Phoebe Bridgers
Acredito que já tenha discutido esse tema algumas vezes aqui no blog, mas nunca é demais repetir: músicas são feita para expressar sentimentos dos artistas e de quem as escuta. Apesar de vivermos em uma época que parece que as pessoas estão em uma constante tentativa de parecer ser felizes através das redes sociais é imprescindível a gente se poder deixar sentir alguns sentimentos não tão bons como, por exemplo, a tristeza e a melancolia. Isso serve para poder entender e extravasar o que realmente estamos sentido. E nada melhor que uma boa música para nos conectar com esses sentimentos como é o caso da bela Garden Song da cantora Phoebe Bridgers.
Apesar de ter apenas vinte e cinco anos, Phoebe Bridgers já é considerada como uma verdadeira força no meio indie, recebendo aclamação critica do seu primeiro álbum, Stranger in the Alps de 2017. Preparando o seu segundo álbum, a cantora lançou a melancólica Garden Song, mas não espere, porém, uma canção que seja facilmente emocionante. Dona de uma voz delicada e com um timbre angelical, a cantora entrega uma performance sutil que, em uma "ouvida" superficial. parece emanar uma felicidade contida. Todavia, a mesma escode uma coleção de sentimentos bem mais complexa que consegue exprimir o sentido profundo da sua composição. Garden Song é sobre a dor de crescer e deixar o que já conhecemos na nossa juventude para trás, sendo as coisas boas e as ruins. É um processo natural que todos passam, mas é visto de uma maneira adulta, crua e desconcertantemente honesta por Phoebe que exprime de maneira única todos esse sentimento tão comum e, ao mesmo tempo, tão complicado. Sem recorrer a um produção que facilmente poderia gerar lágrimas, Phoebe Bridgers faz de Garden Song uma simpática e doce indie rock que soa como o mar calmo antes da tempestade. É triste, mas é de certa forma reconfortante poder ser capaz de sentir emoções tão importantes em apenas três minutos e quarenta segundos.
nota: 8,5
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