Biig Piig
De todas as cantoras pop a lançarem seu debut esse ano, 11:11 da irlandesa Biig Piig é o mesmo inspirado. Mesmo assim, o trabalho ainda tem alguns bons momentos.
Acredito que o motivo principal para o álbum não acertar o alvo é que a sonoridade parece ser tímida em que a produção parece estar sem coragem para dar o passo a mais que precisaria para fazer as canções serem capazes de estourarem sonoramente. Até entendo a estética escolhida que cria uma contida e estilizada mistura de alt-pop, synth-pop e dance-pop, mas até mesmo nesse caminho era possível encontrar saídas que pudesse fazer as faixas de 11:11 ganharem vida. E isso fica mais claro quando a gente nota que, sim, existem boas ideias que são desperdiçadas em um mar de tons pasteis e sabores amenos. Faltou cores fortes e picância para enfatizar essas qualidades. E quando isso acontece é possível notar que Biig Piig tem talento suficiente para sustentar canções com mais apuro sonoro. Um bom exemplo disso é a boa 9-5 em que vemos a produção brincar mais eficiente com texturas em uma simpática syhnth-pop com toques de disco e dance-pop. Não é suficiente para estourar, mas faz um barulhinho bem gostoso. Outros bons momentos é o fofo abre alas em 4Am e a batida dançante e pop puro de Favourite Girl. Espero que no futuro Biig Piig possa encontrar o que falta na sua sonoridade para que a mesma possa realmente estourar com vontade.


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