28 de novembro de 2021

Primeira Impressão

Sinner Get Ready
Lingua Ignota


Primeira Impressão

If I Can't Have Love, I Want Power
Halsey



A Um Passo dos Céus

I am not a woman, I'm a god
Halsey


Canção que dá nome ao seu novo álbum da Halsey, I am not a woman, I'm a god é uma canção que poderia ser simplesmente genial com alguns retoques aqui e ali. Mesmo assim, o trabalho é o melhor single da carreira da cantora.

Uma electopop com toques de indie rock densa, sombria e com uma produção completamente diferente do que se pode esperar de uma canção do gênero e em relação a toda a carreira da cantora, I am not a woman, I'm a god poderia ter um clímax mais avassalador para embalar toda a canção em um laço dourado e explosivo. Isso não tira, porém, o impacto da ótima composição sobre a dualidade de ser uma mulher ao ser humana e, ao mesmo tempo, ter que ser uma fortaleza. Se esse for o primeiro passo para a consagração da Halsey irei ficar esperando ansioso para o seu próximo passo.
nota: 7,5

Melhores de 2021 - Single do Ano

Queridos leitores, chegou a hora do ano de começar a definir os Melhores do Ano. Por tradição, blog começa a votação para decidir os finalistas do Single do Ano. Dez canções que marcaram comercial o ano de 2021 em duelos para escolher as cinco finalistas. Começo a disputa com o duelo entre dois sucessos de bandas/grupos: de um lado, o viral dos italianos Måneskin com Beggin’ e, do outro, o aveludado Leave the Door Open do projeto Silk Sonic. Votem na enquete aqui do lado!



26 de novembro de 2021

Primeira Impressão

Sometimes I Might Be Introvert
Little Simz



Primeira Impressão

Solar Power
Lorde



Lordinha Paz e Amor. Ou Quase.

Fallen Fruit
Lorde


Mesmo com toda a estética solar e radiante da Lorde em Solar Power, a cantora ainda entrega alguns momentos realmente sombrios como é o caso da boa Fallen Fruit.

Uma climática mistura de indie folk e rock psicodélico, Fallen Fruit acerta perfeitamente no tom climático, madura e realmente inspirada ao contrário de várias canções do álbum que termina desinteressantes e arrastadas. O problema aqui é a composição. Apesar de tematicamente ser um trabalho excepcional ao ser uma canção de protesto sobre os danos causados no ecossistema da Terra pelas gerações passadas, o resultado final soa frio e sem o toque ácido que sempre a Lorde colocou em suas canções. De qualquer forma, Fallen Fruit é amostra do que poderia ser o álbum se todas as canções fossem por esse mesmo caminho.
nota: 7

19 de novembro de 2021

A Rainha IZA

Sem Filtro
IZA


Não é novidade para ninguém que na minha humilde opinião é da Iza o posto de maior cantora brasileira da atualidade. E isso novamente fica claro com Sem Filtro.

Uma sensualíssima R&B que deixa ainda mais claro que a cantora é uma explosão de carisma, talento e vocais extraordinários. Sem precisar reinventar a roda, mas fazendo a mesmo rodar perfeitamente, Sem Filtro é uma música que poderia cair no lugar comum se não fosse o apelo refinado da produção que cerca a cantora desde o seu começo. O único problema da canção é a sua letra que simples demais que poderia facilmente se aprofundar sem perder o lado comercial. Tirando isso, Iza continua a se mostrar uma força como poucas no cenário musical do Brasil.
nota: 7,5

Ainda a Voz

Somos Nada
Christina Aguilera


Longe do seu pico comercial, a Aguilera continua a segurar com graça um dos títulos que a fez um dos maiores nomes do pop: a voz de uma geração. Em Somos Nada, segundo single do seu novo álbum em espanhol, a cantora entrega uma performance vocal com o calibre de uma diva.

Uma balada a base de piano que é elevada pela emocionante performance da cantora que usa de toda a seu potencial vocal de maneira inspirada. Dona de uma coleção de baladas que tem na sua voz o ponto principal, Aguilera faz de Somos Nada um momento realmente seu ao não se conter e usar o vozeirão para carregar cada nota e interpretar a simples, mas bela, composição. O grande problema aqui é que a canção não se dá o tempo de criar um clima para explodir na sua parte final, resultando em uma canção levemente off quando se compara com as grandes baladas da carreira da artista. Isso não quer dizer que não dá para apreciar a canção pelo simples fato de existir: um veiculo para mostra que a Aguilera ainda é a voz de toda uma geração.
nota: 7,5

Melhor Que Tem Direito, Pior Que Poderia Ser

One Right Now
Post Malone & The Weeknd


A parceria entre o Post Malone e o The Weeknd não deveria funcionar devido a colisão entre estilos tão diferentes. Entretanto, One Right Now funciona bem melhor que o esperado, mesmo sendo uma canção que poderia ser muito bem melhor.

O que faz a canção funcionar é a sua honestidade artista ao não querer ser mais que um comercial synth-pop inspirado nos anos oitenta. Direta e bem produzida, One Right Now é o tipo de canção que gruda na cabeça durante um tempo para depois sumir como fumaça dispensada pelo vento, mas não cria nenhum ruído indesejado enquanto está lá. Além disso, Post entrega uma performance acima da média com uma química legal com o sempre ótimo The Weeknd. E assim uma música que deveria ser um desastre se torna agradável.
nota: 7

17 de novembro de 2021

TBT da Avril

Bite Me
Avril Lavigne


Depois de abrir a caixa de Pandora, os últimos tempos se tornaram um copilado de acontecimentos que sinceramente não parece nem reais. O mais recente é a volta da Avril Lavigne fazendo o que a consagrou no começo dos anos dois com o seu pop/punk de butique com a canção Bite Me. E o mais surpreendente: fazendo bem.

Bite Me é uma leve, divertida e segura pop/punk que deveria soar extremamente datada, mas se torna um refresco delicioso no instante que mostra que a Avril mostra como fazer para os novinhos de plantão. E isso é consigo devido a precisa produção com coprodução do Travis Barker, outra cria da mesma época da Avril, que tem a capacidade de criar uma canção parada no tempo sem parece algo que deveria ser colocado em um museu. Além disso, a performance ótima da Avril coloca Bite Me como uma canção realmente pensada como um trabalho que consegue se sustentar e, não, uma tentativa barata de apelar para a nostalgia. A composição poderia ser melhor já que era aqui que deveríamos ver o amadurecimento da cantora. Felizmente, isso não atrapalha de forma decisiva a canção já que esse é o tipo de TBT que realmente vale relembrar atualmente.
nota: 7,5

12 de novembro de 2021

Primeira Impressão

Ancient Dreams In A Modern Land
MARINA



Um Oscar Para Bey - Agora a Missão é Oficial

Be Alive
Beyoncé


Não é segredo para ninguém que durante um tempo a Beyoncé estava na “busca” de vencer um Oscar. Os dois momentos que a mesma teve mais chances foi quando estrelou o musical Dreamgirls em 2006 e mas recentemente quando lançou a canção Spirit, tema do remake de Rei Leão. Nenhuma delas resultou em uma indicação, mas parece que isso deve mudar com o lançamento de Be Alive.

Tema do filme King Richard, estrelado pelo Will Smith e que conta a história do pai de Serena e Venus Williams na busca de fazer as jovens estrelas do tênis, Be Alive é uma interessante e inspiradora canção que a Beyoncé consegue ousar, mas ainda ter o charme que uma canção vencedora do Oscar normalmente pede. Uma fusão potente de R&B e soul, a canção tem nos vocais marcantes de Beyoncé o seu ponto alto, pois a cantora coloca toda a força emocional de maneira avassaladora que cria essa sensação de inspiração que parece ter a mesma vibe do filme. O problema da canção é a sua composição: apesar de boa, a mesma se repete na sua segunda parte e deixa passar um momento que poderia ser a sua elevação. Entretanto, acredito que Be Alive dever ser indicada ao Oscar, pois, além da qualidade da canção, a Academia não iria perder a oportunidade de ter no mesmo ano Beyoncé, Lady Gaga, Kristen Stewart e Billie Eilish depois do fiasco de audiência do ano passado.
nota: 7,5

The Power of Marina

Venus Fly Trap
MARINA


Um dos melhores momentos em Ancient Dreams in a Modern Land, Venus Fly Trap consegue encapsular todas as qualidades do álbum em apenas uma canção de menos de três minutos.

Acredito que a principalmente qualidade do single é a sua produção que consegue manter a mesma sonoridade básica que o álbum segue e ainda adicionar uma camada radiofônica importante. Misturando pop rock com puro pop, Venus Fly Trap é a canção que melhor consegue equilibrar os elementos artísticos de Marina com essa vibe ativista, inclusive na sua ótima composição. Divertida, empolgante, original e com a personalidade da cantora, a canção mostra em toda sua glória o poder da Marina.
nota: 8

Entre o Genial e o Constrangedor

Masculinidade
Tiago Iorc


Envolto a polêmicas que não necessariamente impossíveis de serem resolvidas, o Tiago Iorc faz o seu retorno depois de mais uma sumida para entregar a canção nacional mais interessante do ano: Masculinidade.

Masculinidade é uma faixa que tem dois polos diferentes: de um lado, a espetacular e incrível produção/instrumentaliza e, do outro, a constrangedora composição. Ao fazer uma crônica longa e verborrágica sobre masculinidade tóxica, Tiago toca no assunto que preciso ser discutido ainda mais nos dias de hoje, mas soa exatamente como um dos outros aspectos da masculinidade tóxica: o esquerdo macho. Existe bons momentos como, por exemplo, o verso “Minha alma é profunda e se afoga no raso”, mas a pretensiosidade que atinge todo o resto é realmente irritante e cansativa. Todavia, como já tido, a produção/instrumental é de um cuidado e criatividade impressionante que consegue ser poética, delicada, cheia de nuances bem vidas e bem acima da média que o esperado para uma canção do cantor. Masculinidade é o tipo de canção que tem que vai odiar e quem vai amar. E acho que talvez isso seja o que queria o Tiago.
nota: 6,5

Falta Contexto

LA FAMA (feat. The Weeknd)
ROSALÍA

Ao conquistar fama mundial, Rosalía se consolidou como um dos principais nomes do pop sem precisar fazer parte do mainstream estadunidense e nem cantar em inglês. Começando os trabalhos do seu aguardado terceiro álbum, a cantora lançou a curiosa LA FAMA.

Mudando de caminho sonoro em relação ao álbum El Mal Querer, a cantora parece que irá buscar novos ares para Motomami. Em LA FAMA, a produção aposta na bachata, gênero criado na Republica Dominicana durante a primeira metade do século vinte. Sonoramente, a canção é impecável no que se propõem em fazer ao fazer uma bachata pelos olhos de artista pop. Entretanto, o resultado não é para todos e deve dividir o público entre quem adorou e quem odiou, especialmente devido o instrumental minimalista e contido. Além disso, a presença de The Weeknd cantando em espanhol não é algo fácil de deglutir, mas é interessa só pelo fato de ser o astro em uma canção tão diferente do que o mesmo é acostumado. Ouvindo LA FAMA parece que a canção é o tipo de trabalho que faz mais sentido dentro do contexto do álbum, mas, por enquanto, é um começo de uma nova era curioso.
nota: 7,5

Guarda Para Você, Anitta!

Envolver
Anitta

Li em algum lugar que a canção que a Anitta aposta que vai ser um grande sucesso será lançada em Janeiro. Então, qual o motivo de lançar Envolver?

A canção é uma morníssima e descartável latin pop com reaggaeton que qualquer artista latino atualmente já fez ou irá fazer. Sonoramente, a canção não acrescenta em nada na discografia da Anitta, tirando o fato que tem alguma chance de virar um sleeper hit. Além disso, a composição é completamente fraca e irritantemente repetitiva. Tirando alguns momentos vocais bons, Envolver é dispensável que a Anitta deveria ter guardado para si mesma para esperar o lançamento da sua grande aposta.
nota: 5

10 de novembro de 2021

Primeira Impressão

Cavalcade
black midi


Uma Jornada a Toca do Coelho

Slow
black midi

Com um pouco mais de cinco minutos e meio, Slow do black midi é uma obra impressionantemente imersiva que arranca quem a escuta do seu lugar de conforto para uma jornada sensorial de maneira inesquecível.

Complexa, soturna, intricada, grandiosa e de uma construção instrumental realmente impressionante, a canção é uma rebuscada jazz/rock com rock experimental que poderia muito bem ser a trilha sonora para uma versão de Alice no País das Maravilhas versão sombria. E o mais impressionante é que a canção consegue um efeito tão poderoso sem precisa ter uma composição complexa. Na verdade, a relativamente simples letra de Slow quase se perde na aventura sonora que a envolve, mas sem se torna dispensável. Um feito e tanto para uma canção que nem é exatamente a melhor do álbum.
nota: 8,5

Lanchinho

Midnight Snacks
Kelis


A cantora Kelis deveria levar muito mais credito que apenas ser a cantora de Milkshake. Dona de ótimo trabalhos, a cantora se prepara para lançar mais um álbum e como primeiro single foi lançada Midnight Snacks.

A canção prova que Kelis segura até mesmo canções que não são tão boas. Uma sexy R&B que não faz mais que o arroz com feijão com uma batida cadenciada e minimalista, Midnight Snacks é segurada pela performance sedutora e deliciosa da distinta voz da cantora. Além disso, a composição é bem legal, combinando com toda a vibe de chef de cozinha que a Kelis tem como projeto e em especial o trocadilho com o nome da canção que parece ao ser dita como midnight sex. Um bom aperitivo que espero que seja a entrada para o prato principal.
nota: 7

Apenas Não

SG
DJ Snake, Ozuna, Megan Thee Stallion & LISA

Existem alguns projetos que a única coisa que passa pela cabeça ao ouvir é tentar entender o motivo que a mesma existe. SG do DJ Snake encaixa exatamente nessa categoria.

Uma medíocre, sonolenta e sem graça moombahton, um subgênero do reggaeton mistura com house music, a canção é um total perda de tempo para todos os envolvidos. SJ Snake prova que parou em Taki Taki, Ozuna entrega uma performance horrível com direito a entoar o pior refrão do ano, Megan Thee Stallion entrega um bom verso dentro de uma péssima canção e a Lisa, integrante do Blackpink, tem menos espaço que a Zendaya em Duna. Resumidamente: a maior perda de tempo de 2021.
nota: 3

Desconexão

Crave
Years & Years


Desde que virou um projeto solo do Olly Alexander, o Years & Years parece que ainda não encontrou o seu caminho sonoro. E a prova está em Crave

Longe de ser uma canção ruim, o single é uma ótima ideia que faltou direcionamento para entregar o que promete. Uma mistura de EDM, electropop e toques de eurodance que foi embalada em uma batida quebrada e cheia de nuances que não chega a explodir como poderia devido a um clímax minguado e um refrão meia boca. Essa falta de força é que parece impedir que Crave realmente funcione, especialmente quando notamos a ótima performance de Olly. Espero que esses tropeços sejam apenas Olly experimentando na sua nova era e, não, a falta dos dois ex-integrantes.
nota: 6,5

7 de novembro de 2021

Primeira Impressão

Happier Than Ever
Billie Eilish



O Céu de Billie

Happier Than Ever
Billie Eilish


Quando resenhei apela primeira vez uma canção da Billie Eilish pode notar que, apesar de minhas críticas, havia uma artista interessante nascendo no meio de um hype que não ainda entedia. Apesar disso, não imaginaria que aquela artista de when the party's over poderia entregar a genial Happier Than Ever.

Dando nome ao segundo álbum da cantora, a canção é uma verdadeira tour de force que consegue seguir a sonoridade básica da Billie e, ao mesmo tempo, adicionar uma enorme e poderosa quebra de expectativa que consegue elevar a produção de Finneas para outro parâmetro. Começando com uma melancólica e contida pop soul/folk acústica com uma performance delicada de Billie para quase no seu meio se transforma em uma explosiva pop punk/indie rock em que a cantora mostra um lado amargo e agressivo, a produção consegue unir duas metades tão diferentes sem parecer canções diferentes de maneira fluida, mas também mostrando as claras diferenças entre as duas parte. Entretanto, essa decisão para a construção sonora de Happier Than Ever poderia não tanto impacto se não fosse a genial composição. Ao narrar de forma honesta, poética, honesta e desconcertante a sua descoberta de estar vivendo em um relacionamento tóxico, a cantora entrega a sua mais refinada e poderosa composição ao deixar o simples e efetivo de lado para construir uma longa, intrigada e profunda letra que leva o público em uma viagem inesquecível. E assim Billie encontra o seu paraíso em seu melhor momento da carreira até o momento. E acredito que apenas seja o começo.
nota: 8,5

Primeira Impressão

Un Canto por México, Vol. II
Natalia Lafourcade


Gone 2 - A Missão

New Shapes (feat. Christine and the Queens & Caroline Polachek)
Charli XCX

Quando vi que a Charli XCX iria lançar outra parceria com a Christine and the Queens depois de terem trabalhado juntos na genial Gone e ainda teria a participação de Caroline Polachek já criei uma expectativa altíssima. Felizmente, New Shapes entrega quase tudo que o que era esperado.

Menos impactante em relação a batida de Gone, New Shapes é uma deliciosa, sexy e dançante synthpop com os dois pés enfiados nos anos oitenta que poderia facilmente ser uma regravação/remix de uma canção da década. Isso não quer dizer quer o single seja datado e sem criativo, mas, pelo contrário, a produção acerta no ponto ao criar uma batida original que sabe unir muito bem as três artistas de maneira fluida em que nenhuma delas se sobressai. Acredito que o problema maior aqui seja a não total mistura das três cantoras durante toda a canção, deixando apenas para o momento final. Isso não impede, porém, New Shapes continue a mostrar a dominação pop de Charli XCX.
nota: 8

Aveludado

Smokin Out The Window
Silk Sonic

Esticando ao máximo o hype para o lançamento de An Evening with Silk Sonic, o projeto Silk Sonic lança mais um ótimo single com Smokin Out The Window.

Bruno Mars e Anderson .Paak repetem a formula dos dois últimos singles ao lançar uma deliciosamente aveludada mistura de R&B e soul que remete diretamente aos anos setenta de maneira orgânica. Sonoramente, a canção continua a desfilar o talento dos dois artistas sem tropeços, criando ainda mais excitação pelo lançamento do álbum. Todavia, a composição aqui se difere das outras duas, pois é sobre corações quebrados e traições imperdoáveis. Divertida e com passagens ótimas (Not to sound dramatic, but I wanna die), Smokin Out The Window pede certa força devido a campanha de divulgação esquisita do álbum, mas continua a dar para o Silk Sonic altos créditos para a demora do lançamento do álbum.
nota: 8

Uma Nova Visão

Cleo
Shygirl


Conheci a rapper Shygirl com a sexual e sensacional BDE e é por isso que ouvir Cleo é uma abertura para ver a cantora por uma nova visão.

Ao contrário do hyperpop/hip hop da canção anterior, Cleo é uma power electropop mid-tempo e hip hop com toques de EDM e uk bass que resulta em uma canção realmente diferente de tudo que poderiam ser esperado para a artista. Acredito que a principalmente diferente é o cuidado com a instrumentalização que começo entregando uma quase balada pop com toques de música clássica para evoluir para uma batida mais agitada, mas não menos surpreendente. Claramente inspirada pela música eletrônica do começo anos noventa, Cleo mostra a seu lado cantora em uma performance interessante e bastante segura que pode até ser quase ofuscada pelo uso de efeitos vocais, mas não tira o fato de a mesma se mostrar um artista versátil e surpreendente. Espero que Shygirl possa ter o reconhecimento do público que vem construído quando lançar o seu próximo projeto, pois o que mostrou até agora é de respeito.
nota: 8

2 de novembro de 2021

Antes Tarde do Que Nunca

Fruto Proibido
Rita Lee & Tutti Frutti


Primeira Impressão

WINK
CHAI


POP!

PING PONG!
CHAI

Umas das características que toda música pop que preze deveria ter é uma sensação de despretensão. Não que beira o descuido, mas, sim, saber como não querer ser mais do que apenas uma boa canção pop. PING PONG! do CHAI é exatamente esse tipo de canção.

Uma mistura curiosa e surpreendente de pc music com bubblegum pop, o single de WINK poderia resultar em uma verdadeira bomba atômica nas mãos erradas. Com o CHAI, a canção ganhar um verniz brilhante, lindamente instrumentalizado e com essa despretensão efusiva que realmente cativa, tirando qualquer possibilidade de resultar em um algo irritante. PING PONG! é o tipo de canção que parece beber na fonte de várias influências, mas termina soando original devido a personalidade efusiva da banda. Não é para qualquer público, mas é para aqueles que realmente apreciam a difícil arte de fazer um pop realmente original.
nota: 8