Rebecca Ferguson
A inglesa Rebecca Ferguson não venceu a sétima edição do The Factor UK e, também, não pode ser considera a mais bem sucedida comercialmente, mesmo tendo já lançado quatro álbuns. Todavia, Rebecca pode ser considerada como uma das melhores artistas que surgiram de um reality musical sem nenhuma dúvida. E o seu novo álbum colabora com essa visão.
Intitulado como Superwoman, o álbum é uma ótima plataforma para que a cantora brilhe com a sua voz atemporal. Talvez por causa dessa característica, Rebecca consegue se destacar no cenário pop inglês, mas sem a mesma repercussão com o grande público que está acostumado com vozes de timbres mais "pasteurizados". Em nem segundo, a cantora busca saídas fáceis para as suas interpretações maduras, sólidas e de um carisma que remete as grandes divas do soul/jazz/blues como Nina Simone e Aretha Franklin. E por isso mesmo, Rebecca não foge do estilo que nasceu para cantar: R&B/soul music. Superwoman segue a risca a cartilha de como fazer um bom álbum R&B/soul sem parecer datado, mas, também, sem soar moderno demais para não ter o perigo de errar a mão. Tudo muito bem feito, mas que parece prender Rebecca em um circulo próprio que poderia ser quebrado, fazendo a cantora alcançar novos patamares para a sua carreira. Apesar disso, o produtor Troy Miller, responsável por todas as faixas assim como o álbum anterior de Rebecca, encontra o equilíbrio ideal para sustentar cada faixa sem precisar a recorrer a artifícios clichês como, por exemplo, a presença de rappers ou "popficação" da cantora. Os melhores momentos do álbum ficam por conta da faixa homônima do mesmo Superwoman, a melancólica The Way You're Looking at Her, a divertida Don't Want You Back e a classuda Without a Woman. Claro, ainda há esperança para a carreira de Rebecca Ferguson para se tornar a grande estrela que o seu talento possibilita, mas, caso não aconteça, a sua trajetória até agora é tão impecável que esse tipo de sucesso parece algo trivial.
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