Rouge
Uma das piores coisas que podem acontecer ao um artista é fica preso a um contrato que apenas o prejudique de alguma forma. Normalmente, artistas iniciantes que não possuem qualquer tipo de experiência ou/e uma boa assessória acabam caindo em armadilha de gravadoras/empresários que os encurralam em contratos que, entre outras coisas, os obrigam a seguir certo estilo musical, controlam a sua vida pessoal e não repassam o dinheiro de direito que o mesmo conquista. Isso é agravado quando se trata de um vencedor de um reality show musical, pois esses contratos já estão prontos muito antes da vitória do mesmo e, quase sempre, dão vantagens para as gravadoras. Infelizmente, esse último caso é o que deve fazer parte da história do Rouge que decidiram dar uma outra pausa após o lançamento de Les 5inq, quinto álbum da girl band.
Para quem não se lembra ou é muito novo, o Rouge saiu do reality Popstars em um já distante 2002. Transmitido pelo SBT, o programa tinha uma premissa simples: escolhe cinco meninas para formar uma girl band. Apesar do programa em si não tenha sido um grande sucesso de audiência, o grupo formado pelas jovens Aline, Fantine, Karin, Li e Luciana foi uma explosão quase da noite para o dia. O primeiro álbum delas é uma das maiores vendagens da indústria fonográfica brasileira e o hit Ragatanga virou uma febre até em outros países. Analisando friamente, o Rouge pode ser considerado o último fenômeno de vendagem de álbuns aqui no Brasil antes do declínio do mesmo e ascensão da era digital. Apesar do imenso sucesso, o grupo não conseguiu escapar das polêmicas, pois depois do lançamento do segundo álbum, Luciana decidiu sair do grupo em uma nuvem de boatos da falta de entrosamento das integrantes. Agora um quarteto, o grupo lançou mais dois álbuns até 2006 em que foi anunciado a separação definitiva.
Corta para para 2018. Depois de várias campanhas para as jovens fizesse um comeback, as integrantes decidiram retomar na formação original para comemorar os quinze anos do Rouge com uma turnê especial e o lançamento de novas canções. Claro, o grupo não alcançou o mesmo sucesso inicial, mas o reencontrou provocou uma merecida comoção entre parte do público. Apesar disso, o grupo decidiu que o lançamento do quinto álbum delas seria o último e que depois entrariam em um novo hiato. E a decisão, na minha opinião, não poderia ser melhor explicada: amarradas a um contrato com a gravadora que, certamente, ainda é dona do Rouge e todos os direitos das canções do grupo e, por consequência, do dinheiro do lucro, as integrantes não recebem praticamente quase nada pelo trabalho delas. E, apesar de um artista ter amor pela música, ninguém consegue trabalhar sem ter o seu devido valor reconhecido. E as meninas do Rouge merecem muito. Felizmente, se Les 5inq é derradeiro canto do cisne do Rouge é um trabalho que fecha decentemente a trajetória do grupo.
Para quem não se lembra ou é muito novo, o Rouge saiu do reality Popstars em um já distante 2002. Transmitido pelo SBT, o programa tinha uma premissa simples: escolhe cinco meninas para formar uma girl band. Apesar do programa em si não tenha sido um grande sucesso de audiência, o grupo formado pelas jovens Aline, Fantine, Karin, Li e Luciana foi uma explosão quase da noite para o dia. O primeiro álbum delas é uma das maiores vendagens da indústria fonográfica brasileira e o hit Ragatanga virou uma febre até em outros países. Analisando friamente, o Rouge pode ser considerado o último fenômeno de vendagem de álbuns aqui no Brasil antes do declínio do mesmo e ascensão da era digital. Apesar do imenso sucesso, o grupo não conseguiu escapar das polêmicas, pois depois do lançamento do segundo álbum, Luciana decidiu sair do grupo em uma nuvem de boatos da falta de entrosamento das integrantes. Agora um quarteto, o grupo lançou mais dois álbuns até 2006 em que foi anunciado a separação definitiva.
Corta para para 2018. Depois de várias campanhas para as jovens fizesse um comeback, as integrantes decidiram retomar na formação original para comemorar os quinze anos do Rouge com uma turnê especial e o lançamento de novas canções. Claro, o grupo não alcançou o mesmo sucesso inicial, mas o reencontrou provocou uma merecida comoção entre parte do público. Apesar disso, o grupo decidiu que o lançamento do quinto álbum delas seria o último e que depois entrariam em um novo hiato. E a decisão, na minha opinião, não poderia ser melhor explicada: amarradas a um contrato com a gravadora que, certamente, ainda é dona do Rouge e todos os direitos das canções do grupo e, por consequência, do dinheiro do lucro, as integrantes não recebem praticamente quase nada pelo trabalho delas. E, apesar de um artista ter amor pela música, ninguém consegue trabalhar sem ter o seu devido valor reconhecido. E as meninas do Rouge merecem muito. Felizmente, se Les 5inq é derradeiro canto do cisne do Rouge é um trabalho que fecha decentemente a trajetória do grupo.
Maduras e donas de si (mesmo que seja sonoramente), o grupo entrega um espirituoso, alegre e bem intencionado trabalho pop com toques de latin pop e R&B. Ok, Les 5inq está bem longe do arrebatamento pop que foi os dois primeiros álbuns delas, pois apresenta uma produção bem menos inspirada sonoramente. Entretanto, o álbum ainda apresenta aquela chama que as meninas tinham quando começaram a carreira, mesmo que tenham sido formada de forma "artificial". Pode ser até aquele adolescente que está falando, mas Rouge é, talvez, a melhor coisa que já aconteceu ao pop nacional. E isso é melhor compreendido quando a gente ouve o forte single Dona da Minha Vida. A melhor parte da produção é saber como misturar os gêneros de forma equilibrada e dar um arremate final para as faixas para que as mesma não soem como trabalho inacabados como é como em trabalhos nacionais do gênero. Não que estejamos diante de um trabalho genial que irá sacudir as base da música brasileira. Entretanto, Les 5inq se mostra um sólido e carismática trabalho que dá o suporte necessário para deixar as integrantes brilharem. E é aqui que se encontra a base principal do grupo.
Ao contrário da maioria das girl bands ou mesmo as boy bands pelo mundo, o Rouge sempre apresentou a distinção de ter as suas integrantes como verdadeiros talentos, pois cada uma tem uma voz distinta, perfeição técnica e personalidade suficiente para serem as lideres do grupo. Claro, no começo parecia que a Luciana tinha esse trabalho, mas, analisando bem, as cinco de alguma forma carregam responsabilidades dentro do grupo e, principalmente, todas tiveram momentos de brilhar. Em Les 5inq, apesar de faltar momentos das cinco juntas, deixa bem claro essa vertente do grupo em cada uma tem garantido o seu lugar ao Sol. E melhor: nem é preciso ser um grande fã para saber quem canta que parte já que que cada uma tem um timbre tão diferente que fica fácil distinguir cada voz, enriquecendo e dando corpo ao trabalho. O melhor momento para notar isso é a ótima balada R&B/pop Sem Temer que lembra bastante canções do primeiro álbum. Outra qualidade é a coesão do álbum. Com apenas dez faixas, o álbum não apresenta pontas drasticamente soltas e consegue manter a atenção do público do começo ao fim sem maiores tropeços. Além disso, as composições podem não ser algo sensacional ou que saia muito da curva que outros nomes do atual pop no Brasil, mas tem uma amadurecimento digno das integrantes e, também, um tino até bem construído como mostra a importante Não é Não sobre assédio, mas que não perde o toque comercial. Outros momentos de destaque ficam por conta da R&B/pop com toques de hip hop Beijo na Boca com a presença do rapper Vitão, a sexy Juntinho, a criativamente inusitada Sou Mais Eu e baladinha Como Se Fosse a Primeira Vez. Pode ser realmente que esse seja o último do grupo como o Rouge, mas, felizmente, fecha com bastante dignamente a trajetória do último fenômeno da nossa indústria fonográfica. Obrigado, meninas!
Ao contrário da maioria das girl bands ou mesmo as boy bands pelo mundo, o Rouge sempre apresentou a distinção de ter as suas integrantes como verdadeiros talentos, pois cada uma tem uma voz distinta, perfeição técnica e personalidade suficiente para serem as lideres do grupo. Claro, no começo parecia que a Luciana tinha esse trabalho, mas, analisando bem, as cinco de alguma forma carregam responsabilidades dentro do grupo e, principalmente, todas tiveram momentos de brilhar. Em Les 5inq, apesar de faltar momentos das cinco juntas, deixa bem claro essa vertente do grupo em cada uma tem garantido o seu lugar ao Sol. E melhor: nem é preciso ser um grande fã para saber quem canta que parte já que que cada uma tem um timbre tão diferente que fica fácil distinguir cada voz, enriquecendo e dando corpo ao trabalho. O melhor momento para notar isso é a ótima balada R&B/pop Sem Temer que lembra bastante canções do primeiro álbum. Outra qualidade é a coesão do álbum. Com apenas dez faixas, o álbum não apresenta pontas drasticamente soltas e consegue manter a atenção do público do começo ao fim sem maiores tropeços. Além disso, as composições podem não ser algo sensacional ou que saia muito da curva que outros nomes do atual pop no Brasil, mas tem uma amadurecimento digno das integrantes e, também, um tino até bem construído como mostra a importante Não é Não sobre assédio, mas que não perde o toque comercial. Outros momentos de destaque ficam por conta da R&B/pop com toques de hip hop Beijo na Boca com a presença do rapper Vitão, a sexy Juntinho, a criativamente inusitada Sou Mais Eu e baladinha Como Se Fosse a Primeira Vez. Pode ser realmente que esse seja o último do grupo como o Rouge, mas, felizmente, fecha com bastante dignamente a trajetória do último fenômeno da nossa indústria fonográfica. Obrigado, meninas!
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