12 de janeiro de 2018

Top 50 - 2017 - Parte V





Parte I
Parte II
Parte III


10. The Heart Part 4
Kendrick Lamar


"The Heart Part 4 tem dos as características anteriores dos trabalhos do rapper: uma mistura refinadíssima de rap com influências de soul music de várias décadas, criando uma canção de uma força impressionante e com personalidade única. Dessa vez, porém, Lamar aumenta a tensão da canção ao entregar um longo e poderoso verso, mostrando toda a sua energia condensada em uma explosão de rimas e "flows" que não deixa espaço para a comparação com nenhum dos seus contemporâneos."

9. Cut to the Feeling
Carly Rae Jepsen


"Composta originalmente para fazer parte de E•MO•TION, Cut to the Feeling tem claramente uma fortíssima influência na musicalidade dos anos oitenta. E assim como um bom vinho, a influência na sonoridade de Carly apenas melhorou ao ser refinada em uma canção synthpop que tão gostosa, nostálgica e perfeitamente pop que mais parece algum trabalho de um nome que realmente fez esse tipo de canção naquela década. Todavia, a produção é esperta o suficiente para envernizar Cut to the Feeling com uma tinta criativa que mantém a canção relevante com um instrumental poderoso e marcante. Além disso, Carly entrega uma performance cheia personalidade, mostrando que está cada vez mais entendendo a voz que tem e sabendo tirar o melhor dela."

8. Fun
Blondie


"A canção segue sonoridade que fez o grupo um sucesso ao misturar new wave com pop rock em uma batida deliciosamente dançante, envolvente e com um gostinho de quero mais delicioso. Em um cenário musical em que canção dançante é sinônimo de batidas eletrônicas vazias e ordinárias, Fun é um bálsamo para os ouvidos e para aqueles saudosos de uma vibe como a que da banda exala. Aos 71 anos de idade, Debbie continua a dona da situação em um performance marcante como uma verdadeira deusa da música poderia entregar. Com uma letra simples e direita, o Blondie entrega uma das melhores canções de 2017 sem precisar fazer outra coisa a não ser a lenda que são de verdade."

7. Pesadão (Participação especial Falcão)
IZA


"Pesadão é um dos melhores trabalhos pop dos últimos anos no Brasil sem dúvida nenhuma. A primeira razão para ter essa certeza é o fato que a canção não tem o principal problema do gênero aqui no Brasil: não soar como uma canção não acabada, isto é, Pesadão não falta nada em sua construção. E que construção sensacional, caros amigos! Uma mistura poderosa de pop, funk e reggae que lembra a sonoridade da Rihanna em Rated R, mas com uma personalidade completamente única e brasileira devido a presença de elementos na elaboração d arranjo. Há certos momentos que Pesadão quase beira a perfeição pop como a sua primeira parte antes do refrão: IZA simplesmente chega arrasando, mostrando toda a sua força. E IZA apenas confia na sua imagem como é vista no ótimo clipe, mas a cantora é dona de voz marcante e com bastante alcance como poucas. A ótima presença do Falcão (não o brega, mas, sim, o vocalista do O Rappa) é outro trunfo para contabilizar para a canção. A cantora pode até não estar recebendo o mesmo destaque que algumas de suas contemporâneas, mas não deve demorar para o seu verdadeiro boom acontecer."

6. Praying
Kesha


"A canção, sem nenhuma surpresa, é uma verdadeira expiação de todos os demônios que rondavam a vida pessoal da cantora seja aqueles "metafóricos" como a sua luta pela depressão ou aqueles que têm nome e endereço. Ao falar sobre todas as feridas ainda em processo de cicatrização, Kesha entrega em Praying uma letra de uma sinceridade desconcertante e que transmite uma emoção genuína rara. Só que Praying é mais que lembrar sobre velhas dores, mas, principalmente, perdoar e olhar para o futuro que a espera. Lindamente melancólica, mas com uma mensagem de esperança, Praying é uma power balada muito bem construída e com nuances que a ajudam a sair da zona de conforto para esse tipo de canção. A canção também irar marcar uma presença nova da cantora ao mostrar que a mesma é uma cantora muito melhor que aparentava ao entregar uma performance vocal absolutamente surpreendente, mostrando um poder vocal inesperado em uma performance crua, honesta e emocionante. A honestidade e emoção expressa em Praying são como um portal que deve, não apenas para a carreira dela, ser o recomeço de uma nova vida para Kesha, mesmo que ainda tenha algumas pedras no caminha. Seja muito bem vinda, Kesha."

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