Pabllo Vittar
Essencialmente, o álbum é quase todo feito de regravações de bandas de forro, electrobrega, calypso e brega que fizeram sucesso durante os anos noventa e começo dos dois mil e que foram as principais referencias da Pabllo. Se você não gosta desse tipo de canção não será fácil digerir o álbum, pois a produção não “enfeita” nenhuma canção para soar mais pop. Nunca foi exatamente fã desse tipo de canção, mas devo admitir que a seleção de faixas escolhidas foi certeira e a produção eleva o material de forma considerável. Uma pena, porém, que Batidão Tropical sofre dos mesmos problemas que a sonoridade da cantora já mostrou várias vezes: a brevidade das canções. Com apenas nove canções e menos de meia hora de duração, o álbum mal se classifica como sendo um álbum de verdade, soando mais como um EP. Além disso, existe uma rapidez que faz com que as canções possam soar descartáveis depois de algumas ouvidas. Sempre foi advogar por um trabalho que possa aprofundar melhor a sonoridade de artistas pop brasileiros como, por exemplo, a Duda Beat entregou de forma exemplar. Todavia, o álbum também mostra o melhor trabalho vocal da Pabllo que finalmente encontrou apuro técnico e equilíbrio nas interpretações. Os melhores momentos do álbum ficam com a regravação viciante de Zap Zum da Companhia do Calypso, a divertida e original Ama Sofre Chora e Não É Papel de Homem que é original da banda Kassikó. Entretanto, o melhor momento de Batidão Tropical fica por conta de Triste com T, pois, além de ser uma das melhores da carreira da artista, é a que melhor traduz essa fase ao ser divertida, popular, viciante e cheia de personalidade. Batidão Tropical é a exaltação da força da carreira da Pabllo Vittar que ainda tem bastante caminho pela frete, mas que já conquistou o que muitos achavam impossível alguns anos atrás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário