29 de dezembro de 2013
Os 25 Melhores Álbuns de 2013 - Parte III
Parte I
Parte II
15.Better
Chrisette Michele
"Centrado em uma sonoridade que ao mesmo tempo consegue unir a old school com uma visão moderna, Better encontra nas performances de Chrisette uma cantora elegante, sincera, inspirada, versátil e totalmente consciente de seu papel de cantora/interprete a base perfeita para construir um álbum magistral. A espinha dorsal do álbum são as nuances que o R&B/soul musica pode oferecer. Desde os primeiros acordes da primeira canção somos introduzidos a praticamente toda a sonoridade do álbum, mas com o trabalho de uma produção impecável que conseguem dar pequenos e importantes toques que vai alterando a musicalidade de cada faixa sem perder o rumo. Sem contar o trabalho espetacular de instrumentalização que agrega bastante substancia e personalidade para o álbum. Mesmo com certa variedade, Better é uma carta aberta sobre o amor e suas vertentes que consegue ser sóbria, mas sem perder o romantismo. Delicada, sem perder a força."
Primeira Impressão
14.Ciara
Ciara
"Ciara (nada mais justo que ser um CD homônimo) é o casamento perfeito da simples receita de uma produção caprichada com uma artista talentosa. Vou começar a tirar da frente o único comentário negativo que posso fazer em relação ao álbum: Ciara não tem aquela voz poderosa ou com recursos como várias contemporâneas e por algumas vezes falta "substância" em suas performances. Então é aqui que começa o trabalho primoroso da produção ao saber como utilizar e retirar o melhor da voz da Ciara construindo faixas que se encaixam muito bem com seu tom. E ela se aproveita disso e se deixa levar sem se preocupar em tentar soar diferente do que é realmente é. Um trunfo para o álbum que não para por aí. Se não chegam a ser as maiores obras poéticas as composições feitas para Ciara são os mais deliciosos deleites que se pode esperar de um álbum que mistura feminismo com sexualidade sem ficar vulgar ou ativista demais. Tudo bem interpretado por Ciara que achou o equilíbrio perfeito entre a cantora sexy e a mulher poderosa. O grande ponto alto do álbum é sem dúvida nenhuma a construção da sonoridade: como disse antes, Ciara voltou ao passado para resgatar aquela mistura de R&B, crunk, pop e hip hop e atualizá-la de uma maneira sensacional. Com uma coesão estupenda entre os vários produtores, o CD reconstrói a sonoridade de Ciara modernizando as influências, envernizando velhos sons e adicionando algumas novas e sensacionais camadas de novos sons que apenas agregam qualidade para o álbum."
Primeira Impressão
13.Yours Truly
Ariana Grande
"Yours Truly é uma pérola musical como poucas vezes eu pude resenhar aqui no blog. Não é um trabalho acima do mal, mas tem tantas boas qualidades que fica difícil não se apaixonar quase instantaneamente por ele e, por tabela, pela doce e talentosa Ariana Grande. Já que falei dela começo a "tempestade" de elogios falando dela: mesmo com todas as comparações verdadeiras sobre sua voz com a da Mariah é inegável o reconhecimento do grande talento da Ariana. A jovem ainda é "crua" e tem muito, mais muito caminho pela frente, mas a sua voz está acima da média das cantoras novatas e a quilômetros de suas "amigas" na mesma faixa de público como Demi, Selena e Miley. Seu tom doce contrasta com a capacidade de alcançar notas agudíssimas como poucas. Isso fica evidenciada na linda balada com uma vibe anos cinquenta/sessenta/Motown Tattooed Heart em que Ariana entrega uma performance que merece uma salva de palmas. Comparo seu potencial no mesmo nível da Christina Aguilera quando essa começou a carreira em 1999 (antes que começam a pensar esclareço: não estou comparando vozes ou o talento entre as duas, mas, sim, que Ariana pode crescer tanto como a Aguilera ao longo dos anos. E também não acho que a novata vai ser melhor que a jurado do The Voice.) Longe de ser composto por letras geniais Yours Truly é um trabalho sólido e bem apropriado para a idade de Ariana, mas que não a infantiliza ou tenta empurrar na goela do público uma artista que tenta ser adulta a força."
Primeira Impressão
12.Save Rock and Roll
Fall Out Boy
"Depois de um hiato de quatro anos aonde os integrantes da banda se dedicaram à projetos paralelos, a banda volta para mostrar que o tempo fez muito bem para eles. Save Rock and Roll é um álbum pop rock/punk inspirado, cheio de personalidade e que mostra a evolução da banda logo na primeira canção e termina de maneira inspirada. Ao longo de apenas onze canções a banda despeja uma coleção de composições que apesar de ainda tem aquele toque ácido/dark do começo da carreira deles, contudo elas estão mais refinadas, editadas e inteligentes mostrando a maturidade adquirida por eles. É o reflexo de uma parte da geração que eles fazem parte e retratam isso perfeitamente. A sonoridade do grupo não se alterou em seu DNA, mas ganhou ainda mais corpo e uma orientação mais definida pegando as influências variadas da banda e transformando em uma sonoridade sólida e não em um "samba do crioulo doido". Não é apenas a qualidade como músicos que surpreende em Save Rock and Roll, e sim, como eles conseguiram construir o álbum tão bem amarrado que não há nenhum momento que pode ser considerado realmente fraco."
Primeira Impressão
11.Overgrown
James Blake
"James Blake é um artista completamente único e quase inclassificável. Partindo de uma base eletrônica, ele vai desenvolvendo uma sonoridade que vai agregando vários estilos, influências e texturas para depois refinar tudo isso com uma visão tão individual que resulta em uma das sonoridades mais originais que eu já ouvi desde que o blog começou. A atmosfera de Overgrown é tão "lúdica" que eu não consigo definir com palavras, mas deixo essa visão para que vocês tentem visualizar o que senti ao ouvir o álbum: "imagine-se no meio de uma floresta deserta coberta pela uma camada de neve eterna e que nunca para de nevar. Você, sem nenhuma proteção, sente o frio glacial entrar em seu corpo trazendo a sensação da morte cada vez mais perto, mas mesmo assim você é inundado por toda uma saraivada de outros sentimentos mais importantes que se esquece dessa sensação e se deixa levar". Difícil, não é? Praticamente produzindo o álbum inteiro sozinho, James mostra uma força inegualável ao somar sua visão artística com trabalhos instrumentais poderosos e composições simples e ao mesmo tempo simplesmente desconcertantes. Um homem de poucas, mas poderosas palavras".
Primeira Impressão
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