Björk
Assim como uma entidade mística que surge apenas quando todos os planetas estão alinhados, a Björk ressurge para o lançamento do seu décimo álbum intitulado Fossora. Como primeiro single foi lançada a espetacular Atopos.
Obviamente, não podemos esperar nada menos que uma nova jornada para o fascinante mundo da Björk, mas existe algumas surpresas no caminho. Ao contrário da sonoridade mais contemplativa que a cantora vinha mostrando nos últimos anos, Atopos é uma volta para o começo da carreira da artista ao explorar batidas pesadas com base de percussão e instrumentos de sopro. O resultado é uma explosão seca, ruidosa, quase minimalista e completamente inebriante e soberba. Sonoramente, a canção é uma colisão de art pop, eletrônico, experimental, industrial e techo que apenas a distinta produção e visão da Björk consegue fazer sentido claro e pleno. Sem precisar ser apresentada, a cantora entrega uma performance que tem todas as características da sua carreira com a sua sempre única maneira de enunciar as palavras, o seu lendário timbre e o marcante sotaque. Tenho que admitir que em questão lírica, Atopos não é tão marcante como os melhores momentos, mas, sinceramente, a poética sempre inteligente e bela da artista é sempre muito bem construída e um refresco para nossos ouvidos. E assim recomeçamos uma nova era na carreira de uma das mais importantes artistas de todos os tempos.
nota: 9
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