Drew Barrymore
SZAAntes de se tornar uma hitmaker, a SZA despontou no cenário musical já como a nova estrela do R&B desde o começo. Todavia, a sonoridade da cantora tinha um lado bem diferente do atual em que a cantora apostava mais no experimental do que o comercial como prova a sensacional Drew Barrymore, um dos primeiros sucessos da sua carreira.
Quero deixar claro que gosto da atual sonoridade da cantora, mas como escrevi na resenha de SOS que “a produção deixa a desejar no instante que esse escopo todo falta uma carga de exploração das possibilidades que a sonoridade ouvida é capaz de chegar”. E é em Drew Barrymore que esse lado artístico da cantora se mostra de maneira plena. O grande trunfo da canção é a capacidade de criar uma batida encorpada, refinada, envolvente e classuda de R&B que é misturada com uma dose cavalar de grunge que dá para o resultado final um resultado estranhamente renovador que a transforma em algo genial e, ao mesmo tempo, tão familiar. Atualmente, as canções da SZA não têm esse vigor sonoro que a fez ser notada e isso é algo que realmente sinto falta. O que não dá para sentir falta é da maestria lírica que consegue descrever as inseguranças sobre a sua aparência em um relacionamento que parece não ter o peso para os envolvidos. Apesar de ter outros envolvidos, a composição deixa claro a força criativa da SZA que mostra essa sensibilidade até quando está em canções não tão inspiradas. O nome da canção é devido ao fato de a cantora ter se inspirado no personagem da Drew Barrymore em Nunca Fui Beijada. E o ponto mais interessante da canção é que existe um lado comercial, mesmo que seja bem contido em relação a esse fator. Espero que no futuro a SZA posso continuar a fazer esse sucesso imenso, mas também entregar canções tão inspiradas como essa perola.
nota: 9
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