27 de outubro de 2024

GaGa Returns

Disease
Lady Gaga


Apesar de estar vivendo o momento mais estranho da sua carreira, a Lady GaGa entrou algo que, sinceramente, eu nem era possível de alcançado: um retorno triunfal a sua velha forma. E isso é devido ao magistral single Disease.

Primeiro single do seu sétimo álbum, a canção é praticamente um milagre em forma de música, pois faz a cantora simplesmente voltar com tudo aos tempos áureos sem soar datada ou/e pretenciosa e com a mesma qualidade. E qual é esse tempo áureo que estou falando: a era The Fame Monster/Born This Way. Disease é uma amalgama perfeito da sonoridade dark pop/electropop que a GaGa entregou nessa época, entregando uma força épica e monstruosa que particularmente sentia falta na sua sonoridade. Densa, dançante, épica e explosiva, a canção tem também essa noção de não ser apenas uma peça nostálgica, mas, sim, mostrar evolução clara e definida da sonoridade da cantora sendo que fica claro que a canção é uma continuação natural do que ela já fez ao invés de ser uma desesperada tentativa de voltar no tempo para voltar ser relevante. Com uma letra simples, mas com poder pensando perfeitamente para grudar na nossa cabeça rapidamente, Disease é outro trunfo vocal para a cantora que entrega uma das suas melhores performances desde a lendária Bad Romance. E assim GaGa mostra que não é qualquer palhaço que vai fazer a “mãe monstro” decair.
nota: 8,5

Primeira Impressão

143
Katy Perry


Primeira Impressão

Bird's Eye
Ravyn Lenae


Um Toque de Brasil

One Wish (feat. Childish Gambino)
Ravyn Lenae


Tenho a impressão que a famosa síndrome de vira lata que o brasileiro tem faz a gente esquecer o quanto respeitada é a nossa música lá fora, especialmente a que foi feita entre os anos sessenta e setenta. E é por isso que não deveria ser uma surpresa ouvir um sample brasileiro na ótima One Wish da Ravyn Lenae.

Usando como base da melodia a canção Estou Perdido No Meio Da Rua de 1971 da dupla Tony & Frankye que, apesar de ter lançado apenas um álbum foram um dos primeiros artistas do soul brasileiro, a canção se torna uma encantadora e melódica balada R&B/soul que tem uma atmosfera preciosa, delicada e emocional. Esse toque brasileiro é, na verdade, o que dá essa base, criando essa amálgama entre o passado e o presente e entre o estadunidense e o brasileiro. Outro trunfo da canção é sua simples, mas forte composição sobre a falta do pai na vida de uma pessoa que mostra uma profundida temática incrível e surpreendente. E a cereja em cima do bolo é o verso Childish Gambino, mostrando o lado do pai dentro dessa situação. E a canção poderia ser ainda melhor se o rapper tivesse ainda mais espaço, pois, ao lado da ótima performance da Ravyn, a sua presença é o que dá a liga final para One Wish. De qualquer forma, a presença do componente Brasil na canção é para a fazer a gente valorizar o quanto rico é o nosso cancioneiro. 
nota: 8

Minguado

Diet Pepsi
Addison Rae


Sabe aquela canção que é até boa, mas falta substancia para ela seja mais do mesmo? Esse é o caso de Diet Pepsi da Addison Era.

A ideia é até boa quando a gente olha na superfície ao ser uma cadenciada e sensual R&B/synth-pop, mas ao prestar atenção de verdade dá para notar que é mais ar do que recheio de verdade. Faltou para Diet Pepsi uma produção que pudesse acrescentar personalidade para a canção que não fizesse a canção soar como um remendo de outras sonoridades de artistas mais consolidados. Algo interessante da canção é o seu falso “final” em que a canção para e volta para um refrão final. Se o resto da canção tivesse esse mesmo toque poderia render algo bem mais interessante sonoramente. E ainda não estou convencido do talento vocal da Addison mesmo sendo feito um bom e adequado trabalho aqui. Gosto da composição e tenho que admitir que o refrão é pegajoso, mas isso não é suficiente para realmente sentir o gosto de uma canção que deveria ser suculenta.
nota: 6

Uma Pequena Canção Natalina

Holidays
Conan Gray


Todo final do ano sempre surge canções e/ou álbuns natalinos, especialmente regravações de clássicos. É raro, porém, não impossível de surgir uma canção original como é o caso de Holidays do Conan Gray.

O grande trunfo da canção é não ter um clima natalina por si, mas falar sobre o período dentro do contexto da composição. Algo como acontece com o clássico River da Joni Mitchell, por exemplo. Em Holidays, Conan fala sobre o sentimento de nostalgia de lembrar a sua vida depois de tudo mudar com a fama. Tocante, intima e melancólica, a letra mostra a capacidade impar do cantor de alcançar sentimentos tão complexos de maneira sóbria e madura. Sonoramente, a canção é uma balada pop tradicional que não chega a ser sensacional, mas cumpre bem seu papel e tem uma doce melodia que traz a tona essa vibe nostálgica. Não acho que a canção irá se tornar um clássico moderno natalino, mas é sempre bom ver alguém fazendo algo diferente.
nota: 7,5

20 de outubro de 2024

O Mundo e as Suas Voltas

TRUST!
Rebecca Black


Em 2011, a Rebecca Black ganhou notoriedade pelo sucesso infame de Friday e, para aproveitar a onda, a Katy Perry no auge da carreira convidou a jovem para participar do clipe de Last Friday Night (T.G.I.F.). Quase quinze anos tempos, o mundo deu centenas de voltas e chegamos ao ano em que a Katy lançou um álbum com canções no mesmo nível e até piores do que Friday enquanto a Rebecca lançou uma canção que é simplesmente uma das melhores do pop de 2024. E essa é a genial TRUST!.

Ouvir a qualidade da canção não é nenhuma surpresa, pois venho acompanhando a carreira da cantora nos últimos tempos e venho relatando sobre a sua crescente artística. Entretanto, o resultado de TRUST! é o que sempre falo sobre elevação artística, pois é claramente um degrau acima do que a cantora vem entregando. E foi um degrau bem grande que foi subido, pois a canção é simplesmente espetacular. Uma electro house/ electropop com toques de deep house e EDM que é explosiva, grudenta, gigantesca, elétrica, classuda, inteligente e madura, a canção consegue seguir tendencias e, ao mesmo tempo, ter um verniz atemporal que fica na gente depois de escutar de maneira permanente. É incrível com a produção consegue fazer da canção seguir tendencias, mas sem nunca parar para ser uma imitação barata ao saber encontrar seu espaço devido a carga imensa de personalidade. E boa parte dessa carga vem da divertidíssima e icônica composição que consegue ser sexual sem apelar devido a esperta escrita usada do começo ao fim. Para quem começou a carreira sendo critica pesadamente pelos seus vocais, Rebecca entrega uma performance ótima e cativante que dá a força final para a canção se tornar esse trunfo tão grande. E assim o mundo dá as voltas para chegar no momento em que temos Rebecca Black no topo e a Katy Perry no fundo do poço.
nota: 8,5


De Segunda

Timeless
The Weeknd & Playboi Carti


É um pouco estranho ver que Dancing in the Flames foi um tiro fora do alvo para o The Weeknd em questão de desempenho comercial. Claro, esse erro é para os parâmetros de que a carreira do cantor chegou atualmente. Entretanto, o cantor volta aos trilhos com o lançamento de Timeless.

Longe do synthpop da canção anterior, o single volta a entregar um The Weeknd que mistura R&B, hip hop e pop, criando uma batida pesada, elegante, envolvente e com a sua cara do começo ao fim. Tenho que dizer que não é uma faixa que me atrai facilmente dentro da discografia do The Weeknd, mas Timeless tem uma construção instrumental tão interessante, especialmente na sua parte final, que realmente fico mais envolvido com a faixa que a média. O ponto “fraco” é a performance mais contida do cantor e a presença do rapper Playboi Carti que até acrescenta textura para a canção, mas não é exatamente algo insubstituível. De qualquer forma, Timeless voltou a marcar os números que os lançamentos do The Weeknd, mostrando que o cantora ainda está no topo quase sem concorrência.
nota: 8 

O Ponto Certo

Fantasy
Jade

Tenho apontado que com os trabalhos já lançados da Jade que, apesar de ter gostado, faltava algo para que eu pudesse realmente embarcar na carreira solo da ex-Little Mix. E tenho eu dizer que com o lançamento de Fantasy já estou completamente a bordo.

O single é o que realmente estava esperando da cantora depois de ouvir as possibilidades que a mesma vem trazendo, pois é aqui é adicionado o toque de mestre que estava faltando. Equilibrando perfeitamente todas as suas facetas, Fantasy é uma contagiante mistura de nu-disco, funk, dance-pop e french house que consegue equilibrar graciosamente e auspiciosa o lado experimental com lado mais tradicional, resultando em uma canção de energia caótica e, ao mesmo tempo, perfeitamente coesa e fluida. Pense que a canção seria melhor definida com o meio do caminho entre o That! Feels Good! da Jessie Ware com o Brat da Charli XCX sem em nenhum momento tentar copiar nenhuma das duas, mas, sim, encontrando o seu glorioso lugar ao sol. Com uma presença estupenda, Jade domina a canção em uma performance que irradia uma força de diva em todo esplendor. E assim a Jade vai se tornando uma verdadeira potencia do pop e garantindo seu lugar entre os melhores de 2024. 
nota: 8,5


O Colecionador de Hits

APT.
ROSÉ & Bruno Mars

Estaria o Bruno Mars colecionando parcerias com nomes femininos assim como o Thanos estavas com as joias do infinito? Depois da Lady Gaga, agora chegou a vez da Rosé na divertida APT.

Divertida, inocente e vendável ao extremo, a canção perde um pouco da qualidade da parceira anterior, mas ainda é um trabalho realmente excitante para os envolvidos. Primeiro, Rosé mostra um caminho bem diferente do que as suas companheiras do Blackpink estão fazendo na sua carreira solo, mostrando que consegue transitar em diferentes cenários do pop sem perder seu carisma. Além disso, a sua presença em APT. é tão vibrante e carismática que dá até para perdoar o quase irritante refrão. Em segundo, Bruno mostra o tamanho da sua força artística e comercial ao emplacar duas parcerias tão diferentes em que sua presença é essencial para as mesmas funcionarem. Sonoramente, a canção é leve, animada e despretensiosa pop rock, dance rock e glam rock que gruda na nossa cabeça na mesma hora que escuta pela primeira vez. Apesar de ter apenas o sample de Mickey da Toni Basil, APT. parece referenciar de alguma forma outras canções como One Way or Another da Blodie e That's Not My Name do the Ting Tings. De qualquer forma, APT. deve se tornar uma das canções mais executadas nesse final do ano e, sinceramente, isso não seria nada mal de verdade.
nota: 7,5


O Batidão da FKA twigs (Ou Quase Isso)

Perfect Stranger
FKA twigs


Continuando a sua promoção para o aguardo Eusexua, a FKA twigs mantem o nível do single anterior com a ótima Perfect Stranger.

Menos experimental, a canção entrega uma competente e envolvente batida que mistura 2 step, drum bass, dance-pop e eurodance de maneira refinada, cativante e surpreendentemente digerível para todos os públicos. Acredito que a canção seja uma das mais comerciais que a cantora já lançou, ecoando o trabalho na mixtape Caprisongs. E isso poderia fazer Perfect Stranger não combinar com a áurea da cantora, mas, felizmente, a produção manter perfeitamente a personalidade única da cantora. Tenho que admitir que a produção constrói uma atmosfera tão bem que perde força ao não literalmente partir para um batidão mais farofa na sua parte final, terminando a canção de maneira mais linear. Tirando isso, a canção apresenta uma performance direta, sensual e luminosa da cantora entoando uma composição muito bem escrita que lembra a vibe que a Madonna deu para a sua era Erotica. Mesmo não sendo genial, a nova era da FKA twigs vai se formando de maneira inspirada. 
nota: 8

Rosalía, a Mutante

Omega (feat. Ralphie Choo)
ROSALÍA

Acho extremamente interessante que entre os lançamentos dos seus álbuns, a Rosalía lança canções avulsas e que mostram a sua imensa versatilidade sem fazer a mesma perder a sua identidade. Esse é caso perfeito de Omega em parceria com o cantor Ralphie Choo.

A primeira vista, a canção parece uma tradicional balada latin pop, mas quando a gente percebe as nuances é possível ver a sua verdadeira complexidade, especialmente do seu incrível instrumental. Com adição de folk, flamenco, art pop e indie, Omega se transforma em uma perola musical lindamente conduzida, graciosamente inteligente e com uma finalização estupenda. E mesmo adicionando novas nuances para a sonoridade da cantora, a canção é uma evolução natural do que a mesma vem fazendo. Todavia, apesar da sua louvável produção é preciso apontar que sem os vocais incandescentes e brilhantes da Rosalía não seria a mesma coisa, pois é da performance da cantora que a canção encontra o seu coração. E Omega poderia ser melhor se Ralphie Choo estive na mesma altura da sua companheira, mesmo entregando uma boa performance que não tem o mesmo brilhantismo. Espero que a Rosalía continue nos presentando com essas deliciosas excursões até chegar em um novo destino final. 
nota: 8

6 de outubro de 2024

Primeira Impressão

CAJU
Liniker



Kylie Triunfal

Lights Camera Action
Kylie Minogue


É tão reconfortante ouvir uma artista como a Kylie Minogue voltar a acertar depois de um deslize grande como foi com a péssima My Oh My. Não apenas acertar, mas, sim, triunfar com a excelente Lights Camera Action.

Primeiro single oficial de Tension II, a canção não apenas faz a cantora voltar totalmente aos trilhos, mas, também, a faz entregar uma das suas melhores canções nos últimos anos. Uma explosiva e incandescente mistura de dance-pop, EDM, club e house, Lights Camera Action tem uma força contagiante que faz a gente vibrar logo nos primeiros segundos. E o grande trufo da produção é saber moldar essa mistura para caber perfeitamente no estilo elegante e marcante da Kylie. Outro grande ponto da canção é a produção vocal que passa bem longe de qualquer abuso ao fazer a voz da cantora brilhar plenamente com todo o seu brilho. A composição é até tematicamente rasa, mas é um tem uma estética icônica com frase diretas e marcantes. E assim a Kylie continua a provar o motivo de ser uma das maiores artistas pop de todos os tempos, mesmo depois de um tropeço.
nota: 8

A Era Jade

Midnight Cowboy
JADE


Mesmo não estando completamente “apaixonado” pelo começo da carreira solo da Jade tenho que apontar que achou louvável, interessante e surpreendente o caminho que a mesma vem tomando. E isso é perpetuado pelo single promocional Midnight Cowboy.

Mesmo ainda não achando que a cantora tenha acertado na mosca, o grande trunfo da canção é novamente a sua experimental produção que consegue equilibrar um lado mais comercial de maneira a dar para a cantora uma personalidade única e provocativa. Em Midnight Cowboy, a produção segue um mais linear do que em Angel of My Dreams ao entregar uma pesada, classuda e marcante batida que mistura EDM, electropop, uk bass e R&B com toques da sonoridade eletrônica do começo dos anos noventa. A composição que foi coescrita com a Raye é bastante interessante sem nunca ser pretenciosa devido a apresentar um toque intelectual nítido. O melhor da canção é a performance realmente inspirada da Jade que a faz imprimir toda a sua versatilidade. Ainda faltou um toque para elevar a canção para outro parâmetros, mas ainda esse começo da Jade realmente está sendo auspicioso.
nota: 7,5
 

O Bom Sample

Moonlit Floor
LISA



Depois de acertar em New Woman, a integrante do Blackpink volta a acertar com essa delicinha e cativante balada mid-tempo que mistura dance-pop que mostra outra faceta da cantora. Mesmo parecendo como um trabalho inspirado na sonoridade da Sabrina Carpenter, Moonlit Floor encontra o seu lugar devido a presença fofa e marcante da Lisa e, principalmente, devido ao ótimo uso do sample do clássico moderno Kiss Me da banda Sixpence None the Richer que transforma o refrão em uma verdadeira joia devido a inteligência em como é usado para dar personalidade para a canção sonoramente e liricamente. E assim a Lisa vai criando hype verdadeiro para seu primeiro álbum solo.
nota: 7,5

2 Por 1 - Halsey

Ego
Lonely is the Muse
Halsey

Com lançamento da polêmica e mediana Lucky, a Halsey meio que ajudou a ofuscar os lançamentos dos próximos singles que claramente são superiores. E isso é uma pena, pois Ego e Lonely is the Muse são realmente canções que merecem mais reconhecimento.

Mesmo que sejam ótimas, ambos singles apresentam estéticas realmente inteligentes e bem pensadas que dá uma noção de como será a vibe do álbum The Great Impersonator. Apesar de equivalentes em qualidade, Lonely is the Muse é a mais imponente sonoramente ao ser uma edificante e surpreendente balada de rock alternativo/post grunge/ que claramente tenta emoldurar uma sonoridade dos anos noventa como, por exemplo, ouvida na banda Hole. Épica e com um instrumental classudo, o grande destaque da canção é a poderosa e sentimental performance da Halsey que consegue não apenas transmitir toda a força da sua composição, mas também mostrar a versatilidade da cantora. Em Ego, o estilo da canção é mudado para uma versão pop rock/pop punk que parece emoldurar a ascensão emo do começo dos anos dois mil. E o grande trunfo da canção é fazer isso sem soar datado ou/e pretencioso e, sim, de uma forma natural que deixa a canção realmente carismática e excitante. Nenhum dos singles tem potencial de hit, mas são amostras que quando a Halsey acerta realmente entrega canções bem acima da média. 
notas
Ego: 7,5
Lonely is the Muse: 7,5

O Falso Brilhante

It's ok I'm ok
Tate McRae


Ao ouvir It's ok I'm ok, novo single da Tate McRae, você pode até achar que está diante de uma canção boa de verdade, mas ao prestar atenção é fácil notar que o trabalho não passa do mediano.

Tentando repetir o sucesso de Greedy, a canção é uma rápida e rasteira pop/R&B com pinceladas de electropop que tem uma batida marcante e perfeita para viralizar. Tenho que admitir que sonoramente a canção acerta no ponto ao parecer fazer algo diferente. Entretanto, um olhar mais cuidadoso percebe que It's ok I'm ok é uma amontado bem costurado de ideias já ouvidas e testadas dezenas de vezes sem adicionar nada novo para a mistura. E o que deveria ser o poderia ser o diferencial é a presença de Tate que entrega uma performance até sólido que não, porém, tem nada de especial que a separe da multidão. It's ok I'm ok é um falso brilhante que pode conquistar alguns, mas quem tem olho bom sabe que é comum como zircônia.
nota: 6,5