Bad Bunny
Novamente, Bad Bunny entrega um monumental em tamanho no álbum nadie sabe lo que va a pasar mañana que equipara com o tamanho do seu atual sucesso comercial. Artisticamente, o álbum perde certo brilho em comparação com o anterior, mas ainda mantem certo viso criativo bem moldado.
A principal diferença entre o lançamento e o anterior (Un Verano Sin Ti) é a perda da atmosfera jukebox em que Bad Bunny para uma massa mais uniformizada e única. Devido a isso, o álbum se torna uma continua e longuíssima viagem da visão do rapper em relação ao trap em que se vai adicionando outros estilos como, por exemplo, pop rap, latin pop, reggaeton e eletrônico. Acredito que a escolha por esse caminho é até interessante, mas faz perder certa euforia que as explorações diversas que tinha como base anteriormente. E por várias vezes, o peso de quase uma hora e meia e vinte duas faixas se faz sentido facilmente, deixando essa sensação de arrastado por um bom tempo. Entretanto, o grande trunfo da produção é conseguir manter uma coerência bem nítida do começo a ao fim sem deixar se desviar da ideai principal, especialmente devido a sempre segura a presença de Bad Bunny como o centro principal do álbum. E, queridos leitores, gostando ou não é preciso apontar que o artista é a força motriz que faz o álbum, pois a sua grave, grandiosa e única presença dá toda a personalidade que o que poderia ser uma grande bomba atônica. E quando o resultado é acima da média, a produção entrega momentos inspirados como os ótimos singles WHERE SHE GOES, “uma interessante excursão ao mundo do eletrônico com uma batida bem trabalhada e com originalidade”, e MONACO e a sua estilizada construção. Entretanto, o grande momento do álbum é logo no seu começo da grandiosa e espetacular NADIE SABE. nadie sabe lo que va a pasar mañana é o arrasa quarteirão que não é para todos, mas é o perfeito veiculo para a carreira gigantesca do Bad Bunny.
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