Mary J. Blige
Em tempos em que empoderamento feminino é uma dos tópicos mais discutidos na música, Mary J. Blige apenas deve olhar para tudo e pensar: "já faço isso desde 1992". Claro, naquela época não se tinha um nome para isso, mas lá estava Mary sendo a poderosa voz de milhares de mulheres negras durante mais de vinte anos. A voz que expressava os corações quebrados e amores complicados de uma geração de mulheres que não tinham o medo de se mostrarem frágeis e, ao mesmo, tempo eram tão fortes que seriam capazes de renascerem das cinzas. Pois já como é, Mary não tem mais tempo para dramas em sua vida. Aos quarenta anos de idade, Mary reúne toda a sua bagagem e coloca tudo em campo para entregar o seu melhor trabalho em anos: o poderoso Strength of a Woman.
Strength of a Woman não poderia ter nome mais adequando: "a força de uma mulher" é literalmente sobre a força que as mulheres possuem mesmo nas horas mais sombrias e difíceis. Aqui, como em vários outros trabalhos de Mary, o acontecimento que causa essa mulher em liberar toda a sua força é o famoso heartbreaking. E não seria diferente já que Mary terminou o seu casamento de mais de dez anos no ano passado. E, senhoras e senhores, esse é o combustível que dá vida, coração e alma para o álbum: assim como uma sensação de exorcismo, Strength of a Woman coloca para fora qualquer um dos demônios internos que a cantora tinha sobre o fim do casamento. Desilusão, traição, dor, lágrimas, recomeço, auto-afirmação, fé, amor-próprio e mais uma gama de outros sentimentos são a base para a construção de composições com uma força avassaladoras e, infelizmente, pouco vistas hoje em dia. Apenas uma artista com a tenacidade, resiliência e magnitude de uma diva como a Mary seria capaz de fazer em pleno 2017, onde tudo parece tão superficial e fugaz. Não em Strength of a Woman, pois cada palavra, cada expressão, cada verso e cada estrofe soa vindo de um lugar tão verdadeiro como a dor de um coração quebrado. Vivido, empático, magnético e de uma qualidade impressionante, Strength of a Woman não poderia ter outra "dona" se não Mary J. Blige.
Strength of a Woman não poderia ter nome mais adequando: "a força de uma mulher" é literalmente sobre a força que as mulheres possuem mesmo nas horas mais sombrias e difíceis. Aqui, como em vários outros trabalhos de Mary, o acontecimento que causa essa mulher em liberar toda a sua força é o famoso heartbreaking. E não seria diferente já que Mary terminou o seu casamento de mais de dez anos no ano passado. E, senhoras e senhores, esse é o combustível que dá vida, coração e alma para o álbum: assim como uma sensação de exorcismo, Strength of a Woman coloca para fora qualquer um dos demônios internos que a cantora tinha sobre o fim do casamento. Desilusão, traição, dor, lágrimas, recomeço, auto-afirmação, fé, amor-próprio e mais uma gama de outros sentimentos são a base para a construção de composições com uma força avassaladoras e, infelizmente, pouco vistas hoje em dia. Apenas uma artista com a tenacidade, resiliência e magnitude de uma diva como a Mary seria capaz de fazer em pleno 2017, onde tudo parece tão superficial e fugaz. Não em Strength of a Woman, pois cada palavra, cada expressão, cada verso e cada estrofe soa vindo de um lugar tão verdadeiro como a dor de um coração quebrado. Vivido, empático, magnético e de uma qualidade impressionante, Strength of a Woman não poderia ter outra "dona" se não Mary J. Blige.
Dona de uma vozes mais aclamadas do R&B americano nas últimas duas décadas, o grande diferencial de Mary J. Blige não é seu timbre rouco e o potencial vocal: a cantora é conhecida mesmo por ser uma das melhores interpretes da música. E quando me refiro a interpretar, estou falando de INTERPRETAR com letras maiúsculas mesmo para ressaltar que, quando cantar, Mary parece estar entregando tudo de si como um atriz vencedora do Oscar. E não poderia ser diferente já que a cantora já fez alguns trabalhos como atriz e, até agora, está começando a ter o seu nome ventilado com uma das indicadas ao Oscar de Atriz Coadjuvante no filme Mudbound. E esse atuação for do mesmo nível que a maneira que a cantora encara as suas músicas será uma vitória fácil. Para quem não acredita é só ouvir Strength of a Woman e sentir o nível de intensidade e entrega que a cantora dá para cada faixa, mostrando uma qualidade técnica louvável. Continuando a ostentar o seu posto de rainha do hip hop soul, Mary J. Blige não vai muito além da sonoridade que sempre fez, adicionando R&B, gospel, soul, um pouco de pop e rap. Todavia, o que falta de ousadia, sobre em execução e trabalho técnico em um álbum primorosamente bem feito que, talvez, tenha como único defeito é a sua parte final que soa um pouco abaixo do resultado final. Os melhores momentos de Strength of a Woman ficam por conta das faixas Thick of It, a deliciosamente direta Set Me Free, a afirmativa It's Me, U + Me (Love Lesson), Indestructible sobre superar um amor abusivo, a ótima Thank You e a dançante Find the Love. Mary J. Blige não precisa mais provar nada mais para ninguém e, sim, ensinar a como realmente ser empoderada de verdade ao simplesmente ser quem é.
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