Meghan Trainor
Mesmo com o gigantesco sucesso inicial, a Meghan Trainor está lutando fortemente para tentar se manter minimamente relevante atualmente. Infelizmente, a cantora tem o grande problema de ter nascido na época errada como demonstra o EP THE LOVE TRAIN.
Meghan Trainor é uma cantora pop que está bem mais interessada de fazer um pop inofensivo, fofo e de coração puro. E, sejamos francos, isso é algo que parece perfeito para uma artista que teve o seu grande momento lá nos anos oitenta. Bem intencionado, mas bem mofado. Claro, se você acreditar que isso seja um grande problema é melhor passar longe de THE LOVE TRAIN, pois o trabalho já começa com a overdose de açúcar de ALL THE WAYS. Uma das melhores do EP, a faixa acerta com a batida dance-pop delicinha, mas ainda é impregnada por essa sensação datada. Passado a faixa, o nível da glicose aumenta com a doce balada MARRY ME. E apesar de ser um pouco entediante, a faixa não é uma bomba que poderia se esperar dessa mistura que o álbum entrega. Na verdade, quando se embarca na onda até para curtir o trabalho com restrições. Exemplo disso são as duas faixas seguintes: I'M DOWN e AFTER YOU. Parecendo faixas que saíram de algum álbum do final dos anos noventa, as duas faixas mostram a boa qualidade vocal de Meghan que, infelizmente, não é aproveitada como se deveria. Ariscando um pouco com FOOLISH, mas sem alcançar o objetivo de entregar um verdadeiramente bom dance-pop/soul, THE LOVE TRAIN termina com a bem intencionada e clichê GOOD MORNIN' com participação instrumental do pai da cantora. Se o EP fosse lançado há uns dez ou quinze anos atrás até poderia ser um grande momento para a carreira de uma cantora pop. Para Meghan Trainor, entretanto, é um trabalho doce e esquecível.
notas
ALL THE WAYS: 7MARRY ME: 6,5
I'M DOWN: 7
AFTER YOU: 7
FOOLISH: 6,5
GOOD MORNIN' (feat. Gary Trainor): 6,5
Média Geral: 6,7
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