1 de junho de 2025

Quase Lá, Dona Lorde

Man Of The Year
Lorde


Continuando o seu tão esperado comeback, a Lorde lança o segundo single de Virgin: Man Of The Year. Apesar de menos inspirada, a canção é um trabalho interessante o suficiente para a gente ainda manter um hype alto para o álbum.

Uma balada art pop contida, mas com uma construção emocional bem expressiva, a canção é um trabalho que dá para a Lorde a possibilidade de se mostrar mais experimental devido às decisões instrumentais, voltando a refletir a sua sonoridade inicial. Entretanto, existe uma clara maturidade criativa imposta pelos anos e a evolução pessoal da Lorde em uma letra cortante sobre o difícil processo de amadurecimento íntimo e de encontrar o seu amor-próprio. E mesmo não tendo uma letra genial, Man Of The Year é uma canção com uma composição refinada que não precisa de grandes metáforas para encontrar o ponto certo para se expressar de forma clara e pungente.

O grande problema da canção é que a sua construção climática e densa vai criando a impressão de que vamos ter um grande clímax em que todo o arranjo vai mudar drasticamente para algo grandioso e audacioso. E isso meio que acontece, mas o lugar a que a mudança chega não é impressionante como o que vai sendo “prometido” ao longo da canção. E isso trava a canção em um patamar inferior ao que poderia ter sido com um clímax mais potente. O que não dá para negar da qualidade é a impressionante e emocional performance da Lorde, especialmente na primeira metade da canção. Espero que o caminho do álbum seja dessa para melhor, pois não estou para outra Solar Power.
nota: 7,5

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