Thom Yorke
Apesar de não ser um dedicado fã preciso admitir que o Radiohead é uma das maiores banda de todos os tempos. E é por isso que ouvir uma canção da mente principal por trás da banda é sempre algo revigorante. E em 5.17, o Thom Yorke entrega exatamente isso, mas com um resultado levemente abaixo do esperado.
Assim como toda a sua carreira com a banda ou solo, o musico entrega em 5.17 um trabalho tecnicamente espetacular. O instrumental é de uma delicadeza complexa que fica muito bem entre o limiar do melancólico e o contemplativo sem pender para nenhum lado e muito menos se transformar a canção em um trabalho arrastado. Além disso, existe uma falsa ideia que estamos diante de um trabalho minimalista, mas que na verdade apresenta uma complexidade de construção bastante impressionante. Thom entrega uma performance a altura da magnitude da produção ao usar o seu timbre único para dar envolver de maneira etérea toda a composição. O motivo de 5.17 não ser melhor do que realmente é a sua simples composição. Conhecido por colocar uma imensidão de sentimentos em letras sucintas, o artista não mostra todo esse potencial aqui ao deixar a canção carente do soco que as suas obras sempre apresentam. Apesar disso, a canção é um trabalho modesto para os parâmetros do Thom Yorke, mas isso não quer dizer que não seja louvável.
nota: 8
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