14 de janeiro de 2024

Os Melhores Singles de 2023 -Parte I

 



50. Running Out Of Time
Paramore



"No terceiro single do álbum, a banda reflete de maneira ácida, inteligente, bem humorada e desconcertante sobre a falta de tempo que lidamos no nosso dia a dia. Na verdade, Running Out Of Time é mais sobre como usamos isso como desculpa para escapamos de fazer coisas como, por exemplo, conhecer nossos vizinhos ou ir em uma festa de algum amigo. Coisas “pequenas” que no futuro é provável que vamos nos arrepender."

49. Welcome To The DCC
Nothing But Thieves


"Sabe aqueles hinos rock capazes de fazer um estádio todo cantar de maneira uníssima apenas com as primeiras notas? Então, Welcome To The DCC tem essa qualidade impregnada desde o primeiro momento até o seu último segundo, fazendo a canção ser explosiva, viciante, grandiosa e com uma batida que mexe com a nossa adrenalina."

48. SEREIA
Lia Clark & Pabllo Vittar


"Uma surpreendente mistura de eletrônico com funk que sabe referenciar o passado do gênero brasileiro ao mesmo tempo que emoldura com uma modernidade verdadeira e fluida. E isso é sinceramente impressionante, pois o resultado é tão refinado criativamente que a gente pensa que como isso não foi feito nesse nível até o momento. "

47. MY HOUSE
Beyoncé


"Produzido pela cantora ao lado do The-Dream, a canção foge um pouco do conceito inicial do álbum na sua primeira parte ao ser uma batida hip hop mais tradicional para depois na sua segunda parte adicionar uma camada de house/dance-pop estilizada. Não chega aos ápices que a mesma fez no álbum, mas My House tem uma força explosiva que faz a gente ser atraído para a sua orbita facilmente. E como é usada como música fundo aos créditos do filme, a canção funciona perfeitamente já que mantem o ritmo lá no alto e causa um impacto logo nos primeiros segundos. "

46. Paint The Town Red
Doja Cat


"Equilibrada entre o lado artístico e o comercial, a canção apresenta o uso sensacional e inteligentíssimo do sample da clássica Walk On By da Dionne Warwick que não se sobrepõe ao resto da canção e também não é usado à toa."

45. Ice Slippin
Omar Apollo


"Uma mistura refinadíssima de neo-soul, bedroom pop e R&B, a canção apresenta uma sensibilidade estética deliciosa que é enriquecida pela lindas camadas e texturas que vão sendo adicionadas ao longo da sua duração. Existe uma sensação de completo domínio da produção sobre Ice Slippin, pois a música não tem medo de se explorar para buscar algumas preciosas quebras de expectativas que apenas melhoram o resultado da canção."

44.Moonlight
Kali Uchis


"Moonlight tem as mesmas vibes de Telepatía, maior sucesso de Kali, ao ser vibrante, sensual, contagiante e viciante de maneira natural e fluida. Não apenas isso, mas a canção é sonoramente sensacional ao ser uma deliciosa mistura de neo-soul, psychedelic e R&B alternativo que não pende para algo denso, mas, sim, para o iluminado e completamente despretensioso."

43. Shy Boy
Carly Rae Jepsen



"Uma inteligente, vibrante, criativa e viciante mistura dance-pop/synth-pop que continua a mostrar o domínio da cantora nesse caminho pop nostálgico/modernoso. Dessa vez, porém, Carly parece buscar influência um pouco inusitada: Paula Abdul. Apesar de imenso sucesso nos anos oitenta, a ex jurada do American Idol não é exatamente citada como uma grande influenciadora musicalmente, mas Shy Boy tem essa vibe que parece emoldurar o lado dançante de hits como Straight Up e Opposites Attract."

42. Tension
Kylie Minogue


"A canção é ousadíssima sonoramente e, ao mesmo tempo, está dentro do campo sonoro que a cantora já mostrou em vários momentos. Uma hipnótica, robusta e surpreendente house/eletropop que tem a capacidade de explorar toda a sua potencialidade ao ter tempo suficiente para criar nuances e texturas. Na verdade, é da habilidade da produção de Richard Stannard e Duck Blackwell de quebrar algumas expectativas que surge o triunfo de Tension."

41. Rush
Troye Sivan


"Elétrica do começo ao fim, Rush apresenta logo de cara a quebra de expectativa com os vocais distorcidos que dão para a canção uma personalidade marcante e são usados para incrementar o refrão em contraste com os aveludados e sensuais vocais do cantor. Essa dinâmica dá para a canção uma personalidade única, pois cria uma áurea de estranheza controlada que refinas qualquer ponta solta da produção. E esse quesito não decepciona, pois é coesa, criativa e extremamente viciante. Poderia ser um pouco maior já que nem chega a ter dois minutos e meio direito. Todavia, o grande trunfo da canção é continuar a dar a possibilidade para a expressão de Sivan ao explorar a sua sexualidade sem amarras ou metáforas complexas, especialmente no seu homoerótico vídeo clipe. Rush é um triunfo em várias instancias que ajuda a continuar esse caminho sem volta para a comunidade queer. "

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