Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV
5. Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa
Emicida
"Em Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa não espere algo tradicional no que tange o hip hop nacional, isto é, uma sonoridade pesada, forte e, por vezes, sombria. O álbum é o resultado de uma imersão profunda de Emicida na cultura africana durante uma viagem para alguns países da África. Por isso, essa viagem na vida real influência a jornada adentro da música africana em toda a sua majestosidade, grandiosidade, beleza, riqueza e sabedoria rítmica que foi construída em milênios de história. Toda essa música é a principal base da nossa música como o samba e forró, então Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa não é apenas uma louvação a música africana, mas também um genial trabalho de música brasileira no que ela tem de melhor. A produção acerta em todos os segundos do álbum com instrumentalizações perfeitas e uma estruturação do álbum incrivelmente coeso em que não há nenhum momento perdido. Não ache, porém, que Emicida perdeu a sua verne rap/hip hop: os dois gêneros estão lá fundidos com toda as cores africanas, mas com a sua atmosfera de urgência dando o norte responsável para criar a personalidade do álbum. Essa personalidade é dada pela consciência de Emicida refletidas em todas as suas composições.
Em uma época sombria em que vivemos no Brasil em que a maioria dos políticos e a mídia em geral faz com que boa parte da população acredite que o problema real é do patamar econômico e político divido entre apenas dois lados, Emicida ajuda a relembrar que o problema é muito mais profundo, complexo e sombrio do que pode-se imaginar: o grande problema é uma parte da sociedade brasileira cada vez mais preconceituosa, intolerante, hipócrita e sem medo de "abrir" com o mundo as suas "ideias" com o aval do anonimato da internet. Em Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa o enfoque é na posição do negro perante a sociedade, mas a maneira tão incisiva, pertinente, inteligente, forte e, claro, realista que de certa maneira serve para todas as esferas em relação aos grupos sociais vitimas de preconceito. Sendo o enfoque o negro, Emicida construí uma edificante e acachapante critica social em relação como a comunidade negra está inserida na sociedade brasileira. Claro, o ponto de vista do Emicida parte do seu "mundo" que é a periferia de São Paulo e, por isso, as composições contem um forte apelo "paulista" e com um viés político e social típico dessa comunidade. Todavia, esse fato não impossibilita que qualquer pessoa negra e/ou pobre não conseguir se identificar com as palavras de Emicida sobre racismo, diferenças sociais, a imagem própria das pessoas negras e outras mazelas enfrentadas pela população pobre do Brasil. Nada disso seria eficiente sem o talento com a palavra que o rapper possui.
Misturando referências da cultura brasileira e africana com todo um mundo de referências pop nacional e internacional para construir as suas crônicas sem esquecer, porém, "a maneira" sua de falar incluído gírias e forma linguísticas próprias da sua origem. Assim Emicida elabora ricas e complexas teias de significados para expor suas ideias. Tudo isso foi lindamente elaborado não apenas pelos versos do seu rap rápido e rasteiro, mas também pelos ótimos refrões em todas as faixas e em poesias inseridas em algumas faixas que servem como "intro" ou mesmo e faixas normais. Mesmo sendo um trabalho musical e de uma consciência social, as faixas contem uma carga poética imensa alterando entre o tradicional e moderno/urbano com a mesma intensidade. Com tudo ao seu favor, Emicida apenas precisa colocar para fora tudo o que está dentro de si para carregar cada faixa com dignidade. Ele não faz isso: o rapper vai muito além de seu trabalho e torna-se a voz de uma população inteira com uma garra feroz. Uma vontade de ser mais que apenas um rapper, mas um mensageiro, um arauto, um anti-messias. Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa... é o álbum perfeito para o momento atual do Brasil em todas as esferas assim com é o To Pimp a Butterfly do Kendrick Lamar para o momento dos Estados Unidos. Uma pena que o Emicida não será tão ouvido e respeitado como o do rapper americano. Quem estiver lendo essa resenha, eu peço: abra o seu coração e apenas ouça. Não seja mais um na multidão."
4. How Big, How Blue, How Beautiful
Florence + The Machine
"How Big, How Blue, How Beautiful é o trabalho mais atual do Florence + The Machine, pois a sua sonoridade se aproxima de uma musicalidade ainda "viva". Em Lungs ouvimos uma banda crua, elementar e ainda criando formas e conteúdos. Suas construções instrumentais ainda eram rudes e emanavam uma sensação de urgência. Em Ceremonials ouvimos uma banda milimetricamente construída para soar pomposa, grandiosa, extravagante e exagerada. Um refinamento, porém, pode-se notado no tratamento em que a banda dispensa, não só apenas para a sua sonoridade, mas, principalmente, na maneira em que lida os temas das composições: no álbum fica clara inclinação da Florence em temas que podem ser ligados a água como em What the Water Gave Me e Never Let Me Go. Em 2015, o lançamento de How Big, How Blue, How Beautifulcoloca a banda em uma ligação estreita com o contemporâneo, isto é, em todas as suas características o Florence + The Machine modernizou em vários sentidos a sua sonoridade buscando a evolução artística. O resultado é o que ouvimos em um álbum espetacular, inspirador e ousado como pouco visto nos últimos anos.
How Big, How Blue, How Beautiful se beneficia da parceria da banda com o produtor Markus Dravs ,responsável por álbuns do Coldplay (Viva la Vida or Death and All His Friends e Mylo Xyloto), Björk (Homogenic), Mumford & Sons (Sigh No More), Arcade Fire (The Suburbs) e outros, pois p seu estilo ajuda a reformular e modernizar a sonoridade do banda. Não ache, porém, que Florence + The Machine tinha uma sonoridade datada, mas, na verdade, uma sonoridade propositalmente "vintage". No novo álbum há uma atmosfera diferente, pois é bem mais fácil perceber influências contemporâneas que ajudaram a construir o álbum. Essa mudança traz para o Florence + The Machine uma urgência nova que exala uma sensação inesperada de austeridade e certa tristeza enraizada. How Big, How Blue, How Beautiful é direto, seco em vários momentos e, principalmente, atual. Dravs usa a sua técnica para "limpar" a sonoridade da banda, mas sem retirar o que faz do Florence + The Machine ser um dos nomes mais geniais surgidos nos últimos vintes anos na música mundial.
Assim como qualquer período de arte, How Big, How Blue, How Beautiful também bebe da fonte dos seus antepassados. Assim sendo, o álbum ainda ressoar como sendo um trabalho do Florence + The Machine, mas em sua nova fase artística. O impecável trabalho instrumental sempre presente nos canções da banda não foi alterado, mas reformulado para captar as mudanças trazidas pelas novas produção. Mais contidas, mas sem perder as sólidas bases de instrumentos que ajudam a fazer de cada canção da banda um acontecimento musical. Até mesmo a única produção do álbum que não tem a assinatura de Dravs (Mother), mas do colaborador de longa data Paul Epworth também assimilha essas mudanças ajudando a criar a coesa necessária para que How Big, How Blue, How Beautiful resulte nessa obra tão revigorante."
3. To Pimp a Butterfly
Kendrick Lamar
"Para construir o álbum, a produção remodela o tradicional hip hop em algo que transgride o gênero ao misturar vários elementos de origem completamente diferentes do esperado como, por exemplo, o jazz. Sim, apesar de pouco usado, o jazz já foi usado para dar substância para músicas de hip hop, mas no álbum de Kendrick essa mistura encontra a medida para perfeita para soar como se fosse um estilo já fixado. Porém, não para por aí, pois To Pimp a Butterfly é muito mais rico e profundo. O álbum vai viajando por outros gêneros que vão se agregando a sonoridade de Kendrick como o blues, o R&B clássico e contemporâneo, soul, funk e spoken word. Várias vezes tudo isso acontece em uma mesma faixa. Com a excelente parte técnica dando a base para essa evolução/revolução na sonoridade do rapper, To Pimp a Butterfly se torna uma obra impecável, ousada, pesada, cheias de camadas, inspiradora, densa, dark, estilizada, cativante, coesa, sólida e destruidora de pré-conceitos sobre o que é o hip hop, isto é, o álbum pode ser o começo de uma nova fase para o gênero. Gostar ou não do que a produção fez é do gosto pessoa de cada um, mas o que precisa se ovacionado é o que faz o próprio Kendrick no álbum.
Não há como negar as habilidades do rapper como rapper, mas em To Pimp a Butterfly mostra a elevação dele em seu oficio ao mostrar uma versatilidade incomparável. Kendrick vai do tradicional até os mais diversos estilos e nuances sem perder nada da sua personalidade. Cada escolha reflete na construção das músicas, pois dá ainda mais significado para a produção em si. Não importa, porém, qual a escolha que o rapper faz, pois há sempre há a atmosfera de urgência em cada performance como se a vida de Kendrick dependesse de que as pessoas ouçam o que ele tem para dizer. Essa necessidade é bem parecida com o poder que emanava da voz de TuPac, mas o que coloca o Kendrick como o verdeiro sucessor do seu "mestre" são as composições.
Esqueça os temas recorrentes da maioria dos rappers ou da maneira como eles falam sobre os mesmos como, por exemplo, fama, dinheiro e mulheres. Em To Pimp a Butterfly, esses temas são vistos e expostos de uma maneira bem visceral. Kendrick não se deixa cair em lugares comuns e sempre mantem um qualidade elevadíssimo. Todavia, esses temas são apenas coadjuvante, pois o principal assunto de To Pimp a Butterfly é uma narrativa sobre as reflexões sobre a situação dos negros perante a sociedade americana. Em forma de crônicas que tratam sobre racismo, o cotidiano, amor, depressão e a própria imagem do que é ser negro para os negros, To Pimp a Butterfly mostra a capacidade analítica e de exposição de suas ideias de Kendrick em crônicas impressionantemente forte, atuais e geniais. Assim como fazia TuPac, Kendrick faz das composições veículos de reflexões profundas sobre a sociedade unindo com excepcional visão estética. To Pimp a Butterfly e faixas como Wesley's Theory, King Kunta, Alright, Hood Politics, Complexion (A Zulu Love), The Blacker the Berry e Mortal Man consolidam Kendrick Lamar no panteão entre os melhores rappers de todos os tempos e, sem dúvidas, com a benção de TuPac."
2. Reality Show
Jazmine Sullivan
"O primeiro grande acerto no álbum vem do fato que Jazmine Sullivan está simplesmente impecável em performances que a colocam com uma das melhores vocalistas do soul contemporâneo. Ajudada pelo seu tom forte e completamente distinto, a cantora ainda demonstra uma gigantesca versatilidade "deslizando" com classe nas mais variadas entonações e estilos sem perder a sua incrível capacidade de interpretação. Essa capacidade de transmitir a mais variadas emoções sem perder o controle vocal coloca Jazmine ao lado de uma das rainhas de soul americano: Mary J. Blide. A jovem transmitir a mesma áurea que Mary tinha nos seus primeiros trabalhos, isto é, uma força da natureza com pouca experiência, mas uma inteligência vocal absurda. Porém, essa encarnação não é a única que ouvimos em Reality Show, pois o álbum é basicamente construído em cima da sonoridade de várias grandes divas do soul.
A produção, sabiamente, consegue trazer as principais influências da cantora para o seu álbum: em Reality Showconseguimos ouvir Lauryn Hill, Aretha Franklin, Sade, Erykah Badu, Diana Ross, Donna Summer, Chaka Khan e, até mesmo, Amy Winehouse, além da já citada Mary J. Blide. Apesar de todas essas inspirações, a produção que tem como nomes mais conhecidos as figuras de Salaam Remi e Key Wane consegue transformar a sonoridade em uma unidade coesa ao elaborar cada música com uma impressionante visão moderna do que seria cada uma dessas influências hoje em dia juntando com a identidade de Jazmine. Todo esse trabalho cria a impactante, viciante e beirando a genialidade. Além de tudo isso, o que também é um dos pontos forte é o fato do álbum inteiro fluir de maneira magistral: você começa a ouvir na primeira faixa e o álbum vai te levando sem você perceber música por música em uma jornada visceral. Ao mesmo tempo, contudo, cada música vai deixar uma marca em quem escutar conseguindo funcionar sozinhas.
O fio condutor dessa jornada é o trabalho feito em Reality Show no quesito conteúdo, ou seja, as suas composições. Com o seu afastamento de cinco anos, Jazmine teve o tempo necessário para pensar e refletir sobre o seu papel como compositora e, por causa disso, voltou completamente refinada e com uma bagagem bem mais pesada de experiências pessoais. Tudo isso se manifesta nas composições do álbum em que retratam uma montanha russa de emoções que vão do amor até a traição, passando pela felicidade até a aceitação própria. Tudo vai surgindo de uma maneira nada forçada se transformando em uma crônica sobre a sua vida com começo e fim em apenas doze músicas. Sem versão deluxe ou bonus track. Direto e ao mesmo tempo arrasador, Reality Show é uma das obras mais impactantes dos últimos anos sem precisar ser a mais "comentada". Ouça a lindíssima Masterpiece (Mona Lisa) em que a cantora se acerta consigo mesma e tente não se encantar. Em Forever Don't Last, Jazmine toca fundo em todos que pensaram que iria viver um amor para sempre. Mascara discorre sobre os padrões de beleza perante a sociedade, porém, em um inusitado e criativo ponto de vista. Dumb, o mais comercial de todas as canções, abre com força o álbum, enquanto em Brand New é uma visão interessante sobre o mundo da música e a vida pessoal de artista e Stupid Girl mais divertido da cantora em uma canção deliciosa. Isso sem falar o resto do álbum que também é maravilhoso. E, depois de tudo isso escrito, eu tenho a certeza que o blog não poderia voltar com algo melhor e mais condizente com a sua proposta: a qualidade sempre ganha da quantidade de vendas, de prêmios, de fãs nas redes sociais, das posições nas paradas. entre outras coisas. E qualidade é o que tem sobre o trabalho da Jazmine Sullivan."
1. 25
Adele
"25 são sobre as mesmas feridas que Adele relatou em 21. Todavia, Adele não está mais falando do mesmo lugar, nem da mesma posição. Se no álbum anterior as feridas ainda estavam abertas e Adele queria encará-las de frente e sem medo, agora os anos se passaram e com a cantora mais velha e experiente está na hora de rever as cicatrizes deixadas. Está na hora de enfrentar os fantasmas da jovem Adele escondeu. Está na hora de abrir algumas cicatrizes para encarar a dura realidade que, em alguns momentos, Adele foi a culpada pelo sofrimento e, não, a vitima. Chegou a hora de Adele pedir desculpas para, assim, fechar um ciclo na sua vida. 25 é sobre, ao mesmo tempo, olhar para o passado e começar a pensar no futuro. Falando assim, os sentimentos que o álbum trata são, na verdade, comuns para quase todas as pessoas. Em algum momento das nossas vidas já tivemos que refletir sobre o que fizemos para poder continuar a caminhada. Algumas pessoas já fizeram esse processo várias vezes. Então, qual o motivo que faz do álbum tão especial ao falar sobre sentimentos tão "comuns"? Uma palavra: Adele.
Recuperada de uma complicada cirurgia nas cordas vocais, Adele está melhor do que nunca. Só que as qualidades dela vão muito além da parte técnica, já que a cantora, nesse quesito, continua impecável e avassaladora. O grande diferencial da cantora é a sua capacidade de transformar qualquer sentimento simples e trivial no mais alto sentimento humano. Na voz de Adele, qualquer palavra ganha tantas significações, nuances, cores e implicações que ao final dos versos já estamos completamente movidos pelos sentimentos expressados. Adele consegue conquistar o público em todos os momentos desde as partes em que ela entra no estado de "diva" ou aqueles momentos intimistas que ela precisar cantar de maneira mais grave. Tudo fica bem claro longo no começo do álbum abrindo com o single arrasa quarteirão Hello: logo na primeira palavra da canção já somos dragados para o redemoinhinho emocional criado por Adele e que continua cada vez mais rápido até que não resta nenhuma força em nossos corpos.
Até posso concordar que não há nenhuma ousadia sonora em 25 está, assim como o álbum anterior, recheado de baladas com algumas canções mid-tempo aqui e ali. Porém, o que podemos querer mais da Adele, se tudo o que foi feito no álbum é tão sensacional e, principalmente, essa sonoridade foi fundamental para ser o suporte perfeito de toda a carga emocional impregnada no álbum? Para quem olhar de mais perto, porém, irá perceber que Adele se deu o luxo de "brincar" com a sua música ao chamar nomes como, por exemplo, Max Martin, Shellback, Greg Kurstin, Ariel Rechtshaid, Danger Mouse e, até mesmo, Bruno Mars e o seu trio de produção The Smeezingtons para se juntarem aos parceiros de longa data (Paul Epworth e Ryan Tedder). Essa mistura resultou, sim, em um álbum cheio de baladas com base de piano, mas com várias nuances extremamente bem vidas. Dou dois exemplos claros do que estou me refiro: River Lea e o seu coral gospel e a sua atmosfera sombria tem ecos no rock alternativo dos anos oitenta ou a clara alusão de R&B e música eletrônica na batida sexy e cadenciada de I Miss You, que pela primeira vez ouvimos uma Adele falar sobre sexo mais explicitamente. Até mesmo em baladas há essas pequenas brincadeiras: a linda e melancólica Million Years Ago flerta deliciosamente e nostalgicamente com o folk pop mostrando a capacidade da cantora em não apenas falar sobre amor. E "falar" é o que une todos os pontos no álbum.
Para Adele expressar tudo que deseja não há necessidade de grandes arrombos poéticos. Inusitadas construções sintáticas. Adele precisa apenas ser direta e sucinta usando-se do simples para cortar o mais profundo em nossos corações. 25 é feito de composições tão honestas, tão simples e sem nenhum tipo de rodeio que parece que foi tirado de conversas informais do dia a dia. Só que é essa qualidade aliada com os vocais de Adele que fazem tudo ganhar um novo patamar único. Esse é o caso da arrebatadora When We Were Young que parece centralizar a alma de todo o álbum ao contar de maneira devastadora o trivial encontro com quem a gente amou depois de muito tempo. All I Ask é o encerramento doloroso e retumbante para Someone Like You. Love In The Dark faz de Adela aquela que precisa de qualquer maneira terminar o relacionamento antes que as coisas cheguem a um ponto sem retorno. Remedy e Water Under The Bridge são para dar esperança aos corações feridos. Send My Love (To Your New Lover) é sobre como mostrar que tudo está superado. As faixas bônus Can’t Let Go, Lay Me Down e Why Do You Love Me são para mostrar o quanto Adele é sensacional até mesmo naquelas canções feitas para atrair público para pagar um pouco a mais. Por fim, Sweetest Devotion é um fechamento doce em que a cantora fala sobre o seu mais novo amor: seu filho. Não há outra maneira melhor para terminar essa resenha do que apenas agradecer a Adele por mostrar que a música ainda importa nas vidas das pessoas. E na minha também."
Nenhum comentário:
Postar um comentário