29 de junho de 2011

Ligando o Fode-se

Party Rock Anthem (feat. Lauren Bennett & GoonRock)
LMFAO

As vezes a melhor coisa é ligar o "foda-se" e curtir. É assim a premissa do sucesso Party Rock Anthem da dupla de eletropop/ hip hop LMFAO.

A dupla de irmãos filhos do fundador da Motown (!), Berry Gordoy já estão no mundo da música já faz algum tempo, mas só agora eles conseguiram emplacar um sucesso estilo "arrasa quarteirão". Em Party Rock Anthem eles fazem o que sabem de melhor: eletropop. Mais indo numa geração muito mais dance house que tocava nas boates no comecinho dos anos '00. Talvez seja por isso que a canção consegue se destacar das maiorias das canções de hoje em dia. Em sua produção mais "old school", Party Rock Anthem é alucinante. Dançante ao extremo feita especialmente para fazer pistas dançarem. Como vocais, o LMFAO ( que significa Laughing My Fucking Ass Off ou em tradução livre, Rindo para Cacete) adota uma postura de rap com partes cantadas. Esse estilo se adapta muito melhor que no Black Eyed Peas, pois eles não tentam dar efeitos aos vocais e sim para a canção em si. A letra é compete ao ser "descerebrada". É divertida, é simples e não tenta ser mias do que é: uma ode a se divertir. Então é simples, liga o "foda-se" e se joga. No mais, boa diversão.
nota: 8

26 de junho de 2011

R2D2

I Wanna Go
Britney Spears

Gostaria de pedir um favor a todos os fãs da Britney: não a chamem de cantora. Ela pode ser uma excepcional entertainment, uma ótima dançarina que também canta. Mas ela não é cantora. Para definir alguém como cantora é necessário uma série de características que vão além do fato de gravar uma música e fazer sucesso. Além disso, colocar o terno cantora para chamar a Britney e para chamar nomes como Etta James, Aretha Franklin, Tina Turner, Whitney Houston e Adele é um sacrilégio de proporções épicas. Assim prova o terceiro single de Femme Fatale, I Wanna Go.

A canção é emoldurada como um eletropop certinho que poderia render se Britney não parece a versão cantante do R2D2. Há tanto efeitos sobre a voz dela que chega a ser insuportável ouvir ela cantar em especial o refrão. Dessa maneira qualquer pessoa poderia cantar e falar que é a Britney. Só sabemos que é ela mesma devido ao fato da lingua presa dela, sua principal característica. Se não poderia ser o Luan Santana cheio de auto tune. Tirando isso, I Wanna Go tem letra legalzinha que lembra um pouco os bons tempos de Britney e arranjo dançante e sem ser histérico ao limite do suportável. Quero deixar bem claro que não odeio a Britney, só não posso conceber a idéia de as pessoas a considerem como cantora. Assim como eu não chamo a Ke$ha de cantora. Nem a Jennifer Lopez. Nem a Cheryl Cole. Nem a Ciara. E assim vai.
nota: 4,5

A Pérola

Who Says
Selena Gomez & The Scene


Se tem alguém que eu respeito entre o atual "pop teen" é a Selena Gomez. Ela é a uma das poucas representantes desse grupinho que vai construindo uma carreira mais sólida e não apenas apoiando-se em uma legião de fãs com hormônios em ebulição e cérebros do tamanho de uma cereja. Até mesmo seu namoro com o Justin Bieber parece mais natural que poderia se imaginar, mesmo ela já demostrando muito mais talento que o namoradinho. Entre as colegas como Demi  Lovato e Miley Cyrus, Selena é a pérola n meio de pedregulhos. E isso se comprova cada vez mais com o lançamento da canção Who Says.

Outro grande trunfo, como eu já mencionei em resenhas passadas, é que Selena não está sozinha nos palcos. Com o grupo The Scene com sua "base", ela tem uma apoio de pessoas com experiência para a ajudar. A canção Who Says, primeiro single do álbum When the Sun Goes Down, é a prova disso. Com uma produção caprichada e clean, a arranjo tem uma pegada simples e eficiente que destaca o uso de músicos experientes para criar uma canção pop, mas não histérica ou repetida. Who Says é um pop que mesmo tendo a alcunha de "pop teen" não é descerebrada e não precisa de artifícios para conquistar o público. Selena também não usa de "extravagâncias" para provar que sabe cantar. Sua voz não genial e ela sabe disso. Por isso ela não tenta mostrar o alcance que não tem. E o tom agradável da sua voz ajuda muito. Who Says tem mensagem positiva, mas um pouco de drama ajudaria a mostrar um lado mais adulto de Selena. Mas o que ela vem demonstrando e se continuar nesse caminho em pouco tempo ela vai subir um degrau e deixar de lado o "pop teen" e ser apenas "pop".
nota: 7

25 de junho de 2011

Importação

Champion (feat. Chris Brown)
Chipmunk


Fazer a ponte entre o "velho mundo" com o "novo mundo" sempre acaba criando algo interessante. Em Champion, o rapper inglês Chipmunk faz uma parceira surpreende com o Chris Brown.

Champion é um hip hop/ R&B com intenção de servir de aula de superação com sua letra com mensagem positiva. O que dá vida a canção, sem se transformar em piegas é a sua produção estilosa. Iniciando com arranjo sóbrio e poderoso que consegue mostrar originalidade com uma base misturando uma batida de tambor e um ótimo piano. Mesmo que os vocais de Chris em certos momentos estarem arrastados, a canção tem uma trabalho vocal bem produzido com destaque para os versos de Chipmunk na medida certa. Sempre bom ver uniões rendendo bons frutos.
nota: 7,5

Nascido Para Ser Hit

Last Friday Night (T.G.I.F.)
Katy Perry

A data era Sábado, 21 de Agosto de 2010. No Primeira Impressão do álbum Teenage Dream eu escrevi:

"a melhor (música) do álbum, que pede desesperadamente para ser single pois tem cara de mega hit, é Last Friday Night (T.G.I.F.)."

Nesse tempo, Katy Perry já tinha tido um número com California Gurls e se encaminhava para outro com Teenage Dream. Passado quase um ano e mais dois singles no topo da parada Billboard (Firework e E.T.), Katy resolve lançar Last Friday Night (T.G.I.F.) como o quinto do single do seu segundo álbum. Ao contrário do que acontece com a maioria dos lançamentos que chegam a marca do "quinto", Last Friday Night (T.G.I.F.) já vai se tornando o que nasceu para ser: hit.

Last Friday Night (T.G.I.F.) é a ideliazação da música pop perfeita: é pop. Simples assim. Tomando de goladas de inspirações dos anos oitenta, Katy faz de Last Friday Night (T.G.I.F.) sua versão moderna para Girls Just Wanna Have Fun. Dançante, divertida ao cubo, despretensiosa, deliciosa de ouvir e chiclete como poucas vezes nos últimos anos. Começa pela composição que mais pop não haveria de ser feita. Katy conta com foi a festinha da última sexta-feira onde tudo aconteceu. Cheias de brincadeiras que remetem aos mais deliciosos momentos ícones do pop, Last Friday Night (T.G.I.F.) é síntese de uma geração que foi influenciada por Madonna, Cyndi Lauper e os filmes de John Hughes. Katy parece se divertir sem culpa ou vontade de ser a melhor voz do mundo, por isso ela arrasa em Last Friday Night (T.G.I.F.) onde encontra o tom certo para a canção. E que para melhor tudo, ainda teve um vídeo genial com Katy lançando Kathy Beth Terry, seu alter ego. Então vejamos: música pop de primeira + citações de ícones pop + refrão sensacional + vídeo perfeito = hit. Mas nem precisa, Last Friday Night (T.G.I.F.) já tem o DNA de hit desde que foi criada.
nota: 8

24 de junho de 2011

New Faces Cap.I

Wonderland
Mirrors
Natalia Kills

Há algum tempo eu fiz um especial para falar sobre os novos talentos e pedi para vocês indicarem novos rostos para serem resenhados aqui no SóSingles. É hora de começar a falar sobre essas indicações, começando pela britânica Natalia Kills.


Mesmo sem ainda não alcançar o grande público, Natalia Kills vai despontando como um dos nomes que devem ser observados para os próximos anos. O principal fator é que ela chamou a atenção de nomes importantes como o Will. I. Am, Fernando Garibay e o Akon. Esses dois últimos ajudaram a construir a carreira de Lady GaGa. Além disso, Natalia vem mostrando seu potencial com o lançamento do álbum Perfectionist.

Dona de um estilo único, Natalia lançou como segundo single de seu álbum de estréia a canção Wonderland que já entra na lista das melhores canções do ano. A canção é uma obra de arte pop com uma sonoridade avassaladora. É pop, mas não é chiclete. É dançante, mas não é de fácil absorção ou feito para tocar em qualquer rádio que toca Britney, Ke$ha ou Avril. Natalia meio que cria um novo subgênero, o pop dark. Com uma intensidade rara e deliciosa, Natalia não tem medo de brincar com clichês em citações claras e nada profundas. A letra tem uma artificialidade latente, mas é isso que Natalia quer fazer. Ser o que quer ser. Fútil, rasa e despretenciosa. E assim ela atravessa a superfície e entrega uma letra poderosa e cativante. É difícil não viciar no refrão simples, mas hipnotizador. A voz de Natalia não é exatamente genial, mas há algo nela que é marcante. É a "girl next door", mas transformada em uma vampira gótica e sem emoção. Não que isso seja defeito. Expressar sentimentos de forma contida é mais difícil que emocionar. A produção do arranjo cria uma canção atemporal. Poderia ter sido feita no meio dos anos noventa com alguma artista underground ou mesmo a rainha do Pop em alguma mudança de estilo. Simplesmente "fodona".


Apesar de mostrar todo seu potencial, Natalia ainda precisa crescer. O primeiro single de Perfectionist mostra isso. Mirrors mostra certa insegurança de Natalia. Produzida pelo Akon, o single é uma mistura de "Sweet Dreams (Are Made of This)" com Lady GaGa. Mesmo sem decidir qual sonoridade seguir, Natalia mostra que ao menos sabe que está na trilha certa. Mirrors continua no clima mais dark com pitadas de sensualidade crua combinados com os vocais ainda vacilantes tentando achar sua personalidade. O grande trunfo é ser um pop mais elaborado e menos radiofônico. Espero que assim como a Lady GaGa que eu pude fazer uma resenha muito antes dela estourar e virar o que é hoje, esse seja o começo de uma história bem longa com a Natalia Kills. Talento ela tem, só falta o "boom".
nota
Wonderland: 8,5
Mirrors: 7

23 de junho de 2011

Latinos S.A

Cada vez a cultura latina vai conquistando seu merecido espaço fora dos territórios de sua origem. Isso se deve muito ao sucesso de artistas latinos internacionalmente. Então, para ver como anda os maiores nomes da atualidade é que esse especial serve. São os Latinos dominando o mundo.

Tirando Até a Última Gota

Dirty Dancer (feat. Usher & Lil" Wayne)
Enrique Iglesias


Mesmo não tendo nascido na América Latina, Enrique Inglesias é um dos mais conhecidos representantes da cultura latina, mesmo que tenha se distanciado um pouco das raízes. E não há como negar que ele é um dos nomes nas frequentes nas paradas ultimamente devido ao sucesso dos singles do álbum Euphoria. Saído desse álbum está a canção Dirty Dancer.

Em parceria com o cantor Usher que a incluiu no EP Versus, Dirty Dance é a melhor canção lançada por Enrique nos últimos anos. Não que há algo genial na música ou que devido ao sucesso do eletropop a canção pareça mais uma na multidão na tentativa de fazer sucesso. Porém, Dirty Dance é um trabalho bem feitinho pelo produtor RedOne que consegue arquitetar uma batida correta, bem conduzida e o mais importante, divertida. Soma-se ao refrão contagiante e ao trabalho exemplar entre Enrique e Usher e temos uma canção até convincente que não seja uma cópia de tudo que já foi feito. A composição, apesar de ter uma alusão a Dirty Diana do rei do Pop, é fraca cumprindo seu papel apenas no refrão já salientado. O grande defeito da canção é a participação de Lil' Wayne na versão single. Completamente aleatória e sem noção em um verso vergonhoso. Ao que parece a fonte de Enrique está secando e a última gota já pingou.
nota: 7


The New Dog in the House

Give Me Everything (feat. Ne-Yo, Afrojack e Nayer)
Pitbull

Quem diria que o maior representante dos latinos no mundo da música atual seria um rapper de nome Pitbull com descendência cubana? Só que cada vez mais Pitbull vai provando que merece essa posição. Só em alguns messes ele participou dos megas hits I Like It, DJ Got Us Fallin' in Love e On the Floor e teve um para chamar de seu com Hey Baby (Drop It to the Floor). E agora para colocar a cereja em cima do bolo, Pitbull lançou a canção Give Me Everything que já um dos hits do ano.

Segundo single do álbum Planet Pit, a canção acaba de ocupar o primeiro lugar entre as músicas mais tocadas do mundo é sem dúvida um prazer culposo. E um prazer delicioso. Give Me Everything nada mais é que uma "pós- I Gotta Felling" eletropop/hip hop. Só que algo a faz cair tão bem que fica impossível não viciar no single. O clima "de vamos nos diverti essa noite" repete os mesmo clichês, mas com um pouco de sarcasmo (So, I'm tiptoein', to keep flowin'/ I got it locked up like Lindsay Lohan) e um refrão irresistivel, Give Me Everything consegue passar na selo de qualidade "para fazer músicas de boate" um pouco acima da média. O grande ponto da música é a participação de Ne-Yo cantando o refrão com uma pegada saborosa que já no começo faz a música ser digna de ser ouvida. Mesmo Pitbull se apoiando no fato de ser único dentro do seu estilo e não inda além, fica difícil não se deixar levar pela atmosfera da música. E parece que ela ainda vai deixar muita gente com essa vibe de sentir prazerosamente viciado em Give Me Everything.
nota: 7,5

A Fogueteira da Colômbia

Rabiosa (feat. El Cata)
Rabiosa (feat. Pitbull)
Shakira

Shakira foi uma das responsáveis pela abertura dos "portões" do mercado americano para os artistas latinos. Ao longo dos anos ela ganhou respeito, sucessos e fãs com sua imagem sexy e voz potente. De uns tempos para cá, já com a carreira estabilizada, ela deu uma desencanada e está soltinha, soltinha. Voltou as origens com o álbum Sale el Sol com uma sonoridade repleta de ritmos latinos, trocou de namorado dando um upgrade e fica exibindo ele por aí na cara de todo mundo (se bem que, ao que parece, Pique faz parte da "escola de namorados do Giannequine"). Para provar que está mais safadinha que a Luiza Marilac, ela lançou o single Rabiosa.

A canção produzida por ela e os rappers El Cata (versão espanhol) e Pitbull (versão inglês) faz uma mistura interessante de merengue, pop e hip hop. Tudo poderia se transformar em uma canção cafona, mas Shakira deixa a canção atual e sexy sem ser vulgar. Rabiosa tem arranjo perfeito conseguindo equilibrar perfeitamente o que faz do merengue ser o que é (o uso dos instrumentos de sopro) com a batida mais acelerada e marcada do pop. Mesmo a letra sendo meio fútil e sem "corpo", consegue cativar. Tanto a versão em espanhol e inglês tem vocais sem pretensão e sensuais de Shakira e boa performance de El Cata e Pitbull. Só que, como na maioria das vezes, a canção em espanhol se adapta melhor a produção. E assim vai
Shakira toda safadinha soltando foguetes de felicidade.
nota
Versão em Espanhol: 7,5
Versão em Inglês: 7

O Retorno de Livin' la Vida Loca

Más
Ricky Martin

Quando um artista faz o que sabe fazer melhor é sempre bem vindo. Assim é a canção Más do Ricky Martin.

Terceiro single do álbum Música + Alma + Sexo, o single traz de volta aquele cantor que fez sucesso com Livin' la Vida Loca. E não por menos já que as duas canções têm o mesmo produtor, Desmond Child. A canção é um pop latino dançante que resgata esse sabor apimentado misturado uma batida mais atual. Más mostra que Ricky ainda é um cantor mais do que carismático independente da língua falada. Letra bem escrita que entrega um refrão sensacional. E com a recém liberdade de expressão adquirida por Ricky, ele parece mais solto e descontraído vivendo sua vida.
nota: 7,5

20 de junho de 2011

Primeira Impressão

4
Beyoncé

Como a vontade de vocês aqui está o Primeira Impressão do álbum 4 da Beyoncé.

O novo trabalho da Beyoncé pode ser definido assim: 4 é um bom álbum, mas não é um bom álbum da Beyoncé. Em busca de sua auto afirmação como artista, Beyoncé pegou as rédeas de sua carreira para guiar a concepção de seu mais novo trabalho. Trabalhando com uma seleta lista de produtores (diga-se de passagem, bastante conceituada que vai de Babyface até Kanye West com vários de pouca fama, mas cultuados no mundo da música), Queen Bey buscou uma sonoridade mais refinada, menos popular e mais estilizada. Num contexto geral, 4 é simplesmente genial. Sim, eu disse genial, se não fosse um CD da Beyoncé. Talvez estejamos presos à própria imagem e a musicalidade imposta por ela mesma durante sua carreira. Hit arrasa quarteirão atrás do outro. Batidas fortes. Baladas épicas. Agora, quando ela volta para dentro de si, não compreendemos o que ela quer fazer. Nossos ouvidos não querem ligar os pontos que essa Beyoncé é a mesma que nos apaixonamos loucamente. Isso pode até ser, mas mesmo assim não podemos fechar os olhos para a verdade: 4, no final das contas, é um álbum meia boca.

Bey aqui, como disse antes, faz um álbum intimista, simples, delicado, muito bem produzido e vocalmente perfeito. As músicas de 4 remetem ao R&B do finalzinho dos anos oitenta com o dos meados dos anos noventa. Seria o encontro de certas canções da Whitney Houston com a sonoridade da Brandy com pitadas de Mariah Carey na frase de transição de ser prisioneira do Benny Medina e ser livre. Tudo muito orquestrado e com uma sonoridade refrescante aos ouvidos. Deve-se elogiar a coragem de Bey de ir contra a maré atual, mas ela está atrasada uns treze anos. O álbum acaba com cheiro de naftalina. Nem ajuda o sensacional trabalho vocal de Bey que mesmo primoroso acaba perdido no tempo e no espaço. Com composições, 4 é apenas normal. Mas voltado ao tema "amor", as várias canções acabam sendo ordinárias e sem graças. O grande defeito é a inclusão de Run The World (Girls) que em meio a tanta delicadeza e amor fica completamente fora de ruma. Mais perdido que cego em tiroteio.

Num álbum tão linear onde nada salta aos ouvidos, a não ser o deslocamento da boa Run The World (Girls), duas músicas ganham destaque. A primeira é I Was Here. Escrita por Diane Warren e produzida por Ryan Tedder, a canção mostra um lado mais dramático e pragmático de Beyoncé. Letra forte e vocais imponentes, a canção tem elaboração pomposa que lembra aquelas músicas que sempre ficam no final dos álbuns da Mariah Carey (para quem é fã sabe do que estou falando). A segunda é a melhor canção do álbum. Love On Top é o encontro preciso da sonoridade que falei no parágrafo anterior. Um R&B legitimo, delicioso que faz lembras de velhos tempos, mas sem ter cheiro de mofo. Grande canção, mesmo que pareça tão normal a primeira ouvida. Se a Beyoncé realmente vai ter que regravar o álbum 4, só o tempo dirá. Não se sabe ao certo se ela vai bater de frente com a gravadora e vai vencer colocando o CD assim para venda sem nenhum hit e já vazado há várias semanas. As apostas estão valendo e a Bey pode pagar um preço muito alto por isso.

19 de junho de 2011

Aviso

Amanhã sai o Primeira Impressão do CD da Beyoncé.

A Dominação Nicki

Esse especial é para fala da dominação nas paradas da rapper Nicki Minaj. E também para comprovar o que eu disse quando ela apareceu: Nicki veio para ficar!


Medium Bass

Super Bass
Nicki Minaj

Quem poderia prever que o maior sucesso da Nicki Minaj até aqui seria uma das cações mais pop do ano? Claro que me refiro ao single Super Bass.

Curiosamente a canção foi lançada na versão deluxe de Pink Friday, o que normalmente, não gera nenhum single. Porém numa bem pensada estratégia e depois da música ganhar destaque nas rádios, Super Bass virou o quinto single lançado no Estados Unidos onde vem ganhando popularidade no iTunes e essa semana chegou ao 10° lugar na Billboard. Apesar do sucesso, a canção não é a melhor de Nicki. Super Bass é na verdade um pop/rap bem feitinho, mas que tem a mesma pegada de outras canções do álbum Pink Friday. O trunfo da canção é o refrão viciante com o boom, boom, badoom, boom. Simples, mas extremamente efetivo. A letra escrita com Ester Dean é divertida, mas um pouco fraca. Faltou uma visão mais "globalizada" para fazer a canção poder estourar em outros países ou apenas ser mais bem entendida para quem não tem conhecimento do estilo de vida dos "rappers". Nicki consegue entregar os vocais equilibrando com muita precisão entre seu lado rapper (sempre sensacionais com as mudanças de tom e sotaque) e o lado cantora pop (no refrão). Fico me pergunto se o título de "Princesa do Pop" não pode ser disputado por uma rapper. Já que a Nicki está sendo mais pop que as verdadeiras cantoras pop.
nota: 7

Quando o David Encontra a Nicki

Where Them Girls At (feat. Nicki Minaj & Flo Rida)
David Guetta

Comprovando o poder que Nicki começa a desenvolver no mercado mundial, a canção Where Them Girls At já um dos hits do ano. Claro, que com a ajuda de David Guetta.

A canção, o primeiro single do próximo álbum do produtor/DJ, mostra a capacidade de Nicki de se infiltrar em outros estilos com maestria e sem perder sua personalidade. Mais do que isso, ela coloca uma nova faceta em cada gravação. Ela rouba Where Them Girls At com sua participação marcante e hilária, mas sem perder o foco da canção: fazer dançar. Isso é providenciado pelo ótimo arranjo que David produz para a música. Sem precisar reinventar o estilo ele entrega uma batida redondinha e sensacional. O rapper Flo Rida, mesmo que sua participação seja ofuscada por Nicki, está bem. O que faz a música perder pontos é a letra fraca e que coloca de novo os mesmo temas desse eletropop farofas. Apesar disso, o encontro entre duas forças da música deixa um gostinho de quero mais. Muito mais.
nota: 6,5

Girls Just Want Have Fun, Fat Bitch!

Girls Fall Like Dominoes
Nicki Minaj

Assim como Super Bass, a canção Girls Fall Like Dominoes é da versão deluxe de Pink Friday. Mas ao contrário da sua "amiga" a canção grita "single". E virou, mesmo que só para Inglaterra.

Sem dúvidas nenhuma uma das melhores faixas do CD, Girls Fall Like Dominoes tem uma produção inspiradíssima. Começa pelo uso do sample. Apostando na música desconhecida Dominos da banda de rock alternativos, The Big Pink, o produtor J. R. Rotem cria uma pequena pérola misturando pop, rock e hip hop. Refrão genial acompanha a letra de "girl power" onde Nicki exalta o seu lado feminista de maneira poderosa. E o que podemos dizer do segundo verso onde ela cita várias divas que vão desde como Madonna, Grace Jones, Mariah Carey, Beyoncé, Rihanna, entre outras. Genial! Cada vez mais acredito na capacidade de Nicki de mostrar que ela é a mais nova diva da música, mas sem nunca perder o que os fãs fizeram gostar dela. E para quem não morre: fuck y'all, bitches!
nota: 8,5

15 de junho de 2011

5 Contra 1

Kelly Clarkson

O Topo

1° Breakaway

Escrita por Avril Lavigne, Kelly entrega uma canção simples, emocionante e cativante.




2° Because of You

O grande trunfo da canção é ser mais do que parece ser. Dramática, bem produzida e bem cantada.


3° Miss Independent

Divertida e com um toque feminista. Merece ser descoberta.


4° Since U Been Gone

Um dos hits de Kelly melhora após os anos, mesmo que ainda seja uma canção média.


5° Never Again

Histericamente divertida.



O Fundo do Poço

Don't Wate Your Time

Faça igual ao nome da música e nem perca seu preciso tempo com essa bomba.


14 de junho de 2011

Sit, Relax and Enjoy, Baby!

The Lazy Song
Bruno Mars

Depois de dois sucessos falando de amor e suas facetas, Bruno Mars lançou o terceiro single de Doo-Wops & Hooligans e nada mais normal que ele fale sobre a preguiça, né?

Apesar da mudança tão drástica, Bruno continua mantendo a qualidade. Em The Lazy Song, ele faz um pop reggae que consegue cumprir o que quer ser: uma canção despretensiosa e divertida. Mas isso não é fácil como se pode pensar. Bruno poderia cair na armadilha de fazer um eletropop ou ser clichê. Com uma batida deliciosa e cativante, mesmo que remeta a canção Billionaire, The Lazy Song é outra trabalho bem feito do trio The Smeezingtons. A composição brinca com clichês de maneira bem humorada e tem um refrão redondinho. Bruno parece se divertir com a música, o que a torna mais agradável de ouvir. No mais faça como a música pede "relaxe e curta".
nota: 7,5

Simpliscidade Autêntica

Arms
Christina Perri

É preciso de muito talento para poder se despir de grandes produções e entregar uma canção simples em sua concepção e realização, mas acaba se tornando em uma grande música quando tudo se encaixa perfeitamente. Assim é Arms da cantora Christina Perri.

Conhecida pelo hit Jar of Hearts, a jovem lançou seu primeiro álbum intitulado lovestrong. no começo de Maio e conseguiu uma boa vendagem de 58 mil cópias, principalmente para uma iniciante sem muita divulgação e grandes gravadoras por trás. O mais importante é que Perri mostrou que é realmente uma artista de talento e não teve apenas sorte com Jar of Hearts. Escolhido como segundo single, a canção Arms é um sopro de originalidade no meio de tanta produção massificada e repetitiva que inunda as paradas de hoje. Começa pela delicadeza dos vocais de Perri. Ela não é uma cantora de alcanço extraordinário, mas também não tenta ser. Sabendo dosar e expressar sentimentos de maneira crua e natural, ela consegue um resultado excepcional. Assim também é seu lado compositora. Perri fala de soberba sobre o medo das pessoas se apaixonarem, quando a gente tenta fugir e fica dando voltas em torno do mesmo lugar. "Quantas vezes você vai me deixar mudar de ideia e dar meia volta? / Não consigo decidir se deixo você salvar minha vida ou se eu me afogo" canta Perri em uma das partes mais dramáticas da canção, sem nunca cair no sentimentalismo barato. O arranjo mistura uma balada pop com base de violão e toques de folk para criar uma atmosfera crescente e envolvente que desbanca qualquer mega produção. Sem dúvidas nenhuma, Arms é até agora a maior surpresa do ano. E que ótima surpresa.
nota: 8

Lições para os Coloridos

Rope
Foo Fighters

Hoje é tão fácil falar que tem uma banda de rock que chega a ser quase palhaçada. Mas, graças a Deus, ainda existem bandas que podem se orgulhar de fazerem rock'n'roll verdadeiro. E quem sabe ensinar alguma coisa para essas bandinhas coloridas assim como o Foo Fighters. A banda liderada por Dave Grohl lançou o sétimo álbum em começo de Abril e mostrou que ainda tem fôlego de "jovens". Wasting Light alcançou o primeiro lugar da Billboard vendendo mais de 300 mil cópias e ainda obteve ótima recepção perante a impressa especializada. Como primeiro single foi lançada a canção Rope.

Produzida pelo lendário Butch Vig (produtor de Nevermind) e escrita pelo próprio Dave, Rope não é exatamente a melhor canção do Foo Fighters, mas mesmo assim está a anos luz da maioria do rock de hoje. Dave entrega uma letra simples, inspirada, estranha, adulta e ao mesmo tempo romântica. Coisa que falta nos dias de hoje onde adolescentes que acabaram de sair das fraudas vomitam letras idiotas e fazem coraçãozinhos com a mão. Rope tem um arranjo bem elaborado com um belo trabalho de guitarra, mas que poderia ser mais poderoso. Dave está muito bem nos vocais. A única coisa que seria melhor seria uma nivelação maior entre o vocal e o arranjo que parece está mais "alto" que a voz dele. De qualquer forma, Rope é uma lição mais do que perfeita para quem quer fazer rock de verdade. E olha que nem é a melhor.
nota: 7

12 de junho de 2011

As Músicas Que Me Fazem Chorar

Alguma vez você já chorou ouvindo uma música? Em algum momento passando por algum problema pessoal e ao ouvir uma música que de alguma forma mexeu ainda mais com você e de repente as lágrimas começam a cair? Ou mesmo que apenas a música te tocou tanto que a emoção tomou conta de você? Não sei vocês, mas isso já aconteceu comigo várias. Por isso resolvi listar as músicas que me fazem chorar. Começamos com as cinco primeiras.

10° Stand by Me
Ben E. King

Nem sempre uma canção triste faz a gente chorar. A mensagem do clássico Stand by Me é tão forte e tocante que não há como não quere cantar junto e assim se emocionar muito.

Quando a noite chegar
E a terra ficar escura
E o luar for a única luz que poderemos ver
Não, eu não terei medo, Não eu não terei medo
Desde que você fique do meu lado, do meu lado

Refrão:
Então, querida, querida
Fique do meu lado, oh fique do meu lado
Oh fique, fique do meu lado,
Fique do meu lado

9° Just A Dream
Carrie Underwood

Quando começa, a canção de Carrie parece apenas mais uma canção de coração quebrado. Quando ela chega à segunda parte descobrimos o verdadeiro tema: a morte do noivo na Guerra. Acompanhado com os vocais perfeitos e o arranjo poderoso a canção evoca lágrimas até de quem não gosta de country.

O pastor disse
"Vamos abaixar a cabeça e rezar"
"Senhor, por favor guarde sua alma
E cure essa dor"
Então a paróquia toda se pôs de pé e cantou
A música mais triste que ela já escutou

E depois eles a entregaram uma bandeira dobrada
E ela se agarrou em respeito da lembrança dele
Oh, o que teria sido...
Os guardas deram um úlitmo tiro
E ela sentiu como se tivesse sido em seu coração

Baby, por que você me deixou?
Por que você teve que partir?
Eu estava contando com a eternidade.
Agora eu nunca saberei
Não consigo nem respirar
Parece que eu estou olhando de fora
Sozinha num canto
Todos estão falando que ele não vai vir pra casa
Isso não pode estar acontecendo comigo
Isso é apenas um sonho

8° Hurt
Christina Aguilera

O tema redenção e arrependimento são a base para Christina Aguilera arrasar corações em uma das mais difíceis canções da nova geração. Linda e triste.

Alguns dias eu me sinto destruída por dentro, mas não vou admitir
Às vezes, eu apenas quero me esconder, porque é de você que eu sinto falta
E é tão difícil dizer adeus quando chega a hora

Você me diria que eu estava errada?
Você me ajudaria a compreender?
Você está me olhando aí de cima?
Você está orgulhoso de quem eu sou?
Não há nada que eu não faria
Para ter apenas mais uma chance
De olhar em seus olhos
E ver você olhar de volta

7° Always On My Mind
Michael Bublé

A versão de Michael Bublé para Always On My Mind ganhou ainda mais sentimento usando um arranjo simples e vocais cheios de sentimento do mais puro arrependimento.

Talvez eu não tenha te tratado
Tão bem quanto deveria
Talvez eu não tenha te amado
Com tanta frequência quanto poderia
Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito
Eu simplesmente nunca me dei ao trabalho

Mas você sempre estava em meus pensamentos
Você sempre estava em meus pensamentos

6° Unchained Melody
Maurice Jarre

Pode ter alguma coisa haver com o filme Ghost, mas é só tocar esse clássico que um interruptor no cerébro dispara as lágrimas.

Oh, meu amor, minha querida
Eu almejo sentir o teu contato
Há um longo e solitário tempo
O tempo passa tão devagar
E não há muito que o tempo possa fazer
Será que você ainda me pertence?
Eu preciso do teu amor
Espero ser feliz com teu amor
Rios solitários correm
Para o mar, para o mar
Para os braços abertos mar
Rios solitários suspiram
Espere por mim, espere por mim
Eu vou voltar para casa
Espere por mim
Oh, meu amor, minha querida
Eu almejo sentir o teu contato
Há um longo e solitário tempo
O tempo passa tão devagar
E não há muito que o tempo possa fazer
Será que você ainda me pertence?
Eu preciso do teu amor
Eu preciso do teu amor
Que Deus traga rápido seu amor pra mim

11 de junho de 2011

Não Precisa de Nome

Coming Home (feat. Skylar Grey)
Diddy-Dirty Money

Uma boa música para tocar quem ouve não precisa que quem ouve saiba o nome de quem canta. É assim com Coming Home.

A canção que alcançou o 11° da parada americana pertence ao grupo que o Diddy (ou qualquer que seja o nome dele agora) criou o Diddy-Dirty Money. Mas não importa saber quem canta para poder se encantar com essa pequena pérola produzida por Alex da Kid e co-produzida e escrita por Jay-Z. Falando de redenção quando estamos derrotados e voltamos para o lugar onde podemos ser nós mesmos e juntar forças, nosso lar e para pessoas que amamos. Um trabalho elegante, adulto e emocionante para Jay-Z e Diddy. Assim também foi a escolha da novata de Skylar Grey para cantar o belíssimo refrão que é o ponto alto da canção. Mesmo com um trabalho mais do que correto no sensível arranjo, Alex da Kid apenas repete sua formula. Um pouco mais teria sido perfeito, mas a sinceridade de Diddy compensa. É clichê, mas quando o coração fala, pouco importa detalhes.
nota: 7,5

10 de junho de 2011

Enquete

Eu estava preparado para fazer o Primeira Impressão do novo álbum da Beyoncé, 4. Só que devido ao vazamento com três semanas de antecedência e a recepção quase gelada dos singles, a gravadora resolveu adiar o lançamento do CD. E mais, mesmo a contra gosto de Bey, ela poderá ter que regravar o álbum novamente incluindo novas canções. Por causa dessa confusão todas, venho perguntar a vocês se eu devo fazer o Primeira Impressão do 4 como foi vazado e no lançamento da versão final fazer um outro post ou devo esperar?





A enquete está aí do lado e estará aberta por cinco dias! Votem!

Quase Como Antes

Never Gonna Leave This Bed
Maroon 5

Todos sabem que o Maroon 5 flopou bonito com o último álbum deles, mas isso não impede deles ainda serem o Maroon 5 de antes. Mesmo não tão bom como antes.

Em Never Gonna Leave This Bed, terceiro single de Hands All Over, o grupo faz um pop balada bonitinho e bem com a cara deles. A capacidade de dar um toque pop em uma canção de amor "ferido" é sempre precisa e aqui eles repetem o feito de maneira caprichada. Adam Levine, que anda fazendo bico como jurado do The Voice, entrega vocais corretos, mas bem produzidos. Letra adulta e com sentimento. Apenas o arranjo que poderia ser mais original, pois parece tão linear e não combina com a emoção que a música passa. É o velho Maroon 5 ou quase.
nota: 7

9 de junho de 2011

Latipha Traduz a Música

Depoys de flopar igualinho a Maria Carei com o Latipha Sacanea o Clipe, resolvi fazer meu comeque de com uma nova tentativa de brilhar como purpurina bege floflorescente (Quem viu Precisousa- Uma história de Gente Gorda como a Maria Carei, sabe!). Numa unitilidade púlblica, vou aqui explicar paras gathas que nunca fizeram um cursinho de ingrês no Fisque e só ficaram no verbo To Be na iscola o que as músycasa da atualidade querem dizer. Então, sem mais delongas, vamos ao

                                Latipha Traduz a Música


A Vilã

Later On
Kate Nash

Normalmente quando uma cantora canta sobre uma desilusão amorosa, ela é a mocinha sofredora. Mas não Kate Nash no single Later On.

A inglesa que esteve recentemente no Brasil para dois shows, assume em Later On que ela é a vilã da história que "usou seu corpo para ter informações" e depois "feriu os sentimentos do cara, mas que faria tudo de novo". A letra é honesta e divertida. Tem uma produção bonitinha com uma batida de tambor e vocais deliciosos, mesmo que sem muita força. Mas o melhor é a honestidade estilo "eu sou ryca", saca?
nota: 7

8 de junho de 2011

Para Que Serve um Remix?

S&M (Remix) [feat. Britney Spears]
Rihanna

Till the World Ends (The Femme Fatale Remix) [feat. Nicki Minaj & Ke$ha]
Britney Spears


Born This Way (The Country Road Version)
Lady GaGa

Segundo o Wikipédia:

Remix é o nome dado para uma música modificada por outra pessoa ou pelo próprio produtor. Essa modificação, na maioria dos casos, é feita por um DJ, onde ele coloca uma batida animada e efeitos adicionais criando uma versão dançante na música remixada.

Qualquer um que conheça sabe o que é um remix. Essa modalidade ganhou popularidade nos anos "80 com o sucesso da new wave e o aparecimento de nomes ligados ao eletropop como o Depeche Mode e Duran Duran. Uma das pioneiras foi a rainha do pop, Madoona. Seus remixes dos primeiros singles viram sucessos nas boates da época. Então, começou outra pratica que é adotada até hoje: incluir no single para ser vendido vários remixes da própria música como "presentes" para quem comprasse a música (começou no vinil, passou pela fita cassete e o CD e a agora chegou nas vendas das músicas digitais). Com o passar dos anos, o remix se consolidou, criou ídolos e ajudou carreiras e músicas a serem sucessos.

No começo dos anos '00 uma nova modalidade dentro do remix quando Jennifer Lopez lançou seu álbum J to tha L-O!: The Remixes. Ela pegou várias de suas músicas e as transformou em remixes. Só que algumas foram transformadas em novas músicas como o sucesso Ain't it Funny que foi de pop latino para R&B/hip hop/rap com nova letra. Essa prática de lançar uma música remix como single voltou a ser moda no mundo pop nos últimos tempos. E para ver se essa prática deu certo é que estou fazendo essa resenha colocando 3 músicas com cincos cantoras diferentes. Começando com a Rihanna.

Não sei o porquê ou quem teve a idéia de reunir a Rihanna e a Britney Spears em uma música, mas no final das contas a estratégia deu certo.

O remix de S&M (que vamos chamar de remix, pois foi assim que foi lançado mesmo que a canção não tem nada de remix de verdade) foi lançado na melhor hora possível: Britney estava nos holofotes com o lançamento de Femme Fatale e a versão original de S&M estava perdendo força no mercado depois de muito lutar para alcançar o primeiro lugar da Billboard. Com o o sucesso da versão no iTunes, S&M remix chegou ao topo da parada, mesmo que rapidamente. Mas o melhor é que o remix, mesmo não sendo tão boa com a original, é bem aceitável. O grande truque foi não mexer em time que já estava ganhando. Mesmo sendo chamada de "remix" a nova versão de S&M não foi quase alterada. Ganhou os versos cantados por Britney e algumas batidas a mais. E só. Mesmo com certa discrepância nos vocais de Britney, deixando claro que eles foram incluídos muito depois, Miss Spears tem uma performance vocal divertida. Sua voz parece ainda mais frágil, mas com muito menos efeitos a deixando mais natural. Do resto, S&M é a mesma divertida, safadinha e viciante.


Talvez inspirada pelo ótimo resultado de S&M, a própria Britney resolveu lançar um remix todo seu. A escolhida foi Till the World Ends ganhando a presença de Nicki Minaj e da compositora da música, Ke$ha.

A nova versão poderia se tornando uma das melhores canções da Britney nos últimos 10 anos, se ela tivesse seguido duas regras:

1° Feito um remix por inteiro e;

2° Aplicasse a lei do 'menos é mais".

Explicando: a versão remix de Till the World Ends é metade remixada e metade original. Quando a música está na parte "nova", em especial no começo, ela ganha uma força com uma batida cadenciada excepcional cheia de personalidade e originalidade que até a Britney parece renovada. Quando a canção pega a base original, ela volta a ficar bem meia boca e batida. E não ajuda a presença da Ke$ha. Essa sensação de "ser qualquer música da Ke$ha" fica ainda mais claro e o brilho que a música ia ganhando se perde. Tudo seria um grande desastre se não fosse a presença de Nicki Minaj que eleva a música e praticamente carrega ela nas costas. Nicki abre a nova versão com a batida remixada e vocais sensacionais. E mostra que ela é pode ser uma "cantora" com mais voz que as duas amigas da música dando um agudo que eu nunca vi a Ke$ha dá e a Britney nem dá conta mais. Se fosse só a parte do começo a canção seria ótima, mas teve que enfiar mais gente e não se arriscar para deixar Till the World Ends como outra música que a Britney fica devendo.


Uma que não precisou de featuring, pois lançou um versão "remix" de uma de suas músicas foi Lady GaGa. Como single promocional que a venda foi revertida para instituição que defende a causa gay, Born This Way ganhou uma versão country.

A canção não é melhor que a original. Mas comprova a capacidade de GaGa fazer algo completamente diferente que as pessoas poderiam esperar. O grande trunfo de Born This Way (The Country Road Version) é sua instrumentação com mais destaque para a base, a canção ganha um toque country com um solo de gaita inspirado. Vocalmente, GaGa domina a música perfeitamente dando mais força a canção numa pegada mais balada. A letra quase não foi alterada, apenas um verso foi mudado sem precisão já que ficou piegas. Mas é uma boa pedida para quem está cansado dos mesmos remixes de sempre.

nota
S&M (Remix): 7,5
Till the World Ends (The Femme Fatale Remix): 6
Born This Way (The Country Road Version): 7,5

5 de junho de 2011

As Músicas Que Você Precisa Ouvir Antes de Morrer

She Works Hard for the Money
Donna Summer


Compositores: Donna Summer e Michael Omartian
Ouvir Por Quê?: A canção que ajudou a definir uma década na música pop e até hoje é referencia.
Quem Já Cantou?: Jordin Sparks e Kris Allen
Ano: 1983

Especial Beyoncé: 3 X Singles

Como o blog está atrasado e o mundo da música não para, ainda tem muita coisa para ser colocada em dia. Por isso resolvi criar alguns especiais para tentar atualizar tudo. E quem melhor para começar se não com a Beyoncé? Então, vamos lá, Queen B!

Dominando o Mundo Até Que Ponto?

Run the World (Girls)
Beyoncé

Ela é a maior "showgirl" da música surgida nos últimos vinte anos. Ninguém pode dúvidas ou contestar o que a Beyoncé marcou seu nome na história da música com uma das mais talentosas cantoras de todos os tempos. E isso vai além da capacidade de cantar (o que ela faz com louvor). Seu talento em construir espetáculos audiovisuais para suas apresentações e seu talento nato para dança une-se ao seu lado de compositora, produtora e empresária para cria uma força da natureza capaz de tirar elogios das mais consagradas lenda músicas e fazer uma legião de fãs cada vez mais inflada esperar seus próximos passos como uma legião de soldados a espera de ordens para atacar os inimigos. Tudo é fato e não há como negar. Mas a pergunta é: Beyoncé é blindada contra o flop?

Com o triunfo de I Am...Sasha Fierce e com o über hit Single Ladies (Put a Ring on It), a carreira de Beyoncé parecia consolidada de uma maneira que nada seria capaz de abalar o poder dela. Ledo engano. Preparando seu quarto CD solo intitulado de 4, Beyoncé parece que vai enfrentar o seu primeiro "flop" na careira solo. Claro, que tudo nas medidas que a carreira da cantora está. Com mais autonomia no controle de sua vida artística, Queen Bee pegou as rédeas do novo álbum, ao que parece, em uma tentativa de mostrar uma musicalidade mais madura. Chamou produtores com uma pegada mais adulta misturando hip hop, R&B e pop rock em uma combinação mais refinada e artística. Nomes que vão desde Kanye West passando por Babyface e chegando ao Ryan Tedder. Além de outros pertencentes ao underground do hip hop. Para começar a divulgar o álbum foi lançada a canção Run the World (Girls). E como todos sabem a música não está tendo o sucesso que se esperava. Qual seria realmente o motivo?

Vamos começar pelo mais claro de todos: o momento. Beyoncé escolheu um péssimo momento para voltar. Se não bastasse a concorrência normal com Katy Perry, Rihanna e Britney Spears ainda colhendo frutos de seus últimos lançamentos, Beyoncé tem pela frente duas forças gigantescas. De uma lado Lady GaGa com o arrasa quarteirão Born This Way e de outro a "arrasa continentes", Adele. Outro aspecto importante é o desgaste natural da imagem de Beyoncé ainda muito vinculada com Single Ladies (Put a Ring on It). E se isso não bastasse isso, Run the World (Girls) não é a melhor música que Bey poderia ter lançado como single. A música não é ruim, longe disso, mas não tem cara de single. Ou melhor, não tem a primeira impressão de single.

Run the World (Girls) é um R&B misturado com pop e hip hop produzido por Switch que em uma primeira impressão parece estranha e quase histérica. E esse é seu maior problema. A batida da base com vários tambores em uma cadencia violenta assusta quem ouve pela primeira vez. E isso não é legal para quem precisa estourar uma música rapidamente no mercado atual. Para realmente gostar de Run the World (Girls) e ver suas qualidades é necessário algum tempo e várias "ouvidas". Depois disso, esse estranhamento passa e conseguimos realmente captar toda a música. E o que era o ponto de discórdia vira a sua melhor qualidade. O arranjo de Run the World (Girls) mesmo não sendo o melhor para tocar nas rádios, é um excepcional trabalho de produção com uma batida mais crua e mais "guetto" para Beyoncé sem deixar de ser diva. É como se Single Ladies fosse uma preparação para chegar nesse ponto. A composição volta ao assunto preferido da Bey: o poder feminino. Com um ótimo refrão, ela consegue uma letra divertida e com sua cara. Mas a linha de raciocínio é a mesma de Diva e outras canções dela com o Destiny's Child o que dá a impressão que ela parou no tempo ou que não vai além disso. Vocalmente, ela dá conta do recado como poucas. Porém, de novo, a estrutura vocal parece ser repetida e não há nada de novo. Run the World (Girls) poderiaser um flop ainda maior se não tivesse a ajuda do clipe sensacional, que só por ele vemos realmente o poder da Beyoncé. Mesmo assim, nunca duvide da Beyoncé e na sua capacidade de virar o jogo. Mas por enquanto seu plano de dominar o mundo está indo por água abaixo.
nota: 7

Soma Errada

1+1
Beyoncé

Anunciado como o possível segundo single, 1+1 foi transformado em single promocional talvez devido a recepção bastante morna no mercado americano.E morna também é a canção.

1+1 é uma balada R&B/soul bem elaborada e com uma sonoridade louvável, mas chatinha. A produção fica a cargo de The-Dream que consegue tirar uma performance forte, mas sem exageros de Beyoncé se transformando no ponto alto da música. A letra é interessante. Beyoncé declara de forma honesta e inspiradora o amor que sente por seu amado usando metáforas (Hey! Eu não sei muito sobre armas,/ mas eu. .. eu levaria uma bala por você) e sendo direta (Então vem baby, faça amor comigo). O arranjo tem um riff de guitarra que acaba em um solo no final excepcional. Tudo muito bonito, mas que não dá muita liga junto e faz de 1+1 uma canção que está mais para 1,5 do que para 2.
nota: 6,5

Irreplaceable Anabolizado

Best Thing I Never Had
Beyoncé

Mesmo sem emplacar o primeiro single, Beyoncé lançou o segundo single recentemente. E mesmo que Best Thing I Never Had ainda não tenha feito sucesso esperado, a canção é superior aos outros lançamentos de 4 até agora.

Novamente ela envoca o tema "mulher poderosa dá o ponta pé na bunda de idiota e que sai por cima linda e poderosa" que fez sucesso em Irreplaceable. Só que aqui ela anaboliza a batida. Saí o R&B com base de violão mais simplista e sem dramas, para dar lugar a um R&B mais poderoso em seu arranjo cheio de nuances e grandioso. Não que Best Thing I Never Had seja melhor que Irreplaceable. Esse efeito "anabolizado" completa perfeitamente o belo trabalho de vocais de Bey que crescer a medida que a batida crescer, mas tudo controlado sem exageros ou falhas. Mesmo que ainda andando em círculos na composição, Best Thing I Never Had ganha mais dramaticidade devido ao fato do co-autor ser Babyface. Mas isso será capaz de fazer a Beyoncé voltar ao topo? Só o tempo vai dizer.
nota: 7,5

4 de junho de 2011

Melhor Do Que Se Pode Achar

Rocketeer (feat. Ryan Tedder)
Far East Movement

Depois do mega sucesso de Like a G6, o quarteto Far East Movement conseguiu emplacar outra música nas paradas.

A canção Rocketeer é bem melhor que as aparências indicam. Isso deve ao fato da produção ter ficado a cargo dos trios Stereotypes e The Smeezingtons, esse segundo integra o cantor Bruno Mars. Deles a canção ganha uma atmosfera mais pop com hip hop numa mistura já usada, mas aqui eficiência devido ao cuidado com o arranjo deixando mais "clean". A letra é escrita corretamente com uma mensagem positiva e tem boas sacadas. Apesar de muitos acharem que quem canta o refrão é o Bruno Mars, a verdade é que o vocalista do OneRepublic que mesmo fazendo um bom trabalho, fica chato devido ao excesso de vezes que o refrão é cantado durante a música. Não é assim genial, mas dá para perder uns minutinhos.
nota: 6,5

2 de junho de 2011

Quando Há Aldo do Passado 2

Love Faces
Trey Songz

Há dois posts atrás falei sobre o Usher, ou melhor, o velho Usher. Mas quem disse que ele não está "vivo"? Só que ele vive na pele de outra pessoa. Nesse caso, o cantor Trey Songz.

Em Love Faces, Trey faz um R&B primoroso lembrando os bons tempos do "amigo" Usher. A canção tem essa pegada mais sexy, quase sexual que bem dirigida consegue quebrar a barreira do vulgar e ser excitante sem apelação desnecessária. E Trey está inspirado aqui. Vocais ótimos e batida deliciosa e safadinha, perfeita para dançar junto ou fazendo aquilo. Mesmo ressoando Usher, ele consegue achar seu próprio espaço principalmente por ter melhor voz que o original. Ótima pedida para quem tem saudades de bons tempos do R&B.
nota: 7,5

Mais Um

Hit the Lights (feat. Lil' Wayne)
Jay Sean


Acho que a cada 5 músicas lançadas no último ano, pelo menos duas são eletropop misturado com algum outro estilo. Para se juntar na multidão estão Jay Sean com a canção Hit the Lights.

Segundo single do próximo álbum dele, a canção é como um chinês em uma multidão na China. Se não bastasse ser mais um na multidão Hit the Lights é uma versão ainda mais apagada e comum. Todo na canção parece ser a mesma música que qualquer um hoje pode lançar. Tem arranjo dançante e extremamente batido e letra de "vamos festejar" profunda como um pires. Se Jay apenas canta a música sem mais nada a oferecer, Lil' Wayne é a coisa melhorzinha da canção por estar tão fora de contexto que até é divertido. E assim continua o ciclo.
nota: 5