Lana Del Rey
Ame-a ou odeie-a, mas não negue que a Lana Del Rey conseguiu solidificar seu nome na música. Chegando ao seu terceiro álbum (Honeymoon deve ser lançado ainda esse ano) Lana Del Rey "lançou" o primeiro single oficial do álbum, a interessante High By the Beach.
Quando eu a classifico como interessante, não quero dizer necessariamente que seja boa ou que seja ruim. High By the Beach é interessante porque mostra Lana Del Rey otimista sobre a vida. Sempre carregada de uma atmosfera pessimismo elegante e uma melancolia artificial, Lana Del Rey soa na nova canção decididamente "alegre" ao deixar de lado a postura de "noiva cadáver" morta pelo noivo no dia do casamento e, finalmente, decide dar um pé na bunda dele em uma composição classuda e de uma ironia bem vinda. Claro, essa "alegria" é traduzida pelo estilo de cantar de Lana em sua costumeira performance espectral parecendo que ela vive em uma outra realidade. Funciona até o momento em que analisa-se a produção High By the Beach: inserindo o trip hop na meticulosa sonoridade pop indie com características de grande pompa e pretensão que muitos amam e, por isso, muitos odeiam ajuda a dar uma nova dinâmica para a cantora e a sua intenção de soar menos soturna, mas o resultado final é esquisito. A batida "mid-tempo" sexy e envolvente parece uma tentativa de transformar Lana em uma versão "alternativa" da Miley Cyrus. Funciona assim como funciona misturar goiabada com queijo: quando analisado de perto parece que alguma coisa está fora do lugar. Por isso, High By the Beach deve-se levado como, provavelmente, uma parte de um álbum que faça sentido como um todo. Vamos esperar.
nota: 6,5
Um comentário:
Esperava ao menos um 7, achei a música bem gostosa de ouvir.
Na verdade Lana resgatou o estilo trip-hop/indie pop do Born To Die e disse que o Honeymoon soaria "retrô-futurístico".
Vamos aguardar.
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