30 de novembro de 2013

Revelação do Ano

Como sempre chegou a hora da escolha dos Melhores do Ano. E mais uma vez quem vai escolher as principais categorias são vocês, leitores! A primeira categoria vai eleger qual artista foi a grande novidade do ano. Qual artista entre os selecionados roubou os holofotes? Qual foi o melhor novo nome do ano? Resumidamente: quem foi a revelação de 2013?

A escolha esse ano vai ficar esse ano entre dois vencedores do reality The X Factor UK que são completamente diferentes um do outro, uma rapper australiana, uma dupla formado por um rapper e um produtor que roubaram o top das paradas e uma cantora "teen" surpreendente ótima.



29 de novembro de 2013

Os 50 Melhores Singles de 2013

Mais um ano termina e mais um vez o SóSingles tem o prazer de levar para vocês a lista dos 50 Melhores Singles. O ano foi marcado por grandes hits que são realmente ótimas música. Uma variedade enorme de estilos e artistas marcam esse top. Novos nomes e alguns velhos conhecidos do grande público estão entre os selecionados. Sem mais delongas com vocês as primeiras posições do top 50! Espero que gostem (ou não) e comentem!





28 de novembro de 2013

The Way 2 - A Missão

Right There (Feat. Big Sean)
Ariana Grande

Já falei algumas vezes sobre músicas que se parecem e quanto isso pode ser um tiro no pé caso as canções sejam do mesmo artista. Nem sempre isso acontece.

Right There é praticamente irmã de The Way que foi o primeiro single do álbum Yours Truly da Ariana Grande. Produzidas por Harmony Samuels as duas canções são um R&B/pop com influência da sonoridade dos anos '90e com o featuring de um rapper. Acontece que em vez de ser uma "continuação" inferior Right There é bem melhor que a sua antecessora. O principal fator para essa nítida mudança é que a canção é mais original que The Way sem precisar se escorar nas muletas do uso do sample para construir um divertido e romântico arranjo mid-tempo que se encaixa perfeitamente na sonoridade de Ariana. Outro ponto positivo é a participação redondinha de Big Sean que combinou com a performance carismática da jovem cantora mostrando grande potencial fazendo a gente acredita que no futuro ela pode carregar música bem maiores. Por enquanto, Right There é o perfeita veículo para mostrar o talento dela.
nota: 8

27 de novembro de 2013

Primeira Impressão

Matangi
M.I.A.


Música boa não deveria ser "padronizada" e se você realmente gosta de música também não deveria ser "padronizado" para gostar de apenas um estilo de música. Assim como quem faz música, quem ouve música deveria ficar "exposto" a todo tipo de música feita por todo tipo de artista de qualquer época. Nem sempre fazer isso é fácil, mas os resultados dessa emersão musical é sempre positiva ao abrir o horizonte para novas experiências. Um bom começo pode ser ouvir o novo álbum da M.I.A. Não que a cantora seja a mais "underground" e desconhecida das artistas já que ao longo dos anos ela ganhou notoriedade, mas o seu quarto álbum Matangi é uma opção bem interessante para quem apenas está no esquema de conhecer apenas "pop comercial".

Não espere "um passeio no parque" em Matangi já que M.I.A. mantém integra a sua sonoridade que a fez se destacar em Arular de 2005, mas apenas sendo mais refinada e pouco menos impactante. Não que a mistura de eletrônico com todas as nuances, texturas, batidas, estilos, influências e todos os sons que tecem a rica e complexa cadeia de influência da cantora tenha se deteriorado ou se corrompido ao longo desses anos já que a produção faz um trabalho poderoso entregando uma sonoridade e arranjos perfeitos para transmitir toda personalidade multifacetada da cantora. Contudo, o resultado final é um pouco irregular devido algumas arestas soltas na produção de algumas faixas que não corresponde a altura da produção de outras faixas. Como disse anteriormente para os novatos as composições aqui vão "assustar". M.I.A. caminha bem longe da maioria dos artistas com destaque no mainstream ao falar sobre assuntos sérios e pesados como a pobreza, desigualdade social, o feminismo e o machismo, etc. Não são assuntos de fácil assimilação, mas M.I.A. e seus colaboradores fazem um trabalho poderoso tecendo boas criticas. Além disso, a parte "técnica" tem momentos geniais como na letra de aTENTion que faz um jogo de palavras usando a parte "tent" em todas elas para criar a rima entre as palavras. A principal característica que difere M.I.A. de outros artistas é sua personalidade na hora de "interpretar" as canções. Uma mistura de cantora com rapper com estilo único usando seu sotaque para incrementar e personalizar ainda mais suas canções. Não procure M.I.A. na definição de "grande" cantora, mas procure ela na definição de cantora "original". Não há como não como colocar Bad Girls, lançada como single em 2012 e escolhida por mim como a 14° melhor música daquele ano, como a melhor faixa de Matangi. Mais que um bom álbum para iniciantes dispostos a abrir a mente, Matangi é um álbum com músicas boas completamente fora de padrões.

26 de novembro de 2013

Num Entendi, Mas Curti

White Walls (feat. ScHoolboy Q & Hollis)
Macklemore & Ryan Lewis


Quando eu vou analisar uma canção eu sempre analiso em três aspectos: vocais, arranjo e composição. Como vocês podem reparar quase todas as músicas resenhas aqui são em inglês. Por isso, eu preciso entender bem o que a letra de cada música fala. Sem querer me gabar, mas eu tenho domínio do inglês bem mais que satisfatório. Contudo, como tenho aprendido nos últimos meses, nem sempre o significado real das palavras são o que o autor quer usar para descrever o que quer transmitir. Confuso, né? Por causa disso nem sempre é possível entender perfeitamente o teor geral de uma canção devido a uso de figuras de linguagens difíceis ou desconhecidos. Isso acontece muito com canções de rap. Só que as vezes eu logo o
foda-se e apenas me divirto como é o caso de White Walls do Macklemore & Ryan Lewis.

Impulsionado pelo sucesso recente, a dupla independente lançou a canção como o sexto single do álbum The Heist. A canção fala de dirigir um Cadillac ou de como ser fodão ou sobre paredes brancas ou de tudo isso ao mesmo tempo ou nada disso. Não sei bem, pois mesmo sendo um trabalho tecnicamente ótimo, eu fiquei confuso em tentar entender qual o assunto que a canção aborda. Só que isso não é exatamente um problema para a minha opinião final já que ela tem mais qualidades que superam esse detalhe. A produção de Ryan Lewis é inspirada dando personalidade para a canção conseguindo entregar uma ótima batida hip hop, mas fora dos padrões do estilo com criatividade. Mesmo contando com bons featuring (o rapper ScHoolboy Q e cantora desconhecida Hollis) é Macklemore que rouba a atenção em um performance cheia de estilo e uma presença carismática. Posso até não entendido do que realmente fala White Walls, mas que ela é uma música ótima eu não tenho dúvida.
nota: 8

25 de novembro de 2013

Primeira Impressão

Avril Lavigne
Avril Lavigne



A Avril Lavigne é um caso para ser estudado. Se não bastasse estar quase na casa dos trinta (ela está com 29 anos completados em Setembro) e ter a mesma aparência de quando começou, Avril continua com a mesma sonoridade de onze anos atrás quando lançou o seu debut álbum, Let Go (2002). Em vez de evoluir, Avril fez o contrario e caminhou para trás, principalmente se pegarmos o seu segundo trabalho Under my Skin (2004) em que mostrou alguma evolução. Essa característica tem sido o calcanhar de Aquiles para ela nos últimos anos em que perdeu bastante de sua popularidade em vendas tanto de singles como de álbuns. Chegando ao seu quinto CD, Avril continua a sofrer desse defeito só que ao menos dessa vez o resultado final nem é tanto desastroso como poderia se esperar.

Avril Lavigne (o álbum) é uma volta no tempo. Mais precisamente no começo dos anos 2000. O mundo era menos farofeiro e Avril era considerada uma rebelde com sua atitude "descolada" e punk. Claro, que tudo era apenas uma "fachada" já que Avril apenas fazia uma versão do pop chiclete produzida especialmente para atrair o público jovem que não se identificava com a Spears e Aguilera. Tudo era divertido, descartável e marcou uma época para muitas pessoas (inclusive eu). Toda essa atmosfera é recriada no novo álbum. Não é a perfeição, mas ao menos é uma experiência que traz boas memorias. A produção, assinada em sua maior parte, pelo marido dela (!!!) Chad Kroege (!!!!!!!) que é vocalista do Nickelback (só lembrando que Avril está no segundo casamento) é um trabalho bem feitinho entregando uma coleção de canções pop chiclete que em vários momentos tentam ser pop punk ou pop rock, mas que são apenas produtos tão descartáveis e fúteis que não há como levar muito a sério. Não entenda mal: isso diverte. Avril continua a entregar composições mais rasas que um pires. Mesmo assim há momentos legais e tão despretensiosos que o resultado final é até ok. O que não dá para aguentar são as tentativas canhestras dela de fazer baladas como as péssimas Falling Fast e Hush Hush. Devo admitir que a Avril entrega performance vocal geral até coesa, correta e bem simpática. Não há nenhum momento em que ela se destaque, mas não é nenhum Titanic. Para quem quer voltar no tempo e reviver bons tempos as melhores pedidas são Rock n Roll (resenha a seguir), o primeiro single Here's to Never Growing Up, Bitchin' Summer e Sippin' On Sunshine. Contudo, o resultado final é completamente confuso já que não convence novos público e o velho (como eu) só o vê como uma viagem inofensiva e passageira a um passado que não volta mais. Já passou da hora da Avril Lavigne envelhecer (ao menos a sua sonoridade).

2 Por 1 - Avril Lavigne

Rock n Roll
Let Me Go (feat. Chad Kroeger)
Avril Lavigne

Os dois singles lançados do álbum homônimo da Avril mostra bem a essência do trabalho: mediano, mas "passável".

Rock n Roll é um pop punk que se não a melhor canção da carreira da Avril ao menos tem a decência de ser divertida. A atitude de rebelde sem causa em busca de "libertação" é datada, mas a composição funciona sem maiores problemas no final das contas. Até mesmo os vocais de Avril que já tiverem momentos horríveis estão melhore, mas sem mostrar nada genial ou acima da média. Resumidamente: Rock n Roll é apenas mais uma faixa da Avril, mas um pouco melhor que média dela.

Dividindo o vocais com o marido(!!!) Chad Kroeger em Let Me Go Avril entrega uma balada menos insuportável que poderia se esperar. A canção se beneficia da produção de Chad que faz um trabalho decente sem apelar para um arranjo épico o que acabaria em transformar a canção em um trabalho brega. Apesar disso, Let Me Go sofre de estar encoberta por quilos de açúcar por causa da composição sem graça e as performance certinhas e sem pegada dos "pombinhos". Resumindo: Avril continua sem entregar uma balada realmente boa faz anos e não foi dessa vez mesmo.

nota
Rock n Roll 6,5
Let Me Go: 6

23 de novembro de 2013

Quando Uma Canção Acha Seu Verdadeiro Lar

I Hope You Find It
Cher

Regravações são tão comuns como a Miley Cyrus mostrar a língua em uma apresentação. Nem sempre isso
é feito com grandes sucessos, mas com canções desconhecidas do grande público. Isso dá liberdade para o artista poder criar ainda mais e transformar a canção escolhida em sua sem precisar se preocupar com duras comparações. Então, é fácil a regravação sai melhor que a original.

I Hope You Find It é o segundo single de Closer to the Truth da Cher e mostra uma das suas melhores facetas: a cantora de balada. Contudo, a canção não foi originalmente destinada a ela. Em 2010, a Miley Cyrus gravou a canção como parte da trilha do filme A Última Música. Na versão de Cher não houve mudanças profundas, mas que foram necessárias para se adequar a cantora e essas mudanças foram decisivas para elevar a canção de mediana para boa. O arranjo ganhou uma dramaticidade e um verniz mais adulto adequado para Cher. Boa sacada não alterar o estilo da canção sendo que o country pop combina com a voz dele. É nesse quesito que a canção realmente encontra a sua verdadeira interprete já que se não bastasse ter uma voz cem vezes melhor que a da Miley, Cher sabe como emocionar com a ajuda de uma composição um pouco brega, mas um trabalho bem feito e cativante. Fico feliz de I Hope You Find It ter achado o seu lar com a Cher.
nota: 7,5

22 de novembro de 2013

Um Sucesso Dorminhoco

Let Her Go
Passenger

Vocês sabem o que é um "sucesso dorminhoco"? É aquele que demora um eternidade para fazer sucesso depois de ser lançada. O último exemplo disso foi a canção Let Her Go do britânico Passenger que foi lançada em Julho de 2012, mas que só foi se transforma em um sucesso ao longo desse ano.

Devo admitir que fico feliz que uma canção como Let Her Go esteja fazendo sucesso. No meio de centenas de farofadas que dominam boa parte das paradas é revigorante ver que ainda há espaço para a simplicidade. A canção é uma inspirada, tocante e delicada balada rock pop/folk construída de uma maneira primorosa usando nuances eficientes em um arranjo ótimo. A composição é um trabalho lindo tanto na parte poética mostrando sensibilidade e inteligência, quanto na parte mais técnica construindo de forma eficiente a letra cativante. Contudo, o grande achado é a voz de Passenger: um pouco rouco, ele consegue passar todas as emoções de forma contida sem recorrer a clichês vocais. Quem bom que Let Her Go foi "acordado" e Passenger ganhou o reconhecimento devido por seu talento.
nota: 8

21 de novembro de 2013

Para Cada Miley Existe Uma Lily

Somewhere Only We Know
Hard Out Here
Lily Allen

Além de acreditar que o mercado fonográfico precisa da personalidade e originalidade da Lily Allen, eu devo confessar que eu realmente estava com saudades dela. Depois de um hiato de quatro anos em que se dedicou a sua família e a outros empreendimentos, Allen resolveu sair da "toca" e retomar sua carreira. E para isso, ela já começou com tudo e com o pé direito ao lançar dois singles.

Lançado como tema da campanha da loja de departamento inglesa John Lewis, Somewhere Only We Know é a regravação do maior sucesso da banda Keane. Apesar de não ser uma canção original de Allen e nem conter a sua personalidade a regravação mostra um lado bem vindo da cantora. A canção foi despida de toda a sua produção grandiosa para se transformar em uma delicada balada. Embalada por um arranjo emocionante, Allen canta a belíssima composição mostrando toda a ternura que sua voz pode em uma redenção inspirada. Contudo, é com o primeiro single oficial de seu terceiro álbum que ela mostra quem é a Lily Allen de verdade.

Hard Out Here é uma critica deliciosamente ácida, divertida, inteligente, atual, sincera e irônica sobre como a mulher é tratada no meio mainstream em especial no meio hip hop e, em menor grau, no pop. A cultura pelo corpo perfeito e por consequência a exposição exagerada ressaltando o lado sexual, o tratamento machista dado pelos homens as mulheres e como as próprias mulheres se colocam nesse contexto são os principais ponto que Allen discorre e critica na ótima composição de Hard Out Here. Contudo, a maneira
como a letra é construída mostra que Allen (aqui ela divide a autoria com o produtor da música Greg Kurstin) continua com a mesma "sabedoria" de sempre ao brincar com um assunto importante e até pesado de uma maneira que parece tudo apenas fútil, mas que na verdade é uma séria critica. Com seu sotaque delicioso, Allen faz uma performance com a sua personalidade usando as qualidades vocais de sua voz com uma sua interpretação divertida. A produção entrega um pop chiclete perfeito com uma batida que tira sarro do estilo, mas que faz um trabalho realmente elaborado e bem pensado. Quem bom que a Lily Allen decidiu voltar. E não poderia escolher melhor hora para ensinar umas lições para Miley e cia.
nota
Somewhere Only We Know: 7,5
Hard Out Here: 8

20 de novembro de 2013

Primeira Impressão

Salute
Little Mix


O maior desafio para um artista novato depois de ter alcançado o sucesso é a maldição do "segundo álbum". Tudo por ir por água abaixo como aconteceu com a Ke$ha ou elevar tudo ao nível da estratosfera como aconteceu com a Adele. Isso tanto no aspecto comercial, quanto no de qualidade. Quem está passando por esse teste atualmente é a girl band Little Mix. Quase um ano depois (faltaram apenas 8 dias) de lançarem seu debut DNA estão lançando o segundo CD da carreira. A pergunta que fica é: elas passaram no teste? Ainda é cedo para dizer sobre a performance comercial de Salute que foi lançado nos principais mercados só no dia 11, mas o aspecto qualitativo elas passaram com louvor no teste.

Salute já mostra uma evolução nítida das quatro garotas em relação a sonoridade: enquanto DNA era uma colcha de retalhos de estilos misturando pop com R&B (bem divertida, diga-se de passagem), Salute mostra uma coesão maior ao misturar os estilos resultando em uma sonoridade com mais personalidade e uma base direcionado para o R&B. A título de comparação: enquanto o álbum anterior estava mais para as Spice Girls, o álbum atual está mais para o lado das Destiny's Child. A produção acerta em dar um tom adulto para as faixas assim como na construção de arranjos mais cadenciados lembrando muito a sonoridade dos anos '90. Salute, a faixa que dá o nome ao álbum e que abre o mesmo, é uma amostra dessa mudança sonora sendo um ótimo R&B/pop com uma batida bem demarcada e ritmada. Grande parte disso vem da produção do grupo TMS que já tinha trabalhado com elas no álbum, mas aqui ganham mais espaço e ditam o caminho. Talvez o único ponto negativo seja que um pouco da diversão de DNA foi perdida para dar uma ar mais maduro para elas. Um ponto semelhante com o Destiny's Child é que as composições estão bem mais feministas seja mostrando o poder feminino, aumentando a autoestima ou se posicionando em relação aos "cafajestes" de plantão. Bons trabalhos emergem de Salute mostrando que o pop pode ser dotado de inteligência como é o caso de Competition sobre um casal que está em crise devido ao cara se achar melhor que a companheira e Little Me que faz uma visão sobre abusos contra mulheres (apesar de ser superficial). O que continua o mesmo é o bom desempenho vocal de Perrie, Jesy, Leigh-Anne e Jade que além de brilharem individualmente elas conseguem mostrar harmonia perfeita em conjunto, o que é fundamental para uma girl band. Outros bons momentos são o single Move (resenha a seguir), as baladas These Four Walls e Good Enough e as divetidas About the Boy e Boy. Salute não é a reinvenção da roda, mas prova que o Little Mix pode ter uma carreira promissora de verdade. Claro, caso o público compre a ideia da nova roupagem.

Movendo Para Frente

Move
Little Mix

O primeiro single de Salute não é a canção mais genial de todos os tempos da história do pop. Porém, Move é uma canção boa e prova a evolução das meninas do Little Mix.

A produção do desconhecido Duvall dá para Move uma batida R&B misturando hip hop, dance e até funk. Esse mix de estilo resulta em um arranjo divertido com uma cadencia diferente mostrando criatividade e conseguindo se sobressair da multidão de massificações sem perder o potencial comercial. A dinâmica entre as integrantes na faixa está bem produzida dando espaço para cada uma e trabalhando bem as partes juntas. Sem precisar entregar uma composição genial, a canção tem uma letra redondinha e cativante. De qualquer maneira, o Little Mix deu um passo para frente no caminho certo.
nota: 7,5

19 de novembro de 2013

Funcionando Apenas a Base de Featuring

Say Something (feat. Christina Aguilera)
A Great Big World

Ninguém pode negar que nos últimos tempos a carreira da Aguilera vem passado por um período bem estranho: enquanto desfruta de status de sucesso com o público devido a sua participação no The Voice nos Estados Unidos, mas a sua carreira musical solo se encontra "estagnada", para não dizer outra coisa. Contudo, isso é apenas em relação a sua carreira solo já que quando ela se une a um outro artista para fazer um featuring será um sucesso. Depois de Moves Like Jagger e Fell This Moment chegou a vez de Aguilera voltar as paradas com a sua participação na canção Say Something do duo desconhecido A Great Big World.

Impulsionado por uma apresentação no The Voice, Say Something conseguiu o buzz necessário para chagar
ao topo do iTunes e alcançar o número 16 na Billboard. Ao contrário das outras canções citadas, Say Something é surpreendente uma ótima canção. Em outra situação eu poderia dizer que Aguilera se transformou em apenas uma backing vocal de luxo, mas aqui é proposta é que a canção seja uma balada cantando a dois. Além disso, a forma como a produção vocal é conduzida é enorme acerto: em uma performance intimista, melancólica e emocionante de ambas as partes. Enquanto vemos um bom vocalista na presença de Ian Axel, Aguilera entrega um dos seus desempenhos mais inspirados sem precisar usar todo o potencial e alcance trabalhando as nuances emocionais sem brilhar mais que o "dono" da faixa, mas deixando sua marca. Só acho que Aguilera poderia ter tido uma parte solo. A produção também é um achado construindo um arranjo minimalista e com uma carga sentimental perfeita para "acalentar" perfeitamente a linda e triste composição sobre o fim de um amor. Talvez não seja o maior sucesso de Aguilera como featuring, mas é a melhor canção que ela já se prestou a participar.
nota: 8

Duelo de Hits 2013



A última disputa para Single do Ano será entre o sucesso surpresa de Blurred Lines do Robin Thicke ao lado do T.I. e Pharrell ou a volta em grande estilo de Justin Timberlake com Mirrors.


Votem!

18 de novembro de 2013

A Complexa Simplicidade

Dope
Lady GaGa


Enquanto a GaGa não lança o terceiro single oficial de ARTPOP, podemos nos contentar com o
promocional Dope.

Um dos momentos mais íntimos de ARTPOP, Dope faz com que podemos ver um lado bem mais orgânico de uma cantora que se esconde por trás de grandes cabelos e figurinos extravagantes. Uma coisa que poucos artistas pop fazem. Dope fala do vicio de GaGa em drogas e de um emocionado pedido de desculpas que ela faz para ela machucou devido a isso. A composição é até simples, mas carregada uma profunda carga emocional que é carregada de uma maneira tão verdadeira e crua mostrando uma entrega sincera com um toque de melancolia. A produção de Rick Rubin e da GaGa acerta na atmosfera minimalista com um arranjo com base de piano e com inserção mínima de outros instrumentos. Não é um trabalho perfeito, mas a beleza está por trás da complexa simplicidade que GaGa mostra. Coisa rara de se ouvir hoje em dia.
nota: 8

17 de novembro de 2013

Primeira Impressão

Loved Me Back to Life
Céline Dion



Céline Dion é uma das artistas que mais vendeu álbuns de todos os tempos. Os números giram em torno de 200 milhões de cópias ao longo de mais de 30 anos em atividade e com 25 álbuns lançados (sendo 14 em francês e 11 em inglês). No anos noventa, Céline alcançou o topo de sua popularidade com uma sequencia de mega sucessos culminando no arrasa universo My Heart Will Go On (1998) e os álbuns Falling into You (1996) e Let's Talk About Love (1997) venderam juntos 63 milhões de copias. Com o apelo tão popular a canadense se tornou um dos maiores nomes do mundo musical ao lado de nomes como Madonna, Mariah Carey, Michael Jackson, Whitney Houston, entre outros. Contudo, ela nunca alcançou um prestigio real com a critica principalmente com o pessoal mais "cabeça"que sempre a considerou datada e brega. Não que isso tenha a abalado, mas com a experiência vem sempre a sabedoria. Com o lançamento de seu mais novo trabalho, Loved Me Back to Life, Céline Dion procura modernizar sua sonoridade sem perder seu DNA.

Loved Me Back to Life é um álbum que varia do regular ao bom. Não espere nenhuma grande mudança na sonoridade básica da Céline, mas são nas pequenas alterações que fazem toda a diferença no resultado final. A principal e mais nítida é a dramaticidade empregada nas composições: longe dos dramalhões românticos e/ou tristes regados com quilos de açucar, Loved Me Back to Life tem uma coleção bem mais contida em sentimentos em composições menos melodramáticas. Contudo, não espere um avanço mais profundo no quesito racionalidade já que Céline continua sendo uma cantora de grandes baladas. Assim sendo a produção - contendo nomes famosos como Bayface, Tricky Stewart, Eg White e vários desconhecidos - apenas apara algumas pontas soltas para criar uma sonoridade que não fuja da base original que a cantora sempre mostrou, mas que também procura amenizar certos clichês, colocar um verniz mais atual e trabalhar a parte técnica com cuidado para expressar as nuances pretendidas para a nova "faceta" da cantora. O ponto mais controverso em Loved Me Back to Life é a performance vocal de Céline: apesar de ainda ser uma vocalista poderosa e muito acima da média podemos perceber que algo aqui está diferente na voz da cantora. Em muitos momentos percebemos que a sua voz está ficando com um tom bastante nasal e mais grave. Contudo, em outros momentos ela parece bem limpa sem essas mudanças. Seria uma opção para mostrar um outro lado vocal de Céline ou seria a voz dela que está mudando em especial nas partes graves. Não que isso atrapalhe o bom desempenho final. Quando tudo funciona direitinho temos bons momentos como Somebody Loves Somebody, Breakaway e Water And A Flame. Quando não funciona tem canções medianas como Incredible ao lado do Ne-Yo, Loved Me Back To Life e Unfinished Songs. Quando tudo sai errado resulta em uma canção como Save Your Soul. Contudo, Céline ainda consegue mostrar momentos inspirados nas canções que conseguem misturar novos ares com o melhor da old Céline como em Always Be Your Girl, Thankful e nas regravações At Seventeen de Janis Ian e Overjoyed do Stevie Wonder ao lado do próprio. Céline não pode ter mais a mesma relevância comercial dos áureos tempos, mas continua sua carreira sem importar com as criticas e sempre mostrando que ainda pode render bons frutos para a alegria de seus fãs.

16 de novembro de 2013

Num Entendi!!!!

Perfume
Britney Spears

Posso até criticar fortemente como a carreira da Britney Spears vendo sendo administrada no quesito
"musical", mas nunca fiquei sem saber o motivo de um movimento. Porém, isso foi até o dia de hoje.

Escolhido como segundo single de Britney Jean, Perfume é uma canção tão confusa que eu nem sei o que pensar direito. Depois do desempenho bem mediano de Work Bitch imaginei que o próximo single seria uma bomba dançante, mas modelado ao estilo "pop chiclete". Contudo, Perfume é uma baladinha pop/eletrônico. Seria uma boa jogada mostrando coragem e originalidade ou apenas uma tentativa de seguir os passos de Miley? Não sei dizer ao certo. O que sei é que até agora Perfume não deu os resultados esperados comercialmente. Talvez o público em geral esteja confuso com a produção linear que foi executada na canção que entrega uma canção com boa estrutura, mas que não se aprofunda nelas. A composição é uma montanha-russa: a intenção de mostrar um dilema de viver sendo traída e aceitar isso bate de frente com algumas decisões poéticas bastante duvidosas (I hide it well, hope you can't tell/But I hope she smells my perfume). Outro ponto negativo é que a canção termina de uma forma tão anticlímax que fica parecendo que ela apenas "passou". O ponto mais louvável da canção são os vocais da Britney. Bem mais natural e real que o costume podemos ouvir que Britoca ainda não perdeu sua voz por completo, mas ela não é capaz de segurar uma balada completamente e em certos momentos ela até parece que desafina, o que é uma coisa muito estranha para uma canção de estúdio (um exemplo é no final da frase "Sometimes it feels like there's three"). Sinceramente, Perfume é uma canção que eu "num entendi".
nota: 5,5

15 de novembro de 2013

O Ciclo

The Art of Letting Go
Mariah Carey


A vida é um movimento pulsatório dividido em fases. Há fases boas. Há fases ruins. Há fases piores ainda. Há fases neutras. E há fases para recomeçar. Acredito que é por essa última fase que a Mariah Carey deve estar passando na sua carreira profissional. Ela que já experimentou de tudo um pouco, desde o Olimpo passando pelo fundo do poço até o retorno triunfante, está preparando para lançar seu décimo quarto álbum (The Art of Letting Go) e vem mostrando sinais que esse será um novo começo. Depois de lançar a surpreendente #Beautiful, ela continua a mostrar claros sinais de o que está vindo por aí poderá ser o mais profundo e significativo renascimento musical de sua carreira ao simplesmente voltar para o básico.

The Art of Letting Go (a canção) foi lançada através do Facebook no último 11. Um dos grandes méritos da canção produzida por Mimi e Darkchild é que ela vai diretamente contra qualquer modismo que está em alta: The Art of Letting Go é uma balada R&B/gospel sem firulas para transformá-la em um produto mais comercial e radiofônico. Uma simples balada, mas produzida com esmero e talento incomparável. A linda construção delicada e minimalista do arranjo ao longe de quase toda a duração faz o caminho perfeito para o final apoteótico e base perfeita para a performance de Mariah. Poucas vezes a cantora esteve tão contida em uma balada, mas isso é outro ponto extremamente positivo. O peso da experiência faz com que ela saiba como colocar cada nota no seu lugar certo tanto nas parte mais contidas como no final grandioso provando que ela ainda tem "a Voz" (não aquela dos tempos áureos, mas ainda "dá um pau" em várias cantora novatas). A sua interpretação é perfeita para a composição sobre "desapegar" de quem não te quer mais. Apesar de ser uma letra dramática, ela é um trabalho sem dramalhão excessivo e toques modernos e até divertidos (Go to Mimi on your contacts, press delete). Não que The Art of Letting Go seja um potencial hit para Mariah, mas só de ver ela mostrar que ainda é relevante no que sabe fazer ao iniciar uma nova etapa é impagável.
nota: 8

14 de novembro de 2013

Primeira Impressão

The Marshall Mathers LP 2
Eminem



O que faz um rapper ser um bom rapper? É o fato de ele dominar a arte do rap? É o fato dele saber como escrever seus versos sabendo como usar a linguagem da melhor maneira possível para representar os seus pensamentos sobre um assunto em questão? É o fato dele (ao lado de colaboradores) saber como criar a melhor sonoridade para acompanhar suas poesias? Ou é tudo isso junto? Ao longo dos anos comecei a perceber que é muito mais que "apenas" tudo isso. Para ser um bom rapper é preciso ir muito além de qualquer expectativa. É necessário quebrar fronteiras. Se não é do próprio estilo, seja ao menos as próprias fronteiras. Para ser um bom rapper é preciso deixar os próprios pré conceitos de lado e se abrir para novas experiências sem deixar de lado as suas origens. Para ser considerado um bom rapper é necessário ser considerado um bom artista. É ser artista é uma complexa construção que só se consegue alcançar com talento, trabalho e uma dose de sabedoria para saber de tudo isso que eu citei anteriormente é necessário.

Depois de três anos do lançamento do seu último trabalho (Recovery) em 2010, Eminem lançou seu oitavo álbum de estúdio no último dia 5. O que faz desse lançamento o grande momento da carreira dele nos últimos dez anos é o fato dele ser a continuação de um de seus trabalhos mais lembrados e elogiados: The Marshall Mathers LP de 2000. Esse foi o trabalho que consolidou Eminem como um dos mais promissores rappers da nova geração com a ajuda de sucessos como Stan e The Real Slim Shady. Depois de mais de 13 anos e muita estrada já percorrida tanto na vida pessoal como na carreira, Eminem lança The Marshall Mathers LP 2. Contudo, não ache que o trabalho é apenas um caça níquel feito para atrair o público para comprar o CD. The Marshall Mathers LP 2 é a comprovação definitiva da grandiosidade artística de Eminem em todos os sentidos caso alguém tivesse alguma dúvida sobre isso.

O trabalho logo de cara é aberto por uma das canções mais geniais da carreira do rapper: Bad Guy é uma avassaladora continuação de Stan. Aqui é mostrada a vingança do irmão do fã que se matou, matou a namorada e o filho na história da música original. Por essa abertura podemos ter a noção perfeita do que é The Marshall Mathers LP 2: uma porrada sonora em que Eminem está apenas no topo de suas habilidades. O rapper está no seu melhor momento da carreira ao entregar performances que eu apenas posso considerar como fora desse mundo. Se não bastasse toda a monstruosidade que é a capacidade dele de mostrar uma gama de estilos completamente diferentes dentro de uma mesma linha de raciocínio e simplesmente arrasar em cada uma delas, Eminem mostra uma força gigantesca em cada música dando uma atmosfera de urgência para cada palavra que ele fala como se a vida dele estivesse em perigo e só por pronunciar esses versos seria sinonimo de salvação mão apenas de seu corpo, mas também de sua alma. Devo admitir que demorei para escrever essas linhas para tentar representar minha visão sobre a performance do Eminem, pois tudo é tão genial que fica difícil achar as palavras certas para descrever da melhor maneira. Mesmo sendo estranho comparar com cantores, mas acredito que The Marshall Mathers LP 2 tem a produção vocal do ano.

Menos polêmico e voltado para seus problemas pessoais Eminem e seus colaboradores estão afiadíssimos e inspiradíssimos fazendo trabalhos sensacionais em cada música. Um ponto extremamente positivo é que Eminem nunca se mostra limitado em escolhas temáticas sempre indo além dos clichês vomitados por outros rappers. The Marshall Mathers LP 2 está recheado de trabalhos perfeitos tanto na parte técnica (rimas, construção dos versos, construção sonora das palavras, refrões, referencias) e na parte artística (como ele lida com os assuntos que vão desde o amor até sua relação com a fama passando pelos seus demônios pessoais como a falta do pai e sua relação conturbada com a sua mãe). Em questão da produção, The Marshall Mathers LP 2 é a demonstração que há vida inteligente no mundo. Mesmo seguindo um caminho mais tradicional em sua base, o álbum é envernizado por uma camada de nuances, influências, batidas, texturas e ideias que transforma seus mais de 100 minutos de duração (contando a versão deluxe) em uma viagem quase transcendental. Além da já citada Bad Guy outros momentos geniais são: a acachapante Rhyme Or Reason sobre seus problemas com seu pai que nunca conheceu, o single Berzerk, a devassadora Rap God, a hilária So Far..., a parceira com o Kendrick Lamar na inusitada Love Game, a "evolução" de Cleanin' Out My Closet em Headlights com o Nate Ruess e a ótima Desperation incluída na versão deluxe. O mais curioso que a maioria das canções citadas foram produzida pelo produtor Rick Rubin (para quem posso achar estranho, Dr. Dre funciona como produtor executivo do álbum). Apesar de algumas faixas não serem tão boas com as já citadas (principalmente as mais "comerciais), The Marshall Mathers LP 2 é um álbum para ficar na história como um dos CD's de hip hop mais geniais de todos os tempos. E novamente o Eminem entrega  o que se espera dele e bem mais.

13 de novembro de 2013

A Canção Inha

Timber (feat. Ke$ha)
Pitbull

Sabe quando uma coisa não é exatamente boa, mas também não é ruim? Normalmente, eu sempre a adjetivo usando o diminutivo. Exemplo: o novo single do Pitbull é divertidinha.

Timber, parceria com a cantora Ke$ha, é um inofensivo dance pop que se não chega a ser excelente pelo menos não uma bomba gigantesca. A boa sacada da produção encabeçada pelo Dr. Luke é a batida menos histérica que o costume e as pitadas pop folk na construção do batida. Pena que o resultado é apenas mediano assim como a atuação do rapper. Ao menos é bem mais empolgante que a performance de Ke$ha que se não fosse pelos créditos poderia ser qualquer cantora wannabe por aí. Como disse anteriormente é apenas uma canção inha.
nota: 5,5

12 de novembro de 2013

Poderia Ser Bem Mais

We Remain
Christina Aguilera


A última vez que a Aguilera esteve em uma trilha sonora de um filme relevante (tirando Burlesque em que trabalhou) foi em Lady Marmalade para o filme Moulin Rouge em 2001. Então, eu fiquei bem entusiasmado quando vi que ela foi escolhida para cantar um dos temas de Jogos Vorazes - Em Chamas, mas o resultado não foi o que eu imaginava.

We Remain é um pop balad mid-tempo que não soube usar o seu maior trufo: a própria Aguilera. Capaz de ser uma interprete versátil e poderosa, a cantora entrega uma performance contida demais. Para falar a verdade é quase apática. A composição tem bons momentos que não são aproveitados ao não ser aprofundada a sua temática emocionante. O pior defeito, contudo, é a produção morna e sem inspiração que deixou We Remain como aspecto de uma b-side ou uma demo que Aguilera não utilizou. Depois de Skyfall da Adele, as cantoras pop têm que suar a camisa caso sejam escolhidas como interpretes de temas de filme. Dessa vez, Aguilera passou longe.
nota: 6

9 de novembro de 2013

Duelo de Hits 2013


A penúltima enquete para Single do Ano será entre a arrasa quarteirão de Miley Cyrus com Wrecking Ball contra a smash hit Get Lucky da dupla Daft Punk com o Pharrell e o Nile Rodgers)!


Votem!

7 de novembro de 2013

Ficou Só Na Vontade

I Wish (feat. T.I.)
Cher Lloyd

Nem adiantou a Cher Lloyd fazer a melhor música de sua curta carreira para ela voltar a ser relevante nos Estados Unidos já que I Wish flopou miseravelmente na terra do Tio Sam.

A canção é um bom pop chiclete que consegue ser tão bobinho que não tem como não gostar da canção. A composição é bem feitinha apesar de não acrescentar nenhuma novidade ou ir além do normal, mas tem certa personalidade. Mesmo não mostrando seu lado rapper, Cher se sai bem em uma performance fofinha e até mesmo o verso do T.I. é bem vindo dando tempero para a canção. I Wish é simples, pop, bobinha e divertida. Tudo que uma canção pop pode ser para fazer sucesso, mas ficou só na vontade dessa vez.
nota: 7

6 de novembro de 2013

Uma Segunda Chance Para "Your Love"

Your Love
Nicki Minaj


Quando a Nicki Minaj surgiu era como se um sopro de ar fresco no saturado mundo do hip hop. Não apenas pelo fato dela ser mulher ou seu extravagante estilo de vestir ou sua personalidade, digamos, expansiva. O que mais chamou atenção em Minaj era sua forma original de "fazer rap" sempre mostrando um lado diferente e completamente inesperado. Apesar de ter perdido um pouco dessa originalidade inicial ainda continua mostrar que sabe se sobressair perante a multidão sem comprometer seu estilo ou seu lado popular. Contudo, sempre é bom voltar no ponto em que tudo começou para relembrar em que momento Nicki virou um dos grandes nomes da nova geração do hip hop. Estou falando do seu primeiro sucesso a ótima Your Love.

Depois de flopar com Massive Attack, a carreira solo de Nicki precisa de um belo empurrão e esse veio do surpreendente sucesso de Your Love. A canção é de longe o estilo "clássico" de um single hip hop de sucesso: Your Love é uma balada romântica que mistura hip hop, pop e R&B embalado pelo sample de No More I Love You's da Annie Lennox. Tudo isso poderia resultar em uma grande "tragédia", mas a canção funciona bem melhor do que se poderia imaginar. Começa pelo fato do uso inesperado e sensacional do uso do sample na construção da melodia simples, sem muitas inovações e quase linear. Contudo, a batida é tão gostosa de ouvir que cativa rapidamente sem precisar usar de artifícios manjados. A composição é um achado delicioso ao jogar diversas referencias em um caldeirão e misturar tudo construindo uma divertida e, ao seu modo, romântica canção de amor. O ápice é quando Nicki dispara no refrão isso:

"Shawty Imma only tell you this once, you're the illest (bah ba dah dah oh)
And for your lovin' Imma Die Hard like Bruce Willis"


Só que o grande destaque da canção é a performance de Nicki ao misturar estilos dando uma personalidade sem comparações não apenas para a canção, mas para a então novata rapper. Seria muito bom Nicki voltar as origens e entregar mais canções como Your Love do que essas que ela tem feito.
nota original: 8
nota atual:8,5




Resultado Final: Your Love é o tipo de cação que até pode não ser lembrada por muitos, mas tem um ar de "cult" para quem conhece que apenas aumenta o seu status de qualidade.
Resenha Original

5 de novembro de 2013

Primeira Impressão

ARTPOP
Lady GaGa



São um pouco mais de dois anos e meio que separa o lançamento de Born This Way para ARTPOP. Não é exatamente muito tempo, mas o espaço que GaGa deixou com sua "ausência" foi enorme seja para quem ama ou para quem odeia. A espera apenas aumentou quando ela anunciou que estava trabalhando seu novo trabalho que, mais tarde, foi intitulado ARTPOP. Meses de especulações, boatos, informações desencontradas, muita fofoca e várias polêmicas, GaGa começou o trabalho de divulgação intenso usando todas as ferramentas que ela poderia usar desde apresentações ao vivo, entrevistas, redes sociais e o lançamento do primeiro single Applause. Tudo perfeitamente planejado e executado com maestria. Depois de tanto trabalho é chegada a tão aguardada hora de saber se ARTPOP valeu a pena tanta espera e tanto barulho em torno? A resposta é simples e direta: sim, ARTPOP valeu a espera e o barulho. Contudo, não é pelos motivos que vocês podem imaginar.

ARTPOP é um CD imperfeitamente divertido. O grande trunfo aqui está no momento em que GaGa decidiu tomar um caminho bem diferente dos seus antecessores ficando longe da pretensiosa épica/esquizofrênica sonoridade de Born This Way, mas sendo mais elaborado e personalizado do que o pop chiclete de The Fame e menos audacioso e inovador do que The Fame Monster. Com isso ARTPOP ganha uma cara própria mostrando a versatilidade de GaGa ao conseguir se renovar sem comprometer seu DNA. As diferenças começam quando ela resolveu dar muito mais espaço para DJ White Shadow (que já tinha trabalhado com ela em BTW) e começar a trabalhar com nomes até estão inéditos na sua discografia como o produtor/DJ  Zedd, Madeon, David Guetta, will. i. am e o Rick Rubin. Além disso, GaGa continua no papel de coprodutora em todas as faixas. Dessa mistura sai uma sonoridade essencialmente pop dance flertando com inúmeros subgêneros que vão do pop chiclete passado pelo house chegando ao rock pop e o tecnopop. Além de outros estilos como o R&B e o hip hop. Tudo é muito bem produzido e mesmo sem ter arrombos de criatividade o resultado final é muito acima da média. Contudo, ARTPOP só engrena de verdade depois da sétima música (Do What U Want). Antes dela, o álbum atira para todos os lados quase como uma metralhadora descontrolada sem um alvo certo. Não digo que as canções aqui são ruins, mas elas parecem jogadas à esmo sem nenhuma preocupação com alguma linha lógica de raciocínio em relação a sua sonoridade já a segunda parte de ARTPOP tudo é bem mais fluído. O momento que melhor descreve o que cito é a faixa Manicure: não bastasse ser a faixa menos inspirada do álbum, já que poderia ter rendido muito mais, ela está enfiada entre um faixa com estilo hip hop e outra com estilo R&B sendo que ela é uma espécie de rock/pop dance. Outro problema aqui é que a faixa Aura que abre o CD é boa, mas poderia ser melhor aproveitada como uma "intro" e não uma faixa inteira. Enquanto isso, Jewels n' Drugs com os rappers T.I., Too Short e Twista é um divertido experimento de GaGa de brincar como hip hop colocando sua personalidade, Venus é uma grande bobeira deliciosa e G.U.Y e Sexxx Dreams são ótimas faixas pop que continua com o principal assunto do álbum nessa primeira parte: sexo. No quesito composição, GaGa entrega seu trabalho mais redondinho e coeso. Sua capacidade de criar letras perfeitas para serem cantadas em shows como mantras pop está no ápice e ela entrega uma coleção de letras que sabem misturar todo seu apelo pop com sua personalidade polêmica e o fator "chiclete" sem precisar ser uma pastiche de velhos clichês. Não espere grandes reflexões  sobre sexo e a fama (outro assunto recorrente em ARTPOP), mas ser deixando levar pelas cativante composições é bem divertido. A ótima Do What U Want poderia ser bem melhor na parte "intelectual", mas é tão bem amarradinha e com um refrão tão grudento que esse detalhe quase passa desapercebido. E não tem como não se divertir para valer com a hilária Swine sobre o caráter de um "filha da puta" (seria para o Perez Hilton?) e com a homenagem feita para a famosa estilista Donatella Versace em Donatella. E, claro, quando GaGa mostra seu lado mais íntimo e pessoal que podemos testemunhar sua força máximo como compositora como é no caso da emocional Dope. E também são nesses momentos mais stripped vocalmente é podemos ver o poder da cantora Lady GaGa. Sempre sabendo dosar entre a cantora pop perfeita para carregar a faixa homônima a boa Artpop e no single Applause com a cantora de power pop na sensacional Fashion! ou sendo apenas a Lady GaGa de sempre na poderosa e polêmica Mary Jane Holland. Só que o melhor de ARTPOP fica para o final quando GaGa entrega a sensacional Gypsy que é uma espécie de de continuação/evolução de The Edge of Glory misturada com Hair e com toques de Speechless e You And I. Só não entendo o porque ela nunca faz das melhores canções de seus álbuns o primeiro single. Tenho certeza que se Gypsy teria bem mais sucesso que Applause. GaGa pode não ter entregado o álbum genial que muitos esperavam, mas ela entregou um produtor perfeito para mostrar a sua arte: o pop.

4 de novembro de 2013

Primeira Impressão

James Arthur
James Arthur


Eu acompanho realities musicais já faz algum tempo. Lembro de ficar acompanhando etapa por etapa desde o primeiro episódio até o último dos programas nacionais como Fama, Popstar e Ídolos (quando esse último era do SBT). Contudo, só foi quando eu fundei o blog e que comecei a seguir os realities estrangeiros que minha atenção passou de simples fã para também critico do que é apresentado como "a próxima grande promessa musical". Durante esses anos passaram por aqui vários ex-participantes que se consagraram vencedores (Kelly Clarkson, Carrie Underwood, Fantasia, David Cook, Leona Lewis, Little Mix, Scotty McCreery, Phillip Phillips, Alexandra Burke) e outros, que mesmo não vencendo, conseguiram seu lugar ao Sol (Adam Lambert, Jennifer Hudson, One Direction, Misha B, Haley Reinhart,Cher Lloyd, entre outros). Eu considerava a Carrie como a dona da melhor carreira pós-reality e, assim sendo, a melhor vencedora de qualquer programa até hoje e era do Adam Lambert com o sensacional Trespassing a alcunha de melhor álbum de um participante de um reality musical. Isso tudo até o dia hoje, quando eu declaro sem medo ou ressalvas que o James Arthur é o melhor vencedor e dono do melhor álbum de ex-participante de um reality desse tipo. (Para quem não conhece James click aqui para conhecer sua trajetória no The X Factor 2012)

Como o grande vencedor, James poderia facilmente cair na maldição do primeiro álbum do vencedor: um trabalho extremamente genérico e sem nenhuma personalidade que foi feito as pressas para aproveitar o sucesso imediato e midiático dele com o público. Contudo, a gravadora dele Syco (propriedade do todo poderoso Simon Cowell) percebeu que James é um artista tão único e especial que não poderia ser dado para ele uma produção burocrática restringindo qualquer faísca criativa que ele pode "soltar". Nesse quesito o álbum debut homônimo de James não poderia ter sido mais bem assistido já que foi designado um time vindo do que há de melhor na nova safra de artistas ingleses: o grupo TMS, Steve Robson, Salaam Remi, Emeli Sandé e Naughty Boy. Nas mãos desses nomes podemos ver nitidamente a construção da verdadeira sonoridade de James. Nada de criações fáceis ou/e apenas comerciais feitas para vender. Aqui estamos diante de um verdadeiro artista  entregando uma sonoridade poderosa e absolutamente original.

Para o álbum é elaborado uma espécie de pop/R&B contemporâneo/urban misturado com uma forte influência de rock e hip hop. Essa mistureba toda é lindamente construída mostrando uma originalidade única, refinada e magistral. Mesmo sendo calcada em uma base como referencias mais antigas e no próprio trabalho dos produtores do álbum, a sonoridade aqui mostra o nascimento de uma tendencia que sabe como misturar essa nova estética criada na Inglaterra com um verniz mais internacional. Estamos diante de um possível sucesso global mesmo acreditando que ainda é possível James evoluir ainda mais, mas isso ele deve conseguir com o tempo e a experiência. Outra grande qualidade do álbum é a presença de James como compositor em quase todas as canções (a exceção fica por de Impossible que é uma regravação). Isso dá para o trabalho o nível pessoal e intimo necessário para conectarmos com James sem nem ao menos sabermos qual sua história (isso é fundamental para atrais quem não acompanhou o reality). Contudo, isso não seria suficiente para resultar em composições boas. Com a lapidação feita pelos colaboradores o resultado final se transforma em viagem emocionante, arrebatadora e comovente sobre os seus demônios, seus amores, seus medos, suas alegrias. Conseguimos ver quase em forma sólida a mente de um homem que passou por muitas coisas. A maneira como cada faixa é composta mostra um artista inquieto em busca da verdade que se esconde nas entranhas de si mesmo. Mesmo com toda essa carga emocional as composições não partem para um caminho "cabeça" e elitista ao saber balancear com o lado mais popular sem perder sua essência. Só que isso seria a apenas a ponta do iceberg se James não fosse o cantor que é. Se não bastasse ser dono de uma voz tão única e sem comparações, ele entrega performances que eu só posso classificar como uma força sobre-humana. Uma força da natureza assim como uma onda gigante que arrasta tudo por onde passa. Uma erupção de vulcão que parecia a muito adormecido. Um furacão da mais alta categoria varrendo uma cidade inteira. A gente sabe que mesmo esses eventos da natureza terem um fim nada do que foi será como antes. E é assim que a gente se sente após ouvir o álbum com James entregando tudo que tem e o que não tem. Diga que depois de ouvir a magistral Suicide você vai ficar intacto perante a entrega de James em uma composição arrasadora em uma power balada épica? Ou ficar imune a batida sexy de New Tattoo e performance deliciosa de James? Quem sabe você não vai se emocionar com a acachapante Recovery ou não sonhar com o amor ao ouvir o belíssimo dueto de James com a Emeli Sandé em Roses? Isso sem falar do single You're Nobody 'Til Somebody Loves You, a good vibe com uma atmosfera mais dark de Get Down, a dançante e empolgante Lie Down e a doce Certain Things. Além do resto do álbum que é simplesmente perfeito e genial. James entrou como o cara que apenas venceu um reality musical e sai daqui mostrando qual é a definição do que é ser um artista de verdade.

2 de novembro de 2013

A Bela da Índia

Exotic (feat. Pitbull)
Priyanka Chopra


Priyanka Chopra é uma das atrizes mais conhecidas e bem pagas da Índia e foi Miss Mundo em 2000. Uma mulher realmente espetacular dona de uma beleza notória e incomparável. Assim como qualquer estrela de Bollywood (a meca do cinema na Índia) Priyanka também canta já que boa parte dos filmes de lá tem números musicais. Então, não é estranho ela tentar a carreira de cantora ao lançar o single Exotic
internacionalmente. E o mais surpreendente é que a canção não é ruim.


Produzido pelo RedOne, Exotic é um dance pop quase comum, mas se destaca pela performance de Priyanka. Não que seja genial os vocais da cantora/atriz, mas seu carisma e o uso de expressões em hindi são tão deliciosos que é difícil não se encantar. Enquanto isso Pitbull faz o trabalho de sempre, mas que aqui foi necessário para dar o ar comercial e ocidental para a canção. RedOne faz um trabalho bem feitinho que mesmo não entregando nada sensacional faz com que Exotic seja uma canção redondinha e divertida. A composição repete velhos clichês de sempre com uma pitada de novidade com as partes em hindi. Seria bem interessante ter uma diva pop vinda da Índia. Quem sabe essa não pode ser a Priyanka?
nota: 7

1 de novembro de 2013

New Faces Apresenta: "As Garotas Que Querem Serem o One Direction"

Miss Movin' On
Fifth Harmony


Fifth Harmony é basicamente a versão americana e feminina do One Direction já que foram "agrupadas", ganharam destaque e ficaram em terceiro lugar no The X Factor tendo o mesmo mentor, Simon Cowell. A única diferença realmente significante entre os dois grupos é que as garotas do Fifth Harmony ainda não alcançaram nenhum décimo do sucesso dos meninos ingleses.

 Miss Movin' On foi lançada como single do primeiro EP da girl band intitulado Better Together. O grande problema da canção é que ela parece um cover de alguma faixa que não foi lançado como single da Kelly Clarkson. A estrutura de pop/dance com composição é aposta segura que até dá certo aqui se não fosse pela sensação de "eu já ouvi isso". O grande motivo da canção se fixar acima da média é devido a composição bem escrita que surpreende pelo nível de maturidade sem perder o apelo comercial. Até mesmo os vocais das cinco cantoras estão bem executadas, pois podemos ouvir melhor as personalidades de algumas e ao mesmo tempos elas conseguem harmonizar corretamente. Elas podem até conseguir consolidar a carreira, mas o Fifth Harmony ainda precisa de muito trabalho para serem as "próximas estrelas".
nota: 6,5