15 de março de 2018

AVISO IMPORTANTE

OLÁ, LEITORES! GOSTARIA DE AVISAR QUE O BLOG ESTARÁ EM RECESSO ATÉ A SEGUNDA SEMANA DE ABRIL, POIS ESTOU ESTUDANDO PARA UMA PROVA IMPORTANTE NO COMEÇO DO MÊS QUE VEM. ENTÃO, ATÉ A VOLTA! OBRIGADO E VOLTEM SEMPRE!


Primeira Impressão

Someone Out There
Rae Morris


14 de março de 2018

Segura Peão!

Stop Me From Falling
Kylie Minogue

Não há mais como negar: a countryficação da Kylie Minogue é algo que veio para ficar para o seu próximo álbum. E o single Stop Me From Falling é a prova definitiva.

Depois da simpática DancingKylie continua a investir em uma sonoridade country pop dançante que parece querer mostrar uma artista buscando mostrar uma vertente sua mais centrada em uma musicalidade mais orgânica. Aqui, porém, Kylie está mais romântica e fofinha ao narrar o começo de uma paixão. Batida simpática e bem produzida, Stop Me From Falling poderia ser o grande momento para uma cantora country em começo de carreira, querendo adentrar no mundo pop. Entretanto, sabendo da trajetória da cantara, a canção parece não estar na mesma altura da sua interpreta. Só que essa é a Kylie que será mostrada nessa nova era. Então, é melhor a gente pegar o chapéu e começar a fazer passinhos na festa de Barretos ao som da Kylie Minogue.
nota: 6,5

13 de março de 2018

It's Years & Years, Bitch!

Sanctify
Years & Years

Quando percebo que a sonoridade da Britney Spears começa a influenciar de fato a sonoridade de outros artistas é o momento em que percebo que estou ficando velho. Felizmente, ouvir Sanctify do Years & Years alegra-me em saber que algo realmente bom saiu dessa minha constatação.

Mesmo antes de ler a afirmação do vocalista Olly Alexander que a canção tem influência direta de I'm Slave 4 U já tinha notado que a batida dark pop cadenciada tinha uma carga pesada de semelhança sonora com a canção da Britoca. A batida bem demarcada com base instrumental baseada em percussão é algo que remete muito aos trabalhos do The Neptunes que são os produtores da canção da diva pop. Criando a sua própria atmosfera dentro dessa sonoridade, o Years & Years e o produtor Kid Harpoon entregam uma canção de um potencial imenso, ousada na medida certa e de um refinamento estético exuberante. Dançante, mas sem ser obvia. Sensual, mas ser ser rasa. Pop, mas sem ser clichê. Sanctify eleva a sua própria origem na busca de algo mais elevado e significativo, ainda mais que a composição faz comparações entre o pecado e divino ao narrar a história conturbada de Olly com um homem "hétero" que, obviamente, tem problemas com a sua sexualidade. De uma beleza poética pop primorada, a composição é um dos melhores pop de 2018 até o momento, mostrando que quanto mais diversidade puder ser expressa no grande mainstream, mais qualidade nos estaremos sendo agraciados. Que ano estamos vivendo, galera!
nota: 8,5

12 de março de 2018

Tema Estranho

Love Lies
Khalid & Normani

Acredito que já tenha falado sobre isso no blog, mas nunca é muito reafirmar: nem sempre o encontro de dois talentos irá resultar em uma música boa. O último caso disso foi a parceria do promissor Khalid com a Normani, integrante do Fifth Harmony, na canção Love Lies.

Tema do filme romântico Com Amor, Simon que conta a história de um jovem adolescente gay vivendo o seu primeiro amor, Love Lies é uma bonitinha, mas sem graça mid-tempo R&B/pop com uma batida fraca e nada memorável. Na verdade, a canção produzida pelo Jack Antonoff tem o problema de não saber o que é na verdade: um pop com toques de indie ou um R&B com toques de pop. Se fosse bem pensada, a canção seria tudo isso, mas o resultado é confuso e pouco convidativo. A composição também não é lá essas coisas, mas é sustentada pelo talento e carisma vocal de Khalid e, principalmente, da Normani, mostrando-se a mais interessante da girl band até o momento. É encontro que poderia render muito mais, mas acabou sendo apenas estranho.
nota: 6

10 de março de 2018

Tá Demais!

Top Off (feat. JAY Z, Future & Beyoncé)
DJ Khaled

Não existe nenhum parâmetro para comparar o que o DJ Khaled na música atual. Apesar de existirem dezenas de DJ/produtor (insira aqui o seu nome de preferência) que conseguiram ganhar os holofotes, virando celebridades mundialmente conhecidas. Entretanto, existe algo em DJ Khaled que o faz quase um personagem irrealista, um personagem de uma sátira sobre o mundo da música e os seus excessos, algo tão cômico, quanto estranho. Entretanto, o que ninguém não pode negar é que Khaled conseguiu construir um circulo de amizades que quase beira o Olímpo do mundo da música. Provando novamente o seu poder nos "contatinhos", DJ Khaled chamou os migos JAY Z e Beyoncé ao lado do Future para lançar Top Off.

Depois da volta ao passado em Shining, Top Off não aproveita em nada o talento que se reuniu para dar vida ao single, pois a produção é caótica, sem foco e repetitiva. Na verdade, os três artistas parecem que estão participando de músicas completamente diferentes. Future cospe versos sem nenhum nexo ou carisma, Jay-Z parece meio perdido e no automático e Beyoncé, mesmo entregando uma performance inspirada, não é capaz de dar a liga nessa bagunça generalizada. A cantora deveria ter guardado o seu ótimo verso cheio de ótimas ideias e alguns shades maravilhosos para uma música melhor. Uma canção que não tivesse essa batida tão massificada e nada marcante, mas principalmente que não tivesse as interjeições irritantes do DJ Khaled. Algo que, sinceramente, já está demais!
nota: 5,5

9 de março de 2018

Imagine 30 Seconds to Mars

Dangerous Night
30 Seconds to Mars

Artistas que se parecem em relação a sua sonoridade existem a rodo por aí. Estranho é ver um artista "virar" outro, ainda mais quando esse veio antes do objeto de transformação. Esse é caso de 30 Seconds to Mars que com Dangerous Night quase vira uma banda cover do Imagine Dragons.

Provavelmente essa percepção é o falto que o 30 Seconds to Mars ter embargado em uma sonoridade rock /pop eletrônico que é, basicamente, o que o Imagine Dragon faz desde o começo. A batida em Dangerous Night tem essa característica comercial/épica que faz a gente pensar que a cação é melhor do que realmente é, mas, na verdade, o single não passa de uma produção correta e pouco criativa com assinatura do DJ Zedd e de Jared Leto. O que deixa a canção a canção mais parecida com os trabalhos dos "dragões" é a mediana composição que parece que foi feita apenas para a gente cantar o grandioso refrão. No final das contas, o 30 Seconds to Mars fica com gosto de Imagine Dragons e estraga o apetite de quem queria apenas a bando do Jared.
nota: 6

8 de março de 2018

Pequenas Doses

No Excuses
Meghan Trainor

Meghan Trainor é uma boa artista pop. Disso não tenho dúvida, mas, assim como várias coisas na vida, Meghan Trainor deve ser apreciada com cautela para não enjoar da sua sonoridade pop chiclete comercial. Assim mostra no novo single dela, a divertidinha No Excuses.

Voltando a apostar na sonoridade blue-eyed soul/pop do seu primeiro álbum e dos sucessos All About That BassLips Are Movin, Meghan Trainor parece querer fazer as pazes consigo mesma, deixando de lado a bomba que foi Thank You, o seu segundo álbum que considero um dos piores da história do blog. A canção tem uma produção tão previsível e redonda, apoiando-se na batida alegre e despretensiosa que quase se equivale aqueles chocolates extra-processados com recheio de caramelo e amendoim. Doce, mata fome naquele momento e completamente enjoativo. Trainor continua a investir em composições de empoderamento feminino de butique descolada, mas que funciona bem para o tipo de canção. Ouvir uma vez No Excuses é a exata dose que a gente precisa da Meghan Trainor. E não mais.
nota: 6,5

7 de março de 2018

Reinvenção Clássica

Moon River
Frank Ocean

Alguns artistas tem a capacidade de nos contemplarmos com trabalhos que a gente nem imaginava que precisaria ouvir aquilo até ouvirmos pela primeira vez. Esse é o caso perfeito da sensacional regravação do clássico do cancioneiro estadunidense Moon River pelo Frank Ocean.

Lançada em 1961 como tema do filme Bonequinha de LuxoMoon River foi interpretado originalmente pela lendária atriz Audrey Hepburn e venceu os prêmios de Melhor Canção no Oscar e, também, Gravação e Canção do Ano no Grammy. Desde então,  Moon River virou um dos clássicos do cancioneiro americano, recebendo centenas de regravações. Na sua maior parte, essas regravações foram fieis a versão original ou, no máximo, com algumas modificações. Então, mais de cinquenta anos do seu lançamento, Frank Ocean resolveu dar o seu toque completamente único e a frente do seu tempo para o clássico. 

Nas mãos de Frank, Moon River virou uma surpreendente indie pop que caiu com uma luva na sonoridade do cantor. Usando a simplicidade da sua melodia imortal, o cantor foi capaz de dar uma profundidade que não existia na canção original: melancolia. Sem despir, porém, a canção da sua atmosfera sonhadora e romântica. O resultado final é tão belo que parece que a canção foi feita pelo próprio Frank. Cheio de pequenas nuances ao longo da sua duração, a versão é elevada pela presença quase transcendental dos vocais de Frank que acerta ao usar efeitos em pequenos momentos, deixando a sua encantadora voz aveludada e com timbre tristonho o mais natural possível. Esse pequeno mimo que o Frank Ocean nos presenteou é um verdadeiro afaga para as nossas almas.
nota: 8,5

6 de março de 2018

Antes Tarde do Que Nunca - Versão Single

Jesus Walks
Kanye West

Muito antes de Kanye West se tornar essa figura que está acima da sua própria música existiu a grande promessa de um rapper que era capaz de deixar a sua música brilhar acima de qualquer coisa. É desse Kanye que vem uma das grandes canções de hip hop da última década: a épica Jesus Walks.

Entender a importância de Jesus Walks na história recente do hip hop e, também, da discografia de Kanye é importante voltar um pouco no tempo e relembrarmos de uma das principais revoluções musicais da história quando o lendário Ray Charles "decidiu" misturar o gospel com música secular, into é, música de apelo popular como R&B, jazz, soul, country e blues. Eram os anos cinquenta e os Estados Unidos ainda vivam os tempos em que se separavam legalmente negros de brancos e, obviamente, o país ainda vivem sobre uma fortíssima influencia conservadora. Isso se estendia para a música. Além de existiram paradas para artistas brancos e artistas negros, boa parte do público ainda rejeitava qualquer mistura que fosse entre gêneros tão distintos, principalmente envolvendo o gospel já que era "obra de Deus". Ray enfrentou muita resistência de vários lados, mas como a genialidade sempre vence, o cantor conseguiu ajudar a reconfigurar a música como se conhecia naquele tempo, virando a lenda que é reconhecida nos dias de hoje. No fundo dessa revolução, o que Ray Charles realizou na música foi subverter toda a ordem considerada normal para os padrões da época. Apesar de ter sido o primeiro a fazer isso na sua época, Kanye West subverteu regras em Jesus Walks em fundir pesadamente hip hop com gospel e, principalmente, não ter medo de expressar a sua fé em um cenário que não parecia se dar a oportunidade de fazer o mesmo. 


Lançado como single em 2004 como quarto single do debut de West (The College Dropout), Jesus Walks subverteu aquele cenário do rap/hip hop, pois naquela época o principal nome dos gêneros era o 50 Cent e o seu gangsta rap, exaltando mulheres, dinheiro e drogas. Então, ouvir um novato falar sobre fé no grande mainstream foi um verdadeiro tapa na cara, lembrando que o rap/hip hop continua com a sua relevância em falar sobre assuntos que vão além da superficialidade instituída naquela época. A composição é dividida em dois momentos: o primeiro verso reflete como a fé afeta a vida do rapper e as suas dúvidas e medos sobre o tema e, o segundo verso, West reflete sobre com os outros veem a fé e a religião, principalmente criticando a indústria por parece rejeitar o tema em músicas consideradas seculares ao preferir tocar canções com temas bem mais mundanos. Essa consciência e as reflexões que o rapper coloca em Jesus Walks, aliado com a sua excelência na construção lírica com imenso destaque para o refrão, ajuda a canção a ganhar uma importância cultural atemporal ao explicitar e, simultaneamente, criticar o status quo daquela época. Se isso não fosse o suficiente, Kanye West ainda tem a capacidade de criar uma sonoridade quase revolucionária para os padrões da época ao construir artesanalmente um arranjo impressionante, juntando a grandiosidade dos coros e órgãos, a imponência das batidas de uma banda marcial e a batida eletrizante do rap. Tudo isso junto poderia facilmente resultar em algo fora do tom e completamente esquizofrênica, mas nas mãos hábeis do rapper/produtor, Jesus Walks torna-se uma pérola do gênero tão rica e complexa como uma obra de música clássica. Em um performance a altura do material que ele mesmo produziu, West começou a construir aqui o que seria uma das maiores carreiras modernas do cenário musical contemporâneo em uma música com um pouco mais de três minutos. E quem disse que precisa de mais para subverter todas as regras?  
nota: 9

4 de março de 2018

2 Por 1 - Janelle Monáe

Make Me Feel
Django Jane
Janelle Monáe

Poucos artistas atualmente podem ter o adjetivo genial ligado ao seu nome. Não há dúvida, porém, que a Janelle Monáe tem todos os requisitos para carregar esse título. Os primeiros atos da sua carreira musical foram apenas os melhores momentos da música mundial nessa década, começando com o genial debut The ArchAndroid de 2010 e alcançando a perfeição com o genial The Electric Lady de 2013. Além disso, a cantora é uma das vozes mais importantes dos  ativismos pelos direitos humanos dentro do mundo do entretenimento e, mais recentemente, Janelle vem se aventurando como atriz, conseguindo boas criticas em dois filmes indicados ao Oscar em 2017 (Estrelas Além do Tempo e, o vencedor do premio de Melhor Filme, Moonlight: Sob a Luz do Luar). Felizmente, Janelle está de volta para o seu nicho original e, finalmente, anunciou que irá lançar o seu terceiro álbum intitulado Dirty Computer. Não querendo apressar o carro na frente dos bois, pois já fiz isso e quebrei a cara (exemplo: Eminem) em 2018, Janelle deve entregar um dos melhores trabalhos dos últimos tempos se a amostra dada pelos dois singles lançados foi um termômetro verdadeiro. Começo por aquela que é a menos inspirada entre as duas.

Ouvir Django Jane é perceber que a cantora está pronta para subverter a sua própria sonoridade ao se arriscar em estilos e gêneros que até o momento não passavam de inspirações para a mesma. A canção é uma obvia incursão de Janelle no hip hop/rap na sua mais pura forma, mas feito de uma forma que mantém a personalidade da mesma intacta. Sonoramente, Django Jane é bem tradicional na sua construção, pois parece emular o atual cenário hip hop com uma batida direta e quase minimalista. Felizmente, a produção dá para a canção um verniz refinado, acrescentando substância para a instrumentalização. O que faz do single um trabalho sensacional é a sua força criativa por trás da composição e, claro, a presença magnífica de Janelle.

Primeiramente, Django Jane é um hino sobre a exaltação do poder a cantora que é, na verdade, uma exaltação do empoderamento feminino em uma época que o assunto está no topo das maiores discussões sobre a sociedade. Só que a composição não é apenas relevante em relação ao seu tema, pois o que ouvimos em Django Jane é uma das melhores letras do ano cheia de sacadas geniais sobre ela mesma e a cultura pop em geral e uma construção que beira a genialidade. Completando o pacote em grande estilo, Janelle Monáe entrega uma performance rap arrebatadora, mostrando a sua versatilidade quase irreal e poder ofuscante. Apesar da qualidade de Django Jane, a cantora libera todo a sua força criativa na genial Make Me Feel.

Quando ouvi os primeiros acordes de Make Me Feel já saquei que a canção era uma clara alusão a sonoridade do Prince, principalmente a dos anos oitenta/começo dos noventa. Então, surgiram rumores que a canção teria sido "idealizada" pelo próprio cantor antes de morrer e que o mesmo ajudou Janelle em gravações do álbum. Depois da confirmação da própria cantora dos rumores, Make Me Feel deixa claro quem é a verdeira e por direito herdeira criativa e intelectual do Prince.

Make Me Feel é, na sua essência, uma prima direta do hit Kiss, mas com uma configuração minimalista e com uma forte influência de eletrônico. Uma sensual, provocante, envolvente, swingada, dançante e eletrizante funk/R&B/dance pop com um arranjo milimetricamente construído para dar importância para cada instrumento, indo das batidas que imitam sons com a boca até a entrada da guitarra no melhor estilo Prince. Todo aqui é uma verdadeira orgia de sons, criando uma batida refinada e classuda sem precisar de ser demasiadamente complexa. Make Me Feel é tão contagiante que é impossível ao menos não bater os pezinhos acompanhando a batida.  Soando mais comercial do que antes, Janelle Monáe parece não ter perdido o seu tino artístico com uma composição excepcional que fala sobre desejo sexual de forma nada vulgar e criando um refrão simples, rápido e viciante. Sem precisar de muito esforço, Janelle domina a canção do começo ao fim, imprimindo toda a sua força vocal e a sua personalidade revigorante. Sem querer soar precipitado, mas Make Me Feel tem todas as chances de ser uma das músicas de 2018. E, consequentemente, Janelle Monáe está preparando o terreno para ser a artista do ano. Oremos!
notas
Make Me Feel: 9
Django Jane: 8

1 de março de 2018

Um Grato Reencontro

All or Nothing Love
Clare Maguire

Se eu fosse chutar por alto acredito que até o momento já passaram pelo blog umas duas ou três centenas de artistas, somando aqueles com passagens regulares e aqueles que passaram apenas uma ou duas vezes. Entre aqueles que ficam nessa segunda categoria está a britânica Clare Maguire que tive o prazer de reencontrar essa semana depois de sete anos da sua última resenha. E esse encontro não poderia ser melhor.

Depois de um bom começo e alcançando um sucesso moderado lá em 2011 com o seu primeiro álbum (Light After Dark), Clare Maguire meio que sumiu do radar desde então, apesar de ter lançado um álbum em 2016. Então, depois de tanto tempo reencontro a cantora em uma das minhas pesquisas para o blog ao ver a cantora lançou a canção All or Nothing Love como single do seu terceiro álbum que deve ser lançado ainda esse ano. E qual a minha surpresa em verificar que Clare é ainda uma artista que merece a atenção do público, All or Nothing Love é uma das primeiras grandes músicas pop de 2018.

Madura e com uma noção estética mais orgânica que o primeiro trabalho, Clare entrega em All or Nothing Love uma edificante e tocante balada indie pop/folk que consegue emocionar de uma maneira tão direta e sincera que fica quase impossível não se deixar levar pela canção. A produção acerta tanto na ótima instrumentalização, quanto na atmosfera que vai crescendo aos poucos até encontrar o seu clímax final em que o público é presenteado com uma verdadeira perola emocional. De forma simples, mas bem longe de simplista, a composição é uma bela narração sobre deixar a porta aberta para o amor, entregando-se completamente e sem medo do que estar por vim. Completa esse reencontro com chave de ouro é a presença de Clare e a sua voz aveludada, marcante e um de um timbre melancólico que fica perfeita para esse tipo de voz, adicionando camadas e nuances no resultado final de All or Nothing Love. Assim como reencontrar um amigo qu não vemos há muitos anos, redescobrir Clare Maguire é um verdadeiro balsamo para a minha vida. 
nota: 8,5