Elza Soares & Pitty
Não irei julgar as preferências de cada um, mas enquanto muitos vibram com a ascensão de Pablo Vittar e a consolidação da Anitta apenas nado na contramão ao vibrar e ficar feliz com a revitalização da carreira da Elza Soares. Muita responsabilidade vem do lançamento do álbum genial A Mulher do Fim do Mundo de 2015, mas existe espaço para o descobrimento de Elza de uma nova geração do público que, provavelmente, nunca tinha ouvido falar da mesma. E com que felicidade não recebo esse dueto de Elza com a Pitty na canção Na Pele.
A principal qualidade da canção uma junção de MPB com rock é que, mesmo tendo duas cantoras relativamente tão diferentes entre si, existe uma noção de unidade na construção da canção, não deixando de escanteio ou deslocada nenhuma das cantoras. Ainda na cola da profunda sonoridade do álbum de Elza, Na Pele tem uma sensação de atemporalidade que se colide com a urgência da sua instrumentalização forte e indiscutivelmente marcante. Interpretada com a usual avassaladora emoção gutural de Elza e com Pitty fazendo bonito ao segurar as pontas, a canção é um poderosa reflexão sobre as marcas do tempo e se sentir sábia e forte pelas "rugas" que a vida nos dá. Apesar de achar que esse tema poderia render liricamente algo com um impacto genuinamente avassalador. De qualquer forma, apenas a existência de uma canção como essa já é motivo de grandes felicidades.
nota: 8
Um comentário:
Não é apenas você que "nada" na "contra não". Muita gente q curte Vittar e Anitta, tbm curte esse disco da Elza. Eu sou um deles !
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