Camila Cabello
Não sou exatamente fã da carreira de Camila Cabello. Nada contra a cantora, mas durante sua trajetória, poucos trabalhos seus realmente tiveram um impacto positivo em mim. Com o passar dos anos, porém, um de seus trabalhos envelheceu melhor do que eu esperava. E essa canção é seu maior sucesso: Havana.
A música não é sensacional, mas, ao analisá-la mais de perto, revela-se uma mistura cativante, solar, sensual e grudenta de latin pop, hip hop, bolero, trap e R&B. Apesar de ser sonoramente rasa, Havana é extremamente divertida. O grande trunfo da faixa é sua interessante instrumentalização, que eleva todo o material graças à criatividade da produção, aproveitando bem todas as influências para criar uma cápsula pop perfeita.
A performance de Camila é outro ponto forte. Apesar de não ser exatamente a mais completa das cantoras, a então recém-saída do Fifth Harmony domina a canção com segurança, entregando uma performance sólida e bem conduzida. No entanto, Havana perde força devido à presença pouco inspirada do rapper Young Thug, cuja participação soa completamente deslocada e sem graça. Se Bad Bunny, que na época estava começando a despontar, tivesse participado, poderia ter feito uma diferença artística significativa. Outro problema é a composição mediana, que conta com um bom refrão, mas não justifica a presença de incríveis dez compositores, incluindo Pharrell Williams. No final das contas, Havana é melhor do que eu lembrava, e fico feliz em revisitá-la de tempos em tempos.
nota: 7

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