30 de novembro de 2011

Ainda A Garota do Futuro

Fireball (feat. Nicki Minaj)
Willow Smith

Devo admitir que o furor pela estréia da Willow Smith passou e deixou um ar de "será que foi tudo isso". Depois do sucesso de Whip My Hair, a (curta) carreira dela pareceu entrar numa estagnação. O segundo single 21st Century Girl não emplacou e ela foi deixada de canto. Porém, mesmo ainda sem conquistar um público cativo, renovei minhas esperanças na filha do Will Smith com o lançamento da canção Fireball.

Mesmo sem fazer sucesso, o single mostra que a jovem é uma das artistas que devemos ficar de olho no futuro. Muito bem conduzida por quem toma conta da sua carreira musical, Fireball é uma mistura sensacional de hip hop e pop. A estrutura de seu arranjo tem uma batida cadenciada sensacional misturada com uma pegada mais pop viciante. A presença de Nicki Minaj apenas ajuda a colaborar com essa sonoridade original e Willow não faz feio com sua presença. A letra ainda reflete a idade de Willow e aqui parece ainda mais bobinha em certos momentos, mas consegue entregar frases ótimas: "Já que pousei aqui, vou ligar para o Obama". Ela é chique, tá! E assim ainda acredito que ela será a próxima diva da música. Daqui alguns anos.
nota: 8

29 de novembro de 2011

Para Fazer Sua Mãe Se Apaixonar

God Gave Me You
Blake Shelton

A senhora sua mãe também gosta de música. Claro, que provavelmente não são as mesmas músicas e também ela talvez não escute da mesma maneira que você. É muito provável que ela "curta"  o tiozão Roberto Carlos e Cia. Que tal você atualizar ela um pouquinho?

Segundo single do álbum Red River Blue, a canção God Gave Me You é síntese do que a sua mãe gosta: romântica, lenta e com um cara "bonitão" nos vocais. Blake Shelton mostra como conquistar as "tiazonas" regravando uma canção cristã e uma versão country mela cueca, mas bem direcionada. Vocalmente, ele se segura e entrega um desempenho correto e perfeito para a canção. Letra fofo, mas com cara de adulta complementa com o arranjo genérico e radiofônico. Em resumo, sua mãe vai achar muito bom. Vai por mim, eu testei com a minha.
nota: 6,5

27 de novembro de 2011

New Faces Cap.VI

Swagger Jagger
Cher Lloyd

Participar do The X Factor na Inglaterra ainda pode render muitos frutos, mesmo sem ganhar. Veja o caso da rapper/cantora Cher Lloyd que ficou na quarta colocação ano passado, mas mesmo assim seu álbum de estréia (Sticks & Stones) ganhou destaque no Reino Unido e a canção Swagger Jagger chegou ao primeiro lugar das paradas por lá.

Para descrever da melhor maneira possível a Cher Lloyd é só imaginar uma cruza entre a Nicki Minaj com a Lily Allen. Uma combinação estranha, mas que dá certo. O que acontece é que Cher não conseguiu alcançar as principais o nível das duas ficando no meio do caminho. Isso fica bem claro em Swagger Jagger. A canção é engraçadinha, consegue empolgar em certos momentos, mas não se decide entre ser pop, rap, dance ou hip hop. O problema é que esses estilos não se misturam e tudo parece deslocado e isolado em cada parte da canção. Cher se sai melhor quando entra na pegada mais rap/dance no começo e se perde no pop do refrão. Com letra fácil, Cher consegue se destacar por ser diferente. Falta ainda um refinamento da sua habilidade de rapper e como cantora ela precisa encontrar um lugar menos comum para sua voz. Falta ela ser ela mesma, independente de quem são suas influências. Apesar disso o resulta é bom, mesmo sem saber que estilo é.
nota: 6,5

Faixa Por Faixa

CD: Rockferry
Artista: Duffy
Gênero: Pop, Soul
Vendagem: 6,5 milhões
Singles/Peak na Billboard: Rockferry (45° UK), Mercy (27° US, 1°UK), Warwick Avenue (3° UK), Stepping Stone (21° UK) e Rain on Your Parade (15° UK)

Grammy

Vitórias 2009
Best Pop Vocal Album

Indicações 2009
Best Female Pop Vocal Performance (Mercy)
Best New Artist
Ano: 2008

Sobre a sombra do sucesso de Amy Winehouse, a galesa Duffy lançou seu álbum de estréia bebendo na mesma fonte que a colega inglesa: o soul music retrô. As comparações foram imediatas, porém Duffy foi muito bem recebida pela critica e pelo público. Rockferry chegou a marca de cerca de 6,5 milhões de álbuns vendidos, elogios da criticas especializada e um Grammy de Best Pop Vocal Album.

Faixas

1.Rockferry: O álbum começa grandioso com uma balada cheia de sofrimento e tristeza. Duffy mostra a capacidade de interprete não apenas com a sua extensão vocal, mas sua voz distinta e poder de expressar sentimentos como poucas. Um arranjo grandioso e letra perfeita deixam a canção ainda mais primorosa.
nota: 8


2.Warwick Avenue: A música é uma balada extremamente gostosa de se ouvir. Com vocais contidos e singelos ela se distância de Amy nesse quesito. A letra trata de uma declaração despedida aqui com toques do "jeito" britânico de ser, porém com doses cavalares de sentimentalismo.
nota: 8

3.Serious: Deixando um ar mais pesado da outras música, aqui Duffy está mais suave e pop soul. Tentando entender o quanto é verdadeira a sua relação, ela entrega uma deliciosa com pegada de soft rock e voz delicada e contida.
nota: 7,5

4.Stepping Stone: Sleeping Stone é uma balada onde o vocal de Duffy é suave e melódica, lindamente trabalhado. A letra é forte e muito bem escrita com belíssimas passagens e sacadas ótimas. O que não ajuda é o arranjo: é bom, porém tem instrumentos demais o que o deixa pesado contrastando com a suavidade do vocais.
nota: 7,5

5.Syrup & Honey: A baladona deixa de lado o lado acido e desiludido dos outras músicas. Ela acerta ao ultrapassar alguns limites do breguismo romântico na medida certa. A letra açucarada ao extremo e que também usa o "açúcar" para criar metáforas vergonhosamente deliciosas e brega. Os vocais de Duffy abusam do principal característica dela que é o analasado em tons mais alto que pode torturante para alguns e genial para outros. Mas o trunfo de Syrup & Honey está em seu arranjo extremamente simples que parece quase uma poesia em forma de melodia. Quem disse que o brega é ruim?
nota: 8,5

6.Hanging on Too Long: Aqui, Duffy entrega um coração destruído, mas ciente de sua culpa. Uma pegada mais comtemporânea permeia a canção deixando ela leve e com mais cara de R&B/pop. Buscando um interpretação mais intimista, Duffy mostra mais sentimentos que a própria letra consegue.
nota: 7,5

7. Mercy: A música tem melodia sensacional e arranjo muito bom. A letra bem elaborada com refrão colante. A voz dela está na medida certa, mesmo sendo uma versão mais aguda e afetada de Amy.
nota: 7

8.Delayed Devotion: Pegando carona numa sonoridade estilo The Supremes encontra Lily Allen, Duffy constrói  uma canção melódica, contida e primorosa. Uma atmosfera mais ácida dá a canção um sabor especial "Quando eu te derrubar/ Você precisará de uma outra cidade" canta ela tão suave como se estivesse falando de amor em sua plenitude.
nota: 8

9.I'm Scared: Uma pequena pérola do soul contemporâneo é entregue nesse faixa. Um trabalho sóbrio, emocionante em sua pequena construção e Duffy brilhando fazendo pouco. A uma séria influência do trabalho de Ray Charles na composição grandiosa do arranjo. De tirar o folêgo.
nota: 8

10.Distant Dreamer: O álbum termina como começou: grandioso. Contudo, ao contrário da primeira faixa, aqui Duffy soa mais esperançosa sobre a vida e mais "alegre". A duração longa deixa a canção um pouco arrastada, mas o arranjo perfeito ajuda a mascarar essa percepção enquanto Duffy está poderosa com sua voz preenchendo cada pedaço da canção onde ela canta com maestria.
nota: 7,5

U.S. iTunes Bonus track

11.Save It For Your Prayers: Se despindo de toda a produção, ela é acompanhada por um piano em uma performance arrebatadora. Duffy mostra uma alma destruída pelo amor em uma composição sensacional. Quem nunca ouviu, precisa escutar pelo menos uma vez. 
nota: 8

Deluxe Edition

11.Rain On Your Parade: No mesmo estilo "animadinho" de Mercy, Rain mostra a força da cantora como interprete em vocais fortes demonstrando toda a dor que a azeda, cínica ,sincera e bela letra joga sem nenhum tipo de maquiagem. O arranjo é divertido porém ao lado do clipe,onde Duffy faz passinhos ensaiados, parece quer dá um ar mais comercial na onde já estava na medida certa.
nota: 8

12.Fool For You: Mais amargurada que na vez "normal", Duffy continua a encantar com a atmosfera sesentista e retrô quase datada. Porém, a capacidade de criar músicas tocantes deixa isso de lado e faz com a música se eleve.
nota: 7,5

13. Stop: Aqui ela mergulha na black music dos anos setenta com vontade. Lembrando a trilha do filme Shaft, Duffy entrega um dos momentos mais inspirados do álbum.
nota: 8,5

14. Oh Boy: Outro momento mágico. Sem maiores produções, ela é capaz de criar uma canção tão romântica como as maiores baladas já compostas só com o violão. Linda.
nota: 8

15. Please Stay: Regravação de uma música escrita por Burt Bacharach, a canção só peque por ter um arranjo um pouco sombrio.
nota: 7,5

16.Breaking My Own Heart: Mesmo sendo o momento mais fraco do álbum, ainda sim a faixa tem ótimo arranjo emoldurado por uma banda perfeita.
nota: 6,5

17.Enough Love: Fechando com chave de ouro e com clima de nostalgia, Duffy encerra um álbum perfeito e comprova o talento que tem.
nota: 8

26 de novembro de 2011

O Pecado Mais Deliciosamente Delicioso do Ano

Sexy and I Know It
LMFAO

"Eu tenho paixão em minhas calças e eu não tem medo de mostrá-la". Essa frase é basicamente um dos momentos mais vergonhosos do single Sexy and I Know It do LMFAO. Porém, só Deus sabe, a canção é irresistível.

A dupla faz uma canção pop/dance/hip hop poderosa no sentindo de hipnotizar. Na boa, não há como ouvir a canção é não viciar na mesma hora. Dançar como se não houvesse amanhã. E para piorar, quero cantar para o mundo que "I'm sexy and I know it". A capacidade de criar uma "bomba dançante" da dupla parece crescer a cada minuto da canção. Sabe aquele vicio, tipo comer chocolate escondido do seu irmão para não dividir, é a mesma sensação de ouvir Sexy and I Know It. A gente sabe que é pecado, mas caí em tentação.
nota: 8

25 de novembro de 2011

É a Hora de Fincar os Pés

Strange Clouds (feat. Lil' Wayne)
B.o.B

Depois de se consagrar como um dos nomes de 2010, o rapper B.o.B chegou no momento crucial de sua carreira: o segundo álbum. É a hora dele se consolidar do mundo da música e provar que realmente merece o lugar conquistado. Para tanto o primeiro single que abre os trabalhos para o CD Strange Clouds é a canção que dá nome ao álbum, Strange Clouds.

Parceria com Lil' Wayne, Strange Clouds é uma canção divertida, mas que não eleva a carreira de B.o.B. Com a produção do Dr.Luke, a canção ganhou um ar mais pop e por consequência ficou radiofônica ao extremo. A sonoridade de B.o.B ganha em potencial de público (além de ser bem produzida), mas não evoluí em relação ao que ele mostrou B.o.B Presents: The Adventures of Bobby Ray. Como rapper, ele se mostra mais solto ao entregar versos "limpos" e corretos enquanto Lil' Wayne parece meio perdido no meio da canção. Letra boa e com boas passagens, contudo peca ao criar um refrão sem graça. É apenas o começo, mas será B.o.B capaz de mostrar para que veio? Só o tempo dirá.
nota: 6,5

24 de novembro de 2011

Faltou Recheio

All About Tonight
Pixie Lott

No meio da onda de eletropop (que eu vivo falando aqui e eu já estou cansado) ainda existe alguns "sopros" de criatividade, mesmo que sejam algumas brisas leves. A inglesa Pixie Lott está nessa categoria.

O primeiro single do segundo álbum dela (Young Foolish Happy) é a boazinha All About Tonight. A faixa consegue cativar por sua simplicidade dentro do mar de coisas repetidas, mas faltou mais "corpo" para ela. Faltou uma estrutura mais refinada para escrever a letra quase genérica. Pixie têm vocais corretos e o que posso classificar como "graçinhas". Seguindo uma onda mais pop, o arranjo fecha sem maiores tropeços. All About Tonight é como peru sem recheio: é até bom, mas fica faltando algo.
nota: 6

23 de novembro de 2011

Mistérios da Meia Noite

T.H.E (The Hardest Ever) [feat. Mick Jagger & Jennifer Lopez]
will.i.am

Sabe aqueles momentos em que a vida lhe mostra um mistério tão profundo como o Santo Graal ou os desenhos nas plantações de milho atribuídas à E.T's? Então, esse ano a pergunta é: como o will.i.am conseguiu juntar em uma música Jennifer Lopez e Mick Jagger? Tipo, a J.Lo a gente consegue ligar os pontos. Entre ela e o will.i.am tem pessoas em comum, principalmente em relação ao American Idol. Porém, como ele conseguiu o Mick? Ligou para ele e disse assim: "E aí, Mick que tal se mostrar seus movimentos em um featuring comigo? Que tal? Mostrar que só você se movimenta como o Jagger?". E desde quando ele conhece o vocalista do Rolling Stone? E será que o Mick está ficando senil? Qualquer que seja a resposta, ou que exista uma resposta apropriada, o fato é que a canção existe e foi lançada como single do novo álbum solo do will.i.am, #willpower.

T.H.E (The Hardest Ever) comprova que atualmente o integrante do BEP funciona melhor fora dele. Não que o single seja genial, mas funciona muito melhor que a maioria das músicas do BEP desde que eles adotaram o estilo "eletropop". Menos histérico que se pode imaginar, T.H.E (The Hardest Ever) é um trabalho bem feito de produção enxuta e que usando os clichês do estilo consegue se sair acima da média. Dar uma atmosfera mais classuda com uma pegada acentuada de hip hop proporciona para o resultado mias original. Enquanto will.i.am se joga no seu ego nas suas partes (apesar de ótimas referencias pop), J.Lo faz a liga no refrão mais viciante do ano, o nome da faixa é Mick. Chegando ao final, o tiozão mata a pau em poucos segundo mostrando que ele ainda é o Mick Jagger seja em qualquer música. No caso T.H.E (The Hardest Ever)é melhor deixar o segredo como uma lenda urbana. Têm certas coisas que e gente não deve mexer igual a Caixa de Pandora.
nota: 7

22 de novembro de 2011

Então, É Natal?

Mistletoe
Justin Bieber

Uma das tradicões mais presentes no Natal são as músicas natalinas. Nos Estados Unidos é quase como uma entidade viva que assombra o público todo final do ano. E os artistas ajudam para essa "maldição". Vários deles já laçaram um álbum com músicas com o espírito natalino. Desde Mariah Carey (duas vezes) até Bob Dylan já fizeram um CD com esse tema. Sempre é uma estratégia confiável e rentável, mas quase nunca original. Esse ano é a vez de Justin Bieber participar dessa tradição.

O lançamento de Under the Mistletoe é bem questionável em alguns níveis. Primeiro, olho a clara vontade de "juntar" uma graninha (é que graninha!) com as fãs do jovem juntando duas coisas tão vendáveis nos dias de hoje: Natal e Justin. Segundo, me questiono sobre o caminho que a carreira dele está sendo administrada no sentido artístico. Lançar como segundo álbum de Bieber um CD natalino é muito ariscado, mesmo sendo prometido um novo trabalho. De qualquer forma, ainda devo aplaudir o esforço de tentar dar para Under the Mistletoe um ar mais original misturando novas músicas com canções mais do que tradicionais. No primeiro quesito entra a bonitinha Mistletoe, primeiro single do álbum.

Original, mas nem tanto Mistletoe é um bom momento de Bieber mostrando um lado mais calminho numa tentativa de "imitar" o Jason Mraz com uma pegada mais acústica com base de violão. Um trabalho certinho e correto que consegue conquistar sem ser realmente ótimo. Acharam um tom que mostra o tom da voz de Bieber adequado e devo até dizer, muito bonito dentro das restrições dela. A letra é um poço de clichês natalinos com pop romântico para as meninas se derreterem. Nada mais justo, né? Contudo, ainda acredito que o melhor presente que o Bieber podia dar para as fãs era se ele já tivesse um herdeiro. Olha que coisa linda: um herdeiro para o império Bieber! (Sim, estou sendo sarcástico!).
nota: 6,5

20 de novembro de 2011

A Periguete Está Voltando ou Quase

Criminal
Britney Spears

Tem uma coisa que eu posso afirmar, mesmo não sendo o fã dela, é que a Britney Spears sempre faz bons clipes. Melhor, quase sempre. Quando a coisa desanda, oh, meu Deus! É desastre na certa. Não é um desastre como as pessoas podem pensar. Exemplo: o clipe de Gimme More é toscamente bom, já o de Oops!...I Did It Again é toscamente ruim (macacão de látex vermelho dançando em Marte é morrer). Porém, com o clipe de Criminal ela levou para um outro nível. Se não bastasse a Rihanna ter lançado um clipe com a mesma temática e muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito melhor, Britoca reuniu tantas tosqueiras em um clipe só que mata de vergonha: namorado dando um de ator com uma tatoo feita de canetinha nas costas, cenas "calhientes" no chuveiro, imitação barata do clipe do Green Day para 21 Guns e outras coisainhas. E o pior é que Criminal, a música, não é tão ruim assim e o clipe poderia ter dado um "up" nela.


A canção é a melhor de Femme Fatale de longe. Criminal é uma volta, rápida, ao velho pop que ela fazia. Menos eletrônico e mais divertido, mesmo sendo uma "balada" ou o que a Britney mais se aproxima fazer nos dias de hoje. Finalmente, ouvimos uma voz mais natural dela mostrando aquele tom que a fez famosa no final dos anos noventa, mesmo que ainda há um caminhão de produção por cima dela. A letra é boazinha. Comercial, clichê em certos momentos e divertida. O mais curioso é que as melhores músicas dela nunca fazem o sucesso de outras não tão boas e Criminal é o melhor exemplo. De qualquer forma, a canção é legal e mostra Britoca voltando a ser a velha periguete que amamos. Só falta fazer um clipe digno.
nota: 6,5

Andando No Lado Iluminado da Lua

Marry the Night
Lady GaGa

Se tem uma qualidade quem ninguém pode negar que a Lady GaGa tem é a inteligência. E ela usa para calcular cada passo seu sem hesitar e friamente. Ao chegar ao quinto single de Born This Way, ela apenas demonstra mais uma vez esse talento. Lançando Marry the Night ela aposta no confiável e seguro para continuar a desfrutar ótimo momento que vive que se não fosse por uma inglesinha seria ela a "dona do mundo".

Marry the Night teria a chance de se transformar no próximo Bad Romance, se não fosse por dois motivos: além de ser o quinto single, sua letra perde força no resultado. Não que a composição seja ruim, mas faltou mais assunto para GaGa que já começa a repetir mais de um minuto e meio antes do final. Falando do amor dela por Nova York, GaGa entrega uma letra dramática com metáforas poderosas e perfeitas para fazer um clipe "fodástico". Contudo, como disse antes, no final faltou um  trabalho mais especial por isso temos GaGa repetindo o refrão (muito bom, por sinal) até o final. Produzido ao lado de Fernando Garibay, MTN é uma bomba dançante cercado por atmosfera oitentista perfeita. Um arranjo potente marcado por uma batida hipnótica e viciante. E enfim, GaGa transita lindamente pela canção entregando uma performance perfeita. De qualquer maneira, como todos sabemos GaGa pode apostar na aposta mais segura, mas vai fazer disso uma montanha-russa.
nota: 8

17 de novembro de 2011

Sambando na Nossa Cara

Samba (feat. Claúdia Leitte)
Ricky Martin

Tem momentos na vida que eu acho que alguns artistas estão com deboche da nossa cara. Pegamos o caso da (sic) cantora (sic) carioca baiana, Claúdia Leitte. Ela quer se tornar estrela internacional basicamente copiando todas e quaisquer cantora americana. Porém, não gosta de admitir que faça isso. E para tentar conseguir tal feito ela vai agarrando a qualquer fio de esperança. Teve aquela apresentação sofrível no Miss Universo e culmina nessa parceira com o Ricky Martin resultado em um vídeo clipe, no mínimo, constrangedor. Seja pela estereotipazão do Brasil com Claúdinha vestida de porta bandeira, seja a "tensão" sexual entre os dois.

Samba (que original!) só não é tão constrangedora como o clipe, pois consegue ter um arranjo interessante. Uma mistura bem dosada de samba com pop e um sonoridade bem elaborada. Se Ricky não faz exatamente muita coisa além do normal e Claúdinha é Claúdinha no modo ruim passável, a letra leva tudo para um buraco medonho. Todos os clichês possíveis são jogados ali de maneira de corar qualquer um que tenha bom senso. Para piorar, quem escreveu a parte em português deve ter sido o filho da Claúdia, pois o nível é de escola maternal:

Vem no meu calor
Vem sentir o meu amor
Vem ouvir o grave do tambor
Não quero dançar
Quero alguém pra batucar
Numa festa linda em frente ao mar

Medo, mas muito medo. No final só quero agradecer NOT para Claúdinha para levar nossa cultura ao mundo mostrando que o nosso país é uma nação de clichês mais profundos que a Baia da Guanabara. E valeu Ricky também!
nota: 5

15 de novembro de 2011

Primeira Impressão

Talk That Talk
Rihanna

A pergunta do ano é: para que serve o Talk That Talk? Para responder essa pergunta temos que contextualizar o atual momento dela. O sexto álbum da Rihanna (terceiro em três anos) é a prova que ela o nome mais importante da nova geração que surgiu nos anos '00. Desde que estourou de vez com Good Girl Gone Bad, Rihanna ganhou admiração do grande público, fãs aos milhares e elogios da critica. Então, quando estava se preparando para lançar o álbum que sucederia GGGB, houve o episódio de agressão que ela sofreu do ex-namorado, Chris Brown. Isso pesou na criação de Rated R. Rihanna mostrou um trabalho mais maduro, mais denso e expressivo. Rated R foi o momento em que ela me conquistou. Vi nela mais do que apenas uma cantora afilhada do Jay-Z, vi uma artista. No ano seguinte, ela lança o quinto álbum com o nome de Loud. Indo na direção contraria ao Rated R, o novo CD era divertido, animado, descontraído e pop. E mais uma vez ela acertou. De uma maneira estranha os dois álbuns se completam. Em Rated R, ela quis expressar sentimentos mais profundos e exorcizar seus demônios. Em Loud, ela queria se livrar disso e se divertir se preocupar com nada. O grande problema é que Loud fez sucesso demais. Isso mesmo: sucesso demais. Então, respondendo a questão no começo: Talk That Talk serve apenas para Rihanna fazer mais sucesso. E só.

Talk That Talk têm hits do começo ao fim. Porém, infelizmente, não tem alma. As músicas foram jogadas ali apenas para quando forem lançadas como single serem sucesso. Não há uma história por trás de Talk That Talk. Não há uma motivação sólida ou mesmo uma linha de raciocínio. Tudo é produzido friamente para ser vendável e comercial ao extremo. Mesmo com certa erotização quase de mal gosto em vários momentos, Talk That Talk é um álbum passável. Não de envergonhar, mas nada de ser realmente memorável. A produção foi espalhada para vários produtores fazendo cada música ter sua personalidade própria, mas nunca uma unidade única. O pop dance é o carro chefe do CD. Ele é que dá um pouco de personalidade para Talk That Talk. Mais há um pouco de R&B, pop clássico e hip hop. Tudo diluído no meio das faixas. Olhando o lado técnico, a produção do CD é perfeita. Do lado artistíco, faltou criatividade para trabalhar com a RiRi. Ela por sua vez, passa música por música sem deslizes e entrega um trabalho vocal competente. Ela encarnou a figura de cantora pop de maneira exemplar mostrando que cresceu como interprete mesmo com um material não tão bom. Liricamente, Talk That Talk é o trabalho mais pobre dela. Letras bobinhas, rasas e sem criatividade. Claro, tudo muito "chiclete". Como disse antes, em alguns momentos certas composições quase descambam para o vulgar. Como não se aprofundam ficam na linha que separa o sexy e o vulgar. Apesar disso, o álbum tem um ótimo momento em Roc Me Out. RiRi volta para a sonoridade de Rude Boy, mas conseguindo um resultado mais forte. Where Have You Been parece demais com Sexy and I Know It do LMFAO, mas rende um bom momento. Assim como em You Da One (resenha a seguir). O álbum ganha mais quando ela vai para o R&B/pop lembrabndo trabalhos anteriores como em Drunk On Love, Watch N' Learn (que tenho quase certeza que fala de sexo oral), Cockiness (Love It) (que fala realmente de sexo de todos os tipos) e na balada Farewell. A nova parceria com o padrinho Jay-Z na música que dá nome ao álbum decepciona. O hit We Found Love e We All Want Love são completamente dispensáveis e Birthday Cake é o fundo do poço (apesar de se ganhar uma versão inteira, pode salvar um pouco). Talk That Talk vai fazer sucesso? Sim. Eu vou ouvir? Sim, ás vezes. Era necessário? Não. O sucesso pelo sucesso apenas é apelativo.

Hit em 5, 4, 3, 2, 1 e 0!

You Da One
Rihanna

Rihanna virou uma máquina de hits. Claro, que os mais dançantes são que saem mais prontos de fábrica para alcançarem o topo das paradas. Exceto Take a Bow, todas as canções número um dela foram sempre dançantes. E por isso que You Da One já tem cara de hit número um, mesmo sem ainda alcançar o topo das paradas ainda.

You Da One é divertida, sexy e dançante. E claro, comercial elevada á décima potência. Mistura pop, R&B e o que se chama de dubstep, uma mistura de house com hip hop e outros estilos de house. Produção bem feita, letra legalzinha e vocais precisos. Porém, nada inovador ou poderoso. A canção perde em não usar o poder de RiRi para criar algo realmente marcante e poderoso. O material é bom, faltou um refinamento mais elaborado. De qualquer forma, vai ser hit. E isso não é que está querendo a Rihanna?
nota: 6,5

Primeira Impressão

Ceremonials
Florence + The Machine


Grandioso. Talvez essa seja a única definição mais apropriada que eu posso dar para o álbum Ceremonials da banda Florence + The Machine. Não consigo não pensar em mais nada ao ouvir o álbum a não ser em uma avalanche destruindo tudo por onde passa. Um furacão causando destruição. E o mais significativo, uma onda gigante em direção as dezenas de praias. Ceremonials é um álbum apocalíptico, mas ao mesmo tempo traz uma sensação de renascimento. Uma mistura de sentimentos pesados e difíceis que alimenta a alma da maneira mais angustiante possível em busca de renovação.

Ceremonials não é um álbum para todos. Quem está preso ao pop de Britney, GaGa, Katy e CIA não vai gostar do CD. Vai achar chato. Sem graça. Pena, pois perto um álbum genial. Camadas e mais camadas são estruturadas pela banda e pelo produtor (quase) exclusivo Paul Epworth. Depois de trabalhar com Adele no hit Rolling In the Deep  no álbum 21, o produtor tinha um trabalho ainda mais complicado e denso ao tentar dar som ao "delírios" da banda. E isso ele consegue de maneira esmagadora. Cada uma das faixas (doze na versão normal, mais três da versão deluxe onde apenas uma ele não é o produtor) é um ensinamento de como produzir obras de arte em forma de músicas. Um trabalho transcendental de puro lirismo em cada uma das poderosas melodias criadas. Refinado, poderoso, arrebatador. Em cada música se percebe um cuidado mais do que especial, quase um nascimento de uma pintura barroca da mais geniais possíveis. Contudo, o nome do álbum é da Florence Welch. É ela que guia essa viagem mágica seja pela autoria das composições ou pelos vocais. De uma profundidade abissal em cada uma das faixas, Florence segue um caminho oposto ao da colega Adele. Enquanto a dona de 21 discorre sobre o amor, Ceremonials faz uma jornada sinuosa sobre a alma humana e principalmente sobre os medos que a atingem. A morte representada pela "água" é a mais poderosa entre elas, mas também há espaço para a solidão, angústia, desilusão, medo do desconhecido e o amor em algumas das suas variantes. Tudo isso emoldurado por uma musicalidade que vai sou soul, rock, indie e variações do pop. Indo além do genial tem os vocais de Florence. Uma atuação de outro mundo. Algo entre o céu e o que há depois deles: o infinito. Florence se coloca como a interprete mais original e poderosa dessa geração. Ainda mais como o trabalho fantástico de back vocal em todo o álbum, Ceremonials se tornar um álbum para entrar na história. Claro, eu poderia apenas dizer ouça o álbum por completo, mas preciso fazer algumas notas mais especificas em relação a ele: os grandes momentos estão na trindade de Shake It Out (resenha a seguir), What the Water Gave Me e Never Let Me Go e na versão deluxe tem a genial, Bedroom Hymns. E a que menos me agradou, mesmo sendo ótima, é Breaking Down que destoa no avaliação final. Enfim, Ceremonials é "O" álbum. E sem mais.

É Sempre Mais Escuro Antes do Amanhecer

Shake It Out
Florence + The Machine

O mundo pop vive a sua fase mais sombria em décadas. Tudo parece o mesmo. Há apenas um pingo de criatividade em alguns lugares e se você procurar muito. Todavia, eu ainda acredito que sempre há uma luz no final do túnel. Sempre, mesmo que pareça distante e quase impossível de alcançar. Umas dessas pequenas luzes atende pelo nome Florence + The Machine.

Em Shake It Out, segundo single de Ceremonials, a banda joga uma luz sobre a escuridão que domina a terra. Chegando a lugares mais altos que os mais altos cumes da face da terra, Shake It Out é um hino de esperança para os corações em aflição. Falando em libertação dos medos e elevação da alma para um lugar superior, a canção busca arrancar todos os sentimentos possíveis e imagináveis da alma. Composição devastadora faz de Shake It Out o grande momento de Ceremonials e também do ano. Indo do soul, passando pelo gospel, o pop em sua base mais profunda e por fim no rock a produção da canção busca o céu em uma viagem que a cada momento tenta se elevar mais e mais. Uma viagem sem escalas e paradas. E Florence se torna uma pastora do velho testamento em busca da salvação de seu rebanho. Não há nada mais genial que o trabalho vocal em Shake It Out, seja o de Florence e o dos vocais adicionais em perfeita harmonia. Uma canção para mudar vidas. Uma canção para mudar uma geração, mesmo que seja aos poucos. Uma canção para iluminar a escuridão.
nota: 10

13 de novembro de 2011

New Faces Cap. V

Video Games
Lana Del Rey

Ela é uma cantora fabricada para se tornar a nova "próxima grande artista". E ela admite isso sem o menor pudor. Essa é a misteriosa Elizabeth Grant, ou melhor, Lana Del Rey que está chamando a atenção do mundo da música por ser essa cantora fabricada que não tem medo de falar o que é. Começa pelo nome artístico, uma combinação dos nomes da atriz Lana Turner e do carro Ford Del Rey, tudo feito para criar um nome forte e chamativo. Além disso, Lana foi remodelada para ser lançada no mercado mainstream. Colocou botox nos lábios, assumiu um ar de mistério e sexy e uma musicalidade retrô. Isso já bastaria para chamar a atenção da mídia, já que não é todo dia que uma cantora assume ser um produto de alguma mente do mercado fonográfico. Contudo, o que mais vem se destacando é o que ela está mostrando como artista. Tudo isso deve ao lançamento do single Video Games.

Simplesmente, a canção é uma das melhores músicas lançadas no ano. Video Games é simplesmente uma obra de arte pop que poucas vezes já foi conseguido. A canção consegue transcender paredes e quebrar barreiras entre o comercial e o artistico. Uma poderosa produção por trás da canção que a transformar em dos momentos mais originais nos últimos anos. Delicada, mas sem perder a poder de encantar e maravilhar desde o primeiro acorde. Com um arranjo que navega entre o teatral e o comercial com a beleza de um vôo de um beija-flor, com acordes de harpa e uma vibração quase angelical, mas ao mesmo tempo sombria. Ganhando uma composição brilhante escrita pela própria Lana, Video Games ganha uma atmosfera retrô falando sobre amor de maneira nostálgica e poética. Todavia, o brilhantismo da canção não seria alcançada sem uma interprete à altura. E a melhor surpresa vem justamente daí: Lana Del Rey é fantástica. Sério, não há ninguém que se pode comparar a jovem no mercado atual. Uma voz grave, melódica, poderosa e original. Em Video Games, Lana faz uma performance genial. Contido e um pouco frio, mas cheio de camadas avassaladoras. Em resumo, Video Games é genial. E Lana Del Rey é o nome para acompanhar de perto para os próximos anos. E se todas as cantoras montadas fossem como ela, o mundo seria um lugar melhor.
nota: 9,5

Combinando Leite Condensado com Jiló

It Will Rain
Bruno Mars

Fico eu imaginando aqui o responsável pela trilha do filme Crepúsculo (seja lá qual for a sua continuação) sentando tentando decidir quem chamar para fazer parte dela: "Quem seria o melhor nome para cantar uma das principais faixas da trilha sonora de um filme sobre vampiros adolescentes que tem adolescentes como público? Claro, o Bruno Mars!". Como ele chegou nessa conclusão, só Deus vai saber, mas o que importa é que o Bruno aceitou o desafio. Dessa mistura saiu It Will Rain.

Se a estranheza já estava na escolha, It Will Rain eleva um pouco mais essa sensação. Longe de ser uma música ruim ou coisa parecida, o single é "estranho" do começo ao fim. Um pop/soul/R&B deslocado no tempo com uma batida complicada de entender. Quer passar uma atmosfera meio dark/retrô, mas acaba apenas soando esquisito. Combina com os vocais de Bruno que consegue brilhar acima de tudo mesmo não combinando com o resto da canção. E ainda temos a letra fraca que termina não comovendo com deveria e entrega um refrão chocho. Faltou drama para ligar as pontas solta e combinar a canção consigo mesma e com o filme que representa. Ou faltar alguém ter bom senso e chamar alguém que combina com o filme.
nota: 6

Primeira Impressão

Mylo Xyloto
Coldplay

Coldplay é uma das últimas bandas de rock da atualidade ainda a desfrutar da áurea de ídolos mundialmente. Cris Martin e sua turma ainda conseguem mexer com o mercado com o lançamento de álbum e singles. E não seria diferente com o lançamento do quinto trabalho deles, o impronunciável, Mylo Xyloto. Quase 450 mil cópias na primeira semana de lançamento nos Estados Unidos e 250 no país de origem deles, a Inglaterra. E isso estamos falando de uma trabalho mediano como é Mylo Xyloto.

Não, o CD não é ruim. Contudo, não é ótimo. Ele fica exatamente no meio do caminho deixando uma sensação de trabalho cheio de boas idéias, mas com aparência de inacabado ou pelo menos um acabamento mais demorado para consegue tirar tudo que eles podem render. Mylo Xyloto é um álbum seguro, bem produzido e com momentos inspirados. Porém, tudo muito certinho e linear. O grande problema é que o Coldplay parece soar como adolescentes que entraram na faculdade com as melhores notas e querem montar uma banda de rock, mas não conseguem escrever letras pesadas por isso resolvem ser intelectuais em composições bonitas, cheias de sentimentos e com ar de bons moços. Sim, o Coldplay tem essa atmosfera, mas aqui falta uma certa urgência nas suas melodias. Tudo é muito clean e refinado. Tudo segue uma cartilha ao pé da letra que tira a graça da maioria das canções. Não ajuda a escolha desse estilo eletro rock com pitadas de pop e até R&B. É interessante ouvir eles pegarem esse caminho resultando em arranjos perfeitos, mas sem ir muito longe do comum. Chris ainda é o Chris de sempre soando como um menino carente em busca de amor. Isso ajuda em umas canções, em outras parece monótono apenas. E também o uso errado de efeitos na voz atrapalha em certos momentos. Os melhores momentos do álbum se divedem em três momentos: nos single Every Teardrop Is a Waterfall e em Paradise (resenha a seguir) e na balada com influência de R&B e citações religiosas, Us Against the World. Outros bons momentos estão na parceria com a Rihanna (!!!!) Princess of China (que faltou mais conteúdo para se tornar uma grande música), na delicada Up With the Birds e em Charlie Brown. O pior momento do álbum vem de Major Minus que peca principalmente nos vocais de Chris. Mylo Xyloto é um álbum para passar um tempo agradável e só. Espero que essa não seja o último trabalho deles juntos como foi levantado a possibilidade. O Coldplay merece uma despedida melhor.

S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2S2

Paradise
Coldplay

Se tem uma palavra para definir Paradase, o segundo single de Mylo Xyloto, da melhor maneira possível seria: adorável. Sem mais nem menos.

Começa pelo clipe com o "elefantinho" fugindo para o seu habitat. E é claro, a música em si. Um dos melhores momentos do álbum, Paradise tem uma produção impecável com a uma construção do arranjo perfeita. Com camadas diferentes e atmosfera delicada, o arranjo reflete a letra sobre sonhos não concretizados e esperanças sobre o futuro. Um trabalho sólido da banda, mas que faltou mais "substância" para elevar a canção. E por fim, mais um bom trabalho eficiente do Chris Martin não se colocando acima da canção e não perdendo sua personalidade. É um pouco vergonhoso falar, mas Paradise merece S2S2S2.
nota: 8

Aquela Que Erra No Último Minuto

The One That Got Away
Katy Perry

Sabe quando um time está ganhando de goleada dominando o jogo inteiro, mas no último minuto leva um gol do adversário. Claro, que isso não faz diminuir merecimento da vitória do vencedor, contudo deixa um gosto estranho de vitória não completa. Assim é que eu me sinto em relação ao sexto (e espero que o último) single da Katy Perry para o álbum Teenage Dream.

The One That Got Away é o mais fraco dos singles lançados pela cantora. A canção era para ser um pop mid-tempo romântico contagioso, mas acaba sendo bobinho e esquecível. O grande problema é que a letra não combina o arranjo. A composição tem uma dramaticidade mais densa que a batida alegre e descontraída dada à The One That Got Away. Se fosse uma balada com tudo que pede canção romântica, Katy poderia finalmente entregar a balada pop que já está devendo desde que começou a carreira. Não que esse deslize possa atrapalhar o sucesso que ela conseguiu com o álbum e seus singles. Porém ter The One That Got Away como single é como um balde de água fria.
nota: 6

12 de novembro de 2011

Tropa de Elite

Miracle Worker
SuperHeavy

Imagine um grupo formado assim: uma lenda do rock, um filho de uma lenda do reggae, uma diva soul britânica, a metade de um dos grupos mais importantes dos anos oitenta e um compositor/produtor/cantor/musicista indiano vencedor de dois Oscars. Assim é a composição do super grupo SuperHeavy. Não sei exatamente como Mick Jagger, Dave Stewart (a outra parte do Eurythmics), o Damian Marley (filho do Bob Marley), Joss Stone e A. R. Rahman (compositor de trilhas de filmes e vencedor de dois Oscars pelo filme Quem Quer Ser um Milionário?) se conheceram ou como se juntaram para fazer um trabalho, mas a questão é que eles fizeram e já lançaram o primeiro álbum. Levando o nome da banda, o trabalho tem como primeiro single a canção Miracle Worker.

A grande surpresa da canção é o caminho escolhido para dar a cara do super grupo: o reggae. Sim, o SuperHeavy foi buscar inspirações no pai de Damian. Além disso, Miracle Worker tem pitadas de rock e música indiana graças ao A. R. Rahman. Esse caldeirão étnico, rítmico e de personalidades cria uma canção gostosa e divertida, mas que deixa para os "novatos" a responsabilidade de carregar a canção. Aqui Mick Jagger parece aqueles tiozões (se bem que ele é de alguma forma) tentando entrar na onda dos sobrinhos. Ele parece um peixe fora d'água, mesmo sendo o velho Mick de sempre. A canção é carregada pelo doce e bem adptada Joss e Damian no seu ambiente natural. Produção correta e bem construida e composição bonitinha, mas que não reflete o talento dos envolvidos. Mesmo com os nomes envolvidos, o SuperHeavy não vai fazer o super sucesso que poderia se esperar. Contudo, pode ser a pedra inicial para mais parcerias desse tipo.
nota: 7,5

Tu não é a Fergie, Mas Tá Valendo

Free (feat. will.i.am)
Natalia Kills

Foi com a entrada da Fergie no Black Eyed Peas que o grupo decolou. Apesar disso, ela nunca foi valorizada como devia sempre ficando em segundo plano. Só quando lançou o CD solo que ela conseguiu o destaque merecido e rendeu muito mais que poderia se esperar. Os dois aspectos da carreira dela se deve ao will. I. am. "Escondendo" ela no BEP e a "mostrando" na carreira solo. Então, quando se trata de descobrir novas cantoras, ele sempre consegue se sair melhor do que no BEP. Como é o caso da Natalia Kills.

Para dar uma ajudinha na carreira de Natalia, will. I. am participa do single Free.  A canção é simpática. Um pop bonitinho, que falta uma interprete mais forte para dar mais personalidade para a canção. Falando sobre consumismo a letra é legal com uso inteligente das palavras, mas precisa de um refrão mais forte. will. I. am está fora de lugar aqui já que a canção consegue ir sozinha sem o rap. Já Natalia é correta dentro do que tem para oferecer. Alguns anos de estrada podem dar ela mais maturidade vocal. Quem sabe um dia ela chegue na Fergie.
nota: 6,5

Jeremias, Oh, Jeremias

Down On Me (feat. 50 Cent)
Jeremih

Fechando a Semana Hip Hop, imagine uma música hoje em dia levar mais de seis messes para a canção fazer sucesso. Na era do "imediatismo", escalar as paradas posição por posição parece coisa da década de noventa, mas isso ainda acontece. E é bem mais frequente que a gente imagina. Veja o caso do cantor Jeremih. Ele lançou a canção Down On Me em outubro do ano passado, porém só no meio desse ano o single emplacou chegando à 4° da Billboard.

O mais curioso é que a música é melhor do que se pode esperar. Muito melhor mesmo. Misturando rap com R&B com classe na produção de um arranjo forte e original. Mais cadenciado e sexy, Jeremih mostra personalidade para não ir buscar caminhos fáceis ao dá a canção um tom mais baixo e contido. 50 Cent volta, finalmente, a participar de uma canção realmente boa em anos. Mesmo demorando em fazer sucesso, Down On Me mostra que nem todo mundo quer fazer eletropop. Melhor, nem todos querem ouvir isso.
nota: 7,5

11 de novembro de 2011

Um Homem Não é Nada Sem Amigos

I'm On One (feat. Drake, Rick Ross, Lil Wayne)
DJ Khaled

O produtor DJ Khaled é a versão do David Guetta para o hip hop. Assim como o DJ francês, ele depende dos amigos para poder trabalha. E DJ Khaled pode se orgulhar de ter amigos de peso.

O single I'm On One conta com três deles: Drake, Rick Ross e Lil' Wayne. A música que alcançou o 10° da Billboard, não é exatamente a música do ano muito menos é ruim. Fica no meio do caminho. Nem dos três rappers brilha mais que o outro, mas nenhum dá uma performance memorável. Letra mais ou menos e produção bem amarrada, porém sem nunca sair da zona de conforto. Pelo menos no final do dia ele pode sair com a galera e se divertir.
nota: 5,5

9 de novembro de 2011

Os Rappers Também Amam

Space Bound
Eminem

Uma das imagens mais recorrentes que temos em relação aos rappers é que eles são "durões", sem sentimentos e que tratam as mulheres como coisas. É assim ainda, mas há também gente que consegue quebrar essa casca. Um dos melhores exemplos é o Eminem que desde Cleanin' Out My Closet sempre mostrou um lado mais sensível. No último álbum ele mostrou esse lado mais humano, mas agora voltado para o amor. Começou com Love the Way You Lie e termina com a canção Space Bound, último single do álbum Recovery.

A canção é interessante, mesmo sem nunca conseguir chegar perto da qualidade da pareceria com a Rihanna. O single tem uma estrutura bem elaborada como uma base de violão, mas que peca por não dar "drama" à sua composição. Faltou um toque mais dark e até triste combinando com a letra poderosa. Há um sentimento angustiante que permeia a canção toda com Eminem tentando entender o que é o amor e suas variantes, mas comentando os mesmo erros. Há certos momentos fortes e até meio desnecessários como ele falar que "vai estrangular ela, caso ela o deixe". Contudo num mundo em que vivemos é apenas um retrato cruel da realidade. O grande problema da canção é seu refrão fraco onde uma voz masculina sem inspiração canta sem muito para adicionar. No final fica a certeza que todos nos somos iguais por dentro, só muda a capa envolta.
nota: 7

7 de novembro de 2011

Voltando

Para todos que seguem o blog (se tiver alguém ainda kkkk) em pouco tempo estou de volta! Estou restruturando me novo PC e em breve voltarei com corda toda e como muitas novidades!


Valeu à todos!