Michael Jackson
Sempre fico com os dois pés atrás quando ouço que vão lançar um álbum póstumo de qualquer artista. Se o trabalho não é um projeto que o artista estava trabalhando antes da morte, o cheiro de safadeza e aproveitamento chega forte para mim e me dá náuseas. Se estivermos falando do Michael Jackson a situação complica quase infinitamente. Depois da aberração de Michael (primeiro CD lançado após a morte do cantor), seria difícil algo de bom sair das mentes de quem cuida do legado do Rei do Pop. Só que, ás vezes, eu posso me enganar.
Xscape foi o nome escolhido para ser o título do segundo álbum póstumo do Michael Jackson. E ao contrario do anterior há um equipe bem mais interessante cuidando da modernização das demos deixadas pelo cantor. Xscape vai reunir, basicamente, o mesmo time que cuida da carreira do herdeiro direto de Michael: Justin Timberlake. Liderados por Timbaland, o trabalho também terá a produção de Jerome J-Roc Harmon e Rodney "Darkchild" Jerkins com a adição de StarGate e as participações de Mary J. Blige, Questlove, D'Angelo e Justin Timberlake. Esse último está ligado ao primeiro e surpreendente primeiro single lançado intitulado Love Never Felt So Good.
Surpreendente, pois Love Never Felt So Good é realmente uma boa canção. Longe dos grande momentos da carreira de Michel, o single parece vindo direto da época em que ele lançou Off the Wall em 1979. Então, espere uma sonoridade R&B com generosas doses de disco e uma deliciosa atmosfera convidativa para dançar fazendo passinhos como se estive em uma pista de danças nos anos setenta. Ponto positivo para a produção que não tentou "modernizar", mas apenas aveludou o que já era bom. Outro ponto de elogios é que em Love Never Felt So Good conseguimos realmente ouvir Michael do começo ao fim já que nos outros trabalhos póstumos parece que o cantor foi substituído por alguém com uma voz parecida. Obviamente para dar um up na canção comercialmente a versão lançada como single é um "remix" com o Justin Timberlake. O encontro de gerações que acontece tarde demais, mas que ao menos aconteceu. Mesmo a versão com o Presidente do Pop não fazer grandes alterações e o próprio featuirng estar muito bem, a versão original ganha pontos a mais por tem uma vibe mais gingada e gostosa de se ouvir. Em outras palavras: Rei uma vez, Rei para sempre. Só precisa de bons súditos para cuidar bem do tesouro deixado.
nota
Versão Original: 8
Versão Remix: 7,5
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