The Invisible Man
MarujaParece que há algo nas águas da Inglaterra que são capazes de gerar as bandas com maior apelo criativo possível ao longo da história da indústria fonográfica. Nos últimos anos, por exemplo, tenho descoberto algumas bandas como o Squid e o Black Country, New Road que meio que ajudam o corroborar minha tese. E a banda novata Maruja entra nessa lista com o lançamento da imprevisível e imponente The Invisible Man.
Com um pouco mais seis minutos, a canção é uma torrente impiedosa, épica, magistral e grandiosa de uma mistura de post-punk, art rock, jazz e rock progressivo que pode até ser familiar, mas é feito de uma tão espetacular e com uma personalidade distinta que a torna um trabalho único e refrescante. Existe um cuidado para que o impressionante instrumental não se perca em uma cacofonia sem sentido, mas que também não tenha restrições ou amarras para onde ir ou, principalmente, como chegar nesse lugar sonoro impressionante e deslumbrante. The Invisible Man, porém, ganha contornos de genialidade pura devido a performance do vocalista da banda Harry Wilkinson que segue o caminho de entoar a composição como em declamação de poema, adicionando nuances belas e uma impressionante construção climática que termina em uma explosão. Facilmente já concorrendo para melhor canção do ano, The Invisible Man faz do Maruja a próxima grande promessa do rock ao continuar a tradição britânica.
nota: 8,5
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