31 de julho de 2011

O Ano Já Pode Acabar?

Otis (feat. Otis Redding)
Jay-Z & Kanye West

Eu não sei vocês, em na minha opinião o ano já pode acabar por aqui mesmo. Já podemos abrir os presentes de Natal e estourar o champagne da virada do ano. E começarmos o 2012, que talvez, seja o último anos da humanidade. Isso tudo porque não há como nada ser melhor do que a canção Otis do Jay-Z e do Kanye West para o álbum em parceria Watch The Throne.

Espantando o começo irregular com o primeiro single H•A•M, a dupla de rappers começou revelando a capa do álbum em alto relevo dourada, quase uma obra de arte para colecionadores. E mais recentemente foi liberado o segundo single, Otis, junto com a capa do single, outra obra de arte feita pelo artista italiano Riccardo Tisci. Mesmo com tantos prazeres visuais, o melhor ainda está na música. Otis, em apenas três minutos exatos, é basicamente magistral. A canção eleva o nível no cenário musical atual, principalmente para o hip hop, em alturas quase alcançáveis. Produzido pelo próprio West, Otis já começa arrebatadora ao usar como base a canção Try a Little Tenderness do cantor Otis Redding. A produção da canção lembra muito que Kanye fez nos dois primeiros álbuns da sua carreira solo e ele mostra que continua mandando mais do que bem. Essa base soul music se mistura perfeitamente com o hip hop em todos os níveis da canção. A construção do arranjo emoldurando todas as nuances da voz do Otis e as batidas da canção para criar algo novo e sensacional. Não há ninguém com a percepção de sonoridade como West hoje em dia e sua incrível capacidade de lapidar o diamante já lapidado sem destruir a beleza anterior. Genial. Como rappers, Jay-Z e West provam que ainda são a nata da nata. Composição perfeita, rimas precisas e o equibrio entre os versos dos dois mostra a superioridade deles. Reis na terra de plebeus. Claro que a música tem defeitos. Para ser exato, apenas um: tem apenas três minutos. Eu quero mais. Muito mais. E se o álbum tiver a mesma qualidade de Otis, pode acabar a década. Exageros a parte, é certo que o ano não será o mesmo depois de Watch The Throne.
nota: 9,5

30 de julho de 2011

Country Song

Am I the Only One
Dierks Bentley

Para saber o que características de uma canção country verdadeira é necessário reparar em algumas coisas em especial na construção do arranjo e o uso de alguns instrumentos básicos. Sabendo disso fica mais do que fácil saber que Am I the Only One é uma legitima canção country.

Primeiro single do próximo álbum do cantor Dierks Bentley, Am I the Only One combina tudo que uma boa canção country precisa ter: instrumentação perfeita com base de banjo e guitarra, letra que conta uma "história" e vocais cheios de personalidade e com sotaque "caipira". Não precisa inventar muita coisa. Nada de floreios. Simples, direta e divertida. Como beber cerveja no verão.
nota: 7,5

Madura

When Love Gets a Hold of You
Reba McEntire

Artistas também envelhecem. Por isso quando um cantor ou cantora chega a uma determinada idade é necessário ter cuidado como a sua música vai evoluir para se enquadrar melhor no seu estágio de vida. Um ótimo exemplo disso é a Reba McEntire.

Com 56 anos e mais de 30 de carreira ela consegue saber como ser atual, mas respeitando seus anos de estrada. Em When Love Gets a Hold of You, terceiro single do álbum All the Woman I Am, ela fala de amor de maneira digna sem apelar para sentimentalismos baratos. Adulta ao retratar a esperança que a pessoa amada vai perceber que ama ela e precisa nos vocais. Pena que a produção deixa a canção "achatada" demais sem explorar melhor as possibilidades e dando como resultado um arranjo apenas correto. De qualquer forma é ótimo ver alguém respeitando a própria história em vez de fazer sucesso a qualquer custo imitando as novas gerações.
nota: 7

Nem Lá, Nem Cá

Remind Me (Feat. Carrie Underwood)
Brad Paisley

Nem sempre unir dois talentos gera uma grande música, mas é certo que vai sair algo acima da média. Esse é o resultado do dueto entre Brad Paisley e a Carrie Underwood.

Seguindo o estilo de Don't You Wanna Stay, a canção Remind Me é um country romântico em dueto bonitinho, mas que não dá liga. Não há nenhum defeito grande na canção para ela ser fraca. O grande problema é a falta de química entre todos elementos da canção que estão apenas "o.k". Nem adianta Brad ser um bom cantor e Carrie ser ótima, as faíscas musicais dos dois não se mostram e o arranjo mais acelerado não dá tempo de se construir um fundo para os dois. A letra é até boa: adulta e romântica. Porém, ela se perde na falta de contornos mais bem trabalhados. Remind Me é como picolé de chuchu. Até é gostosinho, mas não tem gosto de nada.
noda: 6

Drama, Sugar!

Tonight
Sugarland

Quantas vezes eu falei aqui que uma música saiu prejudicada pela falta de "dramaticidade" de seu interprete? Várias e várias vezes. Então hoje, vou mostrar como melhorar uma canção usando a "dramaticidade".

No single Tonight, terceiro extraído do álbum The Incredible Machine da dupla Sugarland, a vocalista Jennifer Nettles consegue uma atuação primorosa e eleva a canção em vários "degraus". Longe daquela voz nasal do hit Stuck Like Glue, Jennifer entoa uma voz mais grave e poderoso com agudos primorosos que não se vê no country normalmente. Essa mudança vocal dá a Tonight um aspecto mais dramático que ajuda a letra carente de mais "corpo" a convencer como canção romântica. Ajuda também o bom trabalho da produção com um arranjo na medida certa entre o country e o "épico". O desempenho de Jennifer é como daquelas atrizes que recebem uma indicação ao Oscar por um filme não tão bom. O que vale é a atuação.
nota: 7,5

24 de julho de 2011

Relax Country

Knee Deep (feat. Jimmy Buffett)
Zac Brown Band

Graças a Deus que ainda existe pessoas que fazem o bom e velho country e ainda consegue sucesso comercial. Assim é a banda Zac Brown Band.

O terceiro single do álbum You Get What You Give é a canção Knee Deep. Ao lado do ícone country Jimmy Buffett, a canção tem um tom otimista emoldurado com um arranjo raiz perfeitamente produzido e harmonizados com vocais inspirados e simples que exaltam as melhores características do country. A canção é tão gostosa de ouvir que qualquer pessoa que ouvir vai querer relax e curtir sem se importar com estilo. E no final das contas isso não é o mais importante?
nota: 8

3 por 1 - Taylor Swift

Sparks Fly
Mean
The Story Of Us
Taylor Swift

Alguém sabe aonde foi parar a Taylor Swift? Sério, a nova princesinha do country pop meio que sumiu nos últimos messes. Isso é muito estranho, pois ela tem tudo a seu favor para ter sido O nome do ano. Depois de levar para casa vários Grammy's em 2010 ela lançou o álbum Speak Now que logo na primeira semana vendeu mais de 1 milhão de cópias e até agora já teve um pouco mais de 3 milhões vendidos e os dois primeiros singles foram muito bem nas paradas americanas. Mas só foi entrar 2011 que Taylor se apagou. Nenhum dos três singles lançados teve estabilidade ou bom desempenho na Billboard. Tanto que só agora eu lembrei dela e resolvi fazer esse post falando dos três de uma vez só começando pela música Mean, terceiro single do Speak Now.


Mean é uma carta aberta aos criticos de Taylor. A cantora parece uma criança magoada por não ter ganhado o presente de Natal que queria. É interessante a ver sair do tema de "canções para ex-ficantes" e de certa maneira até é bem escrita, mas a infantilidade nos sentimentos de Taylor mostra que ela ainda precisa crescer muito como pessoa para superar as amarguras de ser famosa. O destaque da música é a pegada mais country deixando de lado o pop e colocando mais tocos de banjo, uma das principais características do estilo. Além disso, vocalmente Taylor vai atém dentro da sua limitada voz. Nada de extraordinário, mas até bomzinho.

Em The Story Of Us dá um tiro do pé bonito. Deixa de lado qualquer influência do country para fazer uma canção pop rock chata e pedante. O arranjo completamente genérico mostra a incapacidade de Taylor criar uma canção que consiga a fazer entrar em outros mercados. Ainda mais que Taylor não tem a menor habilidade vocal para cantar pop já que não expressa personalidade nem sentimentos. E para piorar a letra tenta ser adulta, mas acaba de maneira vergonhosa com passagens medonhas de puro sentimentalismo barato.


O quinto single Sparks Fly não melhora nada. Soando ainda mais infantil, mesmo querendo parecer adulta, Taylor faz uma música que parece ter saído de uma menina de doze anos com síndrome de adulta precoce. Entre linhas decentes e outras nem tanto (Largue tudo agora/ Me encontre na chuva/ Me beije na calçada), Taylor entrega uma composição boba e sem graça. Vocais chatos e arranjo country pop/rock sem inspiração fecham a música. Pensando bem, acho que já sei o porquê do "fracasso" de Taylor esse ano.

nota

Sparks Fly: 4
Mean: 6
The Story Of Us: 3

23 de julho de 2011

New Faces Cap.II

If I Die Young
The Band Perry

Continuando a seção de novos talentos e aproveitando a semana country, hoje eu vou falar da banda The Band Perry.

Formada pelos irmãos Kimberly, Reid e Neil (por isso o nome), The Band Perry assinou com a gravadora Republic Nashville em Agosto de 2009. No mesmo ano eles lançaram o primeiro single Hip to My Heart no mesmo ano. Em 2010 eles lançaram o primeiro álbum da banda que levou o nome do trio e como segundo single foi lançada a canção If I Die Young que esse ano levou uma indicação ao Grammy de Melhor Música Country. Mesmo tendo sido lançada no ano passado, o single ainda está gerando "lucros" para o trio com as vendagens no iTunes e uma ótima posição do Billboard alcançando o 19° lugar na parada. E a razão desse sucesso é simples: If I Die Young é sensacional.

Pense em quantas músicas falam sobre a morte de uma maneira positiva? Eu não consegui achar nenhuma até agora. If I Die Young foi composta pela vocalista Kimberly mostra em linhas tristes, mas delicada e até otimista o confronto de um jovem com a morte. Nada de melodrama, a narradora da música faz uma belissíma reflexão sobre a morte e todas suas arestas. Quem fica (Senhor, torne-me um arco-íris, eu vou brilhar sobre minha mãe), as suas crenças (E eu estarei vestindo branco quando entrar em vosso reino), sua curta vida e tudo que não fez (Eu nunca tinha conhecido o amor de um homem /Mas com certeza pareceu bom quando ele estava segurando a minha mão /Há um rapaz aqui na cidade que diz que vai me amar para sempre /Quem teria pensado que o para sempre poderia ser interrompido), pede como ele deve ser enterrada no maravilho refrão e tira conclusões em frases avassaladoras (A faca afiada de uma vida curta, bem/ Eu tive apenas o tempo suficiente). Sublime como uma "novata" consegue escrever de maneira tão poética enquanto suas "companheiras" quer falar de namoricos mal resolvidos e dor de cotovelo. Não que não possa, mas If I Die Young mostra que é possível ir além. O trio poderia ir pelo caminho mais fácil e fazer do single uma balada grandiosa, mas eles escolheram o caminho oposto com um arranjo mais mid-tempo com um belo bandolim ao fundo e deixar a canção mais simples e suave. Assim também são os vocais de Kimberly de uma candura angelical e tão doce como o mel. O contraste de um assunto forte com a realiza tão simplista faz de If I Die Young uma canção quase genial, fora da "caixa", verdadeiramente tocante que merece todo o sucesso que vem conquistando. A até agora a seção está "revelando" não apenas novos talentos, mas as melhores canções do ano.
nota: 8,5

O Retorno da Desbravadora

Today Is Your Day
Shania Twain

Todos sabem que o country é um estilo que enfrenta uma barreira enorme no resto do mundo ficando praticamente restrito nos Estados Unidos e Canadá. Mas tem alguns artistas que conseguiram quebrar essa barreira. Melhor dizendo, uma artista em especial: Shania Twain.

Em 1997, depois de quatro anos de carreira, Shania lançou o álbum Come on Over. Na semana de lançamento o álbum vendeu apenas 172 mil cópias ficando em segundo lugar. Mas o grande feito do álbum foi sua inacreditável estabilidade nas paradas americana e o sucesso o gigantesco ao redor do mundo. Come on Over vendeu mais de 40 milhões de cópias sendo um dos CD's mais vendidos do mundo de todos os tempos. Dele veio sucessos como You're Still the One, From This Moment On, Man! I Feel Like a Woman! e You've Got a Way sendo que o álbum teve 12 (!) singles ao total. O responsável pelo imenso sucesso ao redor do mundo foi devido a formula que Shania e o produtor Robert Lange criaram: pop + country. Shania não foi a primeira a fazer essa mistura, mas foi a mais bem sucedida ao longo dos últimos anos e abriu portas para as novas gerações.

Após seis anos sem lançar nada, Shania lançou o single Today Is Your Day que deve entregrar o próximo álbum. A canção é uma balada country de auto ajuda meia boca que mostra que Shania pode fazer muito melhor. A canção não é totalmente ruim já Shania entrega um performance vocal ótima na medida certa e mostra que ainda mantêm a capacidade de carregar uma balada perfeitamente, mas a produção da canção deixa a desejar ao fazer Today Is Your Day um porre de sacarose. A composição com mensagem positiva extrapola o nível seguro de breguice em vários "pontos". Além de ser chata. Mesmo com arranjo bem produzido e pomposo, a Today Is Your Day acaba ficando arrastada demais. Apesar do começo fraco, não duvide do poder de Shania e espere por um retorno a altura de uma pioneira do tamanho que ela é.
nota: 6

Amy Winehouse

Vais pra liberdade! Se não existe pureza na terra, encontrará na eternidade.
Ícaro Uther
* Em breve um especial completo da Amy.

22 de julho de 2011

Lenda

Together You and I
Dolly Parton

Não é todo dia que aqui no blog eu posso falar sobre o retorno de uma lenda viva. E ainda é menor a possibilidade dessa lenda ter a importância da Dolly Parton. É muito provável que você nunca tenha ouvido falar dela ou a viu em algum lugar e não lembra onde.

Quarta filha de um total de doze (!) irmãos, Dolly Rebecca Parton nasceu em 1946 em Sevierville no Tennessee. Começou a carreira aos 11 anos de idade em 1957, mas só na década de sessenta onde sua ascensão ao sucesso no meio country. No começo dos anos setenta ela estoruou definitivamente ao lançar músicas definitivas para a história do country entre elas Coat of Many Colors, Jolene e I Will Always Love You. Já nos anos oitenta, Dolly ganhou status no mundo do pop quando deu uma quinada na sua carreira ao entrar para o mundo cinematográfico. Ao lado de Jane Fonda e Lily Tomlin, Dolly estrelou a comédia clássica Como Eliminar Seu Chefe (9 to 5). Dolly foi premiada com o Oscar de Melhor Canção pelo tema do filme 9 to 5 que alcançou o primeiro lugar na Billboard, além de uma indicação ao Globo de Ouro. Nos anos noventa sua carreira reviveu quando a canção Dolly Parton I Will Always Love You de 1974 foi regravada por Whitney Houston para a trilha de O Guarda Costas. Mesmo não alcançando o mesmo sucesso de antes, Dolly ainda se mantém como a mais respeitada cantora country de todos os tempos.

Dona de famosos seios (por causa disso a famosa ovelha Dolly recebeu o nomes em homenagem a cantora), um protuberante cabelo loiro sempre arrumado a perfeição e uma queda por cirurgias plásticas, Dolly conquistou sua fama também pelo fato de ser um excelente instrumentista e uma genial compositora. Ao longo de sua carreira ela já compôs cerca de três mil canções e esse ano lançou o 41° álbum de sua carreira. Better Day marca o segundo trabalho em sua própria gravadora e apesar das vendas baixas, recebeu ótimas criticas. Como primeiro single foi lançada a canção Together You and I.

A canção é mais uma mostra do talento de Dolly: simples e ótima. A melódica voz de Dolly sempre mostrou que não é preciso de grandes alcances para ser uma cantora poderosa. É preciso personalidade e dom para imprimir emoção em cada nota. Outro ponto fundamental é a composição. Letra "econômica", mas cativante e romântica na medida certa. Dolly sabe criar a atmosfera perfeita para uma canção de amor. Apesar do arranjo meio comum com toques de pop country, Together You and I é uma aula de criar uma produção com instrumentalização perfeita. Se você não conhece Dolly Parton, faça um favor para si mesmo, procure descobrir mais quem é ela. É uma aula de música indispensável para quem gosta de música.
nota: 8

20 de julho de 2011

Semana Country

Inspirado nos finalistas do American Idol, essa semana será dedicada ao country. Mas essa olhada no mundo country será especial já que vai incluir nomes tão importantes do estilo que só podem ser chamados de lenda. Então pegue as bota e o seu chapéu de aba larga e boas músicas!

19 de julho de 2011

A Ressurreição do American Idol

 Esse ano o American Idol completou sua décima edição. Fiz uma cobertura especial para o Cartas para Pi, que infelizmente, não pude terminar devido a falta de tempo depois que comecei a trabalhar. Porém, acompanhei até o final o AI e posso dizer que a décima edição foi uma das melhores. E isso é intensificado ao voltarmos no tempo e vermos que o American Idol estava em uma ladeira vertiginosa de queda de qualidade e de público nos últimos anos que parecia impossível de reverter. Então, como essa reviravolta aconteceu? Simples: eles voltaram ao básico.

Nos últimos anos o programa de maior audiência dos Estados Unidos começou a cair o rendimentos. O público começou a notar um certo cansaço na formula e os astronômicos números de audiência diminuíram drasticamente. Mas não só o programa em sim começou a dar sinal de fraqueza, seus candidatos começaram a não ter o mesmo aproveitamento de antes. Os vencedores não conseguiram conquistar o mesmo sucesso de nomes como Kally Clarkson e Carrie Underwood. Desde Taylor Hicks (vencedor da 5° edição), os números em torno do vencedor do AI foram caindo cada vez mais culminando em Lee DeWyze que amarga ser o "pior" vencedor do programa. Desse período o único que conseguiu o maior prestigio e destaque foi Adam Lambert, segundo lugar da 8° edição. Nem mesmo David Cook, o melhor homem a vencer, conseguiu estourar nas paradas. Para piorar as coisas, a alma do programa começou a enfraquecer: os jurados não eram mais os mesmos.
E era um vez...

O trio de ouro Paula Abdul, Randy Jackson e o todo poderoso Simon Cowell foram perdendo o brilho ao longo das temporadas. Para tentar dar um up do corpo do júri na 8° edição a cantora e compositora Kara DioGuardi foi convidada a ser o quarto membro do júri. Não deu certo. Além de não dar liga com os outros, Kara era inssosa até o osso. No final da 8° edição Paula Abdul se despediu do programa em "busca de novos projetos". Em 2010, a produção do AI resolveu continuar com o esquema de quatro jurados para a 9° temporada e contratou a comediante e apresentadora Ellen DeGeneres. Apesar de adorar a Ellen e ela ter tido bons momentos no programa, devo admitir que ela era um peixe fora d'água ali. E com tudo contra, a 9° edição foi um desastre. A pior em sentido de talentos e de audiência. Sentido o barco afundar, Simon decidiu "dar no pé" no fim da temporada. Claro que o tiozão também estava com segundas intenções já que ele vai estar a frente da edição americana do The X-Factor ainda esse ano. Começou aí os questionamentos: "como o American Idol vai sobreviver sem o Simon?" e "Esse será o fim do American Idol?". Para colocar o programa de volta aos trilhos, os executivos da Fox resolveram fazer uma reformulação, mas sem mexer na "obra" original.

O Novo Trio de Ouro

Começou com o pedido de demissão da Ellen e depois a demição da Kara, que soube pelos jornais. Então, começou o suspense de quem seria os novos jurados a ocupar a bancada ao lado do velho "cachorrão" Randy Jackson. Durante messes houve muita especulação. Nomes de Justin Timberlake, Mariah Carey e até Diddy foram levantados. Mas os mais fortes foram o do Steven Tyler, líder do Aerosmith, e da Jennifer Lopez. Até que depois de dar com as línguas nos dentes, Steven confirmou sua participação no show. E por fim, J.Lo foi anunciada com a parte feminina do trio. Foi anunciado outras mudanças como novos desafios, a mudança do produtor principal da atração e a introdução do mentor Jimmy Iovine, magnata do ramo da música e presidente Interscope que ajudou as carreiras de nomes como U2, Lady GaGa, 50 Cent, Eminem e outros. Depois de anunciada as mudanças, mais perguntas foram feitas e a mais importante foi se a nova formação do corpo de jurados funcionaria, já que juntava três nomes completamente diferentes: um roqueiro da "old school" cultuado e meio fora da casa, um diva pop com a carreira meio estagnada e o velho Randy. Mas o que ninguém poderia realmente imaginar é que essa nova formação não iria dar certo, mas como iria fazer com que o AI realmente voltasse a ter o mesmo sucesso dos bons tempos.

Para quem dizia que sem as "maldades" de Simon o programa iria perder a graça, errou imensamente. O novo corpo de jurados mostrou que é possível divertir sem ser maldosos com os participantes bizarros que já são "trollados" por si mesmos. Além disso, a químíca entre o três funcionou perfeitamente e sem precisar de rugas ou brigas. A diferença entre estilos dos três refletiu nas escolhas dos candidatos. Houve uma grande diversidade nos escolhidos e com ajuda do público refletiu em um top 12 sensacional, se não o melhor de todos até hoje, o melhor dos últimos anos. Mas isso eu falo melhor depois.

No começo da temporada o grande destaque era o roqueiro Steven Tyler. Todos perguntavam como seria o tiozão como jurado. Seria ele o novo Simon? Como uma lenda do rock iria lidar como os aspirantes ao estrelato? No final das contas, Steven sair melhor que se poderia imaginar sendo o que ele é: um roqueiro tiozão "porra louca", mas com um carisma imenso e uma bondade surpreendente se transformando no tio que tudo queria ter. Steven mostrou ser divertido com os comentários aos participantes estranhos, mas sem ser perverso. Mostrou também um grande conhecimento de música que vai além do rock e conseguiu conquistar uma boa parte do público. Mas no final, Steven aderiu ao espírito "tudo é lindo" da Paula e só elogiava os candidatos. Pelo menos numa fase onde o nível realmente era alto. Randy Jackson continuou seu trabalho como o coadjuvante com sempre fez, mas dessa vez ele assumiu o papel de fazer criticas mais duras aos candidatos. Apesar disso, ele continuou a falar suas "frases feitas"  e arrumar novas como "Fulano de tal está aqui para vencer!". Mas não foi eles o grande destaque da temporada.
Os Três Mosqueteiros da Nova Geração

A Fênix J.Lo

Quando ela foi anunciada como jurada, li muitos comentários negativos sobre a escolha da Jennifer Lopez. Muitos falavam que ela estava "flopada", outros que ela era péssima cantora. Não posso mudar a cabeça das pessoas para gostar dela ou não, mas uma coisa posso afirmar: nunca duvide de Jennifer Lopez. Mais que uma simples cantora pop, J-Lo é uma "entertanement" da melhor qualidade e extremamente inteligente. Assumindo o risco de afundar mais sua carreira que não andava lá essas coisas, ela acertou na loto ao virar a jurada AI. E como ela fez isso? Simples: ela foi ela mesma.

Linda aos quarenta anos e com carisma em toneladas logo de cara roubou a cena nos primeiros programas, mesmo que vacilando como jurada. A dificuldade em dizer um "não" a quem merecia foi destaque no primeiro momento. A grande virada de J.Lo com o público foi em uma das etapas mais emocionantes do AI quando os jurados decidem o top 24. Após dar o noticia ao competidor Chris Medina, que tinha conquistado o público com sua história de luta com a namorada presa em uma cadeira após um acidente de carro, que ele não continuaria no programa J.Lo caiu em prantos por achar que não tinha dado a noticia direito e que tinha acabado com o sonho dele. Ela até cogitou em não continuar. Com esse "carinho" com os candidatos mostrando de maneira tão emocionante ela quebrou a barreira que muitos a achavam "diva" demais. Juntando tudo isso o programa ganhou em emoção e atraiu o público ainda mais. Mas para J.Lo isso não bastaria para voltar com tudo ao showbussines. Ela preparou o caminho direitinho. Mudou de gravadora, se aliou com os nomes do momento e voltou a se noticia com American Idol. A estratégia culminou com o lançamento do clipe em um dos episódios do AI do clipe da música On the Floor que virou um dos hits do anos e só não foi primeiro na Billboard porque a Def Jam "esqueceu" de divulgar a canção nas rádios. Uma pena, mas compensado com o sucesso internacional. Mesmo com o desempenho fraco do álbum Love?, J.Lo provou que ainda sabe "mexer" com a indústria e ainda ser o fenômeno de anos atrás. O sucesso da empreitada dela foi tanto que "inspirou" outras cantoras a fazer a mesma coisa. Né, Aguilera?
E ainda tiveram boatos...

Para o próximo Randy e Steven já estão confirmados. Jennifer ainda é dúvida. Ela anunciou que iria sair em busca de novos talentos na América Latina em um novo reality ao lado do marido Mark Anthony. Só que com a separação do casal essa semana, a dúvida fica no ar: J.Lo vai continuar a reality ou vai voltar a sentar na cadeira do AI. Até rumores que a Shakira estaria cotada para substituir ela foram noticiados. E esperar para ver. Mas todo esse sucesso não seria possível sem o mais importantes: os candidatos.

Do Country ao Heavy Metal

Como eu disse antes, o trio de jurados tão diversificado entre si ajudou a montar um top 12 diversificado. Não eram todos sensacionais, mas como um conjunto foi ótimo. Tínhamos desde o R&B, pop latino, pop, soul, gospel, folk, country, jazz, blues, reggae, country e heavy metal. Artistas que em outros tempos não teriam chances conseguiram espaço esse ano. Mas um problema já antigo atrapalhou o que poderia ter sido um resultado final perfeito: o público e a forma de votação. Assim como qualquer outros realities show com votação do público houve um favoritismo para certos concorrentes que para outros. E nesse ficou ainda mais evidente. Como todos sabem, a maior parte do público que vota é formado por mulheres e já ficou provado que mulher não vota em mulher. Ou não como o mesmo afinco que vota em um "bonitinho". Esse "fenômeno" fez com que apenas mulheres fossem eliminadas do programa até a metade sendo uma delas a favorita (depois falaremos dela). Outras eliminações chocantes aconteceram e aos poucos o resultado foi se delineando em uma final boa, mas sem o brilho que poderia ter.

Agora vamos falar dos candidatos que mais se destacaram, menos três que terão resenhas especiais depois.

Naima Adedapo e Paul McDonald: foram os "diferentes" da temporada. Enquanto ela fazia a linha reggae, ele com sua voz peculiar seguia o caminho do folk e rock. Os dois mostraram que o AI pode ter estilos diferentes como possíveis ídolos. Pena que para se consagrar campeão falta muito. Naima ficou no top 11 e Paul no Top 8.
A loira está sobrando aqui.

Stefano Langone: ele foi o "arrastado" da competição. Não era ruim. Tinha pegada meio pop, mas perto dos outros competidores era "normal" demais. Mesmo assim conseguiu um top 7 surpreendente depois de ir para o bottow 3 com três dos melhores e "eliminar" dois.
Oi, td bem? Eliminei três!

Casey Abrams: o jovem com cara de ator de Se Não Beber, Não Case, foi o que mais se aproximou de ser o primeiro ídolo "músico". Seguindo a linha jazz e blues, Casey conquistou o público com seu jeito bonachão, carisma e versatilidade como música. Tocou violoncelo e guitarra tanto bem quanto cantava cheio de personalidade. Quando começou a ganhar destaque veio o baque: ele foi o menos votado no top 11. Mas sabiamente, o júri resolveu salvar o jovem em um dos momentos mais emocionantes dos últimos tempos.




Casey continuou até o top 6 onde foi eliminado. Entre os grandes momentos deles estão as versões para I Put a Spell on You, With a Little Help from My Friends, Your Song e Harder to Breathe.

Jacob Lusk: com influência de R&B e gospel chamou a atenção na semana de Hollywood quando fez uma fantástica apresentação de God Bless the Child de Billie Holiday. Depois Jacob começou a crescer na competição recebendo 3 "stading O" pelo jurados. Mas como naquela velha expressão "o peixe morre pela boca", Jacob comentou o pecado de "mexer" com o público quando no top 9 disse que o América não gostasse de sua apresentação de Man in the Mirror era "porque eles não queriam se olhar no espelho". Na mesma semana ele foi para o bottow 3 sendo salvo. Mesmo com apresentações sensacionais Jacob não conseguiu recuperar a popularidade e foi eliminado no Top 5. Entre as suas melhores apresentações, que também estão no topo das melhores da temporada estão A House Is Not a Home, You're All I Need to Get By, Sorry Seems to Be the Hardest Word e Bridge over Troubled Water.
Falei e tomei!

James Durbin: o metalero da competição. James foi a favorito durante muito tempo até cair no top 4. Na minha opnião, James era horrível. Tem uma boa voz, mas era apenas uma versão do Adam Lambert com tudo que o americano "conservador" adora: história triste (ele é portador de um tipo de autismo) e hetéro. Mas o que me incomodava era o ar de soberba dele, tipo "eu já ganhei". Graças a Deus tomou lindamente no tooba.
Sem comentários

Haley Reinhart: a azarona que deveria ter ganhado. Ela começou devagar. Era quase impossível não achar que ela seria a próxima eliminada. Mas ela foi crescendo muito na competição. E como cresceu. Do meio para o final ela fez apresentação memorável atrás de apresentação principalmente quando encontrou seu nicho. Com uma pegada blues com jazz, soul e pouco rock em sua voz, Haley ganhou o respeito de nomes importantes da música como o líder do Led Zeppelin, Robert Plant (de quem recebeu a autorização de cantar uma das suas músicas) e guitarrista Jimmy Page. Durante as últimas três semanas, ela recebeu 3 "standing O" com as apresentações geniais de The House of the Rising Sun, I (Who Have Nothing) e What Is and What Should Never Be. Outros ótimos momentos foram com Bennie and the Jets e Piece of My Heart. E Haley ainda ajudou a dar mais um up na carreira da Adele quando cantou Rolling In The Deep ajudando mais nas vendas digitais. Pena que ela parou no top 3.
Foi quase!

Agora deixo vocês com outros destaques da temporada, incluindo os finalistas e mais um lista das melhores apresentações da temporada.

A Linda Garota Que Deveria Ter Ganhado, Mas Só Ficou no Top 9

This Time
Pia Toscano

Ela era a grande aposta da temporada. Desde a sua apresentação de I'll Stand By You ainda no top 24, Pia Toscano despontou como a grande favorita a vencer o AI. Pia descende das estirpe da grandes cantoras como Celine Dion e Mariah Carey com uma voz avassaladora capaz de cantar qualquer música e carregar grandes baladas com perfeição. Mesmo ainda faltando certa presença de palco, Pia preenchia o palco apenas com sua voz. Claro, que a beleza ajuda muito. Durante as semanas que seguiram Pia continuo o alto nível com apresentações impecáveis.  Então veio o que ninguém esperava: Pia foi eliminada. E para piorar foi no Top 9. O resultado foi um choque para todos desde o público, os participantes e os jurados como pode se ver no vídeo do momento do anúncio da eliminação. Os motivos levantados são os que eu disse no especial de como a maior parte da audiência é de mulheres e mulheres não votam em mulheres. Também há o fator de os fãs achando que o seu preferido está salvo não se empenham em votar. Não importando os motivos, o fato é que a eliminação de Pia foi completamente injusta.

Mas como a vida continua, Pia ainda pode ter a chance de brilhar. Depois de ser eliminada a jovem assinou contrato com a Interscope Records e acaba de lançar seu primeiro single, This Time. A canção é um pop ballad que cai perfeitamente no colo de Pia aonde ela pode brilhar com mais intensidade, mas aqui a produção a prende fazendo um single certinho demais e muito comercial. Com uma batida mais "acelerada" para fazer tocar nas rádios This Time tem um arranjo médio, comportado e sem força. A letra é meio genérica, pois não aproveita o potencial dramático de Pia. Ela por sua vez, mesmo "castrada", está muito acima da própria música. Sua voz é tão grande que a canção fica ainda menor com ela cantando. Sem ela a música afundaria como o Titanic. Espero que mesmo com um começo fraco, Pia possa ter a mesma sorte de outra injustiçada no American Idol, Jennifer Hudson. E rezar e esperar.
nota: 6

Para Dizer Adeus

Don't You (Forget About Me)
David Cook

Uma das "tradições" do American Idol é colocar um ex-participante para cantar a música da "despedida", aquela que é colocada no vídeo do participante eliminado. Esse ano o escolhido foi o vencedor da sétima temporada, David Cook.

Don't You (Forget About Me) é uma regravação da banda Simple Minds, hit nos anos oitenta e fez parte da trilha sonora do filme cult O Clube dos Cinco. Na nova versão a canção ganhou uma pegada rock muito bem vinda, pois combina perfeitamente com os poderosos vocais de David. Esse está acima da maioria dos cantores "novatos" da atualidade, mas é muito acima mesmo. Em questão de composição Don't You (Forget About Me) é bem escrita (um dos compositores escreveu outro hit dos anos oitenta, Flashdance...What a Feeling) e encaixa perfeitamente com o momento que foi usado sem ser melosa demais. Pena que não foi lançada oficialmente como single. Mas vale a pena escutar e ver o quanto de talento o American Idol pode descobrir.
nota: 7,5

O Favorito

I Love You This Big
Scotty McCreery

Ele ganhou status de favorito desde a audição. E devo confessar, mesmo não sendo o melhor durante o programa, Scotty McCreery teve seus méritos para ser o décimo vencedor do American Idol. O jovem de apenas 17 anos (quando fez a audição tinha 16) conquistou o júri quando mostrou sou incrível voz grave cantando a canção Your Man do cantor country Josh Turner. Durante o programa Scotty foi conquistando o público, em especial as meninas, com seu carisma e seu estilo "teenager" da era Justin Bieber. Ao longo das apresentações Scotty foi indo bem, nada genial, mas dentro da média. Nenhuma apresentação memorável ocorreu, só o da audição e os seus "tiques" ao cantar. Apesar disso, Scotty era sem dúvidas o mais "preparado" comercialmente entre todos. As características externas junto com a voz pronta e distinta o fizeram um produto já pronto para consumo do público. E esse fez isso mesmo dando a vitória a ele em uma final morna que no contexto geral vencida pala sua adversária no quesito apresentação. Passado esse estágio na carreira de Scotty é hora de vermos como ele vai se sair ao desbravar o mercado musical. O começo parece promissor.

O primeiro single escolhido para começar a carreira do jovem foi I Love You This Big. Mesmo sendo a "canção do vencedor"(esse ano eles tiveram a decência de lançarem músicas inéditas), o single se difere por ser uma canção de amor. Com um bom resultado na Billboard onde alcançou a 11° posição, mas longe do debut em primeiro lugar  de outros vencedores de outras épocas, a canção ressalta o que Scotty tem de melhor: sua voz. Não é nada difícil para Scotty colocar sua personalidade nos vocais e conseguir dar emoção a qualquer música. É só colocar um toma mais baixo que o grave dele brilha. A canção tem uma letra bem amarradinha e bem bonitinha que consegue equilibrar a idade de Scotty com a sua voz mais madura. Infelizmente, o arranjo a transforma em uma balada country normal demais. Faltou emoção. Se o mercado continuar assim com o country crescendo ainda mais e quem administrar a carreira do Scotty saber o público a quem "vende-lo", o vencedor do American Idol poderá voltar a ser chamado de ídolo.
nota: 6,5

O Tiozão

(It) Feels So Good
Steven Tyler

No alto dos seus 63 anos, o tiozão Steven Tyler ainda bota no chinelo quase 100% por centos dos novos roqueiros, se assim a gente pode chamar a maioria. Aproveitando o sucesso da sua participação no American Idol o lendário vocalista do Aerosmith lançou um single solo. A canção é a divertida (It) Feels So Good .

A canção mostra um lado mais pop rock de Tyler que mesmo não chegando aos pés dos grandes momentos dele a frente do Aerosmith, mostra o poder do roqueiro tiozão. Vocalmente, Steven ainda é perfeito dentro do que ele se acostumou a fazer. Parece que nem foi ele que viveu a louca vida de "sexo, drogas e rock'n'roll" de tão viçosa está sua voz que com o tempo ele aprendeu usar com mais sabedoria. Como uma participação especial nos backvocal está a Nicole Scherzinger toda serelepe inclusive no clipe. A produção dá a música uma vibe mais leve e pop que caí bem, mesmo com certo estranhamento de quem não conhece bem a carreira do Steven. Assim também é a composição segue essa caminha mais leve e combina perfeitamente com o tom da canção. Esse ano ainda o Aerosmith vem ao Brasil para uma série de shows que fazem parte da nova turnê deles. E não duvide que o Steven ainda tenha um caminhão de lenha para queimar durante as próximas décadas.
nota: 7,5

16 de julho de 2011

A Linda Garota Que Venceu a Última Batalha, Mas Não Venceu a Guerra

Like My Mother Does
Lauren Alaina

Ela ajudou a final do American Idol a se transformar na "batalha do country teen". A jovem de apenas 16 anos Laura Alaina ficou com o posto de segundo lugar após ser derrotada por Scotty McCreery em uma final, que se valesse apenas a performances, ela teria vencido. Seguindo os passos do adversário, Laura foi bem durante as temporada, mas nada de genial. A grande diferença é que ela era mais talentosa que Scotty, porém sua timidez e a inexperiência a jovem não conseguiu mostrar todo seu potencial nas suas apresentações. Enquanto Scotty era confiante no seu taco, Laura parecia insegura e que aos poucos foi perdendo o brilho e quase foi eliminada no top 5. Como já disse antes e apesar da suas limitações, Laura brilhou na final do AI mesmo depois de perder a voz e quase não poder cantar. O grande momento dela foi cantando o seu single Like My Mother Does.

Curiosamente, a canção foi gravada por outra ex-participante do AI,  Kristy Lee Cook que ficou em sétimo lugar na sétima temporada. A canção foi escolhida devido ao estreito relacionamento de Laura com a mãe durante o programa. Com esse background, Laura conseguiu emocionar na sua apresentação ao vivo. E, mesmo não sendo uma grande música, Like My Mother Does tem boas qualidades. A primeira é que conseguiu mostrar a bela voz de Alaina. Doce, mas com capacidade de crescer muito ao longo dos anos. Com arranjo bem feitinho, Like My Mother Does têm composição melosa e sentimental que quase caí no barato. Mas sabe quando você se deixar levar pela emoção da letra, que fala de uma das coisas mais bonitas que eu conheço que é a relação de um filho com a mãe, você não se importa se é cafona ou brega e se emociona verdadeiramente? Assim é Like My Mother Does. Laura tem grandes chances de fazer sucesso no futuro próximo. É só sair da caixa e brilhar.
nota: 7

2 por 1 - Wiz Khalifa

Roll Up
On My Level (Feat. Too $hort)
Wiz Khalifa

O rapper Wiz Khalifa é o "novo nome" do ano no hip hop. Depois de estourar com a canção Black & Yellow alcançando o número da Billboard, Wiz lançou o seu primeiro álbum Rolling Papers vendendo quase 200 mil cópias na primeira semana e ficando em 2° lugar na parada americana recebendo boas criticas e apoio de nomes como Snoop Doog e do produtor StrGate. Wiz, cujo nome verdadeiro é Cameron Jibril Thomaz, vai buscando se fixar no concorrido mercado norte americano. Para tanto, o rapper continua a promover seu álbum lançando dois singles de trabalho, as canções Roll Up e On My Level.


Em Roll Up, Wiz dá uma de "rapperlover" e deixa o coração falar. E não é que dá certo. O resultado não é sensacional, mas o produtor StarGate consegue criar uma batida gostosinha misturando hip hop com um pouco de pop. A composição também é legal. Sem exageros de palavrões e é realmente romântica. O grando destaque é o refrão que condensa todos os pontos positivos da canção. Wiz ainda é um rapper novato e ainda não tem a pegada dos tiozões para encaixar a sua voz em arranjos mais elaborados. Mesmo assim, tem futuro.

Fazendo um hip hop mais tradicional está o terceiro single On My Level. A canção remete a canções do Lil' Wayne, quando essas dão certo, claro. Um tom mais dark é utilizado para compor a boa construção da canção. Pena que tudo fica meio chato no resultado final. Faltou uma pitada mais encorpada na hora de colocar os vocais de Wiz que aparece apagado e deixa o desconhecido e cultuado Too $hort quase roubar a música. Mas tudo fica tão linear que ninguém brilha de verdade.

Entre baixos e médios, Wiz Khalifa vai fazendo seu nome. Mas será o suficiente para ter carreira longa?
nota

Roll Up: 7
On My Level: 6

15 de julho de 2011

Ménage à Trois da Coincidência

Every Little Part of Me (feat. Jay Sean)
Alesha Dixon


What Happened to Us (feat. Jay Sean)
Jessica Mauboy


É estranho o que a coincidência pode fazer. Tenho um controle de resenhas que eu já fiz e um de resenhas que eu tenho que fazer. Nessas minhas idas e vindas, às vezes certas situações ocorrem. Por exemplo: dois singles que no começo eu escolhi para fazer uma única resenha acabam tendo uma característica que as unem sem eu ter percebido isso antes. Por isso que em alguns casos em faço um especial ou coloco mais de um single por post. Dessa vez ocorreu a coincidência com duas cantoras que aparentemente não estavam ligadas de maneira nenhuma. De um lado a inglesa Alesha Dixon e de outro a australiana Jessica Mauboy. Mas olhando bem, elas tem uma coisa que as unem, pelo menos nos últimos singles lançados pelas duas: o cantor Jay Sean. Nas duas canções o inglês faz uma participação especial, por isso nada mais justo que unir as duas canções em um post só. Começando por Every Little Part of Me da Alesha.

A canção é o terceiro e final single do terceiro álbum de Alesha intitulado The Entertainer. Every Little Part of Me é um pop/R&B/dancepop bem fraquinho, apesar de em certos momentos querer deslanchar. Porém a letra pobre e sem substância que culmina em um dos refrões mais chatos do ano mata qualquer boa idéia por trás da canção. Devido isso a batida com uma pegada diferente e em certos momentos até criativa é sufocada. Nem Jay e Alesha, que uma voz meio analasada e comum, não brilham. Dessa combinação não saiu faíscas.

Se saindo um pouco melhor está a parceria com a Jessica Mauboy. Primeiro, a aposta em What Happened to Us foi mais segura: uma balada convencional. Nada genial, mas com resultado satisfatório. A canção segue a mesma cartilha de balada pop em dueto: letra açucarada (preferência de separação estilo No Air), vocais simples e arranjo normal e bonitinho. O grande destaque da música é que a química entre Jay e Jessica funciona bem e ajuda a música. Mesmo pequena, rola uma faísca.

nota
Every Little Part of Me: 4
What Happened to Us: 6

12 de julho de 2011

Não Se Engane Pelo Que Você Lê

Country Song
Seether

Então, depois de sete anos a banda Seether voltou a ser relevante no cenário musical. Para quem não se lembra, o Seether fez sucesso em 2004 com a canção Broken com a participação da cantora Amy Lee do Evanescence que na época namorava o vocalista. Esse ano, mesmo não tendo o mesmo destaque de antes, a banda lançou o álbum Holding Onto Strings Better Left to Fray e como primeiro single a canção escolhida foi Country Song.

Sim, o banda de rock post-grunge lançou uma canção de nome "Canção Caipira". Mas a estranheza para por aí. Como explicado pelo líder Shaun Morgan, Country Song só tem esse nome pois foi gravada em Nashville e tem alguns riffs de guitarra que lembra a batida do country. Então, não se engane Country Song é uma canção rock e muito boa por sinal. Muito bem escrita, a composição é sensacional ao contar a história de um cara que não suporta mais as "maldades" da namorada. Sem dúvidas é o grande diferencial da canção que conta com um arranjo diferente ao misturar uma batida mais calma e com o riff country nos versos e um poderoso refrão. Mesmo com um vocal interessante devido ao seu tom natural, Shaun poderia colocar mais interpretação. De qualquer forma nunca julgue um livro pelo nome, pois é preciso ler o primeiro capitulo para saber se você vai gostar da história.
nota: 8

10 de julho de 2011

As Músicas Que Me Fazem Chorar

Part.I

Final

5°Georgia
Ray Charles

Para quem sabe o que a música representou na vida de um dos maiores gênios de todos os tempos, é impossível ficar passivo ao escutar esse clássico.

Hey, Georgia, oh, yeah, yeah, Georgia
E uma música sobre você
Vem tão doce e clara
Como o luar através dos pinheiros

Outros braços chegaram a mim
Outros olhos sorriem ternamente, yeah
Ainda em sonhos serenos eu vejo
Em outra estrada, leva de volta para você

4° Dance With My Father
Luther Vandross

A canção, além de marcar a despedida do grande Luther Vandross, faz um pedido tão tocante e impossível. Tão verdadeiro e avassalador em sua não concretização.


Às vezes eu escuto através da porta do quarto dela
E a ouço, mamãe chora por ele
Rezo mais por ela do que por mim
Rezo mais por ela do que por mim

Sei que rezo por muito além da conta
Mas Você poderia mandar de volta o único homem que ela amou?
Sei que Você não faz isso com freqüência
Mas Senhor, ela morreria por mais uma dança com meu pai

Toda noite quando caio no sono
Isso é tudo o que eu sonho

3° I'll Be Missing You
Puff Daddy

Em homenagem ao rapper e amigo Notorious B.I.G, o então Puff Daddy, criou uma canção atemporal e mostrou sua genialidade ao transformar uma canção ícone (Every Breath You Take) em algo ainda mais dramático e tocante.

Parece que ontem nos costumávamos agitar no show
Eu atei a trilha, você fechou a pista
Tão longe da suspensão no bloco para a massa de pão
Notorius, eles tem que saber que
A vida nem sempre é o que parece ser
Palavras não podem expressar o que você significa para mim!
Embora você tenha ido nos ainda somos 1 time
Através da sua família eu realizarei seus sonhos
No futuro não esperarei para ver se você
Abrirá os portões para mim
Algumas vezes lembro da noite que eles pegaram meu amigo
Tentaram apaga-lo, mas ele tocou de novo
Quando é um sentimento verdadeiro é difícil de escondê-lo
Não pode imaginar toda a dor que eu sinto
Dê-me alguma coisa para ouvir metade do seu suspiro
Eu sei que você ainda vive sua vida após morte

Cada passo que eu dou
Cada movimento que eu faço
Cada dia único
Cada vez que eu rezo
Eu sentirei sua falta

Pensando no dia
Quando você foi embora
Que vida a se levar?!
Que ligação a se quebrar?!
Eu sentirei a sua falta

2° To Where You Are
Josh Groban

A espetacular performance vocal de Josh eleva a poesia sobre esperança e saudade de quem se foi. Lindo.

Quem pode dizer com certeza
Talvez você ainda esteja aqui
Eu te sinto por toda minha volta
A lembrança de você é tão clara
No fundo na calmaria
Eu consigo ouvir você falar
Você ainda é uma inspiração
Pode ser

Que você é o meu
Amor eterno
E você está me olhando
Lá do alto

Leve-me voando até onde você está
Além da estrela distante
Eu desejo nessa noite
Ver você sorrir
Mesmo que por pouco tempo
Para saber que você está aí
Um respirar de distância não é longe, de onde você está

1° Angel
Sarah McLachlan

Mais que palavras deixo vocês com a prova definitiva de Angel é a canção mais emocional de todos os tempos.

9 de julho de 2011

Perfeição Imperfeita


Nobody's Perfect
Jessie J

Nem sempre encontramos a perfeição naquilo que gostamos. Às vezes as imperfeições fazem certas coisas mais atrativas em certos casos. Assim é o pop. Nem sempre a supremacia pop pode ser medida pela sua perfeição. É necessário buscar a beleza dos erros para descobrir a verdadeira beleza de uma música. Assim é Nobody's Perfect da inglesa Jessie J.

O single lançado como terceiro single do álbum Who You Are tem um grande defeito: Jessie parece estar sendo morta e está chamando por socorro em certos momentos. Grita tanto que quase estoura os tímpanos. Ok. Mas existe algo em Nobody's Perfect que consegue derrubar esse problema e se torna viciante. Até mesmo os vocais ganham outra dimensão se você analisar com mais calma. Jessie, mesmo exagerando, mostra que como uma cantora pop ela pode ir além vocalmente que a maioria das cantoras de hoje expressando personalidade com maestria. Só precisa maneirar um pouco. Nos outros aspectos, Nobody's Perfect é uma balada completamente diferente e original. Nada de sentimentalismos barato na produção do arranjo com uma pegada bem mais forte e cadenciada que encaixa perfeitamente com a letra pessoal e direta. É imperfeita, mas é sensacional dentro de suas limitações.
nota: 7,5

Happiness 2- O Ataque da Garota Boa

Good Girl
Alexis Jordan

Esse ano fiz um especial sobre os novos nomes do ano. Entre elas estava a jovem americana Alexis Jordan com o single Happiness que, como você pode ver pela resenha, teve um ótimo "acolhimento" por mim. Então, para segundo single Alexis resolveu não lançar algo diferente, e escolheu a canção Good Girl.

Estranho? Explico: Good Girl é basicamente um filhote de Happiness. Se não bastasse ter os mesmo produtor (StarGate), a canção tem a mesma estrutura da antecessora. Não só a mesma estrutura, mas a mesma batida, a mesma vibração, o mesmo tom e até as mesmas notas. Até entendo que no álbum as duas são uma é depois da outra, mas lançar as duas como single é estranho demais. Aqueles que não sabem do fato ficam achado que é a mesma música. Tirando isso de lado, Good Girl mantêm o frescor de Happiness sendo um pop clean, dançante e bem produzido. Erra só na letra média que está bem abaixo da sua "mãe". Espero que o próximo seja diferente, pois a terceira parte seria desperdício de talento.
nota: 7

6 de julho de 2011

Quando o Raio Cai Quase no Mesmo Lugar

Just a Kiss
Lady Antebellum

Quem poderia imaginar que um dos maiores sucessos dos últimos anos seria de uma banda country? Lembro quando escrevi a resenha de Need You Now falei sobre o quanto é difícil músicas country fazerem sucesso por aqui. Passado quase dois anos, o Lady Antebellum ultrapassou essas barreira e conseguiu emplacar o seu single em terras tupiniquins e em várias outras. Além do sucesso nos Estados Unidos (se transformando na canção country mais baixada até hoje), a canção foi a grande vencedora do último Grammy com quatro prêmios, entre eles o de Song e Record of the Year. Mas a caravana passa e é hora do Lady Antebellum continuar a carreira tentando evoluir e ao mesmo tempo sentido o peso do sucesso de Need You Now. E ao que parece eles vão seguir a tática de "time que está ganhando, não se mexe".

O primeiro single do novo álbum (Own the Night) é a canção Just a Kiss e ela segue a mesma cartilha que fez do trio sucesso. Just a Kiss têm a mesma estrutura de Need You Now: balada country com entercalamento de vozes, letra romântica com refrão fácil de pegar e arranjo simples, mas sentimental. Apesar de parece uma prima sem o mesmo frescor, Just a Kiss mostra que o melhor do Lady Antebellum é seu lado romântico. Em quesito vocal, a dupla central (Charles Kelly e Hillary Scott) continua imbatível em especial a primeira parte. Arranjo bem produzido que mostra a outra vertente do grupo: ser country, mas ser "internacional". A construção do arranjo ganha um toque mais global sem deixar a pegada country de lado e por isso que eles conseguiram emplacar em outros mercados. Para finalizar composição simpática e bem escrita. Just a Kiss pode não ser tão boa como Need You Now, mas é bem melhor que muita coisa por aí.
nota: 7,5

3 de julho de 2011

A Dona do Jogo

Man Down
Rihanna

Para saber o quanto um artista está seguro de sua identidade como artista é necessário ver o quanto ele pode quebrar barreiras criadas por eles mesmos. E assim que a Rihanna vai mostrando seu poder com o single Man Down.

Man Down é, até agora, o trabalho mais refinado que a RiRi já fez encarnado uma versão feminina de Bob Marley. A canção é um reggae de primeira qualidade que consegue apresentar um lado novo e muito bem vindo da cantora. Não há concessão na produção da canção em colocar pitadas de pop ou outro estilo já usado por ela. É reggae 100% na veia. Uma produção primorosa do desconhecido Shama "Sham" Joseph que consegue tirar esse sabor caribenho de Rihanna em seu melhor estado. E ela não decepciona. RiRi está em estado de graça nos vocais genais. Nenhum esforço para conseguir o tom certo para a música, inclusive, colocando sotaque mais forte em certos momentos. Mas isso seria diminuído se a letra não fosse tão boa. Mas ela é, e muito melhor. Nada de "vamos dançar até o fim do mundo",  RiRi conta a história de como assassinou um homem. Sem frescuras. Sem meios termos. E isso dá a letra um toque meio sombrio que apenas erriquece a canção. E como o creme em cima do bolo tem o poderoso e avassalador clipe para arrematar com chave de ouro. Rihanna vai dominando o jogo como se já jogasse há décadas.
nota: 8,5

2 de julho de 2011

Todos os Lados do Sucesso

21st Century Girl
Willow Smith

Ela pode ter apenas 10 anos, mas já pode se orgulhar (ou não) de ter provado os dois principais lado da sucesso em pouquíssimo tempo. Willow Smith foi do sucesso com Whip My Hair ao fracasso com o segundo single, 21st Century Girl. E para piorar, a canção foi injustiçada.

Não tão divertida como Whip My Hair, 21st Century Girl é pop dance da melhor qualidade. E para muitas pessoas deve ser bem menos irritante que a anterior.  Willow mostra que mesmo tão jovem dá conta muito bem do recado encarnando uma mini Donna Summer encontrando Rihanna. Sua voz, que ainda vai mudar, mostra ser um dom natural e não apenas mais um produtor de uma sala de gravação. A produção acerta ao dar um ar mais adulto sem perder a inocência de Willow. E como poucos hoje em dia consegue criar um refrão perfeitamente pop. Willow ainda tem muito que aprender. E é bom que o monstro do flop a assombre agora no começo para quando ela puder liberar todo o seu talento nada a impeça.
nota: 8

Simplesmente Kylie

Um pequeno especial de uma das melhores cantoras pop de todos os tempos.

Senhoras e Senhores, Isso é Pop!

Put Your Hands Up (If You Feel Love)
Kylie Minogue

Em um mundo perfeito certas coisas não seriam como são. Preconceito, miséria, violência, tragédias e tantas outras coisas seriam apenas mencionados para aterrorizar histórias infantis. E nesse mundo perfeito Kylie Minogue seria tão huge quanto seu talento.

Em Put Your Hands Up (If You Feel Love), o quarto single do álbum Aphrodite, Kylie cria a canção pop perfeita. Vibrante do começo ao fim, a música cria uma atmosfera elegante e mágica para Kylie brilhar sem fazer esforço. Ela mostra como uma cantora que não tem a melhor voz do mundo se sobressai de qualquer dificuldades ao entregar um desempenho forte, sem exageros e usado as qualidades naturais de sua voz. Isso há faz uma cantora: saber usar sua voz. A construção de Put Your Hands Up (If You Feel Love) é muito semelhante a de All The Lovers: letra romântica com refrão delicioso e arranjo que vai crescendo aos pouquinhos até explodir no final, mas se recorrer a clichês fáceis. Se não podemos ter um mundo perfeito em todos os sentidos, pelo menos sabemos que para Kylie meio caminho já está andado.
nota: 8

Faixa Por Faixa

CD: Aphrodite
Gênero: Pop, Dance Pop, Eletropop
Vendagem: cerca de 1 milhão
Singles/Peak na Billboard: All The Lovers (UK: 3°), Get Outta My Way (UK: 12°),  Better Than Today (UK: 32°), Put Your Hands Up (If You Feel Love)
Ano: 2010

Lançado no meio de 2010, o décimo primeiro álbum de estúdio da australiana Kylie Minogue mostrou que mesmo ofuscada pelos novos nomes da música pop, ela ainda era capaz de produz material de primeira qualidade. Mais que isso, ela ainda é capaz de a luz no final do túnel da mediocridade que se instalou no pop. Com Aphrodite ela bateu o recorde de a única artista a ter pelo menos um álbum em primeiro lugar em quatro décadas seguidas na parada inglesa.

Faixas

1.All The Lovers: (...) Simples, dançante, elegante, sensual e perfeito. Quem está acostumado com algo frenético, não vai gostar de All The Lovers. Em uma cadencia mais leve (não menos envolvente ou contagiante), o arranjo não tem grandes truques e realiza com exatidão a proposta da música:ser um pop dançante e romântico. Isso é colaborado com a letra clean e bonita que não tem um refrão poderoso, mas é ótimo. A doce e delicada voz de Kylie é um balsamo aos ouvidos que se deixa levar pela vibe da música. (...)
nota: 8

2.Get Outta My Way: (...) A música é um perfeito, dançante, contagiante e fervilhante pop que apenas Kylie consegue fazer hoje em dia. Não é possível alguém ouvir a voz doce e de "the girl next door" e não começar a cantar a eficiente e, em certos momentos genial, composição. (...)
nota: 8

3.Put Your Hands Up (If You Feel Love): (...) Kylie cria a canção pop perfeita. Vibrante do começo ao fim, a música cria uma atmosfera elegante e mágica para Kylie brilhar sem fazer esforço. Ela mostra como uma cantora que não tem a melhor voz do mundo se sobressai de qualquer dificuldade ao entregar um desempenho forte, sem exageros e usado as qualidades naturais de sua voz. Isso há faz uma cantora: saber usar sua voz. (...)
nota: 8

4.Closer: Aqui Kylie se joga com força no eletropop dos anos oitenta. A produção refinada salienta essa atmosfera carregando nos sintetizadores e na voz mais metalizada de Kylie, mas sem perder o frescor. Um trabalho que poderia estar na discografia de um dos grandes nomes da new wave.
nota: 7,5

5.Everything Is Beautiful: Deliciosa do começo ao fim, a canção entrega um lado suave, romântico e delicado que combina tanto com Kylie. Nada de arranjo frenético, aqui tudo é levado graciosamente com uma batida harmoniosa e suave. A composição é precisa ao ser água com açúcar sem ser enjoativa enquanto Kylie canta lindamente em um tom de canção de ninar.
nota: 7,5

6.Aphrodite: Aumentando o "volume", Minogue faz da canção que dá nome ao álbum a melhor faixa do álbum. Misturando estilo do pop, Aphrodite é uma porrada dançante e viciante. Mais nada muito explosivo no termos de sonoridade. Pop redondinho, mas cheio de nuances na produção com o acréscimo de batidas de tambor contraponto com o sintetizador. A canção tem refrão poderoso que exalta o poder de Kylie criar músicas pop atemporais e avassaladoras. A composição consegue brincar com a "áurea" diva de Kylie de maneira adulta e divertida. Perfeição resume.
nota: 8,5

7.Illusion: A canção que a Britney precisava cruzar para voltar a ser relevante artisticamente. Aqui, Kylie faz um pop simples, rápido, dançante e viciante. Receita de brigadeiro de tão fácil, mas que fica delicioso quando fica pronto.
nota: 7,5

8.Better Than Today: (...) Com toques característico das músicas synthpop ela entra numa vibe alegrinha com sua composição falando de deixar a vida seguir e ser feliz. Até agora é a composição mais fraca dos singles lançados, mais é relevado quando ouvimos a sexy e descontraída Kylie nos chamado. Dá vontade de dançar e ficar ouvindo sem parar. É deliciosa. É retrô. É Kylie fazendo o que os novatos tentam fazer. (...)
nota: 7,5

9.Too Much: Mesmo criando um pop chiclete eficiente com boas passagens na composição, mas a repetição atrapalha o brilho final da canção.
nota: 7

10.Cupid Boy: Kylie ensina a fazer um eletropop verdadeiro. Começa com a viagem psicodélica que é o arranjo como uma viagem regada a absinto, porém tudo muito elegante e até contido. Kylie assume essa deusa sexy e canta lindamente e mostrando como usar os efeitos na hora e no momento certo.
nota: 8

11.Looking For An Angel: Mesmo se perdendo em um pop sem força e quase bobinho, Kylie ainda tem um truque na manga: sua elegância. Ele carrega a canção dignamente fazendo o melhor para não deixar a peteca cair quando o arranjo se torna comum e a letra repetitiva demais.
nota: 6,5

12.Can't Beat The Feeling: Mesmo lembrando os tempos de The Loco-Motion, Kylie termina o álbum para cima e de maneira satisfatória. Pop para fechar a noite na pista com gosto de quero muito mais.
nota: 7

Japanese bonus track

13.Heartstrings: Produzida por Xenomania, o homem que começou a difundir o uso do auto tune quando produziu o hit Believe da Cher, a canção é pop rasteiro com uma pegada meio anos noventa.
nota: 7


iTunes Store bonus track


13.Mighty Rivers: Ainda mais feliz é essa outra pareceria com o produtor Xenomania ao criar uma canção atemporal que merecia estar no álbum "oficial".
nota: 7,5


Amazon.com and BigPond bonus track


13. Go Hard or Go Home: Mais um pop chiclete para fechar com chave de ouro os bônus de Aphrodite. Delicioso.
nota: 7,5