31 de março de 2012

Primeira Impressão

Pink Friday: Roman Reloaded
Nicki Minaj

Com alguns anos de blog nas costas, já posso me orgulhar de ver carreiras nascerem e depois prosperar ou morrer. Uma delas que o blog acompanha desde o comecinho é o da Nicki Minaj bem antes dela estourar e virar um dos nomes ou o nome mais importante da nova geração de artistas americanos. Já tinha reparado no talento dessa rapper muito antes dela virar mainstream. Posso me orgulhar de não ter sido "arrebatado" não apenas por que ela está no topo, mas por ter reconhecido uma artista competente atrás da persona que ela foi criando para si. Com o lançamento do primeiro álbum dela, Pink Friday, ela foi promovida "a coisa mais quente do pedaço" e vi ela se tornando multifacetada misturando hip hop com pop em um álbum "com resultado abaixo do esperado, mas bem além da média"  parafraseando eu mesmo no Primeira Impressão do álbum. Um ano e quase meio depois, Nicki consolidou sua carreira e vai lançar seu segundo álbum continuação de PF que foi intitulado Pink Friday: Roman Reloaded. E como resultado posso dizer que o trabalho ficou com resultado acima do esperado, mas na média de outros trabalhos.

Explicando: Pink Friday: Roman Reloaded é bem melhor no resultado final que seu antecessor, mas fica na média se compararmos com outros trabalhos do estilo. Acontece que, apesar de colocar sua marca bem distinta com rapper/cantora de múltiplas personalidades, toda a produção fica presa a formulas já usadas tanto do lado hip hop, do R&B e do pop. Aqui, bem mais que no PF, a divisão entre estilos está muito bem definida. Começa com hip hop, passa pelo R&B e termina no pop/dance.  Então, nada mais justo que dividir cada segmento para avaliar melhor o álbum.


Hip Hop (Das faixa 1 até a 6 e com influência pesada na 7)

O começo o álbum mostra Nicki no seu campo original misturando batidas mais marcadas e momentos mais estilizados. Algumas canções parecem pré-fabricadas em sua construção de arranjo. Esse hip hop mais street pode ser encontrado em vários contemporâneos de Nicki. Ela vai de Roman até a Nicki verdadeira com poucos momentos geniais, mas sempre mantendo o nível alto. O que chama atenção é que a maioria dos featurings se encontram nessa parte fazendo em certos momento ela quase ser eclipsada por alguns pesos pesados. As composições mostram em sua maioria uma Nicki que acerta nas partes mais sérias e se diverte nas de conotação mais despreocupada. E daqui que vem a melhor canção do álbum: Champion, com os pesos pesados Nas, Drake e Young Jeezy. Uma batida mais tradicional, mas elevada com a ótima letra e o trabalho inspirado de todos os envolvidos. Também de destaca Roman Reloaded (resenhada a seguir) e a esquizofrênica Roman Holiday que a versão para o álbum é melhor que podia se esperar depois da apresentação no Grammy.


R&B (Com certa influência na faixa 7 que é Champion e na 8 e 9)

Falando das duas com maior influência no estilo que são a 8 e a 9, temos o pior momento do álbum. Seja na "romântica" Right By My Side com o Chris Brown e na estranha Sex In The Lounge com cara de faixa do álbum do Lil' Wayne que não por acaso ele faz o featuring a lado de Bobby V. Falando dessa última, ela simplesmente deixa para escanteio a "dona" da canção. Completamente dispensável.

Pop (Da faixa 10 até a versão Deluxe)

A parte mais coesa do álbum mostrando a melhor faceta do trabalho. Comandado principalmente por RedOne, o lado pop do trabalho é um dos melhores pop/dance chiclete do últimos tempos. Todas as canções são feitas para tocar nas rádios do mundo inteiro, dançantes ao extremo, boas composições mesmo sem fugir do arroz com feijão, com interpretações que apenas Nicki consegue dá ao misturar cantar com o rap. Então, qual o problema? A questão é: será essa faceta um desejo de Nicki ou a gravadora vendo o potencial dela com o estilo a fez ir por esse caminho? Essa dúvida e a sensação que as músicas se parecem muito uma com as outras, ainda mais colocadas uma atrás da outra, dá uma prejudicada no resultado final. Aqui a melhor faixa sem dúvida nenhuma é a ótima Beautiful Sinner. Uma mistura de dubstep com dance resgatando as origens de Nicki. A segunecia de Starships, Pound the Alarm e Whip It e acertada. Enquanto Marilyn Monroe é uma balada pop diferente, mas bem legal. Tem a interessante parceria com o rei do dacehall Beenie Man em Gun Shot. O erro aqui está em Fire Burns que não mostra nada e faz o ritmo caí antes do final. O mais curioso é ver Stupid Hoe fechando a versão normal já que apesar da pegada  mais "violenta" seria a canção que mais chegou perto da mistura hip hop, pop e o "estilo Nicki" que ela já fez.

Nicki Minaj ainda consegue se destacar e Pink Friday: Roman Reloaded mostra uma artista mais madura, mas ainda falta entregar o "álbum". Quem sabe na próxima?

Roman Em Estado Bruto

Roman Reloaded (feat. Lil Wayne)
Nicki Minaj

Se pudermos citar apenas uma canção que traz à tona a Roman interior de Nicki, essa é o single promocional Roman Reloaded.

Aqui Nicki e Wayne fazem o seu melhor encontro em uma canção com uma batida poderosa, mais crua que o esperado e mesmo assim com um refinamento na produção impressionante. Vemos uma Nicki mais animalesca enquanto o seu padrinho entrega dois versos perfeitos em uma performance invejável e cativante. Talvez uma lapidada na composição poderia ter garantido mais qualidade, mas o resultado final é impressionante de qualquer maneira.
nota: 8

30 de março de 2012

A Próxima Ingelsa?

Want U Back (feat. Astro)
Cher Lloyd

É fato: a Inglaterra invadiu os Estados Unidos. Pelo menos as cantoras inglesas fizeram isso. Começou com a já lendária Amy Winehouse, passou rapidamente por Duffy, atingiu o apice com a Adele e em menores escalas com a Jessie J e a Florence Welsh. Agora, a promessa que nova inglesa a chegar nas paradas americanas é a rapper /cantora Cher Lloyd. O poderoso L.A Reid assinou com ela um contrato com a gravadora Epic Records para lançar a inglesinha no país em breve. E a canção escolhida foi Want U Back.

Devo admitir que a canção é a melhor pedida para um single nos EUA: comercial ao máximo. Um pop divertido onde Cher, sem papas na língua,  avisa para o ex-namorado que vai voltar com ele, querendo ou não. Além de soltar alguns cachorros sobre a atual do ex, a canção é comportadinha conseguindo só um sorriso maroto. Cher é uma gracinha cantando segurando bem a canção misturando com um rapop (rap + pop) para americano ver. O curioso da canção é que a versão para a Inglaterra e analisada aqui é a versão com o rapper adolescente Astro, que fez parte da versão americana do The X Factor (Cher participou da inglesa, mas a versão a ser lançada nos EUA será a versão do álbum sem o featuring. Esquisito, né? De qualquer forma a canção não ganha nem perde nada. Agora é ver se Cher vai invadir ou vai ficar na porta da casa do tio Sam.
nota: 6,5

29 de março de 2012

2 Por 1 - Tyga

Rack City
Faded (feat. Lil' Wayne)
Tyga


Se a gente pode escolher um artista que dá espaço para novos talentos, esse é o Lil' Wayne. Você pode não gostar dele, mas deve reconhecer que ele é consciente em mostrar para o público uma nova geração de artistas que sem a sua ajuda não teriam nenhuma chance. Se Nicki Minaj já é uma estrela, o rapper Tyga vem chamando atenção. Protegido do Weezy (apelido de Wayne) conseguiu emplacar uma música solo nas paradas mostrando a força da Young Money (gravadora de Wayne).

Rack City ficou em sétimo lugar na Billboard mostrando um rapper mais maduro e centrado. Uma batida mais "street" e pontuada por um toque mais focado no desenvolvimento de Tyga como rapper. Apesar disso, o arranjo não deixa de ser o melhor da canção com uma pegada poderosa e classuda, mesmo que contida. Tyga tem uma voz forte e com personalidade, mesmo que ainda precise de mais experiência. Rack City não perde suas qualidades de hit não comercial.

Com a parceria do padrinho, Tyga lançou mais recentemente a boa Faded. Também faixa do álbum de Tyga Careless World: Rise of the Last King, a música mostra dois rapper compositores cheios de pequenas surpresas como várias e citações interessantes e uma noção de rimas e expressões fonéticas ótimas. Assim como na canção anterior mesmo sendo um coadjuvante, rouba a cena devido a sua personalidade própria e forte. Mais animado que Rack City, mas sem perder o seu lado "cru". E assim Lil" Wayne vai criando uma nova geração de artistas. Ser padrinho é isso: não basta apadrinhar, tem que é ser paizão.
nota
Rack City: 7,5
Faded: 8

25 de março de 2012

As 50 Maiores Cantoras de Todos os Tempos

Part. I
Part. II
Part. III
Part. IV
Part.V

Part. VI

25.Alicia Keys
Ela ajudou a dar a nova cara para o soul e apresentou para uma nova geração que divas da músicas podem ser mais que apenas uma voz. Multi-instrumentista, compositora, produtora e atriz. Songs in A Minor é considerado um dos clássicos modernos e canções como No One, Fallin' e If I Ain't Got You já estão gravadas na história da música.

24.Kylie Minogue
Quem diria que uma australiana que ficou conhecida com duas músicas no final da década de oitenta teria uma das mais importante e longínqua carreira do pop. O fato é que ela só não ultrapassa a própria Rainha do Pop. Indispensável para quem realmente curte pop e não só modinhas, músicas como Slow, Come Into My World , I Should Be So Lucky, The Loco-Motion e All the Lovers ficaram gravados no panteão das grandes músicas do estilo. E lá no topo estará Can't Get You Out of My Head.

23.Beyoncé
O que podemos falar da artista que redefiniu o conceito de estrela na última década? A mais importe cantora abaixo dos quarenta elevou o patamar para um nível onde poucas estão. Respeitada pela classe, elogiada pela crítica e amada por milhões de pessoas de todo o mundo quebrando barreiras de raça, credo e idade. Ela é o pacote mais do que completo que um artista pode ser. Crazy in Love, Irreplaceable e Single Ladies (Put a Ring On It) são só a nata de uma carreira que ainda promete muito.

22.Sade Adu
O belo rosto e a bela voz por trás do grupo que leva seu nome, a britânica que arrasta uma legião de fãs desde os meados dos anos oitenta com seu estilo soul/jazz. Não há como duvidar que mesmo se mantendo longe dos holofotes durantes grandes hiatos ela sempre consegue se manter um degrau acima da maioria das cantoras com seu charme, classe e talento. No coração de milhões ficaram Smooth Operator, No Ordinary Love, By Your Side e The Moon And The Sky.

21.Céline Dion
Uma das rainhas que dominaram os anos noventa, a canadense de descendência francesa se tornou uma das maiores vendedoras de CD's de todos os tempos, mas não por acaso. Juntando um sequência de sucessos arrasa quarteirões e uma voz incomparável ela foi lançada ao Olímpio das grandes estrelas mundiais onde sempre vai ficar. Assim como My Heart Will Go On (para o bem ou para o mal), Because You Loved Me, Beauty and the Beast e suas versões para Beauty and the Beast e The Power of Love.

A Invasão do Alternativo

Cough Syrup
Young the Giant

Já disse recentemente sobre a tendência de artistas alternativos ganharem destaque no mainstream. Pode ser apenas uma onda, mas pelo menos é um sinal que existe público para todos. E melhor: há um público que está sofisticando seu "paladar" auditivo.

A banda Young the Giant é um desses expoentes mais promissores do gênero e é fácil saber por quê. Em Cough Syrup, lançado por eles como segundo single do álbum debut homônimo e cantado em um dos episódios de Glee, o grupo faça uma canção fiel ao conceito do alternativo, mas ao mesmo tempo uma ode delicada sobre mudar de vida, sair da mesmice. O trabalho instrumental é impecável dando atenção a construção de uma atmosfera graciosa que gruda na cabeça. Outro momento perfeito são os vocais de Sameer Gadhia dando vida para uma canção tão cheia de pequenas emoções, mas catalisador de uma sensação de satisfação ao final que preenche cada espaço vazio de quem ouve a música. E cada vez mais tem gente ouvindo.
nota: 8

24 de março de 2012

Primeira Impressão

MDNA
Madonna

"Madonna não fez um ótimo álbum pop, ela fez um ótimo álbum da Madonna"


Nick Levine, BBC Online. 




Essa é a melhor definição para descrever décimo segundo álbum de inéditas da Rainha do Pop. MDNA foi "vazado" essa semana e já está causando o que um trabalho da Madonna merece. Não só pelo fato de ser apenas um trabalho da Madonna, mas ser um álbum digno dos melhores elogios possíveis.


Mais uma vez, a mulher mais importante do mundo da música, se reinventou. Dessa vez, ela encarna a "adolescente de 53 anos querendo desabafar sobre o ex-marido". Contudo, ela deixa de lado aquele pop chiclete farofa sem falar nada com nada que fez em Hard Candy para uma sonoridade mais sombria, estilizada e pop de verdade. A escolha pelo time limitado de produtores faz com que MDNA tem uma coerência centralizada em um plano sequência de sonoridade começando por um tom mais dark, passado aos poucos para pop mais despretensioso, depois chegando um eletropop moderno mais cadenciado para dar espaço para as baladas pop e terminando em um pop mais tradicional com mistura de R&B na versão deluxe. Uma colcha de retalhos extremamente bem costurado sem deixar as remendas amostra devido ao fato de produções precisas e inspiradas em quase todas as faixas. Não é o álbum mais comercial dela, mesmo assim é um álbum pop genuíno. Madonna volta aos bons tempos onde ela realmente consegue enganar quem ouve achando que ela tem uma voz poderosa. Sabendo equilibrar efeitos e a voz natural dela durante todo o álbum, ela ganha destaque ao voltar a entoar baladas feitas para sua voz com a mesma maestria dos anos oitenta e devo admitir que é aqui seus melhores momentos vocais. Como já disse. o tema do álbum é basicamente sobre seu ex-marido, o cineasta Guy Ritchie. Finalmente, Madonna parece exorcizar ele de sua vida em letras muitos pessoais. Talvez sobre a luz de Adele, Madonna faz sua versão pop para o fim de um relacionamento. Nada muito genial, mas tem momentos ótimos e de puro "madonnisse". Isso fica claro em genial Gang Bang, a melhor música dela em anos. Na faixa ela dispara que quer atirar na cabeça dele e mandá-lo para o inferno. E só foi eu que percebei, mas o "bicth" que ela fala tanto na música seria quase o nome do ex-marido disfarçado? Já que "bitch" e "Ritchie" tem o mesmo som ao falar. De qualquer forma, uma produção inspiradíssima com uma sonoridade ousada e original fecha o pacote apenas como a Madonna consegue fazer. Em I Don't Give A, ela finca os pés em um pop mais chiclete sem perder o clima de vamos malhar o "Judas" e desabafar mais um pouco. A batida leve, descártavel e dançante conquista desde o primeiro segundo. E o que falar de Nicki Minaj entregando um verso genial e finalizando com a frase do ano: "There's only one queen, and that's Madonna/ Bitch!". E a canção ainda termina apoteótica com um coral evocando a supremacia da Rainha do Pop. Em Turn Up The Radio é feito o "hino de estádio" do álbum. Já consigo ver uma multidão em um estádio cantando a canção em um só coro. Apesar de ssas três músicas serem os pilares, outros momentos inspirados ajudam a elevar o álbum: os divertidos singles Girl Gone Wild e Give Me All Your Luvin', Some Girls com inspiração da cantora Robyn e a cinica I'm a Sinner. Nas baladas tenho que reconhecer que Masterpiece é bonitinha, Love Spent é honesta enquanto Falling Free é lindamente grandiosa. Contudo, é na R&B/pop I Fucked Up sua melhor canção romântica mostrando sua culpa e pedindo desculpa pelo fim do casamento. Infelizmente, existe alguns tropeços. A chatinha Superstar parece saído do álbum da Katy Perry, I'm Addicted não convence, Beautiful Killer é dispensável e B-Day Song é o disperdicio do talento da M.I.A. A pior é o remix do LMFAO para Give Me All Your Luvin'. Graças a Deus é apenas um bônus na versão deluxe e não chega atrapalhar o álbum. Enfim, Madonna voltou como ela é: sendo a Madonna que o mundo conhece.

19 de março de 2012

E o EUA Que Se Dane!

Troublemaker
Taio Cruz

Vocês sabiam que o Taio Cruz lançou um novo álbum? Não? Então, não se preocupe! Além dele nem ser tão relevante, Taio resolver lançar TY.O só no mercado europeu. Parece até que se um artista não lançar algo nos Estados Unidos é um afronta, um pecado. Não. Porém, para um artista que faz a farofa do eletropop deixar passar o maior mercado é no mínimo muito estranho e arriscado. Para não dizer burrice.

Troublemaker, segundo single do CD, foi lançado oficialmente no começo do ano é a melhor canção lançada por ele desde que sua carreira estourou. Não que seja uma arrebatadora obra de arte, mas um trabalho mais decente em termos de "farofada". Mais divertida na elaboração do arranjo dando uma quebrada no batidão do eletropop tradicional, mas volta ao "normal" em um refrão passável. Com uma produção menos histérica para os vocais e composição que consegue ser até divertida, Taio Cruz faz uma farofa comivel. E que os EUA vai demorar para experimentar.
nota: 6,5

18 de março de 2012

A Linda Garota Que é a Rainha do Pop e Resolveu Ser a Boa Garota que Ficou Selvagem

Girl Gone Wild
Madonna


Sabe como medir o poder de uma estrela da música de verdade? É ver o quanto ela pode repercutir mesmo sem fazer "sucesso". Explicando: mesmo sem alcançar o sucesso comercial esperado para Give Me All Your Luvin'  no mercado (principalmente nos EUA e no UK), Madonna ainda saiu com o saldo positivo devido ao esquema de divulgação. Show no maior evento esportivo do mundo com direito a polêmica, clipe ótimo e todos os veículos especializado falando dela. Tudo que a Madonna quer e sempre faz. Para continuar a divulgar MDNA, ela lançou a canção Girl Gone Wild. Até agora, mercadologicamente falando, a canção está sendo um flop. Contudo, no teor "Madonna de fazer as coisas" ela vai indo de vento e poupa. Além de repercutir na internet, o teaser do clipe promete Madonna fazendo o que sabe melhor: ser a Madonna.

Girl Gone Wild não é uma obra de arte pop, mas consegue bons resultados. Mesmo parecendo com o atual pop, o single é divertidamente descartável. Sua composição é seu calcanhar de Aquiles. Ela começa cheia de classe com um discurso síníco de Madge assumindo seus pecados (acho que a versão single não tem), mas perde tudo em uma letra cheia de clichês do pop. Até tem um refrão grudento, mas faltou aquele toque da Rainha do Pop. Se ela erra aqui, acerta em cheio na produção. Com Madonna e Benny e Ale Benassi na produção, Girl Gone Wild se torna um pop dance dançante viciante e sem precisar ser histérico. Tudo bem amarrado com Madonna mostrando que é possível cantar com auto tune e não perder a "personalidade" vocal. Pelo que já foi dito de quem já ouviu o MDNA, tita Madge está escondendo o ouro e a sua volta promete ser o "comeback" da Rainha do Pop. Que seja verdade!
nota: 7

17 de março de 2012

2 por 1 - B.o.B

Play the Guitar (feat. André 3000)
So Good
B.o.B

Preparando para lançar seu segundo, o rapper B.o.B lançou dois singles e pelo que foi mostrado tem coisa muito boa vindo por aí. Começo pela parceria com o André 3000.


Play the Guitar é uma produção inspirada de Salaam Remi, conhecido pelos trabalhos com o rapper Nas e Amy Winehouse. Uma mistura refinada de rap e hip hop com pop rock com uma produção instrumental grandiosa, estilosa com diversas nuances e uso de instrumentos diferentes para o estilo que dá ainda mais personalidade para a canção. A presença da outra cara da dupla OutKast, André 3000 sempre é inspirada seja em qualquer canção que ele participa enquanto B.o.B entrega com classe sua parte.

Em So Good, o produtor Ryan Tedder faz sua versão de "balada com selo de Ryan Terdder para um rapper". A mistura causa certo estranhamento já que Ryan coloca sua marca bem visível na construção da música, contudo dando uma mudada com uma batida mais marcada. Uma letra divertida misturando referências de lugares no mundo numa tentativa do narrador de conquistar a garota. Bem amarrada e com um refrão encantador dá para So Good o toque romântico necessário. O problema da canção são os vocais de B.o.B. Não que o rapper não faça o dever de casa bem, mas o tom produção não é tão apropriado para um rap. Então, fica tudo no meio caminho de cantar / fazer rap. Porém, a música consegue terminar com saldo positivo. E esperar para ver se a promessa de um bom álbum será cumprida.
nota
Play the Guitar: 8
So Good: 7,5

16 de março de 2012

Tu Não é a Selena, né?

Give Your Heart a Break
Demi Lovato

Sabe qual a principal diferença entre a Demi Lovato e a Selena Gomez? É que a primeira não é a segunda. Enquanto a senhora Bieber consegue manter um certo interesse constante por sua carreira, Demi não consegue o mesmo feito. Depois do pico de sucesso de Skyscraper ela deu uma bela sumida. Tanto que o segundo single de Unbroken, Give Your Heart a Break nem fez cocégas nas paradas ou na mídia. Pode ser um erro de quem administra a carreira dela, mas o fato é que a canção é um grande flop.

Give Your Heart a Break é um pop dançante bem amarradinho que não se mostra histérico como outras canções dela no passado, mas que peca ao não dar uma cara mais definida para a Demi. Tem uma produção até legal usando um arranjo mais pomposo, mas é tudo muito genérico e "plano", quer dizer, sem nenhum momento poderoso. Letra fraca e sem um refrão cativante. Enquanto isso, Demi está até razoável. Só que mais uma vez, a produção não dá para ela personalidade suficiente. Faltou uma "meia Selena" para a Demi se destacar.
nota: 6

Salva Sia

Wild Ones (feat. Sia)
Flo Rida

Há sempre um lado bom em quase tudo na vida. Por exemplo, apesar de mediocridade do single Wild Ones do rapper Flo Rida, temos ver que o lado bom é a cantora Sia ganhando ainda mais destaque depois do sucesso internacional de Titanium.

Segundo single do próximo álbum do rapper, a canção segue o esquema de "rap + dance + refrão cantado = sucesso farofa". Pelo menos em Wild Ones temos algumas coisas boas: 1° temos a Sia salvando a canção com sua presença carismática e poderosa de sua que poderia ter sido muito mais aproveitada, e; 2° a canção não destrói uma lenda da música. Se não fosse pela Sia seria um desastre total.
nota: 6

15 de março de 2012

Para Vaqueiros de 2012

Tattoos On This Town
Jason Aldean

Quem disse que os brutos não amam? Depois do sucesso de Don't You Wanna Stay, o cantor country Jason Aldean lançou a boa Tattoos On This Town.

A canção mostra que você pode fazer uma canção romântica sem precisar ser piegas no sentido de não precisar de um arranjo meloso e tristinho para passar emoção. Uma produção limpa e bem trabalhada ajudou a fazer os vocais de Jason ganharem força. Letra bem construída termina o pacote com elegância. Canção perfeitas para vaqueiros que tem bom gosto.
nota: 7,5

14 de março de 2012

Duelo de Iguais

                                                               Rehab

                                         Amy Winehouse x Rihanna

Mais um Duelo entre duas músicas que tem o mesmo nome. Dessa vez, a disputa vai ser com a lenda Amy Winehouse e a Rihanna cada uma com sua Rehab.

1.Sucesso

Mesmo que com o bom desempenho do single da RiRi é quase inegável que o maior sucesso é o da Amy.

Amy (1) x RiRi (0)

2.Vocais

RiRi se segura bem além de ter Justin Timberlake como back, mas Amy colocou a sua marca vocal já no começo da canção criando uma lenda.

Amy (2) x RiRi (0)

3.Letra

A metáfora da "rehab" com o amor da canção da RiRi poderia ter sido mais emblemática, então é fácil perceber a complexidade que Amy colocou na sua carta aberta sobre sua vida.

Amy (3) x RiRi (0)

4.Refrão

"They tried to make me go to rehab / But I said 'no, no, no'". Sem mais.

Amy (4) x RiRi (0)

5.Arranjo

O soul "retrô" em um produção memorável não deixa chance para a canção da RiRi.

Amy (5) DE LAVADA x RiRi (0)

12 de março de 2012

Delicada Surpresa

I Won't Give Up
Jason Mraz

Devo confessar que quando vi que o Jason Mraz estava lançando um trabalho novo pensei: "E lá vamos nós de novo começar com aquele lengalenga de música de ouvir na praia". Sim, tive um pouco de preconceito, admito. E dei com a cara no muro como poucas vezes.

I Won't Give Up, primeiro single oficial do álbum Love Is a Four Letter Word, é uma delicada e sensível balada pop. Cativante desde o primeiro momento com Jason mostrando um lado novo e surpreendente. Vocais carregados de emoção e com um tom poderoso mostrando uma versatilidade impressionante. Ainda mais quem tem a chatinha I'm Yours na cabeça. A emoção continua com a composição romântica e cativante ao tentar recuperar um amor. Um belo trabalho sem dúvida nenhuma. E que arranjo avassalador foi feito para I Won't Give Up! Mesmo a base de violão, ele vai crescendo aos poucos em um instrumental que lembra muito a da trilha do filme O Segredo de Brokeback Mountain (uma das mais belas dos últimos tempos). Quem dera eu tivesse essa surpresa todo dia.
nota: 8,5

10 de março de 2012

As 50 Maiores Cantoras de Todos os Tempos

Part. I
Part. II
Part. III
Part. IV


Part. V

30.Björk
Estranha. Polêmica. Diferente. Esses adjetivos apenas descrevem um pouco do que essa islandesa representa para a música, mas no mesmo nível que sua genialidade e importância.

29.Christina Aguilera
A última grande voz americana a surgir, a dona de hits como Genie In a Bottle e Beautiful é sem dúvida a melhor cantora da sua geração mesmo enfrentando altos e baixos na carreira.

28.Natalie Cole

Se o ditado vale realmente, ela é a maior representando que "filho de peixe, peixinho é". Filha da lenda de jazz Nat King Cole, ela provou que merecia um lugar para ela na história da música.

27.Maria Bethânnia
A maior cantora viva brasileira é uma das maiores interpretes da língua portuguesa. Pena que parte da nova geração não conhece a sua genialidade.

26.Annie Lennox
A voz e o rosto do Eurythmics e a diva ícone de milhares de pessoas que se encantaram pela beleza física, o talento mutante e o voz marcante.

Pérola Pop

Canção: Pearl
Artista:
Katy Perry
Álbum:
Teenage Dream
Ano:
2010

Enquanto se espera o relançamento de Teenage Dream e o single Part of Me está no top dez da Billboard atualmente, devemos lamentar que Katy Perry deixou de lado algumas música do álbum. Uma delas é a ótima Pearl. A faixa segue um caminho bem diferente que a Katy faz durante o álbum e até mesmo do pop atual. Uma balada mid-tempo com tom épico devido uma produção pomposa e vocais poderosos de Katy. O que chama atenção é a letra. Autoral, Katy fala de uma garota abusada (no contexto superficial psicologicamente, mas poderia ser fisíco também) por seu namorado fazendo ela se anular para o mundo. Bem estrutura e cheias de citações interessantes é a prova que a Katy pode ir um pouco mais além. O que ela, normalmente, não prefere.

9 de março de 2012

Quem São?

We Are Young (feat. Janelle Monáe)
Fun.

Somebody That I Used to Know (feat. Kimbra)
Gotye

Não sei se vocês reparam, mas estamos vivendo um momento "anormal" no mundo da música. Os dois maiores sucessos tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra são de artistas desconhecidos e de estilos alternativos. Para começar temos a banda Fun. com o hit We Are Young.

Seguindo uma linha mais pop rock alternativo, a banda Fun. lançou seu segundo álbum, Some Nights, em Fevereiro passado. Chegando ao terceiro lugar da Billboard com cerca de 70 mil cópias na primeira semana de lançamento. Tudo isso devido ao sucesso do primeiro single We Are Young que foi ajudado após ser feito um cover na série Glee e a empresa Chevrolet usá - la em um comercial no Super Bowl. Sem nenhum apelo para o mainstream de hoje, We Are Young é uma canção estranha, com composição inspirada e uma produção grandiosamente alternativa. Ela segue um fluxo diferente crescendo aos poucos em um arranjo grandioso, pegajoso e bem estruturado. A composição é o grande ponto forte do single. Tocante em retratar de maneira quase poética o fim de um relacionamento e ao mesmo tempo tem um toque pop e divertida. Mesmo com os vocais certos para o tom da canção, a banda perde uma oportunidade de transformar a canção em um trabalho genial ao dar pouco espaço para a participação de Janelle Monáe. A cantora poderia elevar a canção em momentos sublimes, mas seu backvocal de luxo se perde no final da música.

Se o Fun. está fazendo sucesso, o cantor australiano - belga Gotye está fazendo muito mais. Em primeiro lugar na parada britânica já faz três semanas e em 9° na dos Estados Unidos, além de vários primeiros lugares ao redor do mundo, seu single Somebody That I Used to Know já pode ser considerado o maior sucesso até agora do ano. E é um feito enorme para um cantor quase desconhecido e com um canção completamente não - comercial.

Somebody That I Used to Know é balada rock alternativa de "dor de cotovelo" de gente "alternativa". A letra da canção é sofisticada, apesar do seu tema. Gotye faz um íncrivel realato sobre as amarguras de um fim de relacionamento de maneira adulta e refinada, mas com emoção:

Você pode ficar viciado em um certo tipo de tristeza
Como renúncia no final, sempre no final
Então, quando descobrimos que não podíamos fazer sentido
Bem, você disse que ainda seríamos amigos
Mas eu admito que eu estava feliz que isso acabou

A pegada mais simples e delicada do arranjo em uma base mais artística com a inserção de instrumentos não tão comuns no mainstream e as nuances entre as partes mais emotivas é cativante. Assim como a música do Fun., a canção peca pelos vocais do featuring, aqui a também desconhecida Kimbra que não acrescenta muito para a canção. De qualquer forma, entre acertos e erros é muito bem ver que ainda existe lugar para qualidade fazendo sucesso. E saber se isso é passageiro ou é a mais nova onda.

nota
We Are Young: 8
Somebody That I Used to Know:7,5

8 de março de 2012

Faixa Por Faixa-Ranking 2

Completando 19 álbuns resenhados pelo SoSingles no Faixa por Faixa chegou a hora de saber com ficou o ranking de melhores álbuns até agora

1°Lungs
Florence + the Machine
8,15

2°Late Registration
Kanye West
8,10

3°Carnival Ride
Carrie Underwood
7,92


4°Back to Basics
Christina Aguilera
7,81

5°Ray of Light / Rockferry
Madonna / Duffy
7,75

6°.I'm Not Dead
P!nk
7,61

7°As I am
Alicia Keys
7,63

8°Jennifer Hudson / Stripped
Jennifer Hudson / Christina Aguilera
7,6

9°B'Day
Beyoncé
7,59


10°Aphrodite
Kylie Minogue
7,53 


11°I Am...Sasha Fierce
Beyoncé
7,45


12°19
Adele
7,32


13°Rated R
Rihanna
6,96


14°Spirit
Leona Lewis
6,84

15°Memoirs of an Imperfect Angel
Mariah Carey
6,17

16°One Of The Boys
Katy Perry
6,15

17°Blackout
Britney Spears
6,1

Faixa Por Faixa

CD: Lungs
Artista: Florence + the Machine
Gênero: Indie pop, indie rock, baroque pop, art rock, soul
Vendagem: Cerca de 2,3 milhões
Singles/Peak na Billboard: Kiss With A Fist (51° UK), Dog Days Are Over (21° US, 23° UK), Rabbit Heart (Raise It Up) (12° UK), Drumming Song (54° UK), You've Got The Love (5° UK), You Got the Dirtee Love (2° UK), Cosmic Love (51° UK), Heavy In Your Arms (53° UK)

Grammy

Indicações 2011
Best New Artist
Ano: 2009

O projeto musical liderado pela britânica Florence Welsh intitualdo Florence + The Machine chamou a atenção da critica inglesa antes do lançamento do primeiro álbum. Após o lançamento de Lungs, o grupo foi aclamado pelos imprensa especializada pela sonoridade estilizada e poderosa. Logo de cara o álbum foi sucesso na Inglaterra vendendo cerca de 60 mil cópias na primeira semana ficando em 2° lugar. Depois, conseguindo se manter no top 10 por várias semanas, chegou ao primeiro lugar. O destaque que ganhou chamou a atenção nos Estados Unidos. O single Dog Days Are Over recebeu um acolhimento expressivo e logo após a sensacional apresentação no VMA de 2010, o álbum deu uma quinada na parada americana. Infelizmente, o álbum só resultou em uma indicação de melhor Novo Artista no Grammy, apesar de ter vencido como Melhor Álbum do Brit Awards.

Faixas

1.Dog Days Are Over: "(...) é sem dúvida a canção mais interessante a fazer sucesso esse ano.Longe de qualquer apelo radiofônico e com o pé no indie,o single é um bela pedida para quem cansou de GaGa & Cia.Começa com um solo de banjos em um clima delicado.Com o decorrer dos primeiros acordes a música começa a ganhar uma batidas de palmas mudando o ritmo.E assim vai numa montanha russa musical misturando partes mais suaves com outras de puro "batidão" indie.Tudo isso é costurado de maneira perfeita que você se deixa levar pela canção acompanhando a letra de auto ajuda nonsence que fala de cavalos,cães e balas de felicidade.Isso fica mais em evidencia no final explosivo que dá vontade de gritar que os meus "dias de cães acabaram".A vocalista Florence(o nome da banda funciona como o Marina & the Diamonds e o clássico Bon Jovi) é de limpada e deliciosa nos momentos calmos e consegue sustentar os mesmos mais frenéticos.Isso tudo direto do túnel do tempo."
nota:8



2.Rabbit Heart (Raise It Up): O medo é o grande destaque da faixa. Produzida por Paul Epworth em uma inspiradíssima criação de arranjo que remete a uma atmosfera lúdica e psicodélica numa busca da Alice No País das Maravilhas dark. Florence carrega a canção com graça e uma ternura cativante.
nota: 9

3.I'm Not Calling You A Liar: A canção mais romântica do álbum é uma versão mais contida da explosão sonora que das duas faixas iniciais. Em uma delicada e suave performance vocal, Florence dá uma textura sedosa para a canção que mesmo sendo menos elaborada tem um produção instrumental genial e uma harpa linda no fundo. A composição mais direta de Lungs sem usar metáforas elaboradas.
nota: 8,5

4.Howl: Buscando uma sonoridade mais soul rock, a faixa mostra um lado mais sombrio, quase cadavérico, de um amor destruidor. Florence encarna uma besta em busca de amor com um lado cínico e frio. Trabalho excepcional na composição que cria momentos poderosos como em "Como uma criança possuída/ A besta uiva em minhas veias/ Eu quero encontrar você/ E arrancar toda a sua ternura".
nota: 8,5


5.Kiss With A Fist: Apesar da sonoridade mais interessantes do álbum (uma mistura de punk rock com canções de ciranda), a faixa é a mais fraca do álbum. Não que tem uma letra divertida falando em metáfora sobre problemas em um relacionamento (apesar de parecer ser sobre violência domestica) ou vocal inspirado de Florence, faltou algo para fazer a canção brilhar.
nota: 7

6.Girl With One Eye: Se faltou algo na faixa anterior, aqui todas as peças se encaixam maravilhosamente no momento mais poderoso do CD. Uma colcha de retalhos costurados com esmero e produzidos com genialidade. Uma viagem entre o rock e soul dos anos setenta que mostra um domínio de interpretação vocal e controle impressionantes. Um trabalho acachapante de arranjo com várias e divinas nuances entre "calmo" e "agitado". Genial, não mais.
nota: 9,5

7.Drumming Song: Uma canção hipnotizante. Como o próprio nome diz, a faixa é tem uma grande presença de tambores dá para a canção uma atmosfera poderosa e sombria para falar de amor. Grande composição completa o pacote.
nota: 8,5

8.Between Two Lungs: Mesmo não sendo um grande momento do álbum, a música ganha pela simpliscidade em um arranjo contido e mais intimista. Florence parece quase entoando uma prece com um glorioso grupo de back vocal.
nota: 7,5

9.Cosmic Love:  A versão para a definição de música épica para o grupo. Mesmo com toda a sua personalidade impregnada na canção, a faixa é uma das mais comerciais. Não que isso aqui seja um problema, mas comprova que nem tudo precisa seguir uma regra de "fabricação". Músicas "diferentes" podem ser vendáveis e ao mesmo tempo geniais e originais.
nota: 9

10.My Boy Builds Coffins: Uma produção doce para uma composição poética e lindamente construída com metáforas sobre a vida e morte.
nota: 8,5

11.Hurricane Drunk: Numa produção mais R&B/pop indie Florence entrega sua performance mais "mainstream" mostrando um lado doce, mas com vigor lembrando cantoras de R&B dos anos noventa. Letra de "pé na bunda e volta por cima" em uma pegada adulta.
nota: 8,5


12.Blinding:  Se o álbum estava para um lado mais pop, aqui ele se volta para uma atmosfera mais dark e pesada. "Não mais sonhar com os mortos como se a própria morte foi desfeita" declara Florence em uma composição forte e cheia de lirismos e uma presença quase tocável do grande arranjo.
nota: 8,5


13.You've Got The Love: Regravação deu uma música "pop dance/disco" de The Source e Candi Staton, o grupo transformou em um delicioso soul e pop.
nota: 8,5

Outras Músicas*

*Como o álbum tem várias versões e nele tem remixes, demos, acústicas e ao vivo vou apenas resenhar aquelas que são inéditas.

Bird Song Intro/ Bird Song: Trabalho simples, mas com um marcante arranjo e letra forte.
nota: 7,5

Falling: A música vai aos poucos crescendo e termina em um bom solo instrumental.
nota: 7,5

Hardest Of Hearts: Música poderosa e passional em todos os sentidos.
nota: 8

Swimming: A composição lembra o principal tema do próximo álbum do grupo. Uma faixa inspirada, mas que merecia maior destaque.
nota: 8

Are You Hurting The One You Love?: Devido ao fato de ser um b-side faltou um trabalho mais cuidadoso na produção, mesmo assim a canção é muito bem produzida e nem de longe lembra ser um "resto".
nota: 7,5

Heavy In Your Arms: "Lançada para promover o relançamento do álbum Lungs, a canção tem até uma atmosfera soturna, dark e pesada. Porém, tão madura e "indie" que fica muito estranho pensar que os fãs acéfalos da saga de vampiros machistas e misóginos, possam ouvir e entender a real mensagem da música. Com os vocais competentes e estranhos (de uma maneira fabulosa) da vocalista Florence a música parece muito mais tema de Cisne Negro. Pesada, inteligente, surreal e nada comercial. O único defeito é que ela é pouco longa demais. Que bom que ainda restam artistas que conseguem ser melhores que as aparências, ou melhor, as aparências que os outros querem colocar em cima deles."
nota: 7,5


You've Got the Dirtee Love (Live at the Brit Awards 2010):  Mesmo não melhorando a canção, essa versão ao vivo mostra a versatilidade do grupo ao mistura seu estilo com rap.
nota: 7,5

4 de março de 2012

Super Bass 2 - A Vingança de Roman

Starships
Nicki Minaj

Eu já disse isso e repito: Nicki Minaj é a melhor cantora pop da atualidade. A frase parece estranha, mas é o que está acontecendo com a rapper. Visando o mercado comercial, Nicki vai se dedicado um bom espaço da carreira para mostrar seu lado "Britney" seja ao lado da Rainha do Pop ou do David Guetta. Sem deixar de lado rapper ou mesmo o hip hop ela vai conseguindo ótimos resultados com seu lado pop. A mais nova aposta é a canção Starships, primeiro single oficial de Pink Friday: Roman Reloaded.

Depois de ver os singles promocionais com a pegada mais hip hop Roman In Moscow e Stupid Hoe meio que floparam foi decidido lançar algo mais comercial. Claro, a escolha não poderia ser mais acertada. Starships segue o esquema de Super Bass: rap + pop + dance = sucesso. O single já entrou na Billboard na nona colocação (uma posição acima do pico da parceria com a Titia Madge) e promete ser uma das músicas mais tocadas do ano. Nada mais natural que chamar o mega produtor RedOne que assina a co-produção. Dele veio a parte mais dance da canção que pela falta de originalidade enfraquece a canção. Tirando isso, a canção é ótima. A mistura entre o rap com Nicki fazendo sua entonação como sempre genial e o pop dos versos seguintes é primorosa mesmo que lembre o esquema de "violão" de Domino da Jessie J (sério que essa é a nova onda?). A letra é divertida ao menos com um pré-refrão e um refrão bem desenvolvidos e pegajosos. É Nicki, ou melhor, Roman mostrando o que é pop.
nota: 7,5

3 de março de 2012

O Cara Errado Que é Certo no Final das Contas

Turn Up the Music
Chris Brown

Já que o assunto foi colocado na mesa, vamos encerrar falando da outra parte do "imbróglio". Chris Brown ao que parece vai saindo de "mocinho" já que os olhos estão voltados na "cagada" que a RiRi vai fazendo ao aceita-lo de volta. Parece estranho falar isso, mas de uma maneira torta muito vão achar isso. Ele errou, pagou por isso e agora está recebendo os "frutos". Contudo, eu ainda o acho um idiota. Se não fosse a agressão que cometeu (devo admitir que ao menos lá nos EUA eles pagam por isso e ele cumpriu direito), ela ainda vem sendo um bundão em vários momentos nos últimos tempos. Porém, eu prezo por separar as coisas aqui no blog sempre (tentando) ter analises parciais. E isso fica claro em ao falar de Turn Up the Music.

Primeiro single oficial do álbum Fortune que vai ser lançado em Maio, Turn Up the Music é um dos melhores momentos dele nos últimos tempos musicalmente falando ainda mais nessa onda de eletropop que ele se meteu. Tudo isso graças ao trabalho dos produtores The Underdogs e do desconhecido Fuego que transforma a música em uma "bomba dançante". Perfeita para as pistas, Turn Up the Music é o dever de casa caprichado do que está bombando: batida contagiante, letra sem conteúdo que cola principalmente com o ótimo refrão e vocais vigorosos e bem trabalhos nos efeitos. Pelo menos na carreira o Chris está acertando.
nota: 7,5

2 de março de 2012

Querida RiRi, Vamos Conversar?

Talk That Talk (Feat. Jay-Z)
Rihanna

"Querida RiRi, que porra você está fazendo? Sério, featuring com o Chris Brown? Que tipo de mensagem você está querendo dar para o público? Mulher de malandro uma vez, sempre mulher de malandro? Parece machismo, mas não é. Vamos ser justos: o Chris Brown? Errou. Ele tem o direito de uma segunda chance? Sim. Você tem o direito de perdoá-lo? Claro. Mas aceita-lo em sua vida de novo? Que tipo de mensagem pe essa, gata? Sério? Ele te espancou! Desceu a porrada! Vamos imaginar que essa parceria seja apenas por "questões de markenting" , isso já não é vergonhoso o suficiente? E ao que parece, você está o aceitando na sua vida de novo. Sério? O que a gente faz com o Rated R? E as suas entrevistas daquela época? E o seu último single?


Sem obter nem um décimo do sucesso de We Found Love e conseguir ter menos destaque que You Da One, Talk That Talk foi lançado como o terceiro single do álbum homônimo. Quem saber isso ajudou a "parceria" com o Chris a se tornar single. Ao lado do seu mentor, Jay-Z, Riri você um R&B com batidas hip hop até legal, contudo que não chega perto do poder de Umbrella da vida. Mais que isso, Jay-Z rouba a música e deixa você como quase uma coadjuvante de luxo. E olha que o rap dele nem é ótimo. Boa produção de StarGate para um arranjo divertido e sensual. RiRi está ok, mas perde espaço pela letra bobinha e "sem" imaginação que resulta em versos com localização estranha e escassos. RiRi, sério não sei o que você está pensando, mas com certeza não sou eu que está ditando as regras. Fazer o que? Quem sabe um dia a gente se encontra.


Ass: Consciência da Rihanna"

nota: 6,5

1 de março de 2012

Efeito Cascata

Part Of Me
Katy Perry

E não é que a Katy Perry conseguiu mais um número um na Billboard? Part Of Me, sétima música ao alcançar o top da parada americana, mostrou a força midiática de Katy que após uma boa apresentação no Grammy viu a canção já estrear no número um. Isso só reflete o bom momento que ela se encontra na carreira, já que não é exatamente a melhor canção lançada por ela.

Primeiro single do relançamento de Teenage Dream, Part Of Me é uma canção "bleh". Nada muito ruim, mas longe e muito longe de ser realmente boa. Claramente escrita após o fim do casamento dela com o comediante Russel Brand, Part Of Me tem letra forte para os padrões de Katy. "Esta é a parte de mim/ Que você nunca tirará de mim" clama ela no refrão em uma composição rasa e sem muita força, apesar de amarradinha e viciante. Katy tem desempenho ok. O bom da música é sua pegada mais pop rock em sua produção sem esquecer do que está vendendo hoje em dia. Além disso, ela lembra vários outros sucessos como Domino da Jessie J e What Doesn't Kill You (Stronger) da Kelly Clarkson. Será o começo de uma nova sequência de sucesso para ela? Ou efeito cascata vai acabar aqui?
nota: 6