel que também é o produtor da canção constrói um R&B moderno que tem como tema a confissão de uma traição pelo narrador. Bem escrita, sincera e com ótimas sacadas sonoras. O arranjo também acerta com uma mistura sonora que não ultrapassa os limites para cair no lugar comum entregando um trabalho seguro e bem equilibrado. Mesmo que em certos momentos (como no refrão) ele lembrar o Chris Brown, Angel mostra capacidade de segurar uma canção já que tem mais nuances que o seu contemporâneo americano. "Refazendo" um clássico, Angel tem um bom começo de carreira.
nota: 7,5
24 de janeiro de 2013
Para Uma Nova Geração
Never Tear Us Apart
Paloma Faith
Regravar um clássico é sempre uma atitude perigosa e corajosa. As vezes é melhor seguir o caminho seguro e não ousar demais para estragar o que já está perfeito. Esse foi o caso da cantora Paloma Faith com a canção Never Tear Us Apart.
Clássico do grupo INXS, Paloma resolveu não mexer no que já estava bom demais. A produção manteve a mesma base da versão original apenas acrescentando uma pitadas de soul para melhor de adequar ao estilo da britânica. Para segurar a linda e melancólica composição, Paloma entrega uma performance na medida certa sem exageros, mas conseguindo se expressar perfeitamente. Um trabalho correto para apresentar para uma nova geração um clássico moderno.
nota: 7,5
Paloma Faith
Regravar um clássico é sempre uma atitude perigosa e corajosa. As vezes é melhor seguir o caminho seguro e não ousar demais para estragar o que já está perfeito. Esse foi o caso da cantora Paloma Faith com a canção Never Tear Us Apart.
Clássico do grupo INXS, Paloma resolveu não mexer no que já estava bom demais. A produção manteve a mesma base da versão original apenas acrescentando uma pitadas de soul para melhor de adequar ao estilo da britânica. Para segurar a linda e melancólica composição, Paloma entrega uma performance na medida certa sem exageros, mas conseguindo se expressar perfeitamente. Um trabalho correto para apresentar para uma nova geração um clássico moderno.
nota: 7,5
23 de janeiro de 2013
Deus Tá Vendo
I Cry
Flo Rida
Flo Rida, você simplesmente não pode limpar sua barrar depois de fazer uma canção sobre sexo oral em um nível tão baíxo com uma com mensagem "séria" e dramática já que você não tem moral, nem talento para isso.
I Cry é uma tentativa de criar uma imagem de cara preocupado com o mundo falando sobre grandes tragédias recentes da humanidade e ao mesmo tempo falando de quanto é grande o seu cordão de ouro. Brincadeira, né? Flo Rida é um rapper com estilo próprio e ele consegue tirar um resultado razoável assim como a produção que entrega uma canção clup/pop/hip hop correta. Contudo, falar das vitímas do Tsunami no Japão e dançar na boate não é muito interessante. Deus está vendo, Flo Rida! Ele está vendo!
nota: 5,5
Flo Rida
Flo Rida, você simplesmente não pode limpar sua barrar depois de fazer uma canção sobre sexo oral em um nível tão baíxo com uma com mensagem "séria" e dramática já que você não tem moral, nem talento para isso.
I Cry é uma tentativa de criar uma imagem de cara preocupado com o mundo falando sobre grandes tragédias recentes da humanidade e ao mesmo tempo falando de quanto é grande o seu cordão de ouro. Brincadeira, né? Flo Rida é um rapper com estilo próprio e ele consegue tirar um resultado razoável assim como a produção que entrega uma canção clup/pop/hip hop correta. Contudo, falar das vitímas do Tsunami no Japão e dançar na boate não é muito interessante. Deus está vendo, Flo Rida! Ele está vendo!
nota: 5,5
22 de janeiro de 2013
Fazendo R&B de Verdade
Dive
Usher
Muitos reclamam que falta diversidade no mercado mainstream americano, mas o problema é quando aparece gente fazendo música boa e diferente do que está no topo das paradas ela flopa grandiosamente.
Quinto single do álbum Looking 4 Myself do Usher, Dive é um R&B puro, bem produzido, comercial e que se fosse lançado há alguns anos teria sido topo da Billboard. Usher volta a entregar uma performance poderosa com vocais precisos mostrando que ele é o verdadeiro substituto de Michael Jackson quando se trata de R&B. A produção acerta no tom forte, sensual e com uma pitada quase épica para a canção. A composição poderia ter sido melhor trabalhada, mas consegue manter o padrão da canção sem afetar muito. Isso é fazer música radiofônica de verdade pena que as pessoas esqueceram de avaliar o que é bom e o que apenas lixo.
nota: 8
Usher
Muitos reclamam que falta diversidade no mercado mainstream americano, mas o problema é quando aparece gente fazendo música boa e diferente do que está no topo das paradas ela flopa grandiosamente.
Quinto single do álbum Looking 4 Myself do Usher, Dive é um R&B puro, bem produzido, comercial e que se fosse lançado há alguns anos teria sido topo da Billboard. Usher volta a entregar uma performance poderosa com vocais precisos mostrando que ele é o verdadeiro substituto de Michael Jackson quando se trata de R&B. A produção acerta no tom forte, sensual e com uma pitada quase épica para a canção. A composição poderia ter sido melhor trabalhada, mas consegue manter o padrão da canção sem afetar muito. Isso é fazer música radiofônica de verdade pena que as pessoas esqueceram de avaliar o que é bom e o que apenas lixo.
nota: 8
21 de janeiro de 2013
Repetindo a Dose
Finally Found You (feat. Sammy Adams)
Enrique Iglesias
Sabe aqueles drinks novos que você experimenta e adora só que quando pede pela segunda vez não desce tão bem? Então, essa é a sensação da canção Finally Found You, single do Enrique Iglesias.
A canção segue o que ele vem fazendo de maneira divertida desde o sucesso de I Like It, mas desta vez o tiro saiu pela culatra. A canção é bem mais do mesmo e nem tem nenhum fator de "divertimento". Uma produção bem preguiçosa que "chupa" o arranjo de qualquer canção do grupo pop The Wanted.A composição é muito fraca e nem consegue entregar um refrão contagiante. Se Enrique não surpreende, a escolha do rapper desconhecido Sammy Adams é o prego que faltava para fechar o caixão. Resumo: é melhor pedir a saideira bem rápido.
nota: 5
Enrique Iglesias
Sabe aqueles drinks novos que você experimenta e adora só que quando pede pela segunda vez não desce tão bem? Então, essa é a sensação da canção Finally Found You, single do Enrique Iglesias.
A canção segue o que ele vem fazendo de maneira divertida desde o sucesso de I Like It, mas desta vez o tiro saiu pela culatra. A canção é bem mais do mesmo e nem tem nenhum fator de "divertimento". Uma produção bem preguiçosa que "chupa" o arranjo de qualquer canção do grupo pop The Wanted.A composição é muito fraca e nem consegue entregar um refrão contagiante. Se Enrique não surpreende, a escolha do rapper desconhecido Sammy Adams é o prego que faltava para fechar o caixão. Resumo: é melhor pedir a saideira bem rápido.
nota: 5
19 de janeiro de 2013
As 15 Melhores Vozes Femininas da Atualidade
Sim, queridos leitores vocês leram certo! Resolvi fazer uma nova
lista com As 15 Melhores Vozes Femininas da Atualidade depois de quase
dois anos que fiz a primeira (parte um e parte dois).
Houve bastante "burburinho" com a listagem com gente concordando e
outras discordando. Então, dessa vez como será? Quem são as cantoras que
continuam na lista? Quem saiu? Quem entrou? Quem é a maior voz feminina
da atualidade? Cliquem e descubram os cinco primeiros nomes!
Como Ser Uma Guenga Com Estilo
How to Be a Heartbreaker
Marina & The Diamond
Ser pop é poder ser propositalmente inconsequente em alguns níveis. Assim mostra a deliciosa How to Be a Heartbreaker da Marina & The Diamonds.
A canção "ensina" como ser uma "piriguete" que devora corações de meninos inocentes. A composição é cheia de ironia e consegue o efeito desejado sem passar vulgaridade ou clichês. Simples, divertido e original. Marina é uma cantora pop perfeita: tem voz decente com personalidade de sobra para carregar uma canção tão fútil e divertida como How to Be a Heartbreaker. O erro fica na produção Dr. Luke, Cirkut e Benny Blanco que dá para a canção um arranjo quase comum demais que tem alguns momentos inspirados, mas que fica longe de ser tão bom quanto podia ser. Contudo, a quenguice gratuita salva com louvor a canção.
nota: 7
Marina & The Diamond
Ser pop é poder ser propositalmente inconsequente em alguns níveis. Assim mostra a deliciosa How to Be a Heartbreaker da Marina & The Diamonds.
A canção "ensina" como ser uma "piriguete" que devora corações de meninos inocentes. A composição é cheia de ironia e consegue o efeito desejado sem passar vulgaridade ou clichês. Simples, divertido e original. Marina é uma cantora pop perfeita: tem voz decente com personalidade de sobra para carregar uma canção tão fútil e divertida como How to Be a Heartbreaker. O erro fica na produção Dr. Luke, Cirkut e Benny Blanco que dá para a canção um arranjo quase comum demais que tem alguns momentos inspirados, mas que fica longe de ser tão bom quanto podia ser. Contudo, a quenguice gratuita salva com louvor a canção.
nota: 7
18 de janeiro de 2013
Justin For Real
Suit & Tie (feat. Jay-Z)
Justin Timberlake
A última canção que o Justin Timberlake lançou como artista principal foi em 2007 com a canção Until the End of Time. Desde então ele se dedicou na carreira de ator e de empresário, apesar de ter participações esporádicas em trabalhos de outros artistas com o mais famoso o álbum Hard Candy da Madonna. Nesse tempo, Justin viu o mundo da música dar uma grande mudada: apareceu a Lady GaGa, a Rihanna e a Katy Perry se tornaram nomes de peso, Adele surgiu e Justin Bieber se tornou o novo "queridinho" do público jovem. Sem dar sinais de vida na sua carreira musical por bastante tempo parecia que Justin tinha esquecido de que era, antes de tudo, um dos melhores cantores contemporâneos. Ledo engano: Justin saiu da aposentadoria e anunciou o lançamento do seu terceiro álbum (The 20/20 Experience) para esse ano e já lançou o primeiro single, a ótima Suit & Tie.
Nem precisou de muito para JT mostrar que vai fazer o que sabe melhor: ser ele mesmo. Começa pelo "barulho" que o lançamento da canção já está causando com ótimas vendas digitais em vários países. Além disso, JT vai trabalhar com o parceiro de longa data o produtor Timbaland (esse estava mais sumido que político honesto em Brasília). Suit & Tie começa mostrando que o cantor não foi "aliciado" pelo atual cenário musical quando decidiu investir no estilo que o consagrou como artista solo uma mistura de pop com R&B. Com uma clara influencia de Michael Jackson em Off the Wall desde a batida mais cadenciada com toques de disco, mas respeitando a batida mais soul como era comum na época. O trabalho de Timbaland que dividi a produção com o próprio Justin e Jerome "J-Roc" Harmon consegue dar um ar moderno para o bom arranjo não o deixando soar datado. A composição é bem divertida poderia ter um refrão menor e mais marcante, mas só saber que ainda há pessoas inseridas no mundo pop que conseguem escrever canções com tematicas diferentes e originais já é uma "lufada de ar fresco". Por falar em algo bom, Justin é ainda um dos caras mais "fodas" na difícil tarefa de segurar o estigma de cantor pop: sem ser uma voz original de verdade, suas performances são sempre sólidas, coesas e poderosas. Em Suit & Tie não é diferente e a participação de Jay-Z passa o verniz final na canção. Isso é ser ídolo. Isso é ser pop. Isso é ser Justin.
nota: 8
Justin Timberlake
A última canção que o Justin Timberlake lançou como artista principal foi em 2007 com a canção Until the End of Time. Desde então ele se dedicou na carreira de ator e de empresário, apesar de ter participações esporádicas em trabalhos de outros artistas com o mais famoso o álbum Hard Candy da Madonna. Nesse tempo, Justin viu o mundo da música dar uma grande mudada: apareceu a Lady GaGa, a Rihanna e a Katy Perry se tornaram nomes de peso, Adele surgiu e Justin Bieber se tornou o novo "queridinho" do público jovem. Sem dar sinais de vida na sua carreira musical por bastante tempo parecia que Justin tinha esquecido de que era, antes de tudo, um dos melhores cantores contemporâneos. Ledo engano: Justin saiu da aposentadoria e anunciou o lançamento do seu terceiro álbum (The 20/20 Experience) para esse ano e já lançou o primeiro single, a ótima Suit & Tie.
Nem precisou de muito para JT mostrar que vai fazer o que sabe melhor: ser ele mesmo. Começa pelo "barulho" que o lançamento da canção já está causando com ótimas vendas digitais em vários países. Além disso, JT vai trabalhar com o parceiro de longa data o produtor Timbaland (esse estava mais sumido que político honesto em Brasília). Suit & Tie começa mostrando que o cantor não foi "aliciado" pelo atual cenário musical quando decidiu investir no estilo que o consagrou como artista solo uma mistura de pop com R&B. Com uma clara influencia de Michael Jackson em Off the Wall desde a batida mais cadenciada com toques de disco, mas respeitando a batida mais soul como era comum na época. O trabalho de Timbaland que dividi a produção com o próprio Justin e Jerome "J-Roc" Harmon consegue dar um ar moderno para o bom arranjo não o deixando soar datado. A composição é bem divertida poderia ter um refrão menor e mais marcante, mas só saber que ainda há pessoas inseridas no mundo pop que conseguem escrever canções com tematicas diferentes e originais já é uma "lufada de ar fresco". Por falar em algo bom, Justin é ainda um dos caras mais "fodas" na difícil tarefa de segurar o estigma de cantor pop: sem ser uma voz original de verdade, suas performances são sempre sólidas, coesas e poderosas. Em Suit & Tie não é diferente e a participação de Jay-Z passa o verniz final na canção. Isso é ser ídolo. Isso é ser pop. Isso é ser Justin.
nota: 8
Dog Days Are Over 2 - A Volta dos Cães
Feel Again
One Republic
Incrível como algumas pessoas estão tão presentes, mas ao mesmo tempo não estão. Explico: fiquei espantado quando vi que o One Republic estava apenas no seu terceiro álbum que vai ser lançado ainda esse ano. O que acontece é que o líder da banda Ryan Tedder esteve tão em evidência produzindo para Deus e o mundo que a gente acha que ele tem uma carreira com a banda maior que é na verdade. Passado o susto pode analisar melhor o single promocional Feel Again.
A canção é uma continuação de Dog Days Are Over mais fraca, mas ainda é interessante. Como produtor, Ryan vêm se refinando ao longo do tempo e aqui consegue um arranjo classudo, sóbrio e maduro que apesar de "imitar" a canção do Florence + the Machine na estrutura rítmica e nas batidas de tambor. Ryan faz um performance boa e discreta enquanto a composição é normal, mas não prejudica nada. É a volta do que a gente nem achava que tinham ido.
nota: 7
One Republic
Incrível como algumas pessoas estão tão presentes, mas ao mesmo tempo não estão. Explico: fiquei espantado quando vi que o One Republic estava apenas no seu terceiro álbum que vai ser lançado ainda esse ano. O que acontece é que o líder da banda Ryan Tedder esteve tão em evidência produzindo para Deus e o mundo que a gente acha que ele tem uma carreira com a banda maior que é na verdade. Passado o susto pode analisar melhor o single promocional Feel Again.
A canção é uma continuação de Dog Days Are Over mais fraca, mas ainda é interessante. Como produtor, Ryan vêm se refinando ao longo do tempo e aqui consegue um arranjo classudo, sóbrio e maduro que apesar de "imitar" a canção do Florence + the Machine na estrutura rítmica e nas batidas de tambor. Ryan faz um performance boa e discreta enquanto a composição é normal, mas não prejudica nada. É a volta do que a gente nem achava que tinham ido.
nota: 7
17 de janeiro de 2013
3 por 1 - Lupe Fiasco
Bitch Bad
Lamborghini Angels
Battle Scars (Feat. Guy Sebastian)
Lupe Fiasco
Sempre critiquei o uso de expressões vulgares e concepções preconceituosas em letras de músicas em especial as de hip hop. Claro, essa minha visão não é apenas de quem está do outro lado da canção, mas também de quem faz. Esse é o tema de Bitch Bad do rapper Lupe Fiasco segundo do single do álbum Food And Liquor II The Great American Rap Album Part 1.
O rapper fala sobre como a imagem da mulher é construída no mundo do hip hop com a utilização da expressão "bitch" e todas as conotações negativas e como isso entra nas mentes de jovens garotas e como elas vão se enxergar no futuro. Corajoso e extremamente direto, a composição tem como ponto positivo sua honestidade. Dito isso, a canção perde bastante força com a uma produção fraca e sem inspiração e mesmo com o bom desempenho de Lupe, Bitch Bad fica só na boa ideia.
Sem nenhum medo te enfiar a mão na ferida, Lupe faz uma importanate critica social sobre vários problemas desde abuso infantil até os abusos de soldados americanos em terras estrangeiras no single Lamborghini Angels . Se novamente ele acerta no conteúdo, erra na forma dada para a canção. Melhor que o single anterior, a canção tem uma produção até interessante só que não valoriza o material que tem com um arranjo estranho e uma duração rápida demais.
O curioso é que ele só acerta na produção quando toda a força de composição é diminuída na canção com teor de auto ajuda. A canção Battle Scars, que também serviu de single oficial para o cantor australiano Guy Sebastian, fala sobre superar as cicatrizes da vida com uma estrutura similar do "rapper + cantor". Acontece que tudo foi bem produzido com um arranjo certo para a canção e os bons desempenhos dos dois artistas envolvidos que Battle Scars se transforma em uma canção cativante.
nota
Bitch Bad: 6
Lamborghini Angels: 6,5
Battle Scars: 7,5
Lamborghini Angels
Battle Scars (Feat. Guy Sebastian)
Lupe Fiasco
Sempre critiquei o uso de expressões vulgares e concepções preconceituosas em letras de músicas em especial as de hip hop. Claro, essa minha visão não é apenas de quem está do outro lado da canção, mas também de quem faz. Esse é o tema de Bitch Bad do rapper Lupe Fiasco segundo do single do álbum Food And Liquor II The Great American Rap Album Part 1.
O rapper fala sobre como a imagem da mulher é construída no mundo do hip hop com a utilização da expressão "bitch" e todas as conotações negativas e como isso entra nas mentes de jovens garotas e como elas vão se enxergar no futuro. Corajoso e extremamente direto, a composição tem como ponto positivo sua honestidade. Dito isso, a canção perde bastante força com a uma produção fraca e sem inspiração e mesmo com o bom desempenho de Lupe, Bitch Bad fica só na boa ideia.
Sem nenhum medo te enfiar a mão na ferida, Lupe faz uma importanate critica social sobre vários problemas desde abuso infantil até os abusos de soldados americanos em terras estrangeiras no single Lamborghini Angels . Se novamente ele acerta no conteúdo, erra na forma dada para a canção. Melhor que o single anterior, a canção tem uma produção até interessante só que não valoriza o material que tem com um arranjo estranho e uma duração rápida demais.
O curioso é que ele só acerta na produção quando toda a força de composição é diminuída na canção com teor de auto ajuda. A canção Battle Scars, que também serviu de single oficial para o cantor australiano Guy Sebastian, fala sobre superar as cicatrizes da vida com uma estrutura similar do "rapper + cantor". Acontece que tudo foi bem produzido com um arranjo certo para a canção e os bons desempenhos dos dois artistas envolvidos que Battle Scars se transforma em uma canção cativante.
nota
Bitch Bad: 6
Lamborghini Angels: 6,5
Battle Scars: 7,5
16 de janeiro de 2013
Primeira Impressão
Warrior
Ke$ha
Uma pergunta que surgiu recentemente e parece não ter resposta é: por que o álbum Warrior da Ke$ha está flopando lindamente? Sinceramente, eu não encontro nenhuma razão clara e racional para esse fato. O público cansou do pop farofa? Se fosse assim o single Die Young não teria o sucesso que alcançou. O massacre na escola americana e o boicote do single já citado nas rádios? Não, já que a tragédia aconteceu depois. Basicamente é flop pelo simples fator de flopar. E Warrior nem é um álbum tão ruim como se podia esperar.
Não sendo uma obra prima, Warrior é um trabalho ok ainda mais se compararmos com o debut dela, o ruim Animal. No trabalho com produção quase integral do Dr. Luke com algumas parcerias com Cirkut e Benny Blanco, Ke$ha mostra que tem personalidade ao seguir um caminho mais rock. Não que seja uma mudança profunda e significativa, apenas umas pitadas aqui é ali que ajudam a criar uma atmosfera mais estilizada. Não espere grandes trabalhos de arranjos para as canções: tudo é "rasteiro", comercial, radiofônico e quase dispensável. As composições são rasas como um pires de café alternando do "foda-se o mundo, somos uns porra loucas e queremos nos divertir" até "sou a Taylor Swift versão sujinha e faço canções de amor para choramingar minas magoas". Uma coisa posso elogiar: ao contrário de outras cantoras pop, ela escreve suas próprias música. Já é alguma coisa de boa. Assim como o menor uso do auto tune em alguns momentos é bem vindo, apesar de mostrar que vocalmente Ke$ha é apenas uma voz normal. Contudo, na maior parte do tempo o uso do artifício é quase irritante e não ajuda em nada na construção da maioria das canções. Com adição de influências de rock em Warrior, os melhores momentos ficaram nas faixas que buscaram suas "bases" no estilo começando pela que dá nome ao álbum Warrior, passa por Thinking of You e Crazy Kids e chega na baladinha divertida Wonderland. O posto de melhores ficam para Dirty Love com o dinossauro do rock Iggy Pop e Gold Trans Am que é uma mistura de We Will Rock You e I Love Rock'n'Roll. No outro lado temos a tenebrosa Supernatural, a chata Only Wanna Dance With You e a simplesmente ruim Wherever You Are. Se ainda não tinha entendido como a Ke$ha fez sucesso, ficarei ainda mais o motivo dela ter flopado.
Ke$ha
Uma pergunta que surgiu recentemente e parece não ter resposta é: por que o álbum Warrior da Ke$ha está flopando lindamente? Sinceramente, eu não encontro nenhuma razão clara e racional para esse fato. O público cansou do pop farofa? Se fosse assim o single Die Young não teria o sucesso que alcançou. O massacre na escola americana e o boicote do single já citado nas rádios? Não, já que a tragédia aconteceu depois. Basicamente é flop pelo simples fator de flopar. E Warrior nem é um álbum tão ruim como se podia esperar.
Não sendo uma obra prima, Warrior é um trabalho ok ainda mais se compararmos com o debut dela, o ruim Animal. No trabalho com produção quase integral do Dr. Luke com algumas parcerias com Cirkut e Benny Blanco, Ke$ha mostra que tem personalidade ao seguir um caminho mais rock. Não que seja uma mudança profunda e significativa, apenas umas pitadas aqui é ali que ajudam a criar uma atmosfera mais estilizada. Não espere grandes trabalhos de arranjos para as canções: tudo é "rasteiro", comercial, radiofônico e quase dispensável. As composições são rasas como um pires de café alternando do "foda-se o mundo, somos uns porra loucas e queremos nos divertir" até "sou a Taylor Swift versão sujinha e faço canções de amor para choramingar minas magoas". Uma coisa posso elogiar: ao contrário de outras cantoras pop, ela escreve suas próprias música. Já é alguma coisa de boa. Assim como o menor uso do auto tune em alguns momentos é bem vindo, apesar de mostrar que vocalmente Ke$ha é apenas uma voz normal. Contudo, na maior parte do tempo o uso do artifício é quase irritante e não ajuda em nada na construção da maioria das canções. Com adição de influências de rock em Warrior, os melhores momentos ficaram nas faixas que buscaram suas "bases" no estilo começando pela que dá nome ao álbum Warrior, passa por Thinking of You e Crazy Kids e chega na baladinha divertida Wonderland. O posto de melhores ficam para Dirty Love com o dinossauro do rock Iggy Pop e Gold Trans Am que é uma mistura de We Will Rock You e I Love Rock'n'Roll. No outro lado temos a tenebrosa Supernatural, a chata Only Wanna Dance With You e a simplesmente ruim Wherever You Are. Se ainda não tinha entendido como a Ke$ha fez sucesso, ficarei ainda mais o motivo dela ter flopado.
Flopando em 5,4,3,2 e 1!
C'mon
Ke$ha
Se não bastasse flopar com o álbum Warrior, Ke$ha resolver lançar como segundo single uma das canções mais sem cara de "hit" do álbum, a mediana C'mon.
C'mon é um dance pop com cara de "requentado" do começo ao fim. A composição repete clichês do estilo ao extremo, mas tem algumas "brincadeiras" divertidas. A batida tem até uma pegada legalzinha só que ecoa a todo o momento a sensação de "cópia". Por fim, Ke$ha faz nada de mais em uma atuação apática. Flopando em 5,4,3,2 e 1!
nota: 6
Ke$ha
Se não bastasse flopar com o álbum Warrior, Ke$ha resolver lançar como segundo single uma das canções mais sem cara de "hit" do álbum, a mediana C'mon.
C'mon é um dance pop com cara de "requentado" do começo ao fim. A composição repete clichês do estilo ao extremo, mas tem algumas "brincadeiras" divertidas. A batida tem até uma pegada legalzinha só que ecoa a todo o momento a sensação de "cópia". Por fim, Ke$ha faz nada de mais em uma atuação apática. Flopando em 5,4,3,2 e 1!
nota: 6
15 de janeiro de 2013
Como Fazer Um Musicão Falando Sobre Nada
Thrift Shop (feat. Wanz)
Macklemore & Ryan Lewis
Na historia do mundo da música já se falou de tudo e mais um pouco. Claro, amor sempre esteve e sempre estará como o tema mais recorrente, mas há milhares de canções que falam desde problemas sociais até de farrear até o dia clarear. Até fazer uma canção sobre o nada pode até render algo como na canção Thrift Shop, o sucesso surpreendente do rapper Macklemore com o DJ Ryan Lewis.
Depois de ganhar destaque no mundo indie da internet, o rapper "branquelo" Macklemore se juntou com o DJ Ryan Lewis para lançar o álbum em parceria intitulado The Heist no começo de Outubro passado. O álbum vendeu cerca de 70 mil cópias na primeira e ficou em segundo na Billboard. Um feito e tanto ainda mais que foi o último single lançado que ajudou nas vendagens já estão na casa de 200 mil. O single em questão é a ótima Thrift Shop. Vocês, caros leitores, podem perguntar qual o assunto de tão boa canção? Respondo: de nada. Nada exatamente não é, mas Thrift Shop fala sobre comprar em um brechó. Sério. Outra pergunta que vocês podem fazer: como uma música sobre um assunto tão banal pode render algo bom? Simples: talento. Escrita por Macklemore, Thrift Shop é uma ode ao ato de comprar por preços baixos qualquer coisa (nos Estados Unidos não se vende apenas roupas em brechós) extremamente hilárias, desprendida de intenções mais profundas ou metáforas, cheio de referências e simplesmente contagiante. Não tem como não rir quando ele fala do estado que encontrou as roupas e mesmo assim resolveu usá-las já que estavam uma "pechincha". Macklemore mostra muito talento como rapper: diferente de qualquer um na atualidade, original nas rimas que cria e também na maneira de "falar" e de se expressar. Além disso, a produção de Ryan Lewis é fantástica. A mistura sonora que ele faz para aparar o trabalho de Macklemore é revigorate por descobrir que há pessoas que encaram o hip hop com olhos com visão para bem além do que se espera. Thrift Shop é a prova definitiva que ainda existe vida inteligente na música e que para fazer uma música boa não precisa de grandes intenções por trás.
nota: 8,5
Macklemore & Ryan Lewis
Na historia do mundo da música já se falou de tudo e mais um pouco. Claro, amor sempre esteve e sempre estará como o tema mais recorrente, mas há milhares de canções que falam desde problemas sociais até de farrear até o dia clarear. Até fazer uma canção sobre o nada pode até render algo como na canção Thrift Shop, o sucesso surpreendente do rapper Macklemore com o DJ Ryan Lewis.
Depois de ganhar destaque no mundo indie da internet, o rapper "branquelo" Macklemore se juntou com o DJ Ryan Lewis para lançar o álbum em parceria intitulado The Heist no começo de Outubro passado. O álbum vendeu cerca de 70 mil cópias na primeira e ficou em segundo na Billboard. Um feito e tanto ainda mais que foi o último single lançado que ajudou nas vendagens já estão na casa de 200 mil. O single em questão é a ótima Thrift Shop. Vocês, caros leitores, podem perguntar qual o assunto de tão boa canção? Respondo: de nada. Nada exatamente não é, mas Thrift Shop fala sobre comprar em um brechó. Sério. Outra pergunta que vocês podem fazer: como uma música sobre um assunto tão banal pode render algo bom? Simples: talento. Escrita por Macklemore, Thrift Shop é uma ode ao ato de comprar por preços baixos qualquer coisa (nos Estados Unidos não se vende apenas roupas em brechós) extremamente hilárias, desprendida de intenções mais profundas ou metáforas, cheio de referências e simplesmente contagiante. Não tem como não rir quando ele fala do estado que encontrou as roupas e mesmo assim resolveu usá-las já que estavam uma "pechincha". Macklemore mostra muito talento como rapper: diferente de qualquer um na atualidade, original nas rimas que cria e também na maneira de "falar" e de se expressar. Além disso, a produção de Ryan Lewis é fantástica. A mistura sonora que ele faz para aparar o trabalho de Macklemore é revigorate por descobrir que há pessoas que encaram o hip hop com olhos com visão para bem além do que se espera. Thrift Shop é a prova definitiva que ainda existe vida inteligente na música e que para fazer uma música boa não precisa de grandes intenções por trás.
nota: 8,5
14 de janeiro de 2013
Uma Segunda Chance Para: "I Kissed a Girl"
I Kissed a Girl
Katy Perry
Ainda é meio difícil acreditar que já faz quase quatro anos que Katy Perry estourou com o hit I Kissed a Girl. E ainda é mais espantoso se pensarmos que aquela novata era promessa para ser dona de um sucesso só e depois sumir como milhares já fizeram. Depois de dois álbuns e uns duzentos singles, Katy se firmou no mercado e hoje e uma das maiores divas pop da atualidade. Então, voltando ao passado: I Kissed a Girl foi realmente um "start" glorioso para a carreira de Katy.
Passado esse anos, a canção ainda mantém suas principais características preservadas: pop chiclete viciante feito na medida para tocar na seu radinho até cansar. E essa foi I Kissed a Girl. A grande sacada dos produtores Dr. Luke e Benny Blanco foi colocar pitadas de pop rock na construção do arranjo dando uma personalidade mais viva e conseguindo se diferenciar do pop mais comum. Não sendo uma cantora genial, Katy segura bem a canção mesmo ainda sem mostrar mais personalidade. A composição é o ponto fraco da canção: a história de beijei uma garota, mas com tom de garota Capricho é meio broxante no final das contas. Contudo, não posso negar que o refrão gruda mais que super cola. E foi assim que Katy fez sua carreira se colando no panteão pop para não sair mais.
nota original: 8
nota atual: 7
Resultado Final: Apesar de perder um pouco do brilho, a canção se mantém divertida e atual.
Resenha Original (reparem o quanto a pessoa que vos escreve mudou a maneira de escrever)
Katy Perry
Ainda é meio difícil acreditar que já faz quase quatro anos que Katy Perry estourou com o hit I Kissed a Girl. E ainda é mais espantoso se pensarmos que aquela novata era promessa para ser dona de um sucesso só e depois sumir como milhares já fizeram. Depois de dois álbuns e uns duzentos singles, Katy se firmou no mercado e hoje e uma das maiores divas pop da atualidade. Então, voltando ao passado: I Kissed a Girl foi realmente um "start" glorioso para a carreira de Katy.
Passado esse anos, a canção ainda mantém suas principais características preservadas: pop chiclete viciante feito na medida para tocar na seu radinho até cansar. E essa foi I Kissed a Girl. A grande sacada dos produtores Dr. Luke e Benny Blanco foi colocar pitadas de pop rock na construção do arranjo dando uma personalidade mais viva e conseguindo se diferenciar do pop mais comum. Não sendo uma cantora genial, Katy segura bem a canção mesmo ainda sem mostrar mais personalidade. A composição é o ponto fraco da canção: a história de beijei uma garota, mas com tom de garota Capricho é meio broxante no final das contas. Contudo, não posso negar que o refrão gruda mais que super cola. E foi assim que Katy fez sua carreira se colando no panteão pop para não sair mais.
nota original: 8
nota atual: 7
Resultado Final: Apesar de perder um pouco do brilho, a canção se mantém divertida e atual.
Resenha Original (reparem o quanto a pessoa que vos escreve mudou a maneira de escrever)
12 de janeiro de 2013
A Lenda da Britoca como Featuring
Scream And Shout (feat. Britney Spears)
will.i.am
Existem uma lenda quase urbana por aí que a Britoca fez um featuring na música Scream And Shout do will.i.am. Então, queria desmentir esse boato falso já que na verdade ela faz apenas backvocal e ainda assim é a melhor coisa da canção.
Devo admitir que até existe um projeto de música boa em Scream And Shout. Isso dura exatamente um minuto e quatorze segundos já que é a primeira parte da canção e depois ela só se repete até o final. Enquanto não vira uma espécie de "Feitiço do Tempo" musical, o single que está até bem nas paradas é um bom dance pop chiclete onde mesmo com a voz super alterada no começo, sendo backvocal para will.i.am no refrão ou soltando o clássico "Britney, Bicth", Britoca é a melhor coisa da canção. Dito isso, vamos ao que interessa: queria saber até quando will.i. am vai fazer música sobre se divertir na balada? Até isso tem um limite de "criatividade". Com a mesma ladainha de sempre, will ainda erra mais ao dar pouco espaço na canção para Britoca, quando deu bem mais para Jennifer Lopez. Além disso, a canção não acrescenta nada no mercado que precisa de renovação urgente e não mais do mesmo. Falando em lendas há também aquela que se uma cantora falar três vezes "Britney, Bicth" na frente de um espelho, a própria Britoca aparece e tira todo o sucesso dela. Veja a Aguilera.
nota: 5,5
will.i.am
Existem uma lenda quase urbana por aí que a Britoca fez um featuring na música Scream And Shout do will.i.am. Então, queria desmentir esse boato falso já que na verdade ela faz apenas backvocal e ainda assim é a melhor coisa da canção.
Devo admitir que até existe um projeto de música boa em Scream And Shout. Isso dura exatamente um minuto e quatorze segundos já que é a primeira parte da canção e depois ela só se repete até o final. Enquanto não vira uma espécie de "Feitiço do Tempo" musical, o single que está até bem nas paradas é um bom dance pop chiclete onde mesmo com a voz super alterada no começo, sendo backvocal para will.i.am no refrão ou soltando o clássico "Britney, Bicth", Britoca é a melhor coisa da canção. Dito isso, vamos ao que interessa: queria saber até quando will.i. am vai fazer música sobre se divertir na balada? Até isso tem um limite de "criatividade". Com a mesma ladainha de sempre, will ainda erra mais ao dar pouco espaço na canção para Britoca, quando deu bem mais para Jennifer Lopez. Além disso, a canção não acrescenta nada no mercado que precisa de renovação urgente e não mais do mesmo. Falando em lendas há também aquela que se uma cantora falar três vezes "Britney, Bicth" na frente de um espelho, a própria Britoca aparece e tira todo o sucesso dela. Veja a Aguilera.
nota: 5,5
11 de janeiro de 2013
Apenas Nada
Hall of Fame (feat. will.i.am)
The Script
Tem certas músicas que quando a gente escuta, pensa: "Que música ruim!". Têm outras que rola mais ou menos assim: "Que música horrível!". Então, ouço a canção Hall of Fame da banda The Script e sabe o que pensei: nada. Sério, a canção é tão, mais tão ruim, mais tão ruim que nada veio na minha cabeça para tentar descrever.
Primeiro single do álbum #3, a canção é uma das maiores perdas de tempo que eu já tive o desprazer de ouvir. Começa pelo fato de ter o will.i.am como featuring cantando. Nem preciso falar mais, né? Hall of Fame tem como letra uma assombrosa tentativa de auto-ajuda que pode fazer corar guia de acampamento. Sente apenas o começo:
"Sim, você poderia ser o maior
Você pode ser o melhor
Você pode ser o King Kong batendo em seu peito"
Contudo, o pior é a produção que faz da canção uma das mais sem personalidades em todos os quesitos que eu já ouvi. Sério, precisa de talento para fazer um grande monte de nada que dura mais de três minutos? Parabéns a todos envolvidos!
nota: 0
The Script
Tem certas músicas que quando a gente escuta, pensa: "Que música ruim!". Têm outras que rola mais ou menos assim: "Que música horrível!". Então, ouço a canção Hall of Fame da banda The Script e sabe o que pensei: nada. Sério, a canção é tão, mais tão ruim, mais tão ruim que nada veio na minha cabeça para tentar descrever.
Primeiro single do álbum #3, a canção é uma das maiores perdas de tempo que eu já tive o desprazer de ouvir. Começa pelo fato de ter o will.i.am como featuring cantando. Nem preciso falar mais, né? Hall of Fame tem como letra uma assombrosa tentativa de auto-ajuda que pode fazer corar guia de acampamento. Sente apenas o começo:
"Sim, você poderia ser o maior
Você pode ser o melhor
Você pode ser o King Kong batendo em seu peito"
Contudo, o pior é a produção que faz da canção uma das mais sem personalidades em todos os quesitos que eu já ouvi. Sério, precisa de talento para fazer um grande monte de nada que dura mais de três minutos? Parabéns a todos envolvidos!
nota: 0
10 de janeiro de 2013
Primeira Impressão
True (EP)
Solange
Faça a seguinte mistura: pegue a Madonna dos anos oitenta, acrescente um pouco de Sade, Emeli Sandé, Erykah Badu, India.Arie e outras divas contemporâneas do R&B e soul. Misturou? Pense em um trabalho com toda essa mistura? Conseguiu chegar ao um resultado? E se eu te falar que já existe algo parecido com isso, você acredita? Esse trabalho chama-se True e é um EP lançado no finalzinho do ano passado. Contudo, quero que vocês fiquem mais pasmos ainda já que a dona desse EP é a Solange Knowles! Sim, a irmã bem menos famosa da Beyoncé. Completando o pacote digo e afirmo com todas as letras que True é um trabalho simplesmente genial! Para quem não conhece a irmã da Beyoncé vale antes uma rápida biografia.
Solange Piaget Knowles, mais conhecida com a irmã da Beyoncé começou a carreira bem cedo assim como a irmã mais velha. Quando o Destiny's Child virou um trio com a Michele, o pai dela e empresário das duas irmãs cogitou colocar Sol como quarta integrante do grupo, mas a ideia não foi para frente apesar dela ter feito vai participações especiais em shows e como backvocal em algumas canções do grupo e na carreira solo da irmã. Sol lançou o primeiro álbum de sua carreira em 2004 intitulado Solo Star. Com apoio do pai, da irmã e de uma constelação de produtores de renome que iam de Timbaland passando por Linda Perry e Jermaine Dupri chegando até o trio The Neptunes. Contudo, o álbum foi um grande flop vendendo até hoje cerca de 115 mil cópias e com quase nenhuma repercussão positiva na mídia. Para piorar, a irmã tinha feito o mega sucesso um ano antes com seu álbum de estreia na carreira solo Dangerously In Love. Dando uma parada na carreira, ela se casou aos dezessete anos no final de 2004. Após a separação em 2008, ela começou a trabalhar no segundo álbum da sua carreira. Sol-Angel And The Hadley St. Dreams marcou uma mudança significativa com produção mais adulta em busca de uma sonoridade neo soul com pegadas de eletrônico e pop. Solange conseguiu sair um pouco da sombra da irmã ao menos em quesito de critica já que o trabalho foi muito bem recebido pela critica. Cinco anos após o lançamento do segundo álbum, ela está preparando o terceiro trabalho e aí que entra o EP True.
O EP foi lançado como uma prévia do que o terceiro e ainda sem nome álbum da Solange vai lançar esse ano. É nítida a vontade dela de cada vez se distanciar da sombra da irmã famosona, mas há uma vontade maior dela de criar não apenas uma imagem própria e, sim, uma imagem realmente boa. E isso ela consegui. Trabalhando com o produtor Dev Hynes com quem ela já tinha trabalhado, True mostra a vontade de Solange de buscar em outra época uma sonoridade madura e refinada. Como disse no primeiro parágrafo, ela busca nos anos oitenta esse som numa mistura sensacional de várias referências hoje já clássicas como Madonna e o soul music da época criando pérolas preciosas. A produção aposta em um tom romântico, simples e lindo com uma atmosfera que além de retrô tem um toque fantasioso que apenas agrega mais sentimento e força para as sete canções de True. Um trabalho atemporal de grande criatividade ainda mais com as enormes e deliciosas pitadas de funk e eletrônica na media certa. Solange não possui a voz "gigante" da irmã, mas ela encontrou não apenas seu nicho como também a sua melhor maneira de se expressar. A sua voz "smooth, graciosa e delicada acha o lugar perfeito para encantar ao cantar as simples e melódicas composições falando sobre amor e algumas de suas vertentes. A união de tantas qualidades resulta em um trabalho perfeito que têm como ponto alto todas as canções. Se esse é apenas a "prévia" do que vem por aí, meu Deus do Céu, o álbum inteiro será um trabalho para entrar para história. Mesmo sendo apenas um EP, quem diria que o melhor trabalho de um Knowles não seria da Beyoncé.
Solange
Faça a seguinte mistura: pegue a Madonna dos anos oitenta, acrescente um pouco de Sade, Emeli Sandé, Erykah Badu, India.Arie e outras divas contemporâneas do R&B e soul. Misturou? Pense em um trabalho com toda essa mistura? Conseguiu chegar ao um resultado? E se eu te falar que já existe algo parecido com isso, você acredita? Esse trabalho chama-se True e é um EP lançado no finalzinho do ano passado. Contudo, quero que vocês fiquem mais pasmos ainda já que a dona desse EP é a Solange Knowles! Sim, a irmã bem menos famosa da Beyoncé. Completando o pacote digo e afirmo com todas as letras que True é um trabalho simplesmente genial! Para quem não conhece a irmã da Beyoncé vale antes uma rápida biografia.
Solange Piaget Knowles, mais conhecida com a irmã da Beyoncé começou a carreira bem cedo assim como a irmã mais velha. Quando o Destiny's Child virou um trio com a Michele, o pai dela e empresário das duas irmãs cogitou colocar Sol como quarta integrante do grupo, mas a ideia não foi para frente apesar dela ter feito vai participações especiais em shows e como backvocal em algumas canções do grupo e na carreira solo da irmã. Sol lançou o primeiro álbum de sua carreira em 2004 intitulado Solo Star. Com apoio do pai, da irmã e de uma constelação de produtores de renome que iam de Timbaland passando por Linda Perry e Jermaine Dupri chegando até o trio The Neptunes. Contudo, o álbum foi um grande flop vendendo até hoje cerca de 115 mil cópias e com quase nenhuma repercussão positiva na mídia. Para piorar, a irmã tinha feito o mega sucesso um ano antes com seu álbum de estreia na carreira solo Dangerously In Love. Dando uma parada na carreira, ela se casou aos dezessete anos no final de 2004. Após a separação em 2008, ela começou a trabalhar no segundo álbum da sua carreira. Sol-Angel And The Hadley St. Dreams marcou uma mudança significativa com produção mais adulta em busca de uma sonoridade neo soul com pegadas de eletrônico e pop. Solange conseguiu sair um pouco da sombra da irmã ao menos em quesito de critica já que o trabalho foi muito bem recebido pela critica. Cinco anos após o lançamento do segundo álbum, ela está preparando o terceiro trabalho e aí que entra o EP True.
O EP foi lançado como uma prévia do que o terceiro e ainda sem nome álbum da Solange vai lançar esse ano. É nítida a vontade dela de cada vez se distanciar da sombra da irmã famosona, mas há uma vontade maior dela de criar não apenas uma imagem própria e, sim, uma imagem realmente boa. E isso ela consegui. Trabalhando com o produtor Dev Hynes com quem ela já tinha trabalhado, True mostra a vontade de Solange de buscar em outra época uma sonoridade madura e refinada. Como disse no primeiro parágrafo, ela busca nos anos oitenta esse som numa mistura sensacional de várias referências hoje já clássicas como Madonna e o soul music da época criando pérolas preciosas. A produção aposta em um tom romântico, simples e lindo com uma atmosfera que além de retrô tem um toque fantasioso que apenas agrega mais sentimento e força para as sete canções de True. Um trabalho atemporal de grande criatividade ainda mais com as enormes e deliciosas pitadas de funk e eletrônica na media certa. Solange não possui a voz "gigante" da irmã, mas ela encontrou não apenas seu nicho como também a sua melhor maneira de se expressar. A sua voz "smooth, graciosa e delicada acha o lugar perfeito para encantar ao cantar as simples e melódicas composições falando sobre amor e algumas de suas vertentes. A união de tantas qualidades resulta em um trabalho perfeito que têm como ponto alto todas as canções. Se esse é apenas a "prévia" do que vem por aí, meu Deus do Céu, o álbum inteiro será um trabalho para entrar para história. Mesmo sendo apenas um EP, quem diria que o melhor trabalho de um Knowles não seria da Beyoncé.
O Passado Bate a Sua Porta
Losing You
Solange
No momento exato que começa Losing You, primeiro single do EP True da Solange, somo arremessados para um época onde era mais importante o conteúdo do que a forma e a busca para renovar sem perder suas bases era o que fazia as rodas da indústria fonográfica mexerem em procura do sucesso.
A canção é uma deliciosa e "matadora" neo soul com toques de pop, funk e new wave onde a produção investe na valorização da canção pela canção apenas. Nada aqui foi feito para fazer tocar na rádio ou vender no iTunes. O arranjo é uma pérola cheio de nuances, texturas, cores, sons e batidas que parecem até simples, mas carregam toda uma gereção de maneira graciosa. E não para por aí: a simples e linda composição mostra que escrever é uma arte que poucos conseguem expor tanta emoção em tão sucinta letra. Sabe aquelas canções que te pegam pelo coração e não saem mais da cabeça? Losing You deixa essa sensação seja pela genial batida ou pelo refrão contagiante. Contudo, o melhor são os vocais de Solange em uma performance inspirada, emotiva, doce, sexy, suave e ao mesmo tempo emotiva, triste e bittersweet. Uma canção vinda de outro tempo para mostrar o que as desse tempo estão fazendo errado.
nota: 10
Solange
No momento exato que começa Losing You, primeiro single do EP True da Solange, somo arremessados para um época onde era mais importante o conteúdo do que a forma e a busca para renovar sem perder suas bases era o que fazia as rodas da indústria fonográfica mexerem em procura do sucesso.
A canção é uma deliciosa e "matadora" neo soul com toques de pop, funk e new wave onde a produção investe na valorização da canção pela canção apenas. Nada aqui foi feito para fazer tocar na rádio ou vender no iTunes. O arranjo é uma pérola cheio de nuances, texturas, cores, sons e batidas que parecem até simples, mas carregam toda uma gereção de maneira graciosa. E não para por aí: a simples e linda composição mostra que escrever é uma arte que poucos conseguem expor tanta emoção em tão sucinta letra. Sabe aquelas canções que te pegam pelo coração e não saem mais da cabeça? Losing You deixa essa sensação seja pela genial batida ou pelo refrão contagiante. Contudo, o melhor são os vocais de Solange em uma performance inspirada, emotiva, doce, sexy, suave e ao mesmo tempo emotiva, triste e bittersweet. Uma canção vinda de outro tempo para mostrar o que as desse tempo estão fazendo errado.
nota: 10
Quase a Mesma Fórmula
Avalon (Feat. Sierra Kusterbeck)
Professor Green
Às vezes quando uma fórmula dá certo, nada mais justo que repetir ela para ver se dá certo mais uma vez. Repetitivo pode até ser, mas não é de todo errado. Vejamos o caso do rapper britânico Professor Green com a canção Avalon.
A regra do sucesso dele com a cantora Emeli Sandé Read All About It vele para o último single do álbum At Your Inconvenience. Avalon é um hip hop/pop com refrão cantado por uma cantora em um clima dramático e com uma mensagem forte. A clara referência ao reino de Avalon e a lenda do Rei Arthur é interessante, mas perde força com a produção confusa que cria um arranjo sem a força necessária para competir com a mensagem. Além disso, a presença da fraca e desconhecida Sierra Kusterbeck não acrescenta nada para a canção como fez Sandé. É a receita exatamente igual, mas um resultado bem diferente.
nota: 5,5
Professor Green
Às vezes quando uma fórmula dá certo, nada mais justo que repetir ela para ver se dá certo mais uma vez. Repetitivo pode até ser, mas não é de todo errado. Vejamos o caso do rapper britânico Professor Green com a canção Avalon.
A regra do sucesso dele com a cantora Emeli Sandé Read All About It vele para o último single do álbum At Your Inconvenience. Avalon é um hip hop/pop com refrão cantado por uma cantora em um clima dramático e com uma mensagem forte. A clara referência ao reino de Avalon e a lenda do Rei Arthur é interessante, mas perde força com a produção confusa que cria um arranjo sem a força necessária para competir com a mensagem. Além disso, a presença da fraca e desconhecida Sierra Kusterbeck não acrescenta nada para a canção como fez Sandé. É a receita exatamente igual, mas um resultado bem diferente.
nota: 5,5
9 de janeiro de 2013
Primeira Impressão
Unorthodox Jukebox
Bruno Mars
Bruno Mars lançou um novo trabalho e já conseguiu, em pouco tempo, "quebrar" a barreira da maldição do segundo álbum pois Unorthodox Jukebox vai se consolidando com um sucesso de vendas e tem tudo para se tornar uma das grandes vendagens de 2013. Claro, ajuda muito o fato de Bruno ser praticamente um dos poucos homens no mainstream pop atual onde o maior concorrente é o Justin Bieber que tem um público bem delimitado em uma faixa etária. Isso não tira o merito do fato de Bruno ter um talento enorme que faz de Unorthodox Jukebox um álbum promissor, mas que ainda não chegou perto do ele é capaz de fazer.
Unorthodox Jukebox é um bom álbum pop soul sem dúvida nenhuma. Bruno acerta em todos os aspectos que se pode nomear, mas acontece que ainda falta certo "polimento". Muitos compararam o trabalha com o de Michael Jackson, principalmente na década de oitenta. Isso é verdade e também é muito bom essa volta ao passado, mas também deve se reconhecer que MC só foi alcançar o grande Olimpo pop quando ele já havia passado anos com o The Jacksons 5 e já tinha na bagagem quatro álbuns solos quando lançou em 1979 seu primeiro trabalho definitivo Off the Wall e depois disso a história é sabida por todos. Então, quando falo desse "polimento" me refiro a experiência que falta para Bruno para alcançar o outro nível. Enquanto isso não acontece, Unorthodox Jukebox é um álbum para se divertir sem culpa.
Basicamente produzido pelo trio em que Bruno faz parte, o The Smeezingtons, Unorthodox Jukebox é uma obra coesa, na medida certa e cheia de personalidade. A produção acerta em criar um neo soul/pop com pés na obra de MC e outros expoente dos anos oitenta sem perder o rumo e deixando tudo com um ar fresco para o público que não tem essas referências. Todas as faixas ganham o mesmo tratamento sem nenhum destaque que salte aos ouvidos, mas nenhuma não é merecedora desse tratamento. Claro, gostar de uma mais que outras ou não gostar de tal faixa aqui apenas vai de gosto para gosto. Bruno é sem dúvida um dos melhores cantores da sua geração e ele sabe como utilizar sua voz perfeitamente. Versátil, ele vai do cantor de canções agitadas feitas para tocar em festas para o cantor de baladas até o soul singer perfeitamente. Tudo com muita personalidade única e cativante. No quesito composição, Unorthodox Jukebox é um bom e emocionante álbum romântico sem nenhuma dúvida. Bruno navega desde a decepção, o amor incondicional até o puro e sacana sexo com a mesma fluência e em nenhum momento descamba para os clichês de cada faceta. Como disse antes, Unorthodox Jukebox é um trabalho bom (ok, um trabalho muito bom), mas ainda falta algo para fechar com chave de ouro. A experiência que Bruno ainda vai conquistar o vai ajudar a conseguir colocar aquele "tcham" extra nas canções. Ainda falta um toque de classe como, por exemplo, na canção da versão deluxe Old & Crazy com a cantora e multi-instrumentista de jazz Esperanza Spalding: até entendo o conceito de fazer uma canção meio que "conceitual" com apenas um minuto e cinquenta e três segundos, mas faltou a sabedoria de ver que só com esse trecho ele tinha uma canção que poderia ser genial se fosse "esticada" e colocada na versão normal do álbum. Assim acontece com If I Knew, outro momento sensacional que poderia ter sido genial com algum cuidado maior. Mesmo assim, Bruno ainda entrega momento inspirados como na sexy Gorilla, na legal Moonshine, a bela balada When I Was Your Man e na sua versão de Dirty Diana em Natalie. Ainda continuo achando Locked Out of Heaven repetitiva demais, Show Me é um reggae desprentecioso que não encaixa perfeitamente dentro de Unorthodox Jukebox e Money Make Her Smile sem muito a dizer. Dito isso, Unorthodox Jukebox é a continuação de um trabalho que começou no legalzinho Doo-Wops & Hooligans que aos poucos vai ganhando força e maturidade para fazer de Bruno um grande artista. É só esperar.
Bruno Mars
Bruno Mars lançou um novo trabalho e já conseguiu, em pouco tempo, "quebrar" a barreira da maldição do segundo álbum pois Unorthodox Jukebox vai se consolidando com um sucesso de vendas e tem tudo para se tornar uma das grandes vendagens de 2013. Claro, ajuda muito o fato de Bruno ser praticamente um dos poucos homens no mainstream pop atual onde o maior concorrente é o Justin Bieber que tem um público bem delimitado em uma faixa etária. Isso não tira o merito do fato de Bruno ter um talento enorme que faz de Unorthodox Jukebox um álbum promissor, mas que ainda não chegou perto do ele é capaz de fazer.
Unorthodox Jukebox é um bom álbum pop soul sem dúvida nenhuma. Bruno acerta em todos os aspectos que se pode nomear, mas acontece que ainda falta certo "polimento". Muitos compararam o trabalha com o de Michael Jackson, principalmente na década de oitenta. Isso é verdade e também é muito bom essa volta ao passado, mas também deve se reconhecer que MC só foi alcançar o grande Olimpo pop quando ele já havia passado anos com o The Jacksons 5 e já tinha na bagagem quatro álbuns solos quando lançou em 1979 seu primeiro trabalho definitivo Off the Wall e depois disso a história é sabida por todos. Então, quando falo desse "polimento" me refiro a experiência que falta para Bruno para alcançar o outro nível. Enquanto isso não acontece, Unorthodox Jukebox é um álbum para se divertir sem culpa.
Basicamente produzido pelo trio em que Bruno faz parte, o The Smeezingtons, Unorthodox Jukebox é uma obra coesa, na medida certa e cheia de personalidade. A produção acerta em criar um neo soul/pop com pés na obra de MC e outros expoente dos anos oitenta sem perder o rumo e deixando tudo com um ar fresco para o público que não tem essas referências. Todas as faixas ganham o mesmo tratamento sem nenhum destaque que salte aos ouvidos, mas nenhuma não é merecedora desse tratamento. Claro, gostar de uma mais que outras ou não gostar de tal faixa aqui apenas vai de gosto para gosto. Bruno é sem dúvida um dos melhores cantores da sua geração e ele sabe como utilizar sua voz perfeitamente. Versátil, ele vai do cantor de canções agitadas feitas para tocar em festas para o cantor de baladas até o soul singer perfeitamente. Tudo com muita personalidade única e cativante. No quesito composição, Unorthodox Jukebox é um bom e emocionante álbum romântico sem nenhuma dúvida. Bruno navega desde a decepção, o amor incondicional até o puro e sacana sexo com a mesma fluência e em nenhum momento descamba para os clichês de cada faceta. Como disse antes, Unorthodox Jukebox é um trabalho bom (ok, um trabalho muito bom), mas ainda falta algo para fechar com chave de ouro. A experiência que Bruno ainda vai conquistar o vai ajudar a conseguir colocar aquele "tcham" extra nas canções. Ainda falta um toque de classe como, por exemplo, na canção da versão deluxe Old & Crazy com a cantora e multi-instrumentista de jazz Esperanza Spalding: até entendo o conceito de fazer uma canção meio que "conceitual" com apenas um minuto e cinquenta e três segundos, mas faltou a sabedoria de ver que só com esse trecho ele tinha uma canção que poderia ser genial se fosse "esticada" e colocada na versão normal do álbum. Assim acontece com If I Knew, outro momento sensacional que poderia ter sido genial com algum cuidado maior. Mesmo assim, Bruno ainda entrega momento inspirados como na sexy Gorilla, na legal Moonshine, a bela balada When I Was Your Man e na sua versão de Dirty Diana em Natalie. Ainda continuo achando Locked Out of Heaven repetitiva demais, Show Me é um reggae desprentecioso que não encaixa perfeitamente dentro de Unorthodox Jukebox e Money Make Her Smile sem muito a dizer. Dito isso, Unorthodox Jukebox é a continuação de um trabalho que começou no legalzinho Doo-Wops & Hooligans que aos poucos vai ganhando força e maturidade para fazer de Bruno um grande artista. É só esperar.
A Reconstrução de Kid
Just What I Am (feat. King Chip)
Kid Cudi
O rapper Kid Cudi sempre foi aquele "rapper que promete", mas até agora não cumpriu muita coisa. Nem falo de sucesso comercial, mas qualidade fonográfica. Sempre com boas ideias na cabeça só realizações apenas medianas. Pronto para lançar seu terceiro intitulado Indicud (um anagrama para seu nome), ele parece que vai reverter essa sensação.
Just What I Am é o primeiro single do álbum e mostra um rapper mais maduro, consciente de sua sonoridade e que consegue executar suas ideias de maneira mais coesa. Com a produção do próprio, a canção tem uma evolução pequena, mas significativa na elaboração mais centrada na construção de uma sonoridade que consegue captar e transmitir mete de Kid sabendo dosar entre o hip hop mais clássico com a inclusão de um som mais alternativo. A composição, mesmo não sendo revolucionaria, é na medida certa para balancear a canção entregando algo com personalidade. Mesmo com um featuring desconhecido que parece muito com o próprio Kid, as atuações dos dois são significante o suficiente para segurar a canção. Quem sabe dessa vez o Kid não deslacha finalmente ao se reconstruir?
nota: 8
8 de janeiro de 2013
Primeira Impressão
Girl on Fire
Alicia Keys
O quinto álbum da Alicia Keys também poderia se chamar de Fénix, a ave mitológica grega que renascia das cinzas. Nenhuma analogia poderia ser mais forte e mais correta para representar a nova fase da carreira de Alicia que entrega um trabalho digno do seu próprio talento no ótimo Girl on Fire.
Sem lançar nenhum trabalho inédito desde o fraco The Element of Freedom de 2009, Alicia deu um tempo na carreira para ser mãe e poder trabalhar com mais dedicação no seu próximo trabalho. E valeu a pena. Ela própria admitiu que assumiu ainda mais o controle artístico da sua carreira abrindo caminho para a incorporação de "uma nem tão nova" sonoridade, mas que pela primeira vez ela não apenas flerta e, sim, se joga de alma e coração: o neo soul. Alicia sempre foi dona de uma sonoridade mais clássica de R&B e soul music, mas sempre "brincou" com novas texturas, sons e nuances desde que lançou sua carreira em 2001 com o já clássico Songs in A minor que desde então a fez um dos expoentes da música moderna. Em Girl on Fire, Alicia que praticamente produz quase todo álbum buscou renovar seu "som" da melhor maneira possível sem perder sua alma. Soul music do começo ao fim com alguns toques de pop e hip hop, o CD mostra uma Alicia ainda mais refinada nas escolhas instrumentais resultando em uma renovação significativa no que se ouve. As poderosas canções deixam de lado toques mais clássicos para refletir a busca por essa "garota em chamas" que arrisca mais, se joga mais, que se deixa levar mais longe de formulas prontas. Batidas e melodias ricas explodem em cadências novas. Delicadas e ao mesmo tempo complexas e poderosas harmonias aparecem para enriquecer o repertório de Alicia. Alicia não reinventa o neo soul: ela reinventa ela mesma sendo ela mesma. Como cantora, Alicia ainda é uma força da natureza que não conhece rivais que esteja a sua altura. Seja alcançando notas altas como o monte Everest, seja contida e demonstrando mais sentimento que os ouvidos podem captar ou seja como anfitriã em uma festa em canções mais animadinhas. Não importa qual seja a Alicia, ela entrega apenas seu melhor. E para tudo isso ela ainda conta com composições inspiradas e inspiradoras que mostram que não apenas Alicia cresceu com sabe com se "ajuntar" para criar obras geniais. E nada mais justo que seja as três parcerias com a cantora Emeli Sandé como sendo as melhores do álbum: a triste e amarga (num bom sentido) 101, a forte Not Even the King e a acachapante Brand New Me (resenha a seguir), melhor canção do álbum. Claro, há também o primeiro single e canção que dá nome ao álbum Girl on Fire que mesmo com a acusação de uso de sample indevido não perde sua força (a versão do álbum usada é o com a Nicki Minaj). Com uma pegada mais retrô tem a linda Tears Always Win e bela parceria com cantor Maxwell em Fire We Make são destaques mais do que positivos. Devo admitir que Girl on Fire não é exatamente perfeito no sentido mais preciso da palavra, mas acho que nem Alicia queria isso. Já que quando renascemos somos ainda seres em construção mesmo seres acima do bem e do mal com esse álbum.
Alicia Keys
O quinto álbum da Alicia Keys também poderia se chamar de Fénix, a ave mitológica grega que renascia das cinzas. Nenhuma analogia poderia ser mais forte e mais correta para representar a nova fase da carreira de Alicia que entrega um trabalho digno do seu próprio talento no ótimo Girl on Fire.
Sem lançar nenhum trabalho inédito desde o fraco The Element of Freedom de 2009, Alicia deu um tempo na carreira para ser mãe e poder trabalhar com mais dedicação no seu próximo trabalho. E valeu a pena. Ela própria admitiu que assumiu ainda mais o controle artístico da sua carreira abrindo caminho para a incorporação de "uma nem tão nova" sonoridade, mas que pela primeira vez ela não apenas flerta e, sim, se joga de alma e coração: o neo soul. Alicia sempre foi dona de uma sonoridade mais clássica de R&B e soul music, mas sempre "brincou" com novas texturas, sons e nuances desde que lançou sua carreira em 2001 com o já clássico Songs in A minor que desde então a fez um dos expoentes da música moderna. Em Girl on Fire, Alicia que praticamente produz quase todo álbum buscou renovar seu "som" da melhor maneira possível sem perder sua alma. Soul music do começo ao fim com alguns toques de pop e hip hop, o CD mostra uma Alicia ainda mais refinada nas escolhas instrumentais resultando em uma renovação significativa no que se ouve. As poderosas canções deixam de lado toques mais clássicos para refletir a busca por essa "garota em chamas" que arrisca mais, se joga mais, que se deixa levar mais longe de formulas prontas. Batidas e melodias ricas explodem em cadências novas. Delicadas e ao mesmo tempo complexas e poderosas harmonias aparecem para enriquecer o repertório de Alicia. Alicia não reinventa o neo soul: ela reinventa ela mesma sendo ela mesma. Como cantora, Alicia ainda é uma força da natureza que não conhece rivais que esteja a sua altura. Seja alcançando notas altas como o monte Everest, seja contida e demonstrando mais sentimento que os ouvidos podem captar ou seja como anfitriã em uma festa em canções mais animadinhas. Não importa qual seja a Alicia, ela entrega apenas seu melhor. E para tudo isso ela ainda conta com composições inspiradas e inspiradoras que mostram que não apenas Alicia cresceu com sabe com se "ajuntar" para criar obras geniais. E nada mais justo que seja as três parcerias com a cantora Emeli Sandé como sendo as melhores do álbum: a triste e amarga (num bom sentido) 101, a forte Not Even the King e a acachapante Brand New Me (resenha a seguir), melhor canção do álbum. Claro, há também o primeiro single e canção que dá nome ao álbum Girl on Fire que mesmo com a acusação de uso de sample indevido não perde sua força (a versão do álbum usada é o com a Nicki Minaj). Com uma pegada mais retrô tem a linda Tears Always Win e bela parceria com cantor Maxwell em Fire We Make são destaques mais do que positivos. Devo admitir que Girl on Fire não é exatamente perfeito no sentido mais preciso da palavra, mas acho que nem Alicia queria isso. Já que quando renascemos somos ainda seres em construção mesmo seres acima do bem e do mal com esse álbum.
Uma Nova Alicia
Brand New Me
Alicia Keys
A cada novo dia cada temos a capacidade de renascer. O que vamos fazer com essa chance de mudar cabe a cada um e quase nunca aproveitamos. Disso fala Alicia Keys no segundo single de Girl on Fire, a triunfante Brand New Me.
Quase como uma autobiografia, a composição escrita por Keys e Emeli Sandé mostra a reinvenção que a cantora precisou aproveitar para chegar ao está hoje. Como se estivesse falando consigo mesma ou com alguém muito próximo, Alicia extrai e lança cada sentimento na superfície. Não há mais aparências onde ela pode se esconder do mundo. Um novo ser humano está de pé e precisa que as pessoas a vejam como ela é, ou melhor, como renasceu. Toda essa força a composição retrata de maneira primorosa com momentos de puro brilhantismo:
Hey, if you were a friend, you want to get know me again
If you were worth a while
You'd be happy to see me smile
I'm not expecting sorry
I'm too busy finding myself
I got this
I found me, I found me, yeah
Como produtora exclusiva da canção, Keys faz um trabalho genial. Brand New Me é uma power piano balada que foge de qualquer lugar comum. Começa pelo fato de Alicia ser uma pianista experiente que sabe como conduzir de maneira elegante uma canção, mas vai além com a introdução de nuances e um final apoteótico e completamente inesperado elevando ainda mais a canção. E finalizando, o que posso dizer de Alicia como cantora? Se não bastasse ela saber como colocar cada sentimento para fora ainda mais sendo ela a "atriz pricipal" de Brand New Me, a técnica vocal dela é uma coisa de outro mundo. Sabe ir aonde quase ninguém consegue é talento em estado bruto e puro. Apenas uma nova Alicia que mantém o que sempre teve de melhor e continuar a evoluir. Isso é para poucos.
nota: 9
Alicia Keys
A cada novo dia cada temos a capacidade de renascer. O que vamos fazer com essa chance de mudar cabe a cada um e quase nunca aproveitamos. Disso fala Alicia Keys no segundo single de Girl on Fire, a triunfante Brand New Me.
Quase como uma autobiografia, a composição escrita por Keys e Emeli Sandé mostra a reinvenção que a cantora precisou aproveitar para chegar ao está hoje. Como se estivesse falando consigo mesma ou com alguém muito próximo, Alicia extrai e lança cada sentimento na superfície. Não há mais aparências onde ela pode se esconder do mundo. Um novo ser humano está de pé e precisa que as pessoas a vejam como ela é, ou melhor, como renasceu. Toda essa força a composição retrata de maneira primorosa com momentos de puro brilhantismo:
Hey, if you were a friend, you want to get know me again
If you were worth a while
You'd be happy to see me smile
I'm not expecting sorry
I'm too busy finding myself
I got this
I found me, I found me, yeah
Como produtora exclusiva da canção, Keys faz um trabalho genial. Brand New Me é uma power piano balada que foge de qualquer lugar comum. Começa pelo fato de Alicia ser uma pianista experiente que sabe como conduzir de maneira elegante uma canção, mas vai além com a introdução de nuances e um final apoteótico e completamente inesperado elevando ainda mais a canção. E finalizando, o que posso dizer de Alicia como cantora? Se não bastasse ela saber como colocar cada sentimento para fora ainda mais sendo ela a "atriz pricipal" de Brand New Me, a técnica vocal dela é uma coisa de outro mundo. Sabe ir aonde quase ninguém consegue é talento em estado bruto e puro. Apenas uma nova Alicia que mantém o que sempre teve de melhor e continuar a evoluir. Isso é para poucos.
nota: 9
7 de janeiro de 2013
O Julgamento de Chris Brown
Don't Judge Me
Chris Brown
Eu tenho uma visão clara e simples sobre toda a história envolvendo a Rihanna e o Chris Brown: ele errou, ele pagou e deve continuar pagando perante a sociedade que tem como primeira prioridade o respeito pelo outro ser humano. Ela foi vitima, mas voltar para ele é basicamente dar atestado de burrice e de falta de amor próprio. Caso ele venha a errar novamente, ela também será culpada. E nem me venha com mimimimi com me faz Chris na péssima Don't Judge Me.
Falando sobre o tempo que eles ficaram separados, a composição até poderia resultar em algo bem mais interessante, mas é um amontoado de falta de inspiração sendo uma tentativa de apenas chamar a atenção. A produção do grupo The Messengers faz um R&B extremamente chato, datado e sem graça que se comparado com nome como Frank Ocean ou Miguel fica ainda mais fraco. Vocalmente é um trabalho nada memorável sem nenhum pingo de emoção genuína. Agora é esperar pelas cenas dos próximos capítulos e rezar pelo melhor.
nota: 4
Chris Brown
Eu tenho uma visão clara e simples sobre toda a história envolvendo a Rihanna e o Chris Brown: ele errou, ele pagou e deve continuar pagando perante a sociedade que tem como primeira prioridade o respeito pelo outro ser humano. Ela foi vitima, mas voltar para ele é basicamente dar atestado de burrice e de falta de amor próprio. Caso ele venha a errar novamente, ela também será culpada. E nem me venha com mimimimi com me faz Chris na péssima Don't Judge Me.
Falando sobre o tempo que eles ficaram separados, a composição até poderia resultar em algo bem mais interessante, mas é um amontoado de falta de inspiração sendo uma tentativa de apenas chamar a atenção. A produção do grupo The Messengers faz um R&B extremamente chato, datado e sem graça que se comparado com nome como Frank Ocean ou Miguel fica ainda mais fraco. Vocalmente é um trabalho nada memorável sem nenhum pingo de emoção genuína. Agora é esperar pelas cenas dos próximos capítulos e rezar pelo melhor.
nota: 4
5 de janeiro de 2013
O Cara Que Pode Ser o Próximo 'O Cara"
Wonder (feat. Emeli Sandé)
Naughty Boy
O ano está apenas começando, mas já podemos começar em definir alguns nomes no mundo da música que podem ser os grandes nomes de 2013. E posso afirmar que um deles é o produtor inglês Naughty Boy que prepara o lançamento de seu primeiro álbum intitulado Hotel Cabana e como primeiro single foi lançado a canção Wonder.
Ganhando notoriedade desde o trabalho com Emeli Sandé no álbum de estreia da cantora Our Version of Events, Naughty não tinha como não escolher ela para participar de Wonder. Claro, que não poderia ser diferente quando afirmo que Emeli entrega uma performance poderosa ainda mais com a produção de Naughty acertando ao fazer de Wonder um neo-soul contagiante com uma batida de tambores que dá para a canção uma incrível originalidade. A composição tem um toque de auto ajuda que não caí em pieguismos conseguindo passar uma mensagem de otimismo, mas com um lirismo delicado. E é assim que eu quero que seja o ano para a música: qualidade em primeiro.
nota: 8
Naughty Boy
O ano está apenas começando, mas já podemos começar em definir alguns nomes no mundo da música que podem ser os grandes nomes de 2013. E posso afirmar que um deles é o produtor inglês Naughty Boy que prepara o lançamento de seu primeiro álbum intitulado Hotel Cabana e como primeiro single foi lançado a canção Wonder.
Ganhando notoriedade desde o trabalho com Emeli Sandé no álbum de estreia da cantora Our Version of Events, Naughty não tinha como não escolher ela para participar de Wonder. Claro, que não poderia ser diferente quando afirmo que Emeli entrega uma performance poderosa ainda mais com a produção de Naughty acertando ao fazer de Wonder um neo-soul contagiante com uma batida de tambores que dá para a canção uma incrível originalidade. A composição tem um toque de auto ajuda que não caí em pieguismos conseguindo passar uma mensagem de otimismo, mas com um lirismo delicado. E é assim que eu quero que seja o ano para a música: qualidade em primeiro.
nota: 8
4 de janeiro de 2013
Os Melhores de 2012
Primeiramente, quero agradecer à todos que sempre acessam e participam do SoSingles. Quero ressaltar que o meu propósito nunca foi e nunca será quantidade, e sim, qualidade. Entrando no meu sexto ano de blog sou muito agradecido à todos que curtem o blog desde os mais ativos até aqueles que apenas dão uma "olhadinha".
Agora, começo a divulgar os resultados de melhores do ano tanto as votações como os escolhidos por mim.
Single do Ano
Agora, começo a divulgar os resultados de melhores do ano tanto as votações como os escolhidos por mim.
Single do Ano
1°Call Me Maybe Carly Rae Jepsen 62 Votos - 27,07% |
2°Stronger (What Doesn't Kill You) Kelly Clarkson 54 Votos - 23,58% |
3°Gangnam Style PSY 45 Votos - 19,65 |
4°We Are Young (feat. Janelle Monáe) fun. 37 Votos - 16,16% |
5°Somebody That I Used to Know (feat. Kimbra) Gotye 31 Votos - 13,54% |
Os 50 Melhores Singles do Ano
Part.I
Part.II
Part.III
Part.IV
Part.V
Final
5.Runaways
The Killers
"Runaways é uma balada rock épica com toques de new wave e mesmo transpirando um atmosfera de mais de vinte anos a trás tem um frescor contagiante. A canção tem uma composição magistralmente elaborada para contar uma história de amor, mas sem perder o foco na construção harmônica e original da disposição da letra resultando em um refrão poderoso. Além disso, tematicamente Runaways fala sobre a continuidade de um amor e como ele muda ao passar dos anos. Só com isso já ganhar uma menção honrosa pela ousadia, mas, além disso, a letra Flowers é sensacional: densa e poderosa. Assim com o arranjo, o vocal de Brandon é espetacularmente bem produzido e merecem destaque pela profundidade que conseguem dar para o sentimento necessário para embalar a composição avassaladora. Rudo isso em uma atmosfera que mistura U2, Springsteen, Journey, Eurythmics e mais uma turminha. Quando você terminar de ouvir a canção estará sentado ao lado de Michael J. Fox esperando Voltar para o Futuro."
Resenha
4.Swimming Pools (Drank)
Kendrick Lamar
"A música é um rap puro e tradicional, mas ganha uma verniz que apenas a visão de um artista novo pode dar. Começa pela composição quando Kendrick resolve falar sobre bebida. Normalmente, a maioria dos rappers iria falar apenas do que vem de "bom" do fundo da garrafa, as festas, as gostosas, as bebedeiras em si. Com a incrível letra de Swimming Pools (Drank) disserta sobre todas as facetas do consumo de álcool como suas delicias e suas agruras. Em uma espécie de combate entre Kendrick e sua consciência vemos um rapper inspirando conseguindo mudar de "voz" sem parecer esquizofrênico e dar personalidade para a canção. O produtor T-Minus cria uma canção rap atemporal com um toque moderno que apenas eleva a canção a parâmetros altíssimos. O mundo gira e ainda continua o mesmo: para fazer música boa é só fazer uma canção boa."
Resenha
3.Skyfall
Adele
"O grande mérito da canção é unir perfeitamente a atmosfera clássica dos temas de James Bond e a personalidade grandiosa de Adele. Quando ouvimos a música sabemos que tem a marca dela na hora, mas também sabemos qual é o seu foco. Já vi críticos falarem que a canção é previsivel. Posso até concordar, mas é previsível nunca soou tão bem. Começa pela produção grandiosa de Paul Epworth que pega referências nítidas da trilha sonora dos filmes para construir um arranjo poderoso, atemporal e rico na sua instrumentalização com a ajuda da orquestra de J. A. C. Redford. Um primor. Alguém duvida que Adele é a dona da voz dessa geração? Eu não, pois quando ela resolve humilhar ela consegue sem muito esforço. Seguindo em crescente cheio de um sentimento forte e refinado ao estilo apocalíptico que a composição sugere. Não um sentimento literal, mas de uma maneira mais psicológica o que tem tudo a ver com a trama do filme. Acho o começo simplesmente genial com um refrão sensacional, mas ela perde um pouco do foco na parte final só que não perde a qualidade. Se a Academia Cinematográfica não continuar tão pé no saco com as normas para a escolhas das canções que concorrem ao Oscar poderemos ver Adele sentada ao lado dos grande de Hollywood ano que vem. E quem não vamos ver ela sendo chamada para pegar sua estatueta dourada. Cacife ela tem e muito."
Resenha
2.My Kind Of Love
Emeli Sandé
"Imagine o seguinte: uma cria da Adele com a India.Arie. Esse seria, mais ou menos, o tom que ela alcança em My Kind of Love. Em uma canção de uma força quase animalesca, Emelidá vida como poucas vezes eu pode ouvir. Tente imaginar Kate Winslet em uma interpretação acachapante onde ela tenta mostrar o tamanho do amor que ela sente. Seria isso que Emeli faz ao interpretar My Kind of Love. Do começo ao fim, ancorada por uma arranjo magnífico que ressalta o poder de uma power balad R&B com todo o refinamento do soul, ela carrega com uma sabedoria qause espiritual cada palavra, cada frase e cada emoção. My Kind of Love é mais que apenas sentido. É um momento quase tocável de tanta força que está em sua criação. A composição poderia deixar o mais rude dos homens, se nele existe um coração de verdade escondido, um criança de colo chorando"
Resenha
1.Thinkin Bout You
Frank Ocean
"Frank Ocean constrói um R&B minimalista, mas de um poder assustador. Thinkin Bout You fala sobre a dor de quando a pessoa que a gente ama não corresponde a esse sentimento. A dor da rejeição impressa na canção é um sentimento tão poderoso que a forma magistral que Frank fez uma composição atemporal capaz de se comunicar com qualquer pessoa de diferentes raças, crenças, sexos, sexualidades, idades. Aqui vemos ele se declarar no primeiro verso ainda meio sem jeito, no segundo ele tenta não transparecer a importância desse sentimento o transformando em algo mais carnal e por fim deixando se levar abrindo o coração de maneira mais aberta imaginável. Porém, a composição vai bem mais longe quando se lê nas entrelinhas. A canção fala sobre o primeiro amor de Frank e no terceiro - e melhor verso - vemos mais claramente:
"Sim, claro
Eu me lembro, como eu poderia esquecer?
Como você se sente?
E se você fosse minha primeira vez
Um novo sentimento
Ele nunca vai ficar velho, não na minha alma
Não em meu espírito, mantenha vivo
Vamos por este caminho
Até que mude a cor para preto e branco"
Frank conduz a música de maneira cativante com os vocais em estado de perfeição lembrando certos momentos o Price com o seu falseto brilhantemente colocado nos momentos certos e buscando uma interpretação mais "forte" para balancear tudo. A produção da canção se foca em construir uma delicada, simples e sensacional obra de instrumentalização impressionante devido ao seu minimalismo sonoro quando na verdade se mostra bem complexo. Só que é preciso prestar muita atenção deixando de lado o resto da canção. Só que o casamento entre todas as parte envolvidas cria uma sensação de plenitude arrebatadora. Em outras palavras: simple is the new black."
Resenha
Part.II
Part.III
Part.IV
Part.V
Final
5.Runaways
The Killers
"Runaways é uma balada rock épica com toques de new wave e mesmo transpirando um atmosfera de mais de vinte anos a trás tem um frescor contagiante. A canção tem uma composição magistralmente elaborada para contar uma história de amor, mas sem perder o foco na construção harmônica e original da disposição da letra resultando em um refrão poderoso. Além disso, tematicamente Runaways fala sobre a continuidade de um amor e como ele muda ao passar dos anos. Só com isso já ganhar uma menção honrosa pela ousadia, mas, além disso, a letra Flowers é sensacional: densa e poderosa. Assim com o arranjo, o vocal de Brandon é espetacularmente bem produzido e merecem destaque pela profundidade que conseguem dar para o sentimento necessário para embalar a composição avassaladora. Rudo isso em uma atmosfera que mistura U2, Springsteen, Journey, Eurythmics e mais uma turminha. Quando você terminar de ouvir a canção estará sentado ao lado de Michael J. Fox esperando Voltar para o Futuro."
Resenha
4.Swimming Pools (Drank)
Kendrick Lamar
"A música é um rap puro e tradicional, mas ganha uma verniz que apenas a visão de um artista novo pode dar. Começa pela composição quando Kendrick resolve falar sobre bebida. Normalmente, a maioria dos rappers iria falar apenas do que vem de "bom" do fundo da garrafa, as festas, as gostosas, as bebedeiras em si. Com a incrível letra de Swimming Pools (Drank) disserta sobre todas as facetas do consumo de álcool como suas delicias e suas agruras. Em uma espécie de combate entre Kendrick e sua consciência vemos um rapper inspirando conseguindo mudar de "voz" sem parecer esquizofrênico e dar personalidade para a canção. O produtor T-Minus cria uma canção rap atemporal com um toque moderno que apenas eleva a canção a parâmetros altíssimos. O mundo gira e ainda continua o mesmo: para fazer música boa é só fazer uma canção boa."
Resenha
3.Skyfall
Adele
"O grande mérito da canção é unir perfeitamente a atmosfera clássica dos temas de James Bond e a personalidade grandiosa de Adele. Quando ouvimos a música sabemos que tem a marca dela na hora, mas também sabemos qual é o seu foco. Já vi críticos falarem que a canção é previsivel. Posso até concordar, mas é previsível nunca soou tão bem. Começa pela produção grandiosa de Paul Epworth que pega referências nítidas da trilha sonora dos filmes para construir um arranjo poderoso, atemporal e rico na sua instrumentalização com a ajuda da orquestra de J. A. C. Redford. Um primor. Alguém duvida que Adele é a dona da voz dessa geração? Eu não, pois quando ela resolve humilhar ela consegue sem muito esforço. Seguindo em crescente cheio de um sentimento forte e refinado ao estilo apocalíptico que a composição sugere. Não um sentimento literal, mas de uma maneira mais psicológica o que tem tudo a ver com a trama do filme. Acho o começo simplesmente genial com um refrão sensacional, mas ela perde um pouco do foco na parte final só que não perde a qualidade. Se a Academia Cinematográfica não continuar tão pé no saco com as normas para a escolhas das canções que concorrem ao Oscar poderemos ver Adele sentada ao lado dos grande de Hollywood ano que vem. E quem não vamos ver ela sendo chamada para pegar sua estatueta dourada. Cacife ela tem e muito."
Resenha
2.My Kind Of Love
Emeli Sandé
"Imagine o seguinte: uma cria da Adele com a India.Arie. Esse seria, mais ou menos, o tom que ela alcança em My Kind of Love. Em uma canção de uma força quase animalesca, Emelidá vida como poucas vezes eu pode ouvir. Tente imaginar Kate Winslet em uma interpretação acachapante onde ela tenta mostrar o tamanho do amor que ela sente. Seria isso que Emeli faz ao interpretar My Kind of Love. Do começo ao fim, ancorada por uma arranjo magnífico que ressalta o poder de uma power balad R&B com todo o refinamento do soul, ela carrega com uma sabedoria qause espiritual cada palavra, cada frase e cada emoção. My Kind of Love é mais que apenas sentido. É um momento quase tocável de tanta força que está em sua criação. A composição poderia deixar o mais rude dos homens, se nele existe um coração de verdade escondido, um criança de colo chorando"
Resenha
1.Thinkin Bout You
Frank Ocean
"Frank Ocean constrói um R&B minimalista, mas de um poder assustador. Thinkin Bout You fala sobre a dor de quando a pessoa que a gente ama não corresponde a esse sentimento. A dor da rejeição impressa na canção é um sentimento tão poderoso que a forma magistral que Frank fez uma composição atemporal capaz de se comunicar com qualquer pessoa de diferentes raças, crenças, sexos, sexualidades, idades. Aqui vemos ele se declarar no primeiro verso ainda meio sem jeito, no segundo ele tenta não transparecer a importância desse sentimento o transformando em algo mais carnal e por fim deixando se levar abrindo o coração de maneira mais aberta imaginável. Porém, a composição vai bem mais longe quando se lê nas entrelinhas. A canção fala sobre o primeiro amor de Frank e no terceiro - e melhor verso - vemos mais claramente:
"Sim, claro
Eu me lembro, como eu poderia esquecer?
Como você se sente?
E se você fosse minha primeira vez
Um novo sentimento
Ele nunca vai ficar velho, não na minha alma
Não em meu espírito, mantenha vivo
Vamos por este caminho
Até que mude a cor para preto e branco"
Frank conduz a música de maneira cativante com os vocais em estado de perfeição lembrando certos momentos o Price com o seu falseto brilhantemente colocado nos momentos certos e buscando uma interpretação mais "forte" para balancear tudo. A produção da canção se foca em construir uma delicada, simples e sensacional obra de instrumentalização impressionante devido ao seu minimalismo sonoro quando na verdade se mostra bem complexo. Só que é preciso prestar muita atenção deixando de lado o resto da canção. Só que o casamento entre todas as parte envolvidas cria uma sensação de plenitude arrebatadora. Em outras palavras: simple is the new black."
Resenha
Revelação do Ano
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