30 de maio de 2012

Até Quando?

Wide Awake
Katy Perry

Vamos falar de assunto sério? Quando a Katy Perry vai terminar o ciclo com o Teenage Dream? Ou ela vai extrair a última gota, ainda mais que foi lançada a versão "The Complete Confection" para faturar mais uns trocados? E se não chega ter lançado sete singles ao total, ela lançou Wide Awake.

A canção pode levar o título do "pior refrão da carreira da Katy". Para uma cantora que tem refrões pegajosos e bem construídos, o de Wide Awake é muito ruim. E nem é porque a canção é uma baladinha mid-tempo, pois ela já provou que pode fazer isso até bem. Aliado a isso tem a letra certinha demais combinado com os vocais sem muito inspiração de Katy que traz a música para uma depressão arrastada que deixa a canção sem graça. Para terminar esse post, deixo uma indagação com a diva Dani Calabresa:


 nota: 5,5


29 de maio de 2012

Só Faltou a Cantora

King of Hearts
Cassie

Uma música pode carecer de uma composição melhor trabalhada. Também pode precisar de um trabalho de produção mais apurada. E ás vezes, faltou certo cuidado com a produção vocal. Porém, eu nunca vi uma canção que carece de uma cantora. Até hoje.

King of Hearts é o primeiro single do segundo álbum da cantora Cassie, aquela que teve um sucesso em 2006, e podemos colocar na última afirmação que fiz no primeiro parágrafo. A canção é um dance pop completamente diferente do que se tem ouvido por aí. A excelente produção da canção dá uma cara original e ousada a dar cadencia e desestruturar a melodia. Como composição, a música é interessante com um refrão bem estruturada. Faltou mesmo a cantora. Cassie não é ruim, mas também não é boa. Não é marcante, mas está lá de alguma forma. É quase um zunido alto que "canta" a letra de King of Hearts. Se fosse uma cantora com alguma presença o single seria um dos melhore do ano. Com Cassie ficou apenas na média.
nota: 7

27 de maio de 2012

Há Algo de Não Tão Novo no Reino do Link Park

Burn It Down
Linkin Park

Nem sempre é preciso se reinventar para conseguir achar o "seu som" no mundo da música. Ás vezes é só voltar ao básico. Assim fez o Link Park.

Burn It Down, primeiro single do próximo álbum da banda intitulado Living Things, é uma volta as raízes da banda. Mais contido na sua produção, a canção mostra que a capacidade de criar metáforas existencialistas ainda continua o forte deles. A boa composição encontra na co-produção de Rick Rubin o perfeito casamento. O esquema verso/refrão/rap que o Link Park ajudou a difundir no meio do hard rock, apesar de batido, continua funcionar na banda. Mesmo sendo um pouco datado é o Link Park de verdade.
nota: 7

24 de maio de 2012

Querida, Veja Quem Veio Para Jantar

Guardian
Alanis Morissette

Você, amigo leitor, está na sua casa fazendo um jantar para alguns amigos. Um jantar intimo. De repente, após a chegada de todos os convidados já conhecidos, a campainha toca. E adivinhe quem veio para jantar? Aquele seu amigo de uns dez anos atrás que você já tinha se esquecido depois de perder o contato. Ele resolveu fazer uma visita surpresa para lembrar os velhos bons tempos. Com o jantar rolando, você se sente obrigado a convidá-lo para jantar também. Na mesa, você o ao lado de seus novos amigos e pensa: "putz, fulano de tal não tem nada haver com eles. Como o tempo passa!". Não sei vocês, mas é assim que eu me sinto ao ver a volta da Alanis Morissette. Ela é a velha amiga de outros tempos que resolveu voltar. Mesmo ainda gostando dela ainda, ela não se encaixa na nossa vida nova. Não tem nada haver com os nossos novos amigos. É uma estranha no ninho, mas mesmo assim você a recebe de braços abertos Alanis vai lançar esse ano seu oitavo álbum (Havoc and Bright Lights) e como primeiro single foi lançada a canção Guardian.

A música mostra que Alanis ainda é aquela que colocou suas magoas para fora em Jagged Little Pill, só que mais velha e contida ao colocar seus sentimentos na linha de frente. Ao que foi noticiado, o novo trabalho vai se focar na relação dela com a fama. Em Guardian, ela discorre sobre como alguém a machucou e mesmo assim ela protegê-lo. Ou algo parecido. A composição peca por ser confusa. Seu estilo rock/pop continua o mesmo que mesmo soando datado, ainda é uma boa Alanis. E vocalmente ela continua a mesma: quem gosta vai continuar a gosta, quem odeia vai continuar na mesma. Mesmo fora de contexto ela ainda continua a ter relevãncia para uma imensa geração.
nota: 6,5

23 de maio de 2012

Pérola Pop

Bombastic Love
Britney Spears

Toda vez que eu critico a Britney aqui no blog, o povo fala que eu não gosto dela, tenho preconceito contra, fiz pacto com o diabo (essa é invenção). Quero deixar bem claro que eu não a odeio. Só tenho um grande problema com o rumo da carreira dela nos dois últimos álbuns. Repito: dos dois últimos álbuns dela. Além do fato da perda de qualidade vocal dela. Contudo, eu gosto dela. A velha e pop Britney. E para provar isso, escolhi uma canção dela para fazer parte do Pérola Pop. Porém, não é uma música qualquer. Para provar que eu conheço e gosto de boa parte da carreira dela a canção escolhida foi Bombastic Love, que apenas fãs de verdade conhecem.

Do álbum terceiro álbum dela, Britney de 2001 que fez a transição de adolescente para mulher e que acho é o melhor trabalho dela, Bombastic Love é a canção pop perfeita: chiclete, dançante e com um toque a mais. O tom dark/pop rock dado pela produção de Max Martin e Rami Yacoub consegue tirar do lugar comum a faixa. Parece tema de filme de ação. Vocalmente, Britoca era a Britney que o mundo conheceu. Não a melhor cantora, mas segura e até potente. Bons tempos aqueles.

22 de maio de 2012

Justin Bieber em: "Sou Uma Cantora Featuring"

Live My Life (feat. Justin Bieber)
Far East Movement

Imagine o Justin Bieber todo trabalho no perucão vermelho, make na cara (se bem que ele usa também), roupa sensual e salto alto. Imagino? Essa transformação pode até ofender as fãs, mas um requisito para Justin virar uma cantora já foi feito: ele fez um featuring no melhor estilo cantora de pop cantando o refrão de uma música hip hop/eletrpop. A canção que isso aconteceu foi Live My Life do grupo Far East Movement, aqueles do Like a G6.

Produzido pelo RedOne, a canção mostra que a voz do Justin ainda precisa crescer e se tornar a de um homem logo. Infantil, principalmente nos tons mais altos, e ainda sem força para sustentar um refrão onde ele não é o astro principal. Isso faz com que a música perca em impacto. Não que Live My Life tenha uma pegada diferente que tenha perdido qualidade devido as falhas nos vocais de Bieber. A produção faz o arroz com feito de sempre e entrega uma canção redonda e linear. A única coisa que chama a atenção é o fato da canção ser de quatro asiáticos cantando rap/eletropop. Porém, isso já o chamativo do Far East Movement de qualquer forma. Sobra então Justin soltando a Rihanna interior.
nota: 6

21 de maio de 2012

3 Por 1 - Country

Shinin' On Me
Jerrod Niemann


Drunk On You
Luke Bryan


Better Than I Used to Be
Tim McGraw


Sabe aquelas canções "feel good" que mesmo não sendo ótimas são ao menos reconfortantes? Assim é Shinin' On Me do cantor Jerrod Niemann.

O dono do sucesso Lover, Lover canta sobre como as coisas poder parecer complicadas em um futuro próximo, mas o que importa é você aproveitar o agora. Mesmo com uma composição tão prosaica, o sentimento bom que a música emana é reconfortante. Ao mistura um country com uma pegada soul ele ajuda a essa sensação a ser mais pungente. Nada genial. Apenas simpático.

E aquelas canções "mela cuecas", mas que de alguma forma funciona como uma canção romântica? Aí entra Drunk On You do cantor Luke Bryan.

O tom da canção segue um caminho mid-tempo/country/pop rock que se encaixa devido a voz rouca e sexy de Luke. Ele consegue tirar certo breguismo da canção (o refrão dispara "Girl you make my speakers go BOOM BOOM") e a deixa mais divertida. Não é uma canção diferente da maioria da canções country que ficam na média já que tem arranjo apenas o.k com uma produção segura demais. Contudo, funciona de alguma forma.


E por fim tem aquelas músicas que são apenas músicas. Sem mais.


Em Better Than I Used to Be, Tim McGraw o marido da Faith Hill na vida real e o da Sandra Bullock em Um Sonho Possível, faz uma música sem maiores qualidades que ser um pedido de desculpas por ter sido um safado e que vai melhorar e sem maiores defeitos, ao não ser o fato dela ser bem chatinha e não ter nada de mais para comentar. Só isso.

nota
Shinin' On Me: 6,5
Drunk On You: 6,5
Better Than I Used to Be: 5

20 de maio de 2012

Titanium 2

LaserLight (feat. David Guetta)
Jessie J

Podemos condenar um produtor de fazer duas músicas parecidas já que a inspiração vem do mesmo lugar? Ainda mais, se as duas resultam em algo no mínimo bom? Então, David Guetta pode ser inocente de fazer de LaserLight uma continuação direta de Titanium.

LaserLight é a parceria de Jessie J com o produtor/DJ que foi lançada na versão especial do álbum Who You Are e virou o sétimo single. Tudo que é bom em Titanium ele repete aqui: seja a a produção caprichada que ajuda a refinar transformando a canção em um eletropop grandioso, vocais poderosos e interpretação impecável de uma Jessie inspirada e uma letra simples, mas cativante. Só que o déjà vu faz com a canção perca um pouco da força que teria se você única ou lançada primeiro. É uma continuação que peca apenas por querer ser tão boa como a original.
nota: 8

18 de maio de 2012

As 50 Maiores Cantoras de Todos os Tempos

Part. I
Part. II
Part. III
Part. IV
Part.V
Part. VI
Part. VII 
Part. VIII
Part. IX


Part. X

5.Elis Regina

Quando você chora a glote se abre para ajudar na passagem do ar, por isso, quando uma pessoa tenta falar, além de ser difícil, a voz sai esganiçada. Imagine tentar cantar. Isso era o que Elis fazia. Quando se emocionava no meio de uma música, ela simplesmente chorava e continuava a cantar "normalmente". Quem já viu alguma interpretação dela para a canção Atrás da Porta sabe do que falo. A maior cantora brasileira de todos os tempos sempre esteve além da sua própria geração não encontrando ninguém a sua altura. Trinta anos após sua morte Elis é reverenciada por qualquer um conhece um pouco do que é música de verdade. A Pimentinha deixou seu legado para a eternidade.

4.Édith Piaf
Ela não alcançava direito um metro e quarenta centímetros de altura, mas o ela tinha de talento dentro de si a fazia ficar com dois metros de altura. A francesa Édith tirou de sua vida a alma de sua voz. Faço uma pequena lista do que passou: pobreza, perdeu uma filha aos dezessetes anos de meningite, se prostituiu, teve que cantar nas ruas para viver, perdeu o amor da vida dela em uma acidente de carro, teve três sérios acidentes de carro e por conta disso se vicio em remédios para a dor e também em álcool, passou por três reabilitações e morreu aos quarenta e sete anos de câncer. Contudo, sua vida foi dedicada a cantar sendo sua única alegria de verdade. Os hinos La Vie en Rose e Non, je ne regrette rien são as maiores representações de uma carreira marcada na história.

3.Barbra Streisand
Era uma vez uma pobre jovem judia que tinha apenas um sonho: se tornar uma atriz. Porém, havia vários fatores que fazia desse sonho impossível. Além da condição de vida, ela não tinha uma beleza padrão para conquistar as telas de cinema. Contudo, o que destino não contava era que essa jovem era Barbara Joana Streisand, ou como ficou conhecida depois, Barbra Streisand. Ela começou cantando em boates nos anos cinquenta até que conseguiu uma chance de gravar seu primeiro álbum The Barbra Streisand Album em 1963. Então, o mundo viu qual era o tamanho do talento que aquela jovem tinha. Uma voz completamente fora desse mundo e de qualquer outro mundo. O álbum se tornou um sucesso e venceu o Grammy de Álbum do Ano. A caminhada de glória de Barbra continuou se entrelaçando ao seu genial trabalho como atriz/diretora/produtora ao longo de mais de quarenta anos de carreira (veja mais informações aqui). O que mais falar de um ícone que tem 36 álbuns sendo a única artistas que colocou ao menos um CD no topo das paradas em cinco décadas diferentes, vendeu mais 150 milhões de cópias, venceu 15 Grammy's? Ela é simplesmente Barbra.


Para corar as duas cantoras que ficaram nos primeiros lugares, vou fazer especiais separados para vocês conhecerem mais profundamente as maiores cantoras de todos os tempos. Aguardem!

17 de maio de 2012

Donna Summer

A despedida nem sempre é um adeus. Pode ser um "até logo", mesmo que o logo ainda seja demorado.
Mário Pires

16 de maio de 2012

Primeira Impressão

Trespassing
Adam Lambert

Para saber a melhor representação do álbum Trespassing do Adam Lambert é necessário recorrer a seguinte equação: um álbum ok da P!nk + um álbum bom da Christina Aguilera x um álbum ótimo da Britney. Sim, muitos vão até chiar sobre as comparações, mas não posso deixar de ressaltar a qualidade do melhor álbum pop desde The Fame da GaGa. Sim, porque o Adam faz um álbum pop como pouco se vê nos dias de hoje.  E quando falo em pop, quero dizer chiclete, desnecessário, dançante, fútil (em quase todas as músicas), viciante, poderoso, cativante e popular.

O álbum é uma salada pop com pitadas de eletropop, rock eletrônico e pop rock que em nenhum momento perde um décimo do fôlego. Mais dono de si, Adam virou o produtor executivo e compositor principal ajudando Trespassing ter uma cara só do começo ao fim, bem mais coeso que o seu debut For Your Entertainment. E não é só isso: musicalmente, Adam parece ter encontrado seu nicho perfeito. Seu amadurecimento é refletido no resultado do trabalho. Cada vez mais consciente do poder vocal que tem, ele consegue equilibrar todas as pontas em ser um cantor de pop, mas conseguir mostrar o seu talento e em ser um cantor de grandes baladas, mas sem exagerar e buscar a perfeição nas suas interpretações. Com o capitão do barco, ele conseguiu colocar todos os produtores em sintonia perfeita. Trespassing flui perfeitamente do começo até as músicas da versão deluxe. Como disse antes, não há só um momento ruim ou mesmo médio. TODAS as canção são sensacionais. Nomes como Pharrell Williams, Dr. Luke, Claude Kelly, Benny Blanco e outros ajudam o CD a se transformar em uma pérola pop.

A primeira metade do álbum (até a faixa 7) a produção, assim como as composições, são fultimentes divertidas. Não via um trabalho tão pop de verdade desde o terceiro álbum da Britney (o seu melhor até hoje). Na segunda metade, Trespassing assume um lado mais sério com baladas pop mais concentradas nos vocais de Adam e em letras mais pesadas. Aqui Adam pode mostrar um seu poder e domínio vocal em canções cheias de significados numa mistura da P!nk com a Aguilera. Mesmo faltando mais "um toque de soco no estomago", as belas canções comprovam a versatilidade dele como artista. Em um álbum tão magistralmente pop, a batidas de Pharrell Williams para Trespassing (música que dá nome ao álbum) e Kickin' In pegando inspiração dele mesmo (as duas tem batidas "chupadas" na ótima Hot N' Fun) comprovam que ainda há vida criativa no pop. Never Close Our Eyes (resenha a seguir) e Better Than I Know Myself provam que se pode fazer músicas comerciais sem recorrer a clichês do estilo "vamos festejar". Até mesmo as canções na versão deluxe, normalmente são canções apenas médias colocadas ali só para ter uma versão diferente para o povo ganhar mais pouco com a venda, estão excepcionais. Contudo, não há como não falar que o ápice de Trespassing estão nas poderosas Underneath e Outlaws of Love. As duas são baladas onde Adam conquista o céu musicalmente falando com interpretações viserais onde o contexto envolve a sua homossexualidade e as suas batalhas internas e externas. O mais curioso é que quem poderia pensar em um ano onde a Rainha do Pop lança um álbum, o trabalho pop mais coeso e surpreendente seria do Adam Lambert. Que bom, pelo menos o mundo não fica tão previsível.

Refinado

Never Close Our Eyes
Adam Lambert

De cada dez músicas de eletropop, nove falam sobre festejar. Sério, isso consegue pior que música sertaneja de dor de corno. O bom que é temos ainda um que se difere disso tudo. E o Adam Lambert consegue isso em Never Close Our Eyes.

Escrita pelo Bruno Mars e sua equipe de compositores, a canção dá mais substância para o "vamos festejar". Não é apenas curtir até o sol nascer, e sim, passar mais tempo com que se ama. Nem é necessário estar numa festa, curta os momentos que estão juntos como se não houvesse amar. A composição é embalada por uma inspirada produção do Dr. Luke misturando com refinamento eletropop e power mid-tempo balada acompanhado pelos ótimos vocais de Adam que dão vida para a canção. É para virar hino das pistas. Assim espero.
nota: 8

15 de maio de 2012

New Faces Apresenta: "A Hora e a Vez de Rita Ora"

R.I.P. (feat. Tinie Tempah)
Rita Ora

Se um dia Rihanna foi comparada com a Beyoncé, chegou a vez de la ser o motivo da comparação. Contratada pela Roc Nation, empresa de Jay-Z padrinho da RiRi, depois dela ter participado no clipe Young Forever, a inglesa Rita Ora é a nova bola da vez. Preparando para lançar seu primeiro álbum, a jovem de 21 anos começou a chamar a atenção do grande público com o lançamento de R.I.P. na última semana na Inglaterra. Se não bastasse lembrar fisicamente com a Rihanna, Rita "herdou" a canção R.I.P. dela. O single que seria parte do CD Loud foi co-escrito pelo Drake, rapper/amigo/affair da RiRi. Claro, que tudo foi muito bem calculado para dar ainda mais falatório.

Apesar de ter a alma rihannana, R.I.P. é uma boa canção em Rita mostra um pouco de sua cara. Mesmo sem nenhum grande momento vocal, Rita acerta em cheio na performance forte e marcante. Pelo que mostrou, ela tem uma voz forte, clara e com personalidade. A produção segue um caminho mais pesado misturando R&B e rock que lembra o Rated R, ainda mais que os produtores envolvidos estiveram na produção do mesmo. Contudo, o trabalho é muito bom e Rita o toma como seu do começo ao fim. Mesmo assim, ela não foge dos erros mais comuns. Letra apenas o.k e rapper com participação desnecessária. Isso ainda é conserável assim como ela conseguir encontrar seu caminho com fez a Rihanna. Agora a grande pergunta é: será que todas as vezes eu vou fazer um trocadilho com o nome dela? É viver para ver.
nota: 7,5

14 de maio de 2012

Nellyando com a Nelly

Big Hoops (Bigger the Better)
Nelly Furtado

O que esperar de uma cantora como a Nelly? Algo inesperado com certeza. Desde que surgiu com o hino I'm Like A Bird, ela foi pop/indie passou por suas raízes, chegou até pop/R&B/hip hop/alternativo e finalizou no pop latino. Para o lançamento do seu quinto álbum intitulado The Spirit Indestructible, a ser lançado esse ano, ela resolveu investir em algo bem diferente. Nelly resolveu multiplicar a sua característica mais problemática: o anasalado da sua voz. Agora é que entra o surpreendente: deu muito certo.

Big Hoops (Bigger the Better), primeiro single do álbum, mostra uma Nelly ligada no 220 volts no quesito "voz de pata fanha". Contudo, de alguma maneira, não é um defeito que atrapalha a canção. A produção a cargo do Darkchild consegue aparar as arestas de maneira refinada dando uma cara única para a canção e deixou a voz de Nelly bem divertida e tolerável. A batida remete ao uma mistura de pop com hip hop mais "urbano" onde a cadência é bem marcada e estilizada. Apesar das comparações com músicas da Rihanna em especial Cheers (Drink To That), Big Hoops (Bigger the Better) é bem mais original e tem cara própria ainda mais com a composição enxuta e sem afetações. É Nelly fazendo o que faz de melhor: ser uma metamorfose ambulante.
nota: 8

13 de maio de 2012

Mais Que Apenas Um Coração Machucado

Turning Tables
Adele

Finalizando o especial, vamos falar de Adele? Não seria justo fazer um especial falando de amor sem colocar a voz moderna para o sentimental mais universal. A pergunta: é quando amor vira uma coisa má? Em Turning Tables vimos isso acontecer.



A canção fala de um fim de relacionamento que acaba mal. Ela já não aguenta as mudanças de humor dele que "vira as mesas" toda vez que se irrita. Sua vida está um verdadeiro inferno. Para algumas mulheres que sofrem abusos físicos é um paralelo perfeito com várias passagens da composição, mesmo sendo para Adele apenas metáforas para o fim do relacionamento que a levou a fazer o 21. E mais do que isso: é um hino para a libertação de qualquer pessoa que vive assim. Adele arranca tudo e mais um pouco com a sua presença transcendental. A produção de Ryan Tedder (a sua melhor até hoje) despe a canção de um grande arranjo para focar em uma simplicidade nua e crua de artifícios. A base de piano ajuda a dar a atmosfera perfeita para Adele "deitar e rola" para interpretar uma composição magnífica que ressalta não só a dor, mas a volta por cima. É tão redundante falar da Adele, contudo ela sempre consegue ir além do que a gente espera. É muito mais que um coração machucado que ela retrata em Turning Tables. é uma alma em reconstrução.
nota: 9,5

12 de maio de 2012

A Força de Um Amor

My Kind of Love
Emeli Sandé

Você faria tudo pelo amor de sua vida? Mais que isso: você mostraria a força que o amor é capaz de provocar? A inglesa Emeli Sandé responde com a sua magistral My Kind of Love.

Imagine o seguinte: uma cria da Adele com a India.Arie. Esse seria, mais ou menos, o tom que ela alcança em My Kind of Love. Em uma canção de uma força quase animalesca, Emelidá vida como poucas vezes eu pode ouvir. Tente imaginar Kate Winslet em uma interpretação acachapante onde ela tenta mostrar o tamanho do amor que ela sente. Seria isso que Emeli faz ao interpretar My Kind of Love. Do começo ao fim, ancorada por uma arranjo magnífico que ressalta o poder de uma power balad R&B com todo o refinamento do soul, ela carrega com uma sabedoria qause espiritual cada palavra, cada frase e cada emoção. My Kind of Love é mais que apenas sentido. É um momento quase tocável de tanta força que está em sua criação. A composição poderia deixar o mais rude dos homens, se nele existe um coração de verdade escondido, um criança de colo chorando.:

"Não posso te garantir seus desejos
Não posso te promoter as estrelas
Mas nunca questione que meu coração bate apenas por você
Bate apenas por você"


O que mais posso dizer? Se a amor pode ser medido, Emeli Sandé é o ápice.
nota: 9,5

11 de maio de 2012

O Drama de Amar Sozinho

I Care
Beyoncé

Em dos momentos de maior dramaticidade no álbum 4, Beyoncé declama com uma força emocional impressionante:

"Eu preciso que você me diga que isso é amor
Você não se importa se está tudo bem"
I Care mostra as feridas de amor de uma via só. Ela ama o cara com todas as forças possíveis, mas ele não dá a mínima e ainda está com ela por motivos desconhecidos. Talvez ele goste de a ver sofrer. Talvez seja preguiça de terminar. Qualquer que seja a razão, o sofrimento que causa é maior que o de um fim de relacionamento. Ele dilacera por dentro e não pode se libertado, pois ela o ama e ainda acha que pode fazer tudo dá certo. Talvez a culpada seja ela. Quem sabe os dois.

Quinto single do último álbum, I Care é também um dos pontos altos do trabalho mostrando uma Beyoncé em um performance vocal arrasadora em todos os sentidos. Seja pela genial qualidade técnica comprovada em apresentações ao vivo da canção onde ela dá uma aula de como cantar ou pela qualidade dramática que Bey dá para a música a elevando-a e mostrando que ela a "cantora" Se isso não fosse o bastante, a produção instrumental é um deleite para quem gosta de observar a estrutura de uma canção. Observar o trabalho das guitarras, do piano e em especial das batidas da bateria (grande responsável pela força da canção) é delicioso. Tudo isso para mostrar de uma vez por outra que o amor é feito por dois, quando é um só que trabalha para a equação gera apenas dor. E quanto dor.
nota: 8

10 de maio de 2012

Sou Brega, Meu Bem!

Ex Mai Love
Gaby Amarantos

"Ex my love, ex my love, se botar teu amor na vitrine, nem vai valer 1,99" declara em alto e bom som Gaby Amarantos sobre o sey ex-amor em Ex Mai Love. E a surpresa fica em saber que a melhor artista brasileira surgida nos últimos é uma paraense que canta, e com muito orgulho, o eletrobrega. Ajudada com uma forçinha da Rede Globo colocando a música dela na novela Cheias de Charme, Gaby mostra que qualquer estilo pode ser bom até mesmo o chamado "brega".

A melhor qualidade de Gaby é o olhar como ela encara as composição. O tom irônico marca não só suas músicas, mas como também seus clipes. Em Xirley, canção que impulsionou sua carreira, o excepcional clipe mostra como seria a acensão de uma artista de eletrobrega desde o começo a glória no melhor estilo Come Into My World da Kylie Minogu. Em Ex Mai Love ela conta como foi enganada pelo falso amor de um cara usando metáforas hilárias. O único problema que também afeta o álbum dela (Treme) é que as canções precisavam de maior substância. As letras são econômicas basicamente repetindo o mesmo verso duas ou três vezes. Essa pode até ser uma característica do estilo, mas bem que poderia mudar para a melhor. Outra qualidade de Gaby é sua voz. Muito superior a conterrânea Joelma (que mais parece uma gata presa em um saco com duzentos pregos), Gaby mostra esperteza por não abusar de gritos e granidos. Mais que isso: ela tem um lindo tom que pode ser bem explorado. O arranjo é delicioso seja qual for o estilo. Sim, senhores e senhoras: é volta do brega. Mais um brega chic, tá, meu bem!
nota:8

4 x Amor

Ah, o amor! Que sentimento tão multifacetado que pode ser a melhor coisa do mundo e virar a pior em pouco tempo. E o quer seria da música se não fosse ele. Então, decide fazer um especial com quatro visões diferentes desse sentimento de quatro cantoras completamente diferentes entre si. Começo em breve com, acredito eu, ser uma grande surpresa para quem acompanha o blog.


9 de maio de 2012

Sexo Vende, Né?

Sexy to Me
JoJo
Existe uma máxima no mundo do entretenimento é que "sexo vende". Certo? Mais ou menos. Nem sempre você adquirir uma posição mais sensual/sexual pode atrair o público. Não é, JoJo?

Single promocional do álbum Jumping Trains, a canção Sexy to Me mostra uma JoJo mais madura tentando adquirir independência mostrando que "cresceu e agora sou mulher". Acontece que essa postura já foi adotada por tantas cantoras pop que nem da para contar. É compreensivo de certo modo, mas nada mais clichê que mostrar isso vendendo sexo. A composição é certinha ao dar uma atmosfera mais sexy para ela, mas não passa do arroz com feijão. E com pouco sal. Os vocais mais trabalhados perdem um pouco da força vocal dela. O que realmente salva é a produção de Danja que dá uma cara mais "street pop" em um arranjo inspirado que faz a gente perguntar: por que a Britney Spears não volta a trabalhar com ele? De qualquer forma, Sexy to Me, mesmo só sendo promocional, não vendeu. E a JoJo vai ter que rebolar de outras maneiras para voltar com tudo.
nota: 6,5

Primeira Impressão

Little Broken Hearts
Norah Jones

Corações partidos sempre rendem grandes músicas e ás vezes grandes álbuns. Dou dois exemplos apenas: Jagged Little Pill da Alanis e 21 da Adele. Esses dois são apenas dois mais recentes que eu lembrei assim de bate e pronto. Agora nesse mesmo hall podemos citar a cantora Norah Jones com o lançamento do seu quarto álbum Little Broken Hearts. Porém, o resultado é mais que apenas um álbum sobre um coração partido. É um álbum sobre uma cantora encontrando sua maturidade artística.

A dona de Don't Know Why traz á tona uma nova sonoridade para seu "piano/jazz": algo meio eletrônico/indie pop com uma alma sombria e bittersweet. O coração partido de Norah se mostra nas belas composições que permeiam todo álbum. Mantendo o estilo minimalista que a fez famosa só que agora com um peso libertador nas costas. Ao que parece a decepção amorosa fez com que ele se abrisse como compositora e a deixou liberar seus sentimentos mais obscuros como ciúmes, raiva e pessimismo com a vida de uma forma geral. A sonoridade de Norah está completamente diferente. Em busca de algo que a melhor em sua nova fase, ela explorou um som mais alternativo ao deixar uma pegada mais indie eletropop a contaminasse. A emoção vem de forma mais difícil. Você não viajar de primeira nas canções de Little Broken Hearts. Diferente das melodias aconchegantes, aqui ela faz seu ouvinte deitar em um colchão mais duro que demorar até acertar o "prumo" da coluna. Mesmo mantendo a delicada voz, os efeitos que acompanham os vocais de Norah têm a função de deixar mais estéril e distante a voz dela como uma quase espectadora da própria tristeza. Adora a dor imprensa em She's 22 onde Norah fala abertamente em ser traída. A bela Good Morning, que abre o álbum, tem uma produção instrumental belíssima. Little Broken Hearts tem algo de trilha para filme de David Lynch que assusta e cativa ainda mais que é a melhor composição do álbum. E por fim no topo do álbum está Happy Pills (resenha a seguir), mesmo um pouco deslocada no álbum, é impressionante. Depois de tudo isso só me resta a dizer: Norah Jones, muito bem vinda ao hall dos (pequenos) corações quebrados.

As Novas Aventuras da Nova Norah Jones

Happy Pills
Norah Jones

Na sua jornada para liberar seu coração das amarguras de ter tido seu pequeno coração quebrado, Norah Jones escreveu sua carta aberta de libertação com a ótima Happy Pills.

Produzido por Danger Mouse, um das caras do Gnarls Barkley, a canção mostra uma Norah completamente diferente do que nos acostumamos nos últimos anos. A produção dada por Danger segue um caminho mais alternativo na construção do excelente arranjo misturando texturas do pop com jazz ajudando ainda mais a dar o tom da canção. Claro, há certa raiva na composição mostrando que Norah fez um trabalho de olhar para sim mesma e soltar o que estava preso lá dentro. Em certo momento ela dispara "Com você longe, eu estou viva/ Me faz sentir como se tivesse tomado pílulas da felicidade" e mostra que está tentando seguir em frente. Ótimo trabalho. Não seria correto dizer que os vocais estão ótimos, pois demora um pouco para a gente acostumas com essa nova direção adotada por Norah. Contudo, assim que você embarga na onda, ela te conduz perfeitamente para a plenitude de compreensão e apreciação do novo trabalho de Norah. É assim como um coração partido: difícil no começo, mas vai aos poucos melhorando.
nota: 8

8 de maio de 2012

Eternal Loop

Sorry For Party Rocking
LMFAO


Lembro-me de ver Feitiço do Tempo pela primeira vez. Para quem não conhece o filme ele conta a historia de um repórter interpretado por Bill Murray que fica "preso" em um "feitiço do tempo", e todos os dias seguintes passam a se repetir sempre iguais. E assim que eu me sinto quando eu ouço uma música do LMFAO. É tudo basicamente o mesmo. Ás vezes é um bom "dia", ás vezes um mal "dia" e outros são dias "médios". Sorry For Party Rocking entra na última opção.

A canção que dá nome ao álbum da dupla é basicamente Sexy and I Know It + Party Rock Anthem ² x remix. E é isso. A dupla repete os mesmo efeitos, quase a mesma batida com uma composição um pouco de diferente. É até divertida se você está na terceira cerveja e não tem nada melhor para dançar. Se não a canção fica girando na sua cabeça sem parar, num loop eterno. E começa de novo. De novo. E mais uma vez. Sem nunca mudar nada.
nota: 6

7 de maio de 2012

Quem Usa Um Orelhão?

Payphone (feat. Wiz Khalifa)
Maroon 5

Pense e reflita: qual foi a última vez que você usou um orelhão? Provavelmente, tem muito tempo. Ou para os mais novos nunca devem ter usado um na vida. Porém, ao que parece, o pessoal do Maroon 5 deve usar muito. Só assim explica o nome da nova música deles: Payphone, orelhão em inglês.

Tirando a gracinha de lado, Payphone é o primeiro single do próximo álbum da banda intitulado Overexposed. A canção, que estreou em terceiro na Billboard e bateu o recorde de vendas digitais para uma banda, se beneficia do sucesso do The Voice onde Adam Levine é jurado e pode usar o programa como plataforma. Na canção, o grupo mostra seu lado mais pop até hoje entregando uma canção redondinha e até legalzinha se você embarcar na viagem da composição de falar de amor usando um orelhão como metáfora. "Estou em um orelhão tentando ligar para casa/Todos os meus trocados eu gastei com você" canta Adam no refrão usando seu falseto no limite do aceitável conseguindo equilibrar. Agora uma coisa o Maroon 5 está ficando especialista em algo e não é bom: participações desnecessárias. Depois de Christina Aguilera apenas enchendo linguiça em Moves Like Jagger é a vez do rapper Wiz Khalifa não fazer nada de novo, diferente ou interessante. Ele apenas está lá. É quase um orelhão: ele está lá, mas muitos nem sabem para que sirva.
nota: 7

6 de maio de 2012

Primeira Impressão

The MF Life
Melanie Fiona

Um lançamento que ficou esquecido pelo grande público, mas que vale muito a pena conferir é o excelente trabalho da cantora canadense Melanie Fiona no álbum The MF Life.

Segundo trabalho da moça, que ganhou notoriedade em 2009 com o lançamento do seu debut The Bridge, traz uma poderosa cantora de R&B puro em plena forma deixando no chinelo a maioria das suas comtemporâneas que acabam enveredando para outros estilos. Melanie dá vida ao álbum com interpretações louváveis consigo trabalhar sua voz lindamente mostrando habilidades em entender qual seu tom e como usá-lo da melhor maneira possível. Ela não tem a voz que teve Whitney Houston, mas suas maravilhosas performances a colocam alguns degraus acima da massa. Ela é a prova viva que não é necessário ter a maior voz para ser uma ótima cantora. É necessário saber como lidar com o instrumento que tem. A produção multifacetada poderia ser um erro, mas aqui todos conseguem conversar entre si dando o álbum uma cara com personalidade, coesa e coerente. Melanie parece tirar um peso de algum relacionamento passado em The MF Life já que a maioria das músicas falam de decepção amorosa. Talvez ainda falta mais cuidado com o desenvolvimento das composições, pois a maioria parece apenas ir uns dois metros além do seguro. Mesmo assim, é um belo trabalhando conseguindo tirar algumas emoções bem profundas. Na faixa Wrong Side Of A Love Song ela tira lágrimas dos olhos ao revelar que erro muito e pela primeira sabe o que passaram quem ela feriu. Já Gone & Never Coming Back ela descobre que ele foi embora e nunca mais vai voltar. Bones mostra uma Melanie mais old soul clamando que o amor da vida dela a enlouquece. Arrasa no carão em Watch Me Work e logo em seguida busca seu Jack Joshson versão R&B para cantar a linda Can't Say I Never Loved You. E para finalizar na versão deluxe pedindo que o cara escolha rápido o que vai fazer com ela em Rock Paper Scissors. Essas são só as cinco estrelas de um álbum cheio de ótimas músicas e várias participações especiais de peso como rapper Nas e cantor John Legend. Espero que vocês descubram The MF Life. Não vão se arrepender.

5 de maio de 2012

Faixa Por Faixa - Grandes Álbuns

CD: Jolene
Artista: Dolly Parton
Gênero: Country
Vendagem: Sem dados concretos
Singles/Peak na Billboard: Jolene (60°; primeira música dela a entrar na parada principal americana) e I Will Always Love You
Ano: 1973


Considerado um dos maiores álbuns de todos os tempos, Jolene foi responsável pela ascensão definitiva de Dolly Parton ao sucesso. Lanaçado em 1974 teve como primeiro single a canção que dava nome ao álbum. Com Jolene (a música) Dolly escreveu uma parte importante do country devido ao sucesso da canção que é considerada com a sua obra de arte. Outra música lançada na época foi I Will Always Love You, mas que só alcançou o status de clássico quase duas décadas depois quando foi regravada por Whitney Houston.


Faixas

1.Jolene: Já foi dito, mas não custa retificar: a canção é um dos maiores clássicos de todos os tempos da música americana. Em uma época onde estava em voga o feminismo, Dolly lançou essa história de uma simples dona de casa que ao ver a linda amante do marido prete roubá-lo vai implorar para ela o deixar em paz, pois ela "pode ter qualquer homem, mas só ele a fará feliz". A dramaticidade imposta por Dolly em uma canção brilhante está acima da capacidade da maioria das cantoras.
nota: 10

2.When Someone Wants To Leave: Em uma composição inspiradíssíma onde Dolly faz um pequena, mas genial carta aberta sobre o fim de um relacionamento. "But I know you want to leave/ As bad as I want you to stay" declama Dolly tentando saber o que está acontecendo. Colocado assim, parece uma continuação da história de Jolene.
nota: 9,5

3.River Of Happiness: Deixando o tom mais "alegrinho" ela faz uma canção sobre o amor e que o ele pode trazer. O espírito acolhedor de Dolly se encaixa perfeitamente no tom da canção.
nota: 8,5


4.Early Morning Breeze: Regravação de uma música sua que tinha saído em outro álbum. A produção instrumental é de arrepiar. Com inspiração em rock com a adição de um baixo que faz lembra Hendrix, a canção é um dos pontos altos do álbum. Ainda mais juntando a estranheza de uma composição leve e para cima com um arranjo um pouco dark e mais "sério".
nota:10

5.Highlight Of My Life: Voltando ao "normal" ela entrega uma "prima" country de You Are the Sunshine of My Life de Stevie Wonder. Alegre e divertida do começo ao fim.
nota: 8,5

6.I Will Always Love You: É muito interessante ver como foi gravada originalmente uma canção que ficaria famosa de outra maneira. Muito mais contida que a versão de Whitney, a interpretação de Dolly mostra mais tristeza na colocação das notas e na divisão da melodia que já começa com arranjo e antes do final é mais declamada no ritmo. Essas diferenças são gritantes, mas não comprometem nem uma das duas versões de serem geniais.
nota: 10

7. Randy: Uma canção de apenas um minuto e cinquenta e dois minutos é melhor que muito canção de hoje em dia com o triplo de duração, produção e composição. Simples e tocante declaração de amor pode ser mais poderosa que uma complexa e demorada narração sobre o amor.
nota: 9


8.Living On Memories Of You: Uma música pode vencer o tempo quando ao ouvi-la você pode colocá-la em uma nova roupagem e ela continuar tão boa. Ouvindo a canção e prestando atenção a interpretação magnífica de Dolly fiquei imaginando uma cantora de soul/R&B fazendo uma versão poderosa para a triste letra. Assim canções se fazem eternas.
nota: 9,5

9.Lonely Comin' Down: Única música do álbum que tem duração de mais de três minutos revive a parceria dela com o cantor que a lançou Porter Wagoner. Escrita por ele, a canção é balada avassaladora sobre a solidão e o que ela trz. Dolly está inspirada para mostrar a tristeza necessária.
nota: 10

10. It Must Be You: Terminando com uma canção romântica sobre encontrar o amor da vida.
nota: 8,5

4 de maio de 2012

Batendo Cabelo com a RiRi

Where Have You Been
Rihanna

Acho que eu deveria me tornar empresário de um artista pop ou pelo menos gerente de marketing de uma gravadora. Explicando: quem em sã consciência resolveu só agora lançar Where Have You Been como quinto single do Talk That Talk? Essa pessoa merecia o prêmio de "Anta do Ano" já que qualquer um poderia prever que a canção sendo lançada após We Found Love seria outro mega hit.

O que me faz pensar isso sobre Where Have You Been são suas características: pancadão dançante extremamente comercial, despretensioso e bem produzido. A melhor faixa uptempo do álbum, Where Have You Been mostra uma Rihanna mais furiosa em uma batida em estilo "remix" para se jogar na pista. O grande ponto da canção é a potencia dos vocais da cantora que são trabalhados cuidadosamente para que ela não perca a personalidade, mas que se adapte ao alucinante ritmo. A letra é apenas feita para ela ter o que cantar sem acrescentar muito coisa. Infelizmente, devido a estratégia de lançamento, é possível que a canção não alcance metade do poder que ela teria sendo lançada na hora certa. Mesmo assim é possível ver muita gente batendo cabelo com a RiRi por aí.
nota: 7

3 de maio de 2012

As 50 Maiores Cantoras de Todos os Tempos

Part. I
Part. II
Part. III
Part. IV
Part.V
Part. VI
Part. VII 
Part. VIII




Parte IX

10.Madonna
Não se chama uma pessoa sem sangue azul de Rainha sem motivos. Não se idolatra uma pessoa sem motivos. Não a transforma em lenda ainda nova e em vida apenas por gostar dela. Não há deusa sem poder. Não há música sem Madonna. Aquela garota que começou como um fenômeno nos anos oitentas (muitos achavam que ela seria apenas uma fase) se tornou um dos maiores forças da música de todos os tempos ajudando a transformar a visão que o mundo tinha em relação ao que era um ídolo. Sempre mudando os rumos da carreira ao recriá-la toda vez que lançava um novo álbum. Contudo, não só foi isso que ajudou ela a se tornar quem é hoje em dia. O talento incomparável a consolidou de maneira eterna no hall das lendas do mundo da música. Se em uma carreira longa tão rica não é fácil decidir qual é a música definitiva, mas podemos citar um dos clássicos de sua autoria que está acima do bem e do mal: Like a Prayer.


9.Dolly Parton
A Rainha do Country pode até não ser conhecida aqui no Brasil e em várias partes do mundo, mas sua importância vai muito além da sua fama. Dolly Parton é uma das compositoras mais respeitadas de língua inglesa. Sua carreira, começada em 1967(!), se construiu a partir do talento de compositora que ela mostrou ter. De sua composição veio clássicos como Coat of Many Colors, Jolene, I Will Always Love You e My Tennessee Mountain Home que são consideradas entre as maiores canções de todos os tempos. Com a composição de 9 to 5, Dolly ganhou o Oscar de Melhor Canção e ainda estabeleceu uma boa e longa carreira no cinema como atriz em filmes como em Como Eliminar Seu Chefe e Flores de Aço. E hoje em dia desfruta da fama de ser uma das maiores (e simpáticas) estrelas da música.

8.Etta James
Infelizmente, ainda muitas estrelas só recebem o verdadeiro reconhecimento depois da morte. E esse é o caso de Etta James que se foi no começo do ano aos 78 anos de vida. Uma vida que deveria ser exemplo em todos os aspectos. Depois de anos viciada em drogas, Etta deu a volta por cima a se livrar do vicio ainda na década de oitenta. Sua carreira decolou no começo dos anos sessenta com o lançamento do clássico álbum At Last! de onde a música At Last se tornou, não só seu maior sucesso, mas um definidor de águas inaugurando o R&B moderno. Assim só digo que lendas não morrem, apenas vão se apresentar em outros palcos.

7.Tina Turner
Eu podia falar sobre toda a carreira gloriosa dela, mas para realmente representar Tina vou contar uma história que define ela:

"Tina era casada com o também musico Ilke Turne, de onde ela "tirou" o sobrenome. Durante muito tempo eles formaram uma dupla de sucesso onde ela era a frontwoman e ele o produtor e empresário. Na vida pessoal, Ilke era extremamente violento e agredia psicologicamente e fisicamente Tina durante muitos anos. Com o crescimento da fama de Tina em carreira solo, Ilke tentou controlar ainda mais ela. Em uma determinada noite em 1977 antes de um show, Ilke começou a agredir Tina dentro de uma limusine. Então, pela primeira vez, ela revidou as agressões e conseguiu fugir. Sem dinheiro ou documentos, ela parou em um hotel e pediu um quarto e prometeu que iria pagar pelo quarto depois. A união entre os dois foi desfeita tanto profissionalmente quanto pessoalmente. No julgamento do divorcio, Tina tinha o direito de reclamar sua parte na fortuna que ela e o marido construiram juntos. Contudo, Tina reivindicou apenas o direito de usar o sobrenome Turner pois "ela tinha dado duro para construir". Durante alguns anos ela passou dificuldades tendo que fazer faxina na casa de amigos para sobreviver. Anos mais tarde ela deu a volta por cima com o lançamento de Private Dancer".

Isso difere cantora de divas. E divas de lendas.

6.Whitney Houston
Vamos aos fatos: essa lista foi feita bem antes da morte de Houston e a posição dela não foi alterada em nenhum número desde então. E mesmo se fosse, seria injusto? Não. Para quem esteve na Terra nos últimos 30 anos sabe que a maior voz dessa geração nem precisaria de explicações para estar aqui. A voz que embalou milhões de pessoas. A presença que emocionou platéias. O nome que vai morar em nossos corações para sempre.

2 de maio de 2012

Primeira Impressão

Electra Heart
Marina & The Diamonds


Fazer um álbum conceitual hoje em dia é extremamente complicado devido a fatores mercadológicos. Fazer um álbum conceitual eletropop é ainda mais difícil. Numa época onde a maioria das músicas não passam de "vamos dançar a noite inteira" como assunto e batidas feitas apenas para bombar nas paradas, ter espaço para criar composições que vão além de tudo isso é de tirar o chapéu. Então, já podemos esperar algo interessante do álbum Electra Heart da galesa Marina & The Diamond. Nem que o resultado final seja irregular.

O segundo trabalho dela é a história da glória e queda da "personagem" Electra Heart. Misturando influências do mundo pop que vão desde Madonna até Pet Shop Boys em uma moldura de "tragédia pop-grega". Devido a isso o álbum embarca em um tom sombrio e dramático onde ela usa bastante de cinismo, humor negro e uma pitada da sadismo calculado. Apesar de trabalho com nomes do pop comercial atual como Dr. Luke, Sategate e o DJ Diplo, ela dá espaço para produtores que a ajudou a lançar seu primeiro álbum, The Family Jewels em 2010. Do começo ao fim, Electra Heart é um trabalho impressionante se tratando de arranjos. Cada música tem sua grandiosidade própria e soa elegantemente original. Indo na contramão do "tradicional", Marina tem uma poderosa voz que necessita de quase nada para mostrar a que veio. Os efeitos vocais são utilizados de maneira inteligente deixando a voz dela brilhar naturalmente. O grande problema é como a "história" de Electra. Entre composições inspiradíssimas cheias de sarcasmos, o álbum tem várias letras fracas artisticamente falando. Faltou para certas músicas uma pegada mais refinada e, em algumas, mais inteligente. Esses momentos fazem o resultado do álbum cair levando junto a ótima produção envolta delas. E devo dizer que é uma pena, pois quando ela acerta é de aplaudir de pé. A genial Homewrecker (uma das melhores músicas do ano até agora) em estilo fala/canta uma Marina que não tem medo admitir que é uma "destruidora de lares" que não acredita no amor. Fazendo uma aberta e avassaladora crítíca ao mundo dos ídolos pop na genial Teen Idle. Outros bons momentos estão no single Primadonna (resenha a seguir),  a triste Starring Role e na dark Valley of the Dolls. Já os momentos  fracos concentram em Lies, Power & Control e chatinha Hypocrates que destoa do resto do álbum. O resultado é irregular, mas é louvável ver alguém fazendo algo diferente.

D-I-V-A

Primadonna
Marina & The Diamonds

Ser uma diva é necessário talento para ser uma vadia e ainda ser amada. Ser uma diva é um estado de espírito captado por Marina na divertida Primadonna.

Uma critíca bem construída sobre as artistas que abusam do poder de ser uma "bitch", a canção entrega uma batida completamente viciante. Pop chiclete do começo ao fim com todas as boas características do estilo ressaltados pela boa produção do Dr. Luke que vai além do que ele costuma fazer. Talvez o talento como cantora de Marina possibilitou brincar mais ou mesmo a letra cheia de críticas ácidas e divertidas ajudou a dar um tom mais original. Seja o que for, o que interessa é que Marina & The Diamonds fez o dever de casa direitinho sambando na cara das divas se tornando uma quase anti-diva.
nota: 7,5

1 de maio de 2012

Ah, Que Saudade de Minha Infância!

My Heart Is Broken
Evanescence

Houve um tempo que o Evanescence foi relevante. Não falo só de sucesso, mas de qualidade. Esse tempo era o da minha infância. Já tem algum tempo, mas eu sinto muita falta. Ainda mais quando eu ouço My Heart Is Broken.

O single parece uma prima distante, pobre e sem graça de My Immortal. Mesmo com um começo promissor, a execução linear que a música assume é completamente maçante. O maior problema é que a canção não tem uma pegada original. Parece cópia do genérico. Até mesmo Amy Lee parece apagada e sem muita força para interpretar uma canção que ela mesma escreveu e repetes cacoetes e lugares comuns da banda. Além de ser arrastada. E assim a saudade só aumenta...
nota: 5,5