Esse ano eu consegui a façanha de fazer o Primeira Impressão de cerca de 95 álbuns. Um recorde! Então, a escolha dos 25 Melhores Álbuns de 2013 foi muito difícil. Depois de analisar cada álbum consegui uma lista bem coerente com tudo o que foi dito nas avaliações dos álbuns. Quero apenas ressaltar que a lista contém alguns álbuns que foram lançados bem no final do ano passado e depois da lista de 2012 já ter sido feita. Sem mais delongas aqui estão os cinco primeiros!
25.Matangi
M.I.A.
"Não espere "um passeio no parque" em Matangi já que M.I.A. mantém integra a sua sonoridade que a fez se destacar em Arular de
2005, mas apenas sendo mais refinada e pouco menos impactante. Não que a
mistura de eletrônico com todas as nuances, texturas, batidas, estilos,
influências e todos os sons que tecem a rica e complexa cadeia de
influência da cantora tenha se deteriorado ou se corrompido ao longo
desses anos já que a produção faz um trabalho poderoso entregando uma
sonoridade e arranjos perfeitos para transmitir toda personalidade
multifacetada da cantora"
Primeira Impressão
24.Nothing Was the Same
Drake
"A grande surpresa aqui é que Nothing Was the Same não é
exatamente um álbum que poderia se esperar de um rapper. Seu grande
diferencial é Drake resolveu fazer um CD falando, basicamente, sobre
amor. Suas composições ganham um tom bastante intimista e sincero no
momento em que o rapper canadense se abre revelando uma pessoa realmente
sensível, humana e com problemas como qualquer pessoa comum. Claro,
seus pontos de vistas são diferentes, mas mesmo assim é interessante ver
essa sinceridade crua e nua vinda de um artista que devido a
estereótipos e preconceitos já estabelecidos parecia ser mais um na
multidão. Até mesmo as canções que fogem desses assuntos ganham esse tom
mais pessoal. O álbum também se beneficia da boa construção lírica das
faixas que apesar de não serem trabalhos geniais são uma evolução imensa
para na carreira de Drake"
Primeira Impressão
23.Paramore
Paramore
"Sempre acompanhei a evolução do Paramore, hoje em nova formação, desde
os tempos onde eles faziam um pop rock teen bem ruim passado pelo legal Brand New Eyes
(de onde saiu a genial The Only Exception) e comecei a notar que havia
potencial verdadeiro na banda (vocês podem ver toda a trajetória deles aqui).
Claro, não poderia nunca imaginar que um dia eles iriam entregar um
trabalho tão interessante, ousado e realmente de qualidade como o novo
álbum deles. Falei anteriormente que os fãs "originais" (uma parte
deles) da banda não vão gostar da nova sonoridade escolhida pelo grupo
por dois motivos: 1°; eles deixaram de lado o estilo pop rock/punk de
butique para teens, e, 2°; eles seguiram o caminho mais arriscado
possível e não se "encaixotaram" em um estilo usando dezenas de
sonoridades para construir o álbum. E nessa característica que reside a
maior qualidade do trabalho: o produtor Justin Meldal-Johnsen, que já
produziu desde o Beck até o Black Eyed Peas e era baixista do Nine
Inch Nails, ajudou a costurar uma colcha de estilos que mistura rock,
punk, pop, eletrônico, soul, new have, indie pop, rock alternativo, pop
teen, rock eletrônico, gospel, música latina, algumas décadas como os
anos '80 e '90 e ainda outros que não me vem na mente que em nenhum
momento se mostra um "samba do crioulo doido". Todo o refinado trabalho
de Justin se mostra no cuidadoso processo de criação de cada faixa que
não são apenas músicas muito bem produzidas, mas se "ligam" uma nas
outras criando uma coesão para o álbum mesmo com a profundidade de
sonoridades. Uma surpresa sensacional."
Primeira Impressão
22.Girl Who Got Away
Dido
"Ao lado do irmão e parceiro de longa data Rollo Armstrong e vários
outros nomes conhecidos, Dido construí uma coleção de canções que falam
sobre amor e a vida com habilidade de nunca percorrer caminhos
sentimentalóides e ao mesmo tempo conversar com o público de frente
abrindo seu coração. Aquela voz doce, meiga e confortante da inglesa
está de volta de maneira primorosa que faz qualquer canção uma obra que
só ela poderia cantar. Algo tão pessoal que conseguimos entrar no mundo
da cantora sem nem percebemos que estamos lá. Sua sonoridade continua
quase a mesma: pop adulto da melhor qualidade com produções competentes.
Contudo, Girl Who Got Away tem uma pegada diferente com a introdução de
melodias com forte influência da música eletronica. Não pense que temos
uma Dido fazendo "batidão" com se fosse "amiga" do David Guetta. As
influências aqui são outras como o tipo de música eletrônica com estilo
"ambiente". O casamento do som dela com esse eletrônico é perfeita
resultando em uma sonoridade ideal para o álbum que não carrega nas
texturas sabendo dosar e criando arranjos cativantes e deliciosos"
Primeira Impressão
21. Unorthodox Jukebox
Bruno Mars
"Basicamente produzido pelo trio em que Bruno faz parte, o The
Smeezingtons, Unorthodox Jukebox é uma obra coesa, na medida certa e
cheia de personalidade. A produção acerta em criar um neo soul/pop com
pés na obra de MC e outros expoente dos anos oitenta sem perder o rumo e
deixando tudo com um ar fresco para o público que não tem essas
referências. Todas as faixas ganham o mesmo tratamento sem nenhum
destaque que salte aos ouvidos, mas nenhuma não é merecedora desse
tratamento. Claro, gostar de uma mais que outras ou não gostar de tal
faixa aqui apenas vai de gosto para gosto. Bruno é sem dúvida um dos
melhores cantores da sua geração e ele sabe como utilizar sua voz
perfeitamente. Versátil, ele vai do cantor de canções agitadas feitas
para tocar em festas para o cantor de baladas até o soul singer
perfeitamente. Tudo com muita personalidade única e cativante. No
quesito composição, Unorthodox Jukebox é um bom e emocionante álbum
romântico sem nenhuma dúvida. Bruno navega desde a decepção, o amor
incondicional até o puro e sacana sexo com a mesma fluência e em nenhum
momento descamba para os clichês de cada faceta."
Primeira Impressão
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