RAYE
A independência artística da britânica Raye deve ser a provavelmente a melhor coisa que aconteceu para a carreira da cantora, pois está sendo responsável por mostrar de fato todo o seu potencial. Depois da genial Hard Out Here, a cantora lança a ótima Black Mascara.
A canção mostra o que a Raye pode fazer dentro do pop ao ter a liberdade necessária para explorar ideias que não são vistas exatamente como comerciais por gravadora. A produção em Black Mascara entrega uma progressiva e original mistura de EDM, electropop e dance-pop com um verniz sombrio que consegue criar uma atmosfera única ao mesmo tempo que passeia por vales conhecidos dos todos das paradas. Uma reconstrução do que a cantora fazia sob o selo da sua antiga gravadora, Black Mascara dá espaço para a artista explorar assuntos de forma mais profundo ao entregar uma excepcional crônica sobre o fim do relacionamento tóxico e como irá se reerguer com uma estrutura ousada e inspirada. A performance poderosa de Raye que sabe como usar a sua dose e melódica voz para carregar com destreza canções mais densas, adicionando versatilidade ao entregar dois versos que mistura a sua forma de cantar como rap. Black Mascara falha, porém, ao não ter um ponto de explosão final para criar o perfeito clímax, mas isso não chega atrapalhar seriamente o resultado final. Livre de amarras, Raye parece preparar o que pode ser um dos melhores álbuns dos últimos tempos. E com merecimento.
nota: 8
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