Coldplay
Não é segredo para ninguém que acompanha o blog que o Coldplay passa bem longe de ser minha banda favorita. Entretanto, a banda comandada pelo Cris Martin entrou para esse hall nos últimos anos ao se transformar no fantasma do que eles foram no começo da carreira com lançamentos cada vez mais desinteressantes. Um dos últimos sopros de originalidade eficaz comercialmente que a banda teve data de 2008 quando foi lançada o arrasa quarteirão Viva la Vida.
Devo admitir que a canção “cresceu” em mim desde 2008, pois quando foi lançada não achei o resultado “grandes coisas”. E, apesar de não considerar a canção excelente, Viva la Vida se mostrar bem mais interessante que o esperado depois de mais de dez anos. Em primeiro e mais importante, o instrumental é algo espetacular devido a sua imponência e grandiosidade ao decidir por uma pegada puxado para a música clássica com o uso de orquestra completa, especialmente a seção de cordas é realmente marcante. E claramente a produção se beneficia disso ao entregar uma refinada mistura de baroque pop com pop rock que cria uma canção com uma contraditória sensação de ser ao mesmo tempo elitista devido a sua pretenciosa atmosfera e também ser comercialmente viável devido ao fácil reconhecimento de qual música estamos ouvindo desde a primeira nota. E essa qualidade é também transmitida pela pomposa, complexa e marcante composição que consegue entregar um dos refrões mais longos e viciantes da músicas pop dos últimos tempos. O quesito que posso elogiar sem achar nenhum “defeito” é a presença poderosa de Cris Martin que entrega uma das suas melhores atuações, mostrando energia e força do começo ao fim. Viva la Vida é, sim, uma boa canção após uma reflexão profunda, mas está longe de ser genial em qualquer mérito.
nota: 7,5
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