Tame Impala
Até o momento de escrever essa resenha sempre tinha ouvido e lido falar sobre a banda australiana Tame Impala, mas nunca tinha ouvido sequer uma canção deles. Na verdade, nem fazia ideia de como era a sonoridade, pois nunca deu muita atenção as informações sobre a banda como, por exemplo, resenhas em sites especializados. Sabia, porém, que a banda é uma queridinha do critica desde o lançamento do primeiro álbum deles em 2010. Eis que por curiosidade resolvi ouvir o novo single deles Patience, primeiro lançamento do novo álbum que deve ser lançado ainda esse ano. Nesse mergulho no desconhecido acabei descobrindo algo realmente surpreendente.
Sem escutar nenhuma outra canção da banda até o momento de escrever essa resenha para não ser influenciado de nenhuma maneira posso afirmar que Patience é um auspicioso primeiro contato, criando ótimas expectativas para o que está por vim e, também, o que já foi lançado. A canção é uma contagiante e inusitada fusão de indie rock com disco, new wave e psychedelic pop que poderia acabar soando pretensioso ou deslocado em mãos diferentes. Isso não acontece devido a inteligência sonora de Kevin Parker (vocalista e praticamente único integrante da banda) que ao produzir a canção consegue misturar esses gêneros de uma forma refinada e respeitosa, conseguindo equilibrar e dar personalidade para esses elementos tão distintos. Na verdade, Patience pode ser considerado uma excepcional canção pop, mesmo que não esteja exatamente dentro desse gênero consegue ter vários atributos compatíveis. Com uma letra simples, direta e eficiente, Patience não é um trabalho para ser apreciado com pressa, ainda mais devido a decisão de Kevin de colocar seus vocais em segundo plano e uma atmosfera que pode ser considerada "entediante" por alguns, mas se vocês realmente estiver pronto para esse mergulho irá descobrir uma pérola moderna.
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