2 de abril de 2011

A Dupla Dimâmica

H•A•M
Kanye West & Jay-Z

Vamos ser um pouco nerd? No universo dos quadrinhos há uma certa guerra entre os fãs do super heróis assim com é no mundo da música. Cada lado sempre defende seu preferido ressaltando suas qualidades e metendo pau nos outros. Claro, que é tudo em menor escala já que é comum os fãs terem mais de um "ídolo". Porém existe uma forte tendência em não aceitar quando dois heróis independentes se unem em alguma história. O caso mais famoso é do Batman com o Superman. São dois personagens completamente distintos como água e óleo. Enquanto o Batman é o herói humano, sem poderes, cheio de defeitos e que sua principal motivação em virar herói foi por vingança, o Superman é indestrutível, imortal, com poderes extraordinários e, mesmo não sendo humano, é a mais perfeita representação do que seria o homem perfeito. A principal critica quando se trata da união dos dois em alguma aventura é que os dois são tão diferentes que é impossível crer que algum momento os dois poderiam se unir para fazer qualquer coisa. Assim também é a base da união do Kanye West e do Jay-Z.

Normalmente, os dois maiores rappers da atualidade sempre então em lado opostos em uma música. Kanye na produção e Jay-Z a frente da música. Quando os dois estão juntos em uma mesma música, sempre há um terceiro contraponto (um ou mais rapperes)  para equilibrar a equação. Acontece que os dois resolveram lançar um álbum de parceria ainda esse ano intitulado Watch the Throne e como primeiro single foi escolhida a canção H•A•M. A canção é realmente o que poderíamos esperar de uma música entre os dois: épica, classuda e completamente diferente de qualquer coisa que tem por aí. Mas algo não dá certo aqui. Produzida pelo desconhecido Lex Luger, a canção não consegue equilibrar as forças dos dois. Os versos "cantados" pelos dois estão totalmente fora de prumo não se encaixando nem entre si nem com a batida da música. Intencional ou não, acontece que não deu certo. E poderia ter virado uma música genial já o arranjo é fantástico. Uma batida esquisita com atmosfera meio metálica que depois da parte dos dois rappers termina começa numa espiral alucinante envolvendo vozes em estilo lírico em uma quase opera hip hop. Perfeito e de arrepiar. Se tivesse tudo misturado em harmonia teríamos a música de 2011. Uma pena. Mas como os dois são tão fodões, há ainda esperança. Quem sabe eles não chamam a Liga da Justiça do hip hop para balancear os poderes de ambos?
nota:6,5

2 comentários:

The [CRITICO] disse...

Outra pergunta... Vc vai resenhar 'Friday' da Rebecca Black?

Jota disse...

Tenha fé que sai em breve!