CD: Futuresex/Lovesounds
Artista: Justin Timberlake
Gênero: Pop, dance pop, R&B
Vendagem: Cerca de 10 milhões de cópias
Singles/Peak na Billboard: SexyBack (1°), My Love (1°), What Goes Around... Comes Around (1°), Lovestoned/I Think She Knows (17°) e Until the End of Time (17°).
Grammy
Vitórias
2007
Best Rap/Sung Collaboration (My Love feat. T.I)
Best Dance Recording (SexyBack)
2008
Best Dance Recording (Lovestoned)
Best Male Pop Vocal Performance (What Goes Around.../...Comes Around)
Indicações
2007
Album of the Year
Best Pop Vocal Album
2008
Record of the Year (What Goes Around.../...Comes Around)
Ano: 2006
Justin Timberlake tinha uma árdua missão de se firmar no mercado musical como artista solo após o sucesso do seu álbum debut Justified com o lançamento de Futuresex/Lovesounds. Só que ele foi muito mais além que apenas se fixar: Futuresex/Lovesounds é o marco para o nascimento de um dos principais nomes da música contemporânea mundial. Aliando-se aos produtores Timbaland, Danja e Rick Rubin (em especial o primeiro), Justin evolui sua sonoridade entregando um álbum pop primoroso. Com ajuda de uma construção de imagem perfeita aliada ao talento multifacetado de Justin, Futuresex/Lovesounds é um dos álbuns mais importante da recente história do pop.
30 de junho de 2013
29 de junho de 2013
Miley Só Para Altinhos
We Can't Stop
Miley Cyrus
Chegou a fase de que todas as cantoras que fazem sucesso na adolescência passam para chegar na idade madura, em especial na área musical, para a Miley Cyrus. É chegada a hora da menina virar mulher. Ela já mudou suas atitudes e o visual completamente deixando para trás a Hannah Montana e agora chegou a vez da sua sonoridade. A primeira amostra dessa nova fase é a canção We Can't Stop que promete ser uma dos seus maiores sucessos comerciais.
We Can't Stop é, o que eu chamo, de projeto de boa música. Ao contrário da sua colega Selena que errou em tudo, Miley mostra um pouco mais promissor na nova fase. Só que a produção de Mike WiLL Made It erra bastante na construção da ideia de fazer um "pop descolado/indie comercial" resultando em algo estranho e sem a força necessária para ser o que pretendia. Até mesmo a batida cadenciada é pensada demais assim com a composição que tenta fazer de Miley uma garota "fodona" com insinuações sexuais, mas acaba caindo no clichê de "vamos festejar". Miley não tem uma voz sensacional, mas se esforça ao máximo em uma atuação apenas ok. Uma coisa boa a canção possui: não tem a presença de um rapper. Quem disse que crescer é fácil, dona Miley?
nota: 5
Miley Cyrus
Chegou a fase de que todas as cantoras que fazem sucesso na adolescência passam para chegar na idade madura, em especial na área musical, para a Miley Cyrus. É chegada a hora da menina virar mulher. Ela já mudou suas atitudes e o visual completamente deixando para trás a Hannah Montana e agora chegou a vez da sua sonoridade. A primeira amostra dessa nova fase é a canção We Can't Stop que promete ser uma dos seus maiores sucessos comerciais.
We Can't Stop é, o que eu chamo, de projeto de boa música. Ao contrário da sua colega Selena que errou em tudo, Miley mostra um pouco mais promissor na nova fase. Só que a produção de Mike WiLL Made It erra bastante na construção da ideia de fazer um "pop descolado/indie comercial" resultando em algo estranho e sem a força necessária para ser o que pretendia. Até mesmo a batida cadenciada é pensada demais assim com a composição que tenta fazer de Miley uma garota "fodona" com insinuações sexuais, mas acaba caindo no clichê de "vamos festejar". Miley não tem uma voz sensacional, mas se esforça ao máximo em uma atuação apenas ok. Uma coisa boa a canção possui: não tem a presença de um rapper. Quem disse que crescer é fácil, dona Miley?
nota: 5
28 de junho de 2013
Primeira Impressão
Me, You & the Music
Jessica Sanchez
Se nos últimos anos não está fácil para os realities musicais continuarem, imagina para os ex-participantes, principalmente aqueles que não venceram. Esse é o caso da vice-campeão do ano passado do American Idol Jessica Sanchez que lançou seu primeiro álbum intitulado Me, You & the Music recentemente. O trabalho vendeu apenas 14 mil cópias atingindo a posição de 26° na Billboard. Pelo menos, ela pode se orgulhar de ter feito um bom álbum.
Me, You & the Music faz com aquela cantora de voz poderosa seja "adequada" para caber dentro dos limites do pop. Só que em vez de perder toda a sua qualidade e o que fez ela ser destaque no AI, a produção acerta no equilíbrio entre esse aspecto e o fato que é necessário faze-la comercial. Mesmo com certos limites impostos e ainda em busca de sua verdadeira personalidade já que podemos ouvir claramente as influências de nomes como Mariah, Whitney, Christina e outras, Jessica faz um trabalho excelente mostrando versatilidade e controle em qualquer tipo de música seja as mais dançantes até as baladas. A produção dá para Me, You & the Music uma cara quase genérica demais misturando pop, dance pop e R&B sem extrair nada de novo, mas o trabalho é muito bem feito fazendo com que Me, You & the Music consiga um bom resultado no final. É impossível nãos me deixar emocionar pela bela Crazy Glue ou pela triste Plastic Roses. Mesmo seguindo um caminho Kelly Clarkson encontra Rihanna em Don't Come Around podemos ouvimos uma cantora que tem tudo para estourar comercialmente assim como a graciosa In Your Hands. Pena que Jessica tenha aparecido só agora, pois ela poderia ter rendido muito mais nos tempos de glória do American Idol.
Jessica Sanchez
Se nos últimos anos não está fácil para os realities musicais continuarem, imagina para os ex-participantes, principalmente aqueles que não venceram. Esse é o caso da vice-campeão do ano passado do American Idol Jessica Sanchez que lançou seu primeiro álbum intitulado Me, You & the Music recentemente. O trabalho vendeu apenas 14 mil cópias atingindo a posição de 26° na Billboard. Pelo menos, ela pode se orgulhar de ter feito um bom álbum.
Me, You & the Music faz com aquela cantora de voz poderosa seja "adequada" para caber dentro dos limites do pop. Só que em vez de perder toda a sua qualidade e o que fez ela ser destaque no AI, a produção acerta no equilíbrio entre esse aspecto e o fato que é necessário faze-la comercial. Mesmo com certos limites impostos e ainda em busca de sua verdadeira personalidade já que podemos ouvir claramente as influências de nomes como Mariah, Whitney, Christina e outras, Jessica faz um trabalho excelente mostrando versatilidade e controle em qualquer tipo de música seja as mais dançantes até as baladas. A produção dá para Me, You & the Music uma cara quase genérica demais misturando pop, dance pop e R&B sem extrair nada de novo, mas o trabalho é muito bem feito fazendo com que Me, You & the Music consiga um bom resultado no final. É impossível nãos me deixar emocionar pela bela Crazy Glue ou pela triste Plastic Roses. Mesmo seguindo um caminho Kelly Clarkson encontra Rihanna em Don't Come Around podemos ouvimos uma cantora que tem tudo para estourar comercialmente assim como a graciosa In Your Hands. Pena que Jessica tenha aparecido só agora, pois ela poderia ter rendido muito mais nos tempos de glória do American Idol.
Um Dueto a Mais
Tonight (feat. Ne-Yo)
Jessica Sanchez
Primeiro single de Me, You & the Music da Jessica Sanchez, Tonight é um bom dueto com o Ne-Yo, mas fica o sensação de mais um na multidão ainda mais se comparado com os outros lançados esse ano.
A canção produzida pelo grupo StarGate é uma interessante mistura entre pop dançante e R&B, mas que erra em não entregar algo fora do lugar comum. A disposições entre Jessica e Ne-Yo é legal e diferente do dueto tradicional e suas performances são corretas sem empolgar muito. Também acontece com a composição que não sabe muito bem se segue um caminho romântico ou de festa. Não que seja ruim, mas é apenas um dueto a mais.
nota: 6
Jessica Sanchez
Primeiro single de Me, You & the Music da Jessica Sanchez, Tonight é um bom dueto com o Ne-Yo, mas fica o sensação de mais um na multidão ainda mais se comparado com os outros lançados esse ano.
A canção produzida pelo grupo StarGate é uma interessante mistura entre pop dançante e R&B, mas que erra em não entregar algo fora do lugar comum. A disposições entre Jessica e Ne-Yo é legal e diferente do dueto tradicional e suas performances são corretas sem empolgar muito. Também acontece com a composição que não sabe muito bem se segue um caminho romântico ou de festa. Não que seja ruim, mas é apenas um dueto a mais.
nota: 6
27 de junho de 2013
New Faces Apresenta: "As Garotas Que Vieram de Longe"
I Love It (feat. Charli XCX)
Icona Pop
Uma bela história para vocês: era uma vez duas jovens garotas (Caroline e Aino) que moravam na longínqua
Suécia que um dia se encontraram em uma festa e decidiram montarem um duo de música pop com influência de eletropop, rock e punk. Elas se chamaram de Icona Pop. Com a aprovação de vários jornalistas especializados, elas lançaram o seu álbum debut homônimo no final do ano passado. Então, como em uma passe de mágica, o single I Love It virou hit.
A canção tem como a sua principal qualidade o fato de ter uma concepção diferente do que se está ouvindo atualmente: usando suas influências diferentes, elas conseguem construir uma canção original mesmo que na superfície pareça mais do mesmo. Sem muitos atributos vocais, as duas fazem um trabalho decente nos vocais combinando com a composição indie divertida que mostra o lado "cool" da dupla. Com um 7° lugar na Billboard americana e bons resultados em vários mercados ao redor do mundo, Icona Pop foi feliz até seu próximo sucesso. Ou não.
nota: 7
Icona Pop
Uma bela história para vocês: era uma vez duas jovens garotas (Caroline e Aino) que moravam na longínqua
Suécia que um dia se encontraram em uma festa e decidiram montarem um duo de música pop com influência de eletropop, rock e punk. Elas se chamaram de Icona Pop. Com a aprovação de vários jornalistas especializados, elas lançaram o seu álbum debut homônimo no final do ano passado. Então, como em uma passe de mágica, o single I Love It virou hit.
A canção tem como a sua principal qualidade o fato de ter uma concepção diferente do que se está ouvindo atualmente: usando suas influências diferentes, elas conseguem construir uma canção original mesmo que na superfície pareça mais do mesmo. Sem muitos atributos vocais, as duas fazem um trabalho decente nos vocais combinando com a composição indie divertida que mostra o lado "cool" da dupla. Com um 7° lugar na Billboard americana e bons resultados em vários mercados ao redor do mundo, Icona Pop foi feliz até seu próximo sucesso. Ou não.
nota: 7
26 de junho de 2013
Primeira Impressão
I Am Not A Human Being II
Lil Wayne
Mesmo com a filosofia de tentar englobar o máximo possível de estilos aqui no blog, nunca vou poder estar cem por cento por dentro de todos. Acredito que para entender de maneira completa certos estilos eu precisaria estar integrado na cultura em que eles são feitas e são destinadas. Então, isso seria importante para compreender exatamente todas as características da sonoridade que o Lil Wayne e CIA fazem. Contudo, tenho uma visão, mesmo que generalista, que o álbum I Am Not A Human Being II não é exatamente um álbum que podemos chamar de bom mesmo dentro da cultura do rapper.O problema começa com o fato da sonoridade de Wayne está estagnada nos mesmos métodos de criação o que deixa o seu som datada e repetitivo ainda mais se comparado aos novos nomes que surgiram nos últimos anos como o Kendrick Lamar, A$AP Rocky e Tyler, The Creator. Falta ousadia e bastante criatividade. Mesmo não sendo fã da voz de Wayne, ele é um rapper experiente e dá conta do recado da sua maneira e tem ajuda de um time grande de colaboradores. Infelizmente, o que poderia ser um trunfo acaba sendo um grande erro ao não aproveitar como deveria nomes como Nicki Minaj, Drake, Future e outros. A parte mais controversa do estilo de Lil Wayne são suas composições que carrega uma forte carga do estilo dele com uma temática envolvendo "vadias, dinheiro, sexo, manos do bem, manos do mal, erva". Como não estou gabaritado para falar com propriedade, prefiro não tecer maiores comentários. Só digo uma coisa: pessoas leigas ou/e sensíveis passem longe.
Lil Wayne
Mesmo com a filosofia de tentar englobar o máximo possível de estilos aqui no blog, nunca vou poder estar cem por cento por dentro de todos. Acredito que para entender de maneira completa certos estilos eu precisaria estar integrado na cultura em que eles são feitas e são destinadas. Então, isso seria importante para compreender exatamente todas as características da sonoridade que o Lil Wayne e CIA fazem. Contudo, tenho uma visão, mesmo que generalista, que o álbum I Am Not A Human Being II não é exatamente um álbum que podemos chamar de bom mesmo dentro da cultura do rapper.O problema começa com o fato da sonoridade de Wayne está estagnada nos mesmos métodos de criação o que deixa o seu som datada e repetitivo ainda mais se comparado aos novos nomes que surgiram nos últimos anos como o Kendrick Lamar, A$AP Rocky e Tyler, The Creator. Falta ousadia e bastante criatividade. Mesmo não sendo fã da voz de Wayne, ele é um rapper experiente e dá conta do recado da sua maneira e tem ajuda de um time grande de colaboradores. Infelizmente, o que poderia ser um trunfo acaba sendo um grande erro ao não aproveitar como deveria nomes como Nicki Minaj, Drake, Future e outros. A parte mais controversa do estilo de Lil Wayne são suas composições que carrega uma forte carga do estilo dele com uma temática envolvendo "vadias, dinheiro, sexo, manos do bem, manos do mal, erva". Como não estou gabaritado para falar com propriedade, prefiro não tecer maiores comentários. Só digo uma coisa: pessoas leigas ou/e sensíveis passem longe.
Uma Versão de Amor
Love Me (feat. Drake & Future)
Lil Wayne
Todos os seres humanos têm o direito de amar. Até mesmo o Lil' Wayne ama. Do jeito dele é claro. Love
Me ou na versão para o álbum Bitches Love Me é a prova.
Com seu jeito próprio, Wayne mostra que tem coração. Contudo, a canção erra no que poderia ser sua principal qualidade: o mau uso dos featurings. Tanto Drake quanto o cantor/rapper Future não são aproveitados como mereciam e a canção perde em qualidade. Assim também o arranjo que não mostra nada que apenas o básico. Querendo ou não, é uma canção de amor.
nota: 4,5
Lil Wayne
Todos os seres humanos têm o direito de amar. Até mesmo o Lil' Wayne ama. Do jeito dele é claro. Love
Me ou na versão para o álbum Bitches Love Me é a prova.
Com seu jeito próprio, Wayne mostra que tem coração. Contudo, a canção erra no que poderia ser sua principal qualidade: o mau uso dos featurings. Tanto Drake quanto o cantor/rapper Future não são aproveitados como mereciam e a canção perde em qualidade. Assim também o arranjo que não mostra nada que apenas o básico. Querendo ou não, é uma canção de amor.
nota: 4,5
25 de junho de 2013
Depois do Fim
End Of Night
Dido
Apenas uma artista com a sensibilidade da Dido pode fazer uma canção dance pop como End Of Night que fala tão sobriamente sobre recomeçar sem se perder e ainda criar uma canção realmente pop.
End Of Night fala sobre a libertação de um péssimo relacionamento, como a pessoa que mais sofria percebe realmente como o parceiro era uma "droga" e como ela está planejando viver sendo agora uma pessoa liberta. A delicadeza em que a Dido canta a canção dá um gosto agridoce perfeito para a boa e honesta composição que traça uma bela comparação entre esse sentimento de liberdade e o "fim da noite". A produção acerta na elaboração do arranjo fazendo uma mistura bem conduzida entre o estilo da cantora com algo mais moderninho e pop. Sem dúvidas, um trabalho com a marca da Dido.
nota: 8
Dido
Apenas uma artista com a sensibilidade da Dido pode fazer uma canção dance pop como End Of Night que fala tão sobriamente sobre recomeçar sem se perder e ainda criar uma canção realmente pop.
End Of Night fala sobre a libertação de um péssimo relacionamento, como a pessoa que mais sofria percebe realmente como o parceiro era uma "droga" e como ela está planejando viver sendo agora uma pessoa liberta. A delicadeza em que a Dido canta a canção dá um gosto agridoce perfeito para a boa e honesta composição que traça uma bela comparação entre esse sentimento de liberdade e o "fim da noite". A produção acerta na elaboração do arranjo fazendo uma mistura bem conduzida entre o estilo da cantora com algo mais moderninho e pop. Sem dúvidas, um trabalho com a marca da Dido.
nota: 8
24 de junho de 2013
Primeira Impressão
Talk a Good Game
Kelly Rowland
Acredito que o novo álbum da Kelly Rowland é o trabalho que redefini definitivamente a carreira da ex-Destiny's Child colocando ela em trilho que ela já deveria ter entrado faz tempo. Não que Talk a Good Game será um grande sucesso de vendas ou coisa parecida, mas só de apenas mostrar realmente o verdadeiro potencial da Kelly como artista solo já vale bastante a pena.
O primeiro e maior acerto dela em relação a Talk a Good Game é exaltá-la como uma verdadeira cantora R&B. Não que ela mande bem quando no pop, principalmente quando ela acerta como em When Love Takes Over e Commander, mas o DNA dela está impregnado do estilo e não tem como ela fugir. Claro, quando se não dar os utensílios necessários para ela tirar o melhor, tudo pode acabar em um grande desastre Contudo, Talk a Good Game é uma celebração extremamente bem produzida do que podemos chamar de um "ótimo R&B comercial". Kelly finalmente parece ter entendido o que deveria fazer e chamou um time gabaritado no soul music (destaque para o The-Dream e o Pharrell) para construir uma sonoridade em que coloca o R&B em primeiro lugar sem esquecer-se de colocar pequenas doses bem vindas de pop e outros estilos. A produção traça um caminho sólido ao entregar faixas inspiradas, bem produzidas e com um refinamento impressionante sabendo dosar pegadas sonoras e cadencias diferentes sem deixar Talk a Good Game como uma colcha de retalho. O tom mais pessoal dá a atmosfera das composições do álbum que fala em especial de desilusões amorosas. Boas letras e, em alguns casos, trabalhos excepcionais marcam Talk a Good Game onde Kelly mostra sua capacidade vocal em performances perfeitas alterando para se adequar melhor em cada uma sem precisar extrapolar querendo mostrar alcance vocal ou qualquer acrobacia vocal fora de lugar. Não há dúvidas que a melhor canção do álbum é Dirty Laundry, mas há vários outros momentos de destaque como a regravação da canção Freak do cantor/ator Jamie Foxx, a ótima Down On Love, Red Wine com influência dos anos '70 e '80, Sky Walker com o The-Dream e a parceria com as companheiras de Destiny's Chil, Beyoncé e Michelle (reparem que até aqui essa última é sempre a "terceira" e menos importante). Infelizmente, Kisses Down Low por sua temática sexual demais e Stand In Front of Me que não sabe se é old fashion ou moderna e acaba perdendo qualidade. De qualquer forma, Talk a Good Game é o renascimento de Kelly Rowland e merece todo o crédito e elogios possíveis.
Kelly Rowland
Acredito que o novo álbum da Kelly Rowland é o trabalho que redefini definitivamente a carreira da ex-Destiny's Child colocando ela em trilho que ela já deveria ter entrado faz tempo. Não que Talk a Good Game será um grande sucesso de vendas ou coisa parecida, mas só de apenas mostrar realmente o verdadeiro potencial da Kelly como artista solo já vale bastante a pena.
O primeiro e maior acerto dela em relação a Talk a Good Game é exaltá-la como uma verdadeira cantora R&B. Não que ela mande bem quando no pop, principalmente quando ela acerta como em When Love Takes Over e Commander, mas o DNA dela está impregnado do estilo e não tem como ela fugir. Claro, quando se não dar os utensílios necessários para ela tirar o melhor, tudo pode acabar em um grande desastre Contudo, Talk a Good Game é uma celebração extremamente bem produzida do que podemos chamar de um "ótimo R&B comercial". Kelly finalmente parece ter entendido o que deveria fazer e chamou um time gabaritado no soul music (destaque para o The-Dream e o Pharrell) para construir uma sonoridade em que coloca o R&B em primeiro lugar sem esquecer-se de colocar pequenas doses bem vindas de pop e outros estilos. A produção traça um caminho sólido ao entregar faixas inspiradas, bem produzidas e com um refinamento impressionante sabendo dosar pegadas sonoras e cadencias diferentes sem deixar Talk a Good Game como uma colcha de retalho. O tom mais pessoal dá a atmosfera das composições do álbum que fala em especial de desilusões amorosas. Boas letras e, em alguns casos, trabalhos excepcionais marcam Talk a Good Game onde Kelly mostra sua capacidade vocal em performances perfeitas alterando para se adequar melhor em cada uma sem precisar extrapolar querendo mostrar alcance vocal ou qualquer acrobacia vocal fora de lugar. Não há dúvidas que a melhor canção do álbum é Dirty Laundry, mas há vários outros momentos de destaque como a regravação da canção Freak do cantor/ator Jamie Foxx, a ótima Down On Love, Red Wine com influência dos anos '70 e '80, Sky Walker com o The-Dream e a parceria com as companheiras de Destiny's Chil, Beyoncé e Michelle (reparem que até aqui essa última é sempre a "terceira" e menos importante). Infelizmente, Kisses Down Low por sua temática sexual demais e Stand In Front of Me que não sabe se é old fashion ou moderna e acaba perdendo qualidade. De qualquer forma, Talk a Good Game é o renascimento de Kelly Rowland e merece todo o crédito e elogios possíveis.
22 de junho de 2013
Primeira Impressão
Yeezus
Kanye West
"Yeezy season approaching"
É com essa quase profecia que Kanye West (seu apelido é Yeezy) inicia o mais estranho, conceitual e magnífico álbum dos últimos anos. Yeezus (a mistura do apelido dele com o nome Jesus) já pode ser considerado, não apenas para a carreira de West, mas para o atual cenário musical com o mais marcante divisor de águas em especial na questão de sonoridade.
Longe da grandiosidade esquizofrênica de My Beautiful Dark Twisted Fantasy, Yeezus é uma construção extremamente sóbria e reduzida em batidas, sons e instrumentos. O álbum não é hip hop como os anteriores dele, mas toma da mesma fonte com grandes goladas só que adiciona um som mais pesado e seco que tem em diversos estilos suas origem. Para ser preciso, West faz um trabalho que é quase impossível classificar de maneira precisa. Mais que apenas conceitual, ele cria aliado a um "elenco" de colaborados tão variados que parece uma versão musical de Babel, uma sonoridade nova que é revolucionária e acachapantemente genial. Como aqui quanto menos é mais, lançado sem capa e com apenas dez faixas, Yeezus busca em uma simplicidade estranha a base para a construção de melodias carregas e revestidas de uma substância que mistura o divino com o profano, o bom com o mal, o céu e o inferno, o industrial com o urbano, o estranho com o mais estranho ainda. Difícil de assimilação, Yeezus não é um passeio no parque em dia de Sol e apenas um nome com o de Kanye poderia transformar esse álbum em um trabalho que posso de alguma forma ser comercial. Mais ácido e mortal do que nunca em composições que mistura a habilidade impecável de rimar e construir poderosas alegorias com uma língua extremamente afiada que dessa vez não perdoa a própria cultura em fazer uma critica poderosa na genial New Slaves ao expor o consumismo entre os negros americanos e suas visões sociais atuais. Muito mais contido que poderia se imaginar em suas performances, Kanye entrega uma atuação um pouco abaixo do que mostrou em My Beautiful Dark Twisted Fantasy, mas ainda em um nível extremamente acima da média como ele mostra na devastadora Blood On The Leaves que usa sample da Nina Simone cantando Strange Fruit. De dar até arrepios. E usurpando um bordão que está na boca do povo esses dias: o Gigante acordou. Só que esse gigante se chama Kanye West e dessa vez você nunca viu um gigante como esse que se acha um Deus e faz coisas que além da compreensão humana.
Kanye West
"Yeezy season approaching"
É com essa quase profecia que Kanye West (seu apelido é Yeezy) inicia o mais estranho, conceitual e magnífico álbum dos últimos anos. Yeezus (a mistura do apelido dele com o nome Jesus) já pode ser considerado, não apenas para a carreira de West, mas para o atual cenário musical com o mais marcante divisor de águas em especial na questão de sonoridade.
Longe da grandiosidade esquizofrênica de My Beautiful Dark Twisted Fantasy, Yeezus é uma construção extremamente sóbria e reduzida em batidas, sons e instrumentos. O álbum não é hip hop como os anteriores dele, mas toma da mesma fonte com grandes goladas só que adiciona um som mais pesado e seco que tem em diversos estilos suas origem. Para ser preciso, West faz um trabalho que é quase impossível classificar de maneira precisa. Mais que apenas conceitual, ele cria aliado a um "elenco" de colaborados tão variados que parece uma versão musical de Babel, uma sonoridade nova que é revolucionária e acachapantemente genial. Como aqui quanto menos é mais, lançado sem capa e com apenas dez faixas, Yeezus busca em uma simplicidade estranha a base para a construção de melodias carregas e revestidas de uma substância que mistura o divino com o profano, o bom com o mal, o céu e o inferno, o industrial com o urbano, o estranho com o mais estranho ainda. Difícil de assimilação, Yeezus não é um passeio no parque em dia de Sol e apenas um nome com o de Kanye poderia transformar esse álbum em um trabalho que posso de alguma forma ser comercial. Mais ácido e mortal do que nunca em composições que mistura a habilidade impecável de rimar e construir poderosas alegorias com uma língua extremamente afiada que dessa vez não perdoa a própria cultura em fazer uma critica poderosa na genial New Slaves ao expor o consumismo entre os negros americanos e suas visões sociais atuais. Muito mais contido que poderia se imaginar em suas performances, Kanye entrega uma atuação um pouco abaixo do que mostrou em My Beautiful Dark Twisted Fantasy, mas ainda em um nível extremamente acima da média como ele mostra na devastadora Blood On The Leaves que usa sample da Nina Simone cantando Strange Fruit. De dar até arrepios. E usurpando um bordão que está na boca do povo esses dias: o Gigante acordou. Só que esse gigante se chama Kanye West e dessa vez você nunca viu um gigante como esse que se acha um Deus e faz coisas que além da compreensão humana.
21 de junho de 2013
O Rapper Esquecido
Hey Porsche
Nelly
Alguém se lembra da última música lançada pelo rapper Nelly? Se não, fique tranquilo que ele também foi
esnobado nos Estados Unidos e na maior parte do mundo com a canção Hey Porsche.
A canção quase inaugura um subgênero novo dentro rap: o pop rap. Sim, é verdade que Hey Porsche é uma mistura estranha de pop chiclete com rap que aqui resulta em momentos de vergonha alheia. Nelly tenta ser uma mistura de rapper com cantor de pop, mas acaba fazendo uma performance apática e genérica. Assim como é a produção da canção que ao misturar acaba criando uma mutação que não deu muito certo. E como vergonha pouca é bobagem, a composição coloca o prego no caixão sendo um trabalho sem nexo e bastante pobre. Que bom que só na Inglaterra e na Austrália as pessoas lembraram do Nelly.
nota: 4
Nelly
Alguém se lembra da última música lançada pelo rapper Nelly? Se não, fique tranquilo que ele também foi
esnobado nos Estados Unidos e na maior parte do mundo com a canção Hey Porsche.
A canção quase inaugura um subgênero novo dentro rap: o pop rap. Sim, é verdade que Hey Porsche é uma mistura estranha de pop chiclete com rap que aqui resulta em momentos de vergonha alheia. Nelly tenta ser uma mistura de rapper com cantor de pop, mas acaba fazendo uma performance apática e genérica. Assim como é a produção da canção que ao misturar acaba criando uma mutação que não deu muito certo. E como vergonha pouca é bobagem, a composição coloca o prego no caixão sendo um trabalho sem nexo e bastante pobre. Que bom que só na Inglaterra e na Austrália as pessoas lembraram do Nelly.
nota: 4
19 de junho de 2013
Uma Segunda Chance Para "White Horse"
White Horse
Taylor Swift
Terminando a safra de 2009, vou falar de uma das primeiras resenhas da princesinha do Country Taylor Swift apareceu por aqui.
Começando a sua trajetória para se tornar o nome que é hoje em dia, Taylor estava apenas no seu segundo álbum e nem tinha lançado o mega hit You Belong With Me que viria loga a seguir. Como quinto single de Fearless foi lançada essa bonitinha balada country intitulada White Horse.
Sem abusar do didatismo sobre o que é fazer uma canção "teen", a cantora consegue fazer uma canção simples, centrada e bem produzida. Nada de sensacional, mas a performance vocal de Taylor ressalta seus atributos que é cantar de sem exagerar em notas altas. A produção também é bem feitinha sabendo dosar bem o pop com country sem pender para nenhum lado. A composição é pouco chatinha e adocicada de mais mesmo funcionando bem. No final, uma coisa é certa: White Horse é bem melhor que a maioria das canções do último álbum dela.
nota original: 7
nota atual: 6,5
Resultado Final: Mesmo sendo uma canção regular, ela ainda é um ponto positivo na carreira de Taylor.
Resenha Original
Taylor Swift
Terminando a safra de 2009, vou falar de uma das primeiras resenhas da princesinha do Country Taylor Swift apareceu por aqui.
Começando a sua trajetória para se tornar o nome que é hoje em dia, Taylor estava apenas no seu segundo álbum e nem tinha lançado o mega hit You Belong With Me que viria loga a seguir. Como quinto single de Fearless foi lançada essa bonitinha balada country intitulada White Horse.
Sem abusar do didatismo sobre o que é fazer uma canção "teen", a cantora consegue fazer uma canção simples, centrada e bem produzida. Nada de sensacional, mas a performance vocal de Taylor ressalta seus atributos que é cantar de sem exagerar em notas altas. A produção também é bem feitinha sabendo dosar bem o pop com country sem pender para nenhum lado. A composição é pouco chatinha e adocicada de mais mesmo funcionando bem. No final, uma coisa é certa: White Horse é bem melhor que a maioria das canções do último álbum dela.
nota original: 7
nota atual: 6,5
Resultado Final: Mesmo sendo uma canção regular, ela ainda é um ponto positivo na carreira de Taylor.
Resenha Original
18 de junho de 2013
Primeira Impressão
English Rain
Gabrielle Aplin
Até agora nenhum novo artista tinha lançado um álbum para ficar na história musical de 2013. Até agora, pois a jovem Gabrielle Aplin vem ocupar esse espaço com o seu maravilhoso debut, English Rain.
Com apenas vinte anos de idade e compondo quase todas as faixas inclusas em English Rain, Gabrielle se mostra uma compositora competente que ao misturar uma dose inesperada de sentimentos "agridoces" com uma atmosfera de simples e delicada fale de amor com uma verdade desconcertante como em Please Don't Say You Love Me (resenha a seguir), aonde ele fala: "Por favor apenas não diga que me ama/ Porque posso não dizer de volta". E isso se segue por todas as músicas onde viajamos como em um lago de águas calmas, mas que é mais profundo do que podemos imaginar. Para entender qual é a sonoridade de Gabriella, a melhor definição seria uma mistura do pop adulto de Dido com o folk do Mumford & Sons. English Rain é uma coletânea de canções pop folk lindamente produzido com um trabalho instrumental perfeito e sem nenhuma falha técnica. Mesmo combinando perfeitamente com a atmosfera que a jovem passa. Porém, o produtor Mike Spencer poderia ter indo mais fundo na construção da sonoridade do álbum o que resulta em um álbum seguro demais. Esse sentimento é superado em partes pela atuação perfeita de Gabrielle. Dona de uma voz que podemos definir que é uma mistura do divino com o humano, ela é capaz de se manter fiel ao poder de transmitir os mais fortes sentimentos com atuações contidas e acachapantes e ao mesmo tempo conseguir uma vibe que a transforma em um produto "vendável" sem ser comercial. Em um álbum tão bom é difícil escolher quais são as melhores, mas fica impossível nãos e emocionar com a bela e melancólica How Do You Feel Today?, a épica Salvation, a verdadeira Ready to Question, a poderosa Human e por fim, fechando o álbum, a linda Start of Time e a simples e avassaladora Take Me Away. E isso porque é apenas um álbum de uma iniciante.
Gabrielle Aplin
Até agora nenhum novo artista tinha lançado um álbum para ficar na história musical de 2013. Até agora, pois a jovem Gabrielle Aplin vem ocupar esse espaço com o seu maravilhoso debut, English Rain.
Com apenas vinte anos de idade e compondo quase todas as faixas inclusas em English Rain, Gabrielle se mostra uma compositora competente que ao misturar uma dose inesperada de sentimentos "agridoces" com uma atmosfera de simples e delicada fale de amor com uma verdade desconcertante como em Please Don't Say You Love Me (resenha a seguir), aonde ele fala: "Por favor apenas não diga que me ama/ Porque posso não dizer de volta". E isso se segue por todas as músicas onde viajamos como em um lago de águas calmas, mas que é mais profundo do que podemos imaginar. Para entender qual é a sonoridade de Gabriella, a melhor definição seria uma mistura do pop adulto de Dido com o folk do Mumford & Sons. English Rain é uma coletânea de canções pop folk lindamente produzido com um trabalho instrumental perfeito e sem nenhuma falha técnica. Mesmo combinando perfeitamente com a atmosfera que a jovem passa. Porém, o produtor Mike Spencer poderia ter indo mais fundo na construção da sonoridade do álbum o que resulta em um álbum seguro demais. Esse sentimento é superado em partes pela atuação perfeita de Gabrielle. Dona de uma voz que podemos definir que é uma mistura do divino com o humano, ela é capaz de se manter fiel ao poder de transmitir os mais fortes sentimentos com atuações contidas e acachapantes e ao mesmo tempo conseguir uma vibe que a transforma em um produto "vendável" sem ser comercial. Em um álbum tão bom é difícil escolher quais são as melhores, mas fica impossível nãos e emocionar com a bela e melancólica How Do You Feel Today?, a épica Salvation, a verdadeira Ready to Question, a poderosa Human e por fim, fechando o álbum, a linda Start of Time e a simples e avassaladora Take Me Away. E isso porque é apenas um álbum de uma iniciante.
A Dura Missão de Dizer "Eu Não Te Amo"
Please Don't Say You Love Me
Gabrielle Aplin
Muitas pessoas acham que dizer "eu te amo" pode ser muito difícil. Só o que elas não sabem é que é muito mais difícil falar "eu não te amo". Quando alguém te diz que te ama e você ainda não sabe se o sentimento que você senti é amor, o que você faz: responde um automático e sem valor "também" ou fala a verdade que ainda não sabe? Então, falar que "eu não te amo" é muito mais complicado. Em Please Don't Say You Love Me, a cantora inglesa Gabrielle Aplin fala exatamente disso.
A bela composição relata aquele momento em que estamos vivendo o limiar de uma relação onde temos que decidir se nos tornamos "sérios" e então começa toda aquela enxurrada de regras, questões, dúvidas e mais dúvidas. Só o que estávamos vivendo era tão bom e livre de amarras que não queremos perder isso. Aplin retrata isso de uma maneira simples, honesta e poética que fica difícil de não se relacionar com a canção. Ainda mais com a performance segura, delicada e carismática de Aplin que aliada ao arranjo inspirado entrega uma canção poderosa para todos os que um dia já amaram. Ou melhor, que não tinham ser certeza será amor.
nota: 8
Gabrielle Aplin
Muitas pessoas acham que dizer "eu te amo" pode ser muito difícil. Só o que elas não sabem é que é muito mais difícil falar "eu não te amo". Quando alguém te diz que te ama e você ainda não sabe se o sentimento que você senti é amor, o que você faz: responde um automático e sem valor "também" ou fala a verdade que ainda não sabe? Então, falar que "eu não te amo" é muito mais complicado. Em Please Don't Say You Love Me, a cantora inglesa Gabrielle Aplin fala exatamente disso.
A bela composição relata aquele momento em que estamos vivendo o limiar de uma relação onde temos que decidir se nos tornamos "sérios" e então começa toda aquela enxurrada de regras, questões, dúvidas e mais dúvidas. Só o que estávamos vivendo era tão bom e livre de amarras que não queremos perder isso. Aplin retrata isso de uma maneira simples, honesta e poética que fica difícil de não se relacionar com a canção. Ainda mais com a performance segura, delicada e carismática de Aplin que aliada ao arranjo inspirado entrega uma canção poderosa para todos os que um dia já amaram. Ou melhor, que não tinham ser certeza será amor.
nota: 8
17 de junho de 2013
2 Por 1 - Alicia Keys
Fire We Make (feat. Maxwell)
Tears Always Win
Alicia Keys
Mesmo sem nenhum single até agora alcançar o sucesso comercial de Girl on Fire que por sua vez também ficou longe do que Alicia Keys já conseguiu, a cantora pode se orgulhar de flopar com muita qualidade.
Fire We Make é uma das canções mais deliciosas do álbum Girl on Fire. Começa pelo fato de Alicia caminhar em um território um pouco diferente do que estava acostumada: o neo soul. Uma sexy, cadenciada e refinada produção faz com que Alicia modernize sua sonoridade sem a fazer perder a identidade. O grande trabalho de instrumentalização ajuda a melhorar ainda mais Fire We Make que tem vocais ótimos de Alicia e a participação sensacional do cantor Maxwell, um dos melhores e mais importantes representantes desse neo soul.
Sozinha, mas não menos espetacular tem uma Alicia abrindo o coração na linda/triste Tears Always Win. Olhando para o passado ao buscar fortes influências da sonoridade soul dos anos '50 e '60 sem parecer datada, Alicia construí uma canção genial que apenas quem é uma cantora/instrumentista de verdade pode
fazer. O cuidado em construir uma canção real com nítida preocupação em dar vida para cada instrumento em um arranjo perfeito para a sonoridade é o que faz Alicia sempre um oásis em meio a tanta porcaria que por aí. Ainda mais com a performance inspirada de Alicia e uma composição magistral que entrega uma genial declaração do que a saudade pode fazer em corações apaixonados. Nos altos e nos baixos, Alicia é sempre Alicia.
notas
Fire We Make: 8
Tears Always Win: 8
Tears Always Win
Alicia Keys
Mesmo sem nenhum single até agora alcançar o sucesso comercial de Girl on Fire que por sua vez também ficou longe do que Alicia Keys já conseguiu, a cantora pode se orgulhar de flopar com muita qualidade.
Fire We Make é uma das canções mais deliciosas do álbum Girl on Fire. Começa pelo fato de Alicia caminhar em um território um pouco diferente do que estava acostumada: o neo soul. Uma sexy, cadenciada e refinada produção faz com que Alicia modernize sua sonoridade sem a fazer perder a identidade. O grande trabalho de instrumentalização ajuda a melhorar ainda mais Fire We Make que tem vocais ótimos de Alicia e a participação sensacional do cantor Maxwell, um dos melhores e mais importantes representantes desse neo soul.
Sozinha, mas não menos espetacular tem uma Alicia abrindo o coração na linda/triste Tears Always Win. Olhando para o passado ao buscar fortes influências da sonoridade soul dos anos '50 e '60 sem parecer datada, Alicia construí uma canção genial que apenas quem é uma cantora/instrumentista de verdade pode
fazer. O cuidado em construir uma canção real com nítida preocupação em dar vida para cada instrumento em um arranjo perfeito para a sonoridade é o que faz Alicia sempre um oásis em meio a tanta porcaria que por aí. Ainda mais com a performance inspirada de Alicia e uma composição magistral que entrega uma genial declaração do que a saudade pode fazer em corações apaixonados. Nos altos e nos baixos, Alicia é sempre Alicia.
notas
Fire We Make: 8
Tears Always Win: 8
15 de junho de 2013
Como Bombar Uma Carreira
Blurred Lines (feat. T.I. & Pharrell)
Robin Thicke
O hoje o SoSingle vai ensinar como bombar a carreira de você, artista flopado, assim como fez o Robin Thicke:
1°Tenha uma carreira ou em completo flop ou/e que nunca tenha decolado de vez;
2°Tenha amigos do calibre de Pharrell e T.I. para fazer um featuring;
3°Faça uma música que ao mesmo seja boazinha;
4°Faça um vídeo que seja banindo do YouTube pode mostra peitinhos nus de super modelos;
5°Com o buzz da polêmica, o vídeo vira sucesso e, por consequência, a canção também ganha muita atenção.
O resultado pode até variar, mas para o Robin Thicke conseguiu o pacote completo com o sucesso do single Blurred Lines.
A canção que é atual número um da Billboard americana, além de ter alcançado outros 13 números um ao redor do mundo, tem como principal qualidade a sua produção refinada do Pharrell que faz uma mistura
deliciosa de R&B, disco, funk e hip hop para criar algo diferente do atual mercado. A batida é tão boa que só fico imaginando que, talvez, seria essa sonoridade que Michael Jackson devia estar fazendo se: 1° não tivesse afundado sua carreira,e , 2° não tivesse morrido. A composição é legal combinando com a vibe da canção mesmo que não seja uma obra de arte. Como cantor podemos considerar como uma versão inferior de Justin Timberlake com todas as qualidades e os defeitos que podem surgir. Aqui, Robin faz um trabalho correto e com certa personalidade, Pharrell faz seus "sons" característicos e T.I poderia ter rendido mais. Contudo, o objetivo foi alcançado: a carreira Robin voltou a bombar.
nota: 7
Robin Thicke
O hoje o SoSingle vai ensinar como bombar a carreira de você, artista flopado, assim como fez o Robin Thicke:
1°Tenha uma carreira ou em completo flop ou/e que nunca tenha decolado de vez;
2°Tenha amigos do calibre de Pharrell e T.I. para fazer um featuring;
3°Faça uma música que ao mesmo seja boazinha;
4°Faça um vídeo que seja banindo do YouTube pode mostra peitinhos nus de super modelos;
5°Com o buzz da polêmica, o vídeo vira sucesso e, por consequência, a canção também ganha muita atenção.
O resultado pode até variar, mas para o Robin Thicke conseguiu o pacote completo com o sucesso do single Blurred Lines.
A canção que é atual número um da Billboard americana, além de ter alcançado outros 13 números um ao redor do mundo, tem como principal qualidade a sua produção refinada do Pharrell que faz uma mistura
deliciosa de R&B, disco, funk e hip hop para criar algo diferente do atual mercado. A batida é tão boa que só fico imaginando que, talvez, seria essa sonoridade que Michael Jackson devia estar fazendo se: 1° não tivesse afundado sua carreira,e , 2° não tivesse morrido. A composição é legal combinando com a vibe da canção mesmo que não seja uma obra de arte. Como cantor podemos considerar como uma versão inferior de Justin Timberlake com todas as qualidades e os defeitos que podem surgir. Aqui, Robin faz um trabalho correto e com certa personalidade, Pharrell faz seus "sons" característicos e T.I poderia ter rendido mais. Contudo, o objetivo foi alcançado: a carreira Robin voltou a bombar.
nota: 7
14 de junho de 2013
Primeira Impressão
Golden
Lady Antebellum
O maior e único problema do quarto álbum do trio country Lady Antebellum é a acomodação. Eles pegaram tudo que deu certo nos últimos e repetiram tudo novamente em Golden sem acrescentar absolutamente nada.
O que era o trunfo deles quando estouraram com Need You Now agora virou um "lugar comum" para o trio. A mistura de country com pop regado com bastante romantismo que quase cai no brega que era o que fazia deles uma sopro de ar fresco no mundo mainstream agora se acumula como poeira em um móvel usado. Longe de Golden ser ruim: o álbum tem uma produção boazinha, composições boazinhas e tem vocais competentes. Contudo, nada empolga: a produção faz trabalho bastante irregular no quesito sonoridade ao não evoluir o trio mesmo que com uma instrumentalização correta e a maioria das composições estão na média com temáticas adocicadas ou que falam de fins de romances adocicados só que elas não chegam a conquistar completamente. São faixas que a gente curte quando está ouvindo, mas depois esquece rapidinho. Bom mesmo é o trabalho dos vocalistas Hillary Scott e Charles Kelley que conseguem dar personalidade para a maioria das canções. Em especial para Charles que é a voz principal de duas das quatro melhores músicas de Golden: a boa Goodbye Town (resenha a seguir) e homônima Golden. Já Hillary tem a bonita It Aint Pretty e, a melhor de todas, All For Love. O que não dá para entender, mesmo que o álbum não seja um grande trabalho, é a inclusão de faixas como Downtown e Better Off Now (That Youre Gone) já que são muito inferior ao resto do álbum. Está na hora do Lady Antebellum sair da zona de conforto e renovar a sonoridade deles antes que desçam a ladeira de vez.
Lady Antebellum
O maior e único problema do quarto álbum do trio country Lady Antebellum é a acomodação. Eles pegaram tudo que deu certo nos últimos e repetiram tudo novamente em Golden sem acrescentar absolutamente nada.
O que era o trunfo deles quando estouraram com Need You Now agora virou um "lugar comum" para o trio. A mistura de country com pop regado com bastante romantismo que quase cai no brega que era o que fazia deles uma sopro de ar fresco no mundo mainstream agora se acumula como poeira em um móvel usado. Longe de Golden ser ruim: o álbum tem uma produção boazinha, composições boazinhas e tem vocais competentes. Contudo, nada empolga: a produção faz trabalho bastante irregular no quesito sonoridade ao não evoluir o trio mesmo que com uma instrumentalização correta e a maioria das composições estão na média com temáticas adocicadas ou que falam de fins de romances adocicados só que elas não chegam a conquistar completamente. São faixas que a gente curte quando está ouvindo, mas depois esquece rapidinho. Bom mesmo é o trabalho dos vocalistas Hillary Scott e Charles Kelley que conseguem dar personalidade para a maioria das canções. Em especial para Charles que é a voz principal de duas das quatro melhores músicas de Golden: a boa Goodbye Town (resenha a seguir) e homônima Golden. Já Hillary tem a bonita It Aint Pretty e, a melhor de todas, All For Love. O que não dá para entender, mesmo que o álbum não seja um grande trabalho, é a inclusão de faixas como Downtown e Better Off Now (That Youre Gone) já que são muito inferior ao resto do álbum. Está na hora do Lady Antebellum sair da zona de conforto e renovar a sonoridade deles antes que desçam a ladeira de vez.
A Marca Antebellum
Goodbye Town
Lady Antebellum
Longe de ser a melhor canção do trio country Lady Antebellum, Goodbye Town tem a marca deles do começo ao fim.
Single do álbum Golden, a canção conta a história de cara que lamenta o amor da vida dele ter indo embora para sempre. Apesar de a composição pecar um pouco pelo excesso de dor de cotovelo, mas a presença forte de Charles Kelly compensa bastante já que ele dá traz a tona os sentimentos do "rude homem de cidade interiorana" de forma sutil. Uma competente produção faz a canção ganhar vida corretamente sem ir além do country pop certinho deles, mas sem descaracterizar o som deles. Uma canção simples e eficiente.
nota: 7
Lady Antebellum
Longe de ser a melhor canção do trio country Lady Antebellum, Goodbye Town tem a marca deles do começo ao fim.
Single do álbum Golden, a canção conta a história de cara que lamenta o amor da vida dele ter indo embora para sempre. Apesar de a composição pecar um pouco pelo excesso de dor de cotovelo, mas a presença forte de Charles Kelly compensa bastante já que ele dá traz a tona os sentimentos do "rude homem de cidade interiorana" de forma sutil. Uma competente produção faz a canção ganhar vida corretamente sem ir além do country pop certinho deles, mas sem descaracterizar o som deles. Uma canção simples e eficiente.
nota: 7
13 de junho de 2013
A Estrada Para a Chatura
Highway Don't Care (feat.Taylor Swift)
Tim MCgraw
As vezes é muito pior uma canção ser chata do que se realmente ruim, pois ao menos essa última desperta
alguma emoção.
Highway Don't Care, terceiro single do álbum Two Lanes Of Freedom do cantor Tim MCgraw, é uma desse tipo de canção simplesmente chata. Longe de ser ruim já que a produção faz um trabalho bem correto em uma canção country sólida e tem bons vocais do artistas. Só que não tem personalidade suficiente para animar ninguém e ainda tem a Taylor Swift como coadjuvante de luxo para piorar as coisas. Resumindo: ZZzzzZzZZzzzzZZZzzzzz.
nota: 5
Tim MCgraw
As vezes é muito pior uma canção ser chata do que se realmente ruim, pois ao menos essa última desperta
alguma emoção.
Highway Don't Care, terceiro single do álbum Two Lanes Of Freedom do cantor Tim MCgraw, é uma desse tipo de canção simplesmente chata. Longe de ser ruim já que a produção faz um trabalho bem correto em uma canção country sólida e tem bons vocais do artistas. Só que não tem personalidade suficiente para animar ninguém e ainda tem a Taylor Swift como coadjuvante de luxo para piorar as coisas. Resumindo: ZZzzzZzZZzzzzZZZzzzzz.
nota: 5
12 de junho de 2013
Thalía Carey
The Way (feat. Mac Miller)
Ariana Grande
A receita é curiosa: pegue uma vibe Thalía misture com uma estrela de um seriado teens na Nickelodeon e acrescente um rapper branco com várias pitadas de gritinhos da Mariah. Pronto, está criada a surpreendente canção The Way da novata Ariana Grande.
Atriz e cantora, Ariana ganhou destaque ao ser coadjuvante na série teen Victorious (tanto se destacou que ganhou uma série própria com a mesma personagem), além de ter cantando na trilha do seriado e já ter estreado na Broadway. Esse ano ela vai lançar seu primeiro álbum e como single foi lançada a canção The Way que é, até agora, a segunda maior vendagem digital na semana de estreia em 2013. Um sucesso surpreendente que fez a jovem de apenas dezenove anos alcançar de cara a posição de número 10 na Billboard. Só que mais surpreendente ainda é que a canção é bem acima da média e bem melhor que se podia imaginar.
The Way resgata uma sonoridade que esteve em alta no começo dos anos '00 com nomes como da Jennifer Lopez e da Mariah Carey: R&B/pop com uma vibe cadenciada com featuring de rapper. Sem soar datada, o single é uma canção cativante emoldurada em arranjo bem feitinho que não extrapola ou deixa pontas soltas. O erro da canção é usar o sample da canção A Little Bit of Love da cantora Brenda Russell que já foi usada em uma música com a mesma pegada: I Want You da Thalía com o rapper Fat Joe de 2003. Quando The Way começa quase espero pela mexicana cantar. A canção acerta na composição que mesmo não sendo um trabalho primoroso acerta ao não infantilizar a jovem para atrair o público teen e também não força a barra para mostrar o lado mulher dela. A boa química entre Ariana e o rapper Mac Miller ajuda a dar o tom da canção. Contudo, Ariana é que impressiona por seu uma cantora com um grande potencial ao mostrar um tom comercial, mas diferente das cantoras da mesma faixa etária que conta até com agudos (os famosos gritinhos) que lembram a Mariah. Ariana pode crescer muito se souber como colocar sua personalidade invés de "imitar" apenas. Até aqui, contudo, está indo bem.
nota: 7
Ariana Grande
A receita é curiosa: pegue uma vibe Thalía misture com uma estrela de um seriado teens na Nickelodeon e acrescente um rapper branco com várias pitadas de gritinhos da Mariah. Pronto, está criada a surpreendente canção The Way da novata Ariana Grande.
Atriz e cantora, Ariana ganhou destaque ao ser coadjuvante na série teen Victorious (tanto se destacou que ganhou uma série própria com a mesma personagem), além de ter cantando na trilha do seriado e já ter estreado na Broadway. Esse ano ela vai lançar seu primeiro álbum e como single foi lançada a canção The Way que é, até agora, a segunda maior vendagem digital na semana de estreia em 2013. Um sucesso surpreendente que fez a jovem de apenas dezenove anos alcançar de cara a posição de número 10 na Billboard. Só que mais surpreendente ainda é que a canção é bem acima da média e bem melhor que se podia imaginar.
The Way resgata uma sonoridade que esteve em alta no começo dos anos '00 com nomes como da Jennifer Lopez e da Mariah Carey: R&B/pop com uma vibe cadenciada com featuring de rapper. Sem soar datada, o single é uma canção cativante emoldurada em arranjo bem feitinho que não extrapola ou deixa pontas soltas. O erro da canção é usar o sample da canção A Little Bit of Love da cantora Brenda Russell que já foi usada em uma música com a mesma pegada: I Want You da Thalía com o rapper Fat Joe de 2003. Quando The Way começa quase espero pela mexicana cantar. A canção acerta na composição que mesmo não sendo um trabalho primoroso acerta ao não infantilizar a jovem para atrair o público teen e também não força a barra para mostrar o lado mulher dela. A boa química entre Ariana e o rapper Mac Miller ajuda a dar o tom da canção. Contudo, Ariana é que impressiona por seu uma cantora com um grande potencial ao mostrar um tom comercial, mas diferente das cantoras da mesma faixa etária que conta até com agudos (os famosos gritinhos) que lembram a Mariah. Ariana pode crescer muito se souber como colocar sua personalidade invés de "imitar" apenas. Até aqui, contudo, está indo bem.
nota: 7
11 de junho de 2013
Um Amontoado de Coisas
Wild (feat. Big Sean & Dizzee Rascal)
Jessie J
Sabe aquela que sua amiga que decide sair de casa parecendo uma árvore de Natal cheia de acessórios da cabeça aos pés? Então, Jessie J resolveu fazer isso com a canção Wild: colocar tudo que era possível em apenas uma música.
Wild, primeiro single do segundo álbum dela ainda sem nome, é o que eu posso chamar de "samba doida da cantora pop inglesa". Na tentativa de fazer uma mudança de estilo do que ela apresentou na sua estreia, a produção capitaneada pelo produtor Ammo jogou de uma vez só dance, pop, hip hop e rap com influências de drum and bass e até música africana e misturou tudo com um pouco de eletrônico. Tudo isso em apenas uma canção que atira para todos esses lados sem acertar nenhum. A ideia é até boa e podemos perceber que separada poderiam dar certo, mas como foram construídas em Wild tudo se perde. E não para por aí: para o featuring foi chamado não um, mas dois rappers! As escolhas foram até legais, já que tanto o
americano Big Sean e o inglês Dizzee Rascal podem render bastante, só que na vontade de fazer tudo ao mesmo tempo nenhum dois todos faz um trabalho marcante. Piorando tudo fica a própria Jessie reduzida a quase uma coadjuvante na sua música e quando aparece tenta sacar do bolso todos seus truques vocais de uma vez. O melhor da sua canção é a sua composição já que ela é normal. Sem maiores atrativos e até clichê, mas dentro dessa salada mista funciona por não exagerar. Já dizia Coco Chanel: antes de sair uma mulher devo olhar no espelho e tirar ao menos um acessório. No caso da Jessie, uns dez mais ou menos.
nota: 5
Jessie J
Sabe aquela que sua amiga que decide sair de casa parecendo uma árvore de Natal cheia de acessórios da cabeça aos pés? Então, Jessie J resolveu fazer isso com a canção Wild: colocar tudo que era possível em apenas uma música.
Wild, primeiro single do segundo álbum dela ainda sem nome, é o que eu posso chamar de "samba doida da cantora pop inglesa". Na tentativa de fazer uma mudança de estilo do que ela apresentou na sua estreia, a produção capitaneada pelo produtor Ammo jogou de uma vez só dance, pop, hip hop e rap com influências de drum and bass e até música africana e misturou tudo com um pouco de eletrônico. Tudo isso em apenas uma canção que atira para todos esses lados sem acertar nenhum. A ideia é até boa e podemos perceber que separada poderiam dar certo, mas como foram construídas em Wild tudo se perde. E não para por aí: para o featuring foi chamado não um, mas dois rappers! As escolhas foram até legais, já que tanto o
americano Big Sean e o inglês Dizzee Rascal podem render bastante, só que na vontade de fazer tudo ao mesmo tempo nenhum dois todos faz um trabalho marcante. Piorando tudo fica a própria Jessie reduzida a quase uma coadjuvante na sua música e quando aparece tenta sacar do bolso todos seus truques vocais de uma vez. O melhor da sua canção é a sua composição já que ela é normal. Sem maiores atrativos e até clichê, mas dentro dessa salada mista funciona por não exagerar. Já dizia Coco Chanel: antes de sair uma mulher devo olhar no espelho e tirar ao menos um acessório. No caso da Jessie, uns dez mais ou menos.
nota: 5
10 de junho de 2013
As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos - Final
Finalmente, estamos chegando ao final dessa lista que se arrastou mais que participante latina brega no RuPaul's Drag Race! Então, clica aí que é a última vez!
9 de junho de 2013
Tentando Carimbar o Passaporte
How Ya Doin'? (feat. Missy Elliott)
Little Mix
Ajudadas por um certo "buzz" com o uso da canção Wings em vários programas nos Estados Unidos, a girl banda inglesa Little Mix está mirando seriamente no mercado estadunidense e, por tabela, no mercado mundial. Para tanto foi chamada a rapper Missy Elliott para dar um up no single How Ya Doin'?.
A canção que no álbum "DNA" não tinha a participação da rapper ganhou uma versão nova com algumas modificações para ser lançada, mas que graças a Deus não alterou a qualidade da canção que é uma das melhores do álbum. How Ya Doin'? é o que uma boa canção pop deve ser: divertida, despretensiosa e com uma boa produção que acerta na elaboração de uma canção comercial, mas que passa longe de cair no lugar comum. Com influência de R&B e uma pitada de anos "70, a canção é uma prima de Telephone da GaGa com sua composição sobre relacionamento com metáforas de ligações e caixas postais. A participação de Missy é bem vinda mesmo sem acrescentar nada de novo para a canção já que a performance das quatro jovens cantora é que dá o tom perfeito para o single. Será que o Little Mix vai entrar de vez no mercado ou vai ficar na alfândega?
nota: 8
Little Mix
Ajudadas por um certo "buzz" com o uso da canção Wings em vários programas nos Estados Unidos, a girl banda inglesa Little Mix está mirando seriamente no mercado estadunidense e, por tabela, no mercado mundial. Para tanto foi chamada a rapper Missy Elliott para dar um up no single How Ya Doin'?.
A canção que no álbum "DNA" não tinha a participação da rapper ganhou uma versão nova com algumas modificações para ser lançada, mas que graças a Deus não alterou a qualidade da canção que é uma das melhores do álbum. How Ya Doin'? é o que uma boa canção pop deve ser: divertida, despretensiosa e com uma boa produção que acerta na elaboração de uma canção comercial, mas que passa longe de cair no lugar comum. Com influência de R&B e uma pitada de anos "70, a canção é uma prima de Telephone da GaGa com sua composição sobre relacionamento com metáforas de ligações e caixas postais. A participação de Missy é bem vinda mesmo sem acrescentar nada de novo para a canção já que a performance das quatro jovens cantora é que dá o tom perfeito para o single. Será que o Little Mix vai entrar de vez no mercado ou vai ficar na alfândega?
nota: 8
8 de junho de 2013
Primeira Impressão
RockaByeBaby
Cassie
Nem sempre a gente pode saber sobre o real potencial de artista até ele realmente mostrar do que é capaz. E quando isso acontece pode ser uma imensa surpresa como é o caso da cantora Cassie.
A jovem lançou seu primeiro e único álbum até agora em 2006 e até ganhou algum destaque, mas nada de extraordinário. Esse ano ela lançou a boa King of Hearts como primeiro single do segundo álbum a ser lançado ainda em 2013. Mesmo dando uma boa avaliação ainda tinha minhas considerações sobre a jovem. Contudo, Cassie consegui aplacar esses meus questionamentos com o lançamento da mixtape RockaByeBaby. Normalmente, feita por rappers (para quem não sabe o que é uma mixtape, clique aqui), Cassie trouxe a luz do dia uma visão diferente e bastante interessante sobre o R&B/hip hop. E, claro, sobre a sua própria sonoridade. Com uma gama de produtores em sua maioria desconhecidos, Cassie constrói uma visão inovadora ao pegar o hip hop mais pesado mistura com R&B que ao invés de surgir algo comercial e batido o resultado é uma sonoridade refinada com grandes pitadas de uma atmosfera sombria que se mistura perfeitamente com pegadas sexies e românticas. É a desconstrução de estilos em pró da evolução musical. Assim também segue as composições que têm acabamentos estilizados e bem finalizados. Porém, o grande trunfo de RockaByeBaby é como Cassie se coloca como cantora: sem possuir uma voz de alcances altos, ela soube utilizar suas principais qualidades (o tom aveludado, por exemplo) para contrastar com as pesadas produções. Além de brincar indo de gatinha sexy até uma versão rapper. Um trabalho impressionante. Nem tudo são flores em RockaByeBaby: como a mixtape tem várias participações especiais em especial de rappers (das 13 faixas, 9 tem featuring), algumas delas não funcionam tão bem como outras. Como é uma mixtape e segue um conceito bem definido, neste caso o filme New Jack City, RockaByeBaby é um trabalho para ouvir do começo ao fim, mas eu ressalto a canção Paradise com o rapper Wiz Khalifa como a melhor da mixtape. E para vocês que acham que sucesso apenas se deve a vendas de álbuns aí vai um dado: RockaByeBaby já foi baixado mais de 500 mil vezes pelo site oficial. Mais que muitas cantoras conseguem vender por aí. Só espero que Cassie continue nesse caminho sabendo usar seu talento em prol dela mesmo.
Cassie
Nem sempre a gente pode saber sobre o real potencial de artista até ele realmente mostrar do que é capaz. E quando isso acontece pode ser uma imensa surpresa como é o caso da cantora Cassie.
A jovem lançou seu primeiro e único álbum até agora em 2006 e até ganhou algum destaque, mas nada de extraordinário. Esse ano ela lançou a boa King of Hearts como primeiro single do segundo álbum a ser lançado ainda em 2013. Mesmo dando uma boa avaliação ainda tinha minhas considerações sobre a jovem. Contudo, Cassie consegui aplacar esses meus questionamentos com o lançamento da mixtape RockaByeBaby. Normalmente, feita por rappers (para quem não sabe o que é uma mixtape, clique aqui), Cassie trouxe a luz do dia uma visão diferente e bastante interessante sobre o R&B/hip hop. E, claro, sobre a sua própria sonoridade. Com uma gama de produtores em sua maioria desconhecidos, Cassie constrói uma visão inovadora ao pegar o hip hop mais pesado mistura com R&B que ao invés de surgir algo comercial e batido o resultado é uma sonoridade refinada com grandes pitadas de uma atmosfera sombria que se mistura perfeitamente com pegadas sexies e românticas. É a desconstrução de estilos em pró da evolução musical. Assim também segue as composições que têm acabamentos estilizados e bem finalizados. Porém, o grande trunfo de RockaByeBaby é como Cassie se coloca como cantora: sem possuir uma voz de alcances altos, ela soube utilizar suas principais qualidades (o tom aveludado, por exemplo) para contrastar com as pesadas produções. Além de brincar indo de gatinha sexy até uma versão rapper. Um trabalho impressionante. Nem tudo são flores em RockaByeBaby: como a mixtape tem várias participações especiais em especial de rappers (das 13 faixas, 9 tem featuring), algumas delas não funcionam tão bem como outras. Como é uma mixtape e segue um conceito bem definido, neste caso o filme New Jack City, RockaByeBaby é um trabalho para ouvir do começo ao fim, mas eu ressalto a canção Paradise com o rapper Wiz Khalifa como a melhor da mixtape. E para vocês que acham que sucesso apenas se deve a vendas de álbuns aí vai um dado: RockaByeBaby já foi baixado mais de 500 mil vezes pelo site oficial. Mais que muitas cantoras conseguem vender por aí. Só espero que Cassie continue nesse caminho sabendo usar seu talento em prol dela mesmo.
7 de junho de 2013
Os Parceiros Errados
High School (Feat. Lil' Wayne)
Nicki Minaj
A Nicki Minaj tem um sério problema: na maioria das vezes que ela faz uma parceria com um homem, ela
erra.
Terceiro e (espero) último single de "Pink Friday Roman Reloaded The Re-Up", High School é um hip hop/R&B que poderia ter rendido muito mais. Para começar, Nicki chamou o "padrinho" Lil' Wayne para fazer mais featuring juntos. Se não bastasse a figurinha repetida, a performance de Lil' e, em menos escala, da Nicki são apenas normais. Os dois já tiverem melhores. Assim também é o composição mediana que ressalta apenas certos maneirismos do estilo. O que salva a canção é a boa produção que acerta na equlibrio entre os estilo e ainda vislumbra uma pegada mais romântica que cai até bem no final das contas. Está na hora da Nicki rever certas amizades musicais e começar buscar novos caminhos.
nota: 6
Nicki Minaj
A Nicki Minaj tem um sério problema: na maioria das vezes que ela faz uma parceria com um homem, ela
erra.
Terceiro e (espero) último single de "Pink Friday Roman Reloaded The Re-Up", High School é um hip hop/R&B que poderia ter rendido muito mais. Para começar, Nicki chamou o "padrinho" Lil' Wayne para fazer mais featuring juntos. Se não bastasse a figurinha repetida, a performance de Lil' e, em menos escala, da Nicki são apenas normais. Os dois já tiverem melhores. Assim também é o composição mediana que ressalta apenas certos maneirismos do estilo. O que salva a canção é a boa produção que acerta na equlibrio entre os estilo e ainda vislumbra uma pegada mais romântica que cai até bem no final das contas. Está na hora da Nicki rever certas amizades musicais e começar buscar novos caminhos.
nota: 6
6 de junho de 2013
O Produtor Frase
Body Party
Ciara
De uns tempos para cá comecei a ouvir em certas canções R&B/hip hop a seguinte frase "Mike WiLL Made It". Até a pouco pensei que era tipo uma espécie de carimbo para os trabalhos de um determinado produtor. Para falar a fazer também é isso, mas também é o nome do artístico do produtor Michael Williams. Sim, o cara se deu o nome de "Mike vAI Fazer". Simplesmente, ele tem o nome uma frase. Felizmente, ele é um bom produtor.
Na frete do primeiro single oficial homônimo quinto álbum da Ciara, Mike WiLL Made It faz de Body Party um bom sexy/mid-tempo R&B sabendo usar o carisma da cantora em seu favor. Ciara domina a canção sabendo utilizar sua "pequena" voz para dar o tom certo de sexualidade sem parecer vulgar. Centrada em uma batida bem delimitada e pouco convencional combina perfeitamente com a atmosfera da canção. Mesmo sem apelasse para a baixaria a composição poderia ter bem melhor aproveitada já que ela acabada certinha demais e sem a pegada que deveria ter. A única dúvida que fica é: por que o nome/frase esta no futuro, se ele já fez a música?
nota: 6,5
Ciara
De uns tempos para cá comecei a ouvir em certas canções R&B/hip hop a seguinte frase "Mike WiLL Made It". Até a pouco pensei que era tipo uma espécie de carimbo para os trabalhos de um determinado produtor. Para falar a fazer também é isso, mas também é o nome do artístico do produtor Michael Williams. Sim, o cara se deu o nome de "Mike vAI Fazer". Simplesmente, ele tem o nome uma frase. Felizmente, ele é um bom produtor.
Na frete do primeiro single oficial homônimo quinto álbum da Ciara, Mike WiLL Made It faz de Body Party um bom sexy/mid-tempo R&B sabendo usar o carisma da cantora em seu favor. Ciara domina a canção sabendo utilizar sua "pequena" voz para dar o tom certo de sexualidade sem parecer vulgar. Centrada em uma batida bem delimitada e pouco convencional combina perfeitamente com a atmosfera da canção. Mesmo sem apelasse para a baixaria a composição poderia ter bem melhor aproveitada já que ela acabada certinha demais e sem a pegada que deveria ter. A única dúvida que fica é: por que o nome/frase esta no futuro, se ele já fez a música?
nota: 6,5
4 de junho de 2013
Uma Garota de Temporadas
Brave
Sara Bareilles
A cantora Sara Bareilles é como as temporadas das séries do canal americano AMC (The Walking Dead e Mad Men): demora a ser lançado, mas sempre a espera é recompensável com um produto que é ao menos interessante.
Como primeiro single do seu próximo álbum, The Blessed Unrest, foi lançada a canção Brave. A canção tem com ponto positivo a sua intenção: Brave é sobre a a luta de um amigo pessoal de Sara em sair do armário. Mesmo pisando em terreno de autoajuda e errando em certas escolhas como a construção da "bridge", Sara ao lado de Jack Antonoff (guitarrista do fun.) acertam no tom positivo e inspirador da canção. Assim como a performance cativante de Sara que casa perfeitamente com a pegada pop adulto da canção. A produção tem pequenos deslizes ao colocar uma bateria que parece estar um tom mais alto que o resto da canção, mas funciona bem no final. Ao menos podemos contar com a Sara de tempos em tempos. Que bom.
nota: 7
Sara Bareilles
A cantora Sara Bareilles é como as temporadas das séries do canal americano AMC (The Walking Dead e Mad Men): demora a ser lançado, mas sempre a espera é recompensável com um produto que é ao menos interessante.
Como primeiro single do seu próximo álbum, The Blessed Unrest, foi lançada a canção Brave. A canção tem com ponto positivo a sua intenção: Brave é sobre a a luta de um amigo pessoal de Sara em sair do armário. Mesmo pisando em terreno de autoajuda e errando em certas escolhas como a construção da "bridge", Sara ao lado de Jack Antonoff (guitarrista do fun.) acertam no tom positivo e inspirador da canção. Assim como a performance cativante de Sara que casa perfeitamente com a pegada pop adulto da canção. A produção tem pequenos deslizes ao colocar uma bateria que parece estar um tom mais alto que o resto da canção, mas funciona bem no final. Ao menos podemos contar com a Sara de tempos em tempos. Que bom.
nota: 7
3 de junho de 2013
Passando a Limpo Madonna: Primeira Era: A Linda Garota Que Se Sente Como Uma Virgem
Hoje começo um projeto que há muito tempo estava adormecido e que finalmente vai ser "despertado". Para que não acompanha há muito tempo, o especial Passando a Limpo começo no primeiro ano do blog com a intenção de dá uma "passada a limpo" todos os singles já lançados por um artista até o momento da publicação do post. Já passaram nomes como Mariah Carey, Jennifer Lopez, Gwen Stefani, Amy Winehouse, Carrie Underwood e Whitney Houston na época da sua morte. Como é um especial que geralmente demanda de muito tempo sempre tive certa preguiça de fazer e acabei meio que esquecendo de uma vontade: fazer o Passando a Limpo da Madonna. Então, revirando o baú da minha memória achei escondido essa vontade e refletindo bem resolvi realiza-lo. Então, aqui está a primeira parte do Passando a Limpo da Rainha do Pop!
1 de junho de 2013
Primeira Impressão
Annie Up
Pistol Annies
Se o "eu" de hoje pudesse voltar no tempo e falar para o "eu"de quase cinco anos atrás, quando comecei o blog, que em 2013 "eu" estaria considerando seriamente que o melhor álbum do ano pode ser um trabalho de um trio feminino de country, o "eu" de hoje iria levar uma sonora gargalhada na cara e um desprezo do tamanho da rio Amazonas. Com ou sem a viagem no tempo, isso é exatamente o que está acontecendo nesse exato momento depois de ouvir o incrível segundo álbum do trio Pistol Annies, Annie Up.
Claro, nesse momento essa possibilidade não é uma surpresa por alguns motivos: minha percepção em relação ao country cresceu muito durante esses anos, já tinha conhecido o trabalho delas com o ótimo debut de 2011 Hell On Heels e mais no começo do ano já tinha falado do genial álbum solo da integrante Ashley Monroe, Like a Rose que até agora era o melhor ano para mim. Só que a surpresa veio de qualquer maneira após ouvir Annie Up, um trabalho esplendoroso onde três artistas estão em estado de graça em todos os sentidos. Miranda Lambert, Angaleena Presley e a já citada Ashley compõem todas as faixas do álbum (algumas as três ou em duplas ou sozinhas) fazendo um trabalho genial ao pegar vários clichês que o country oferece (dor de cotovelo, paixões regadas por whiskey, bebedeiras, histórias adocicadas de amor e mais bebedeiras) e as desconstrui, colocando grandes pitadas de refinada ironia, inteligência, humor, emoção verdadeira e muito mais para depois reconstruir em letras acachapantes colocando o trio na dianteira entre os melhores songwriter da atualidade em qualquer estilo. A magistral produção do álbum é dividida em seis mãos (Frank Liddell, Chuck Ainlay e Glenn Worf) e segue um caminho bem diferente do álbum anterior que era calcado em uma sonoridade mais "old school". Em Annie Up, eles modernizam o som do trio e brincam com estilos que flertem/influenciam o country como o blues, rock e o folk de uma maneira sublime sabendo usar eles para casar com a desconstrução do estilo causado pelas composições do trio, mas o mesmo tempo criando faixas de produção e instrumentalização perfeita que louvam o country como poucos. Vocalmente, o trabalho do trio é exemplar sabendo dividir entre as entres momentos solos e em perfeita sincronia quando canta juntas. Claro, quem não gosta do estilo devido ao estilo peculiar das vozes dos artistas não vai gostar de qualquer forma do CD, mas não pode negar que é um trabalho diferente do que atual cenário musical oferece. Escolher quais são os destaques de Annie Up é quase impossível já que todo álbum é excepcional, mas vou ressaltar I Feel a Sin Comin' On que abre o CD sendo uma das melhores canções do ano ao misturar country/blues com uma pegada sensual criando uma canção simplesmente genial. Mesmo com a estranheza, eu acredito que o "eu" de cinco anos atrás depois de ouvir Annie Up concordaria comigo já que talento ultrapassa barreiras até do tempo e com certeza eu vou lembrar do álbum daqui a cinco anos.
Pistol Annies
Se o "eu" de hoje pudesse voltar no tempo e falar para o "eu"de quase cinco anos atrás, quando comecei o blog, que em 2013 "eu" estaria considerando seriamente que o melhor álbum do ano pode ser um trabalho de um trio feminino de country, o "eu" de hoje iria levar uma sonora gargalhada na cara e um desprezo do tamanho da rio Amazonas. Com ou sem a viagem no tempo, isso é exatamente o que está acontecendo nesse exato momento depois de ouvir o incrível segundo álbum do trio Pistol Annies, Annie Up.
Claro, nesse momento essa possibilidade não é uma surpresa por alguns motivos: minha percepção em relação ao country cresceu muito durante esses anos, já tinha conhecido o trabalho delas com o ótimo debut de 2011 Hell On Heels e mais no começo do ano já tinha falado do genial álbum solo da integrante Ashley Monroe, Like a Rose que até agora era o melhor ano para mim. Só que a surpresa veio de qualquer maneira após ouvir Annie Up, um trabalho esplendoroso onde três artistas estão em estado de graça em todos os sentidos. Miranda Lambert, Angaleena Presley e a já citada Ashley compõem todas as faixas do álbum (algumas as três ou em duplas ou sozinhas) fazendo um trabalho genial ao pegar vários clichês que o country oferece (dor de cotovelo, paixões regadas por whiskey, bebedeiras, histórias adocicadas de amor e mais bebedeiras) e as desconstrui, colocando grandes pitadas de refinada ironia, inteligência, humor, emoção verdadeira e muito mais para depois reconstruir em letras acachapantes colocando o trio na dianteira entre os melhores songwriter da atualidade em qualquer estilo. A magistral produção do álbum é dividida em seis mãos (Frank Liddell, Chuck Ainlay e Glenn Worf) e segue um caminho bem diferente do álbum anterior que era calcado em uma sonoridade mais "old school". Em Annie Up, eles modernizam o som do trio e brincam com estilos que flertem/influenciam o country como o blues, rock e o folk de uma maneira sublime sabendo usar eles para casar com a desconstrução do estilo causado pelas composições do trio, mas o mesmo tempo criando faixas de produção e instrumentalização perfeita que louvam o country como poucos. Vocalmente, o trabalho do trio é exemplar sabendo dividir entre as entres momentos solos e em perfeita sincronia quando canta juntas. Claro, quem não gosta do estilo devido ao estilo peculiar das vozes dos artistas não vai gostar de qualquer forma do CD, mas não pode negar que é um trabalho diferente do que atual cenário musical oferece. Escolher quais são os destaques de Annie Up é quase impossível já que todo álbum é excepcional, mas vou ressaltar I Feel a Sin Comin' On que abre o CD sendo uma das melhores canções do ano ao misturar country/blues com uma pegada sensual criando uma canção simplesmente genial. Mesmo com a estranheza, eu acredito que o "eu" de cinco anos atrás depois de ouvir Annie Up concordaria comigo já que talento ultrapassa barreiras até do tempo e com certeza eu vou lembrar do álbum daqui a cinco anos.
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