30 de novembro de 2014

Melhores de 2014 - Single do Ano (Votação)

Nova enquete no ar para o Single do Ano! A disputa dessa vez é entre dois que já tem um bom tempo de carreira, mas apenas esse alcançaram o sucesso mundial: de uma lado o contagioso Pharrell Williams com o mega sucesso Happy e do outro a misteriosa Sia e sucesso surpresa de Chandelier! Votem até o próximo domingo!


28 de novembro de 2014

A (Boa) Palhaçada do Ano

Ew! (feat. will.i.am)
Jimmy Fallon

Nos Estados Unidos é bastante comum comediantes lançarem álbuns contendo apresentações suas de humor que incluem as suas piadas e, às vezes, números músicas. Um dos mais conhecidos comediantes americanos é a apresentador Jimmy Fallon. Recentemente, ao lado do rapper will.i.am, Jimmy lançou a hilária Ew!.

Tirando de uma esquete em que Jimmy interpreta uma adolescente que acha tudo uma droga, EW conta com a produção e a participação do will. i. am. Os dois interpretam jovens (Jimmy é Sara e will é mir.i.am) conversando sobre tudo e todos que elas acham horríveis como, por exemplo, implantes de silicone no bumbum, padrastos esquisitos e os "duck lips" para tirar fotos. Ew! cumpre com louvor o seu de entreter ao ser uma deliciosa palhaçada despretensiosa e ser uma canção realmente boa, apesar de no "mundo real" ser mais do mesmo no mundo pop/eletropop/rap. Palhaçada sim, mas da boa.
nota: 7,5

27 de novembro de 2014

A Origem

Uptown Funk (feat. Bruno Mars)
Mark Ronson

A atual configuração do cenário musical deve-se, e muito, a presença de vários novos artistas nos últimos dez anos. Um deles é o produtor inglês Mark Ronson. Conhecido pelo trabalho ao lado da finada Amy Winehouse em Back To Black, Mark já trabalho com nomes de sucesso como Christina Aguilera, Adele, Solange Knowles, Bruno Mars, entre outros, além de lançamentos solos. Por isso, Mark construiu uma carreira forte deixando a sua marca. Depois de um tempo sumido, o produtor está de volta aos holofotes com o lançamento da canção Uptown Funk.

O single, primeiro do seu próximo álbum, é a consagração máxima da influência soul/funk/pop com base nos anos oitenta que Mark já mostrou em outras oportunidades, mas que encontra aqui o seu ápice. O primeiro acerto da canção é chamar Bruno Mars para ser os vocais em Uptown Funk: o cantor passa a sensualidade, a malandragem e a exata noção de "soul singer" que a canção precisa para ganhar vida. Claro, o estilo da canção ajuda muito e, especialmente, o ótimo trabalho de backvocal da canção. A produção de Mark é inspiradíssima entregando a melhor mistura entre Prince e James Brown sem parecer uma cópia e com uma instrumentalização espetacular. Pena que a composição não é tão sensacional, apesar de entregar um do refrão mais viciante do ano. Com Uptown Funk, Mark prova que não foi apenas uma onde e ainda tem bem mais para mostrar.
nota: 7,5

26 de novembro de 2014

Primeira Impressão

Hoje o Primeira Impressão vai ser um pouco diferente, pois vai reunir dois álbuns de uma vez só. Essa decisão se baseou no fato que ambas tem várias características em comum tanto na carreira, quanto no resultado de seus respectivos álbuns. Com vocês as analises dos álbuns da Nicole Scherzinger e da Michelle Williams.


25 de novembro de 2014

Poderosa Taylor

Blank Space
Taylor Swift

Com Blank Space alcançando o primeiro lugar da Billboard, Taylor Swift se torna a primeira mulher
na história a substituir ela mesma no topo da parada americana. Isso é fato inegável, mas, infelizmente, não é com Blank Space que Taylor vai mostrar de fato o seu talento.

Blank Space é uma das melhores músicas lançadas por Taylor, o que não é muito difícil e também não significa que seja realmente uma canção realmente boa. O que faz dela uma canção um pouco superior ao repertorio de Taylor é a sua batida pop mid-tempo bem marcada sem perder a atmosfera romântica. Uma grata surpresa que poderia ser melhor trabalhada ganhando nuances diferentes. Não há muito que falar da performance boazinha e chapa branca de Taylor e a composição sobre sim mesma que até tem seus momentos, mas nunca chega a lugar nenhum. Apesar disso, não há como não reconhecer o poder de Taylor Swift.
nota: 6

24 de novembro de 2014

Dona do Jogo

7/11
Beyoncé

A matemática que faz de Beyoncé a "dona do jogo" no mercado da música hoje em dia é simples: talento gigantesco + gerenciamento genial. Não basta apenas entregar um álbum geniais ou músicas aclamadas pela critica como também não é suficiente ter uma estratégia de marketing avassaladora. É preciso unir as duas da melhor maneira. Com o relançamento do seu quinto álbum, o homônimo Beyoncé, a cantora consolida essa posição ajudada pelo novo single, a divertida e sensacional 7/11.

7/11 parece apenas uma b-side do lançamento original do álbum, mas mesmo assim a canção ainda anos luz dos maiores lançamentos do pop ultimamente. Continuando a explorar novas sonoridades e batidas, Bey conta com a produção insanamente frenética e divertida elaborada a partir de uma mistura simples e eficiente de hip hop, rap, pop e trap que ao mesmo tempo é uma faceta nova na sonoridade da cantora, também é uma busca pelo o que está em alta no mercado "urban" americano. A versatilidade mostrada por Beyoncé também é outro ponto extremamente positivo, pois ela se distancia ainda mais de ser estereotipada como cantora apenas "diva" para uma cantora capaz de transitar por vários estilos com a mesma qualidade. Em 7/11, ela se transforma em uma espécie de rapper estilosa. Ao contrario do caminho seguido pelas outras músicas originais, a nova canção se concentra em uma composição com menos substância e mais apelo radiofônico acertando em cheio nesse apelo. O lançamento surpresa do ótimo clipe "caseiro" da música é cereja em cima do bolo no ano que a Beyoncé se torno a "boss".
nota: 8,5

22 de novembro de 2014

Melhores de 2014 - Single do Ano (Votação)

E mais um ano está acabando e como já manda a tradição está na hora de começar a escolher quais foram os grandes destaques do ano. Como já manda a "tradição", eu venho por meio desta pedir a ajuda de vocês para decidir algumas das categorias dos Melhores de 2014. A primeira votação aberta para vocês será para pedir que decidam qual o maior Single do Ano, ou seja, qual o maior sucesso de 2014. Qual foi a música que será a primeira a ser lembrada quando, daqui a alguns anos, recordamos de 2014 no cenário musical, independentemente da qualidade. 

Funciona assim: eu escolhi dez canções de grande sucesso em 2014, devido a vários fatores que passam por vendas até visualizações no YouTube, e depois dividi, através de sorteio, em duelos. As vencedoras de cada disputa irão entrar juntas em uma próxima enquete para definir qual a grande vencedora. 

Então, começamos com a primeira enquete que vai colocar o retorno nas paradas de sucesso de John Legend com o "sleepy hit" All of Me contra a confirmação do pode de Taylor Swift com Shake It Off! A enquete vai ficar aberta aqui no blog durante cinco dias! Votem!


20 de novembro de 2014

Subversão

Love Me Harder (feat.The Weeknd)
Ariana Grande

O que faz de Love Me Harder, terceiro single do novo álbum da Ariana Grande, uma das canções
mais aclamada pela critica do mainstream pop de 2014? Simples: a canção subverte as expectativas de uma canção vinda da cantora ao ser o cruzamento perfeito entre o comercial e o alternativo.

Love Me Harder é pop/R&B dance tradicional, mas que também emana uma atmosfera diferente que ajuda a ir além do esperado para uma canção de uma das artistas em alto no grande maistream americano. A produção dá para o single uma mistura de sensualidade com uma melancolia romântica perfeita para fazer a canção se destacar entre a multidão. Boa parte dessa sensação é devido a surpreende e perfeita escolha para o featuring: o pouco conhecido The Weeknd. Um dos nomes da nova safra do novo R&B, The Weeknd ajuda a dar o tom sombrio da canção mesmo sendo uma canção de amor colocando de cabeça para baixo as expectativas. Love Me Harder também se beneficia dos vocais aveludados de Ariana e a ótima química entre os dos cantores e a boa composição que não precisa transgredir para funcionar. E devo admitir que mesmo sendo tão boa, Love Me Harder nem é a melhor música do álbum que Ariana poderia ter lançado.
nota: 8 

18 de novembro de 2014

O Sabor que Faltava

Froot
Marina & the Diamonds

Em ano em que as mulheres dominaram do começo ao fim e que o público pode saborear os mais diversos estilos ainda há tempo para acrescentar outros sabores. E esse sabor pode vim da volta da galesa Marina & the Diamonds depois de um hiato de três está preparando o lançamento do seu
terceiro álbum e como primeiro single lançou a ótima Froot.

Como se tivesse saído do nada, Marina traz de volta o sabor adocicado e psicodélico da pós-disco em uma canção que pode até não conquistar de primeira, mas vai ficar tocando várias vezes na sua cabeça depois de ouvir pela primeira vez. Longe do soul disco do Daft Punk, Froot demora mais tempo para empolgar e quando consegue a produção o transforma em uma deliciosa música dançante deslocada do seu tempo, mas com um apelo irresistível. Longe de ser uma grande diva como Donna Summer, Marina entrega uma ótima performance inspiradíssima colocando toda a sua sensualidade e elegância para interpretar a divertida composição que faz uma analogia do sexo com o pecado original misturando o tema de Like a Virgin. Apenas espero que o álbum da Marina & the Diamonds seja tão suculento como a primeira música.
nota: 7,5

17 de novembro de 2014

Faixa Por Faixa

CD: Yours Truly
Artista: Ariana Grande
Gênero: R&B/Pop
Vendagem: Cerca de 600 mil de cópias
Singles/Peak na Billboard: The Way (9°), Baby I (21°), Right There (84°)
Ano: 2013













15 de novembro de 2014

Foguinho

Burnin' Up (feat. 2 Chainz)
Jessie J


Nem mesmo com o sucesso de Bang Bang, Jessie J conseguiu emplacar o seu álbum Sweet Talker e ajudar o desempenho do segundo single, a legal Burnin' Up.

Mesmo passando longe do apelo do single anterior, Burnin' Up tem seu charme e as suas qualidades. Começa pela ótima performance de Jessie que usa as principais qualidades da sua voz para dar vida para a canção sem exagerar e ao mesmo tempo exalar sensualidade que a produção pede. Essa produção por sua vez acerta na mosca em um arranjo redondinho que aposta em uma pegada pop/dance/funk que funciona apesar de não ser o mais indicado para ser single. O ponto negativo fica para a participação do rapper 2 Chainz que, além de não acrescentar nada, é apenas a repetição do esquema de Bang Bang e outras músicas de sucesso. Se era para ser "hot", Burnin' Up é apenas uma pequena chama que já está se apagando.
nota: 7

13 de novembro de 2014

O Poder de um Produtor

Yellow Flicker Beat
Lorde

Uma das minhas criticas em relação aos trabalhos iniciais da cantora Lorde foram que ainda faltava certa lapidação do talento bruto que ela carrega em si. Passado o estouro inicial e se preparando para o lançamento do segundo álbum, Lorde foi convocada para ser a principal responsável pela nova trilha sonora da franquia Jogos Vorazes. Como primeiro single foi divulgada a canção Yellow Flicker Beat que mesmo não sendo a melhor da cantora mostra uma interessante e bem vinda mudança de rumo na sonoridade dela.

Essa sensação de mudança vem do produtor Paul Epworth que trabalha pela vez com a cantora e traz na bagagem uma coleção de êxitos que incluem produções para nomes como Adele, Coldplay, Bruno Mars, John Legend, Florence and the Machine e até mesmo Paul McCartney, entre outros. Nas mãos de Paul, a sonoridade de Lorde ganha uma atmosfera sólida, elegante e com uma noção de urgência mais refinada que em outros trabalhos da cantora. Em especial o começo que se baseia apenas na voz assombrada de Lorde acompanhada de um "sussurro" fantasmagórico e depois a inclusão de um minimalista arranjo já mostra bem como Paul começa a lapidar o talento de Lorde sabendo como utilizar os pontos fortes. Uma pena, porém, que depois a produção seguiu um caminho quase trivial dando espaço para um eletropop comum e batido. Não posso exatamente falar sobre a qualidade da canção, pois o teor é bem alinhado com a trama do filme. O que posso dizer é que Lorde continua estranha e inteligente para construir metáforas. O futuro pode ser generoso com a Lorde se ela tiver nas mãos dos produtores certos.
nota: 7

11 de novembro de 2014

Ed, o Fofo

Thinking Out Loud
Ed Sheeran


Além de se firmar como um dos melhores nomes do atual cenário pop mundial, Ed Sheeran vai se consolidando como uma das pessoas mais fofas que existe como, por exemplo, ao aceitar de uma fã doente um anel de noivados. Além disso, canções como Thinking Out Loud apenas consolidificar Ed como o "cara mais fofo do pop".

Sabe aquelas declarações de amor que casais fazem sobre viver juntos para sempre que para quem não está apaixonado parece uma grande babaquice? Então, Thinking Out Loud segue esse caminho com uma composição fala em envelhecer juntos vivendo esse amor eterno? Então, essa é Thinking Out Loud, mas, felizmente, acaba se tornando em uma das declarações de amor mais lindas e românticas dos últimos tempos por ser uma obra simples, direta e que sabe dosar o pieguismo na medida certa. Ajuda muito a ótima produção que entrega uma balada pop/blues com um arranjo perfeito e com a personalidade perfeita para Ed brilhar com sua aveludada voz. Tão fofo que até merece um S2!
nota: 8

10 de novembro de 2014

Uma Selena Quase Como Antes

The Heart Wants What It Wants
Selena Gomez


Para comemorar a longuíssima carreira de apenas um álbum solo lançado até o mesmo, Selena Gomez vai lançar a sua primeira coleção de grandes sucessos ainda esse mês. Intitulada como For You, o projeto vai incluir, além das faixas da carreira solo e ao lado do grupo the Scene, algumas faixas inéditas como é o caso do single The Heart Wants What It Wants lançado recentemente.

Longe da bomba que são todas as canções do álbum Stars Dance, The Heart Wants What It Wants mostra uma Selena diferente, ou melhor, uma Selena que volta a encontrar o seu caminho. A canção é trabalhada em uma vertente que menos é mais, isto é, a produção aposta em um arranjo com uma pegada mais minimalista e quase linear, mas que busca em construção charmosa e sensual a personalidade necessária para não cair na chatice. Não é exatamente o suprassumo do pop, porém, com o auxilio de uma performance segura de Selena, The Heart Wants What It Wants se sustenta até bem. Ainda falta um trabalho realmente certeiro para as composições que saem da boca da cantora já que viver de "polêmica" sobre quem se destina a letra sobre o amor ser mais forte que a razão não ajuda a criar uma identidade sólida. Quem sabe agora Selena não volte a trilhar o caminho que ela estava antes do seu primeiro trabalho solo. Vamos esperar!
nota: 6,5

7 de novembro de 2014

Algo Entre o Sagrado e o Profano

Take Me To Church
Hozier


A mais nova sensação indie/surpresa é a canção Take Me To Church do cantor irlandês Hozier. Lançada em Setembro do ano passado, a canção foi aos poucos ganhando notoriedade conseguindo bons resultados nas paradas em vários lugares do mundo até chegar às paradas americanas em que, até o momento, alcançou a nona posição. Os bons resultados podem estar no fato que Take Me To Church ser uma obra marcante e tão diferente do que está em alto no mainstream, até mesmo daquelas que também são consideradas "indies". 

A canção é uma interessante mistura de rock, indie e fortes traços de gospel resultando em uma canção impactante e, na medida certa, perturbadora. A atmosfera pode até não agradar a todos, mas a sua realização é impecável. Outro ponto bastante positivo é a presença marcante de Hozier: dono de uma voz quase gutural , o cantor domina a canção e consegue estabelecer perfeitamente o tom que a produção precisa. A característica negativa é a decisão da produção vocal em dar uma vibe acústica para os vocais de Hozier tirando um pouco do impacto. Por fim, a composição liga os pontos ao ser um trabalho ousado fazendo uma comparação entre o amor e a religião com algumas criticas a esse último. Ao se situar entre o sagrado e o profano, Take Me To Church e, por consequência, o seu interprete colocam um tempero especial na história musical de 2014.
nota: 7,5

6 de novembro de 2014

As Faces do Sucesso

Beg For It (feat. MØ)
Iggy Azalea


Iggy Azalea enfrenta um desafio moderno na música: sucesso com singles, fracasso com o álbum. Mesmo aparado pelo imenso sucesso de Fancy e os bons resultados de Black Widow, o debut da rapper australiana The New Classic não vendeu o que poderia ser esperado com cerca de 350 mil cópias nos Estados Unidos. Para tentar reverter essa situação, Iggy vai relançar o álbum com o subtítulo de Reclassified que tem como primeiro single a canção Beg For It.

Beg For It é basicamente Fancy 2 sem os vocais de Charli XCX, mas com a cantora inglesa assinando a composição ao lado da rapper. O melhor da canção é a participação da dinamarquesa , não exatamente pela performance da jovem em sim, mas pelo fato de apresentar essa interessante novata ao público. No mais, Beg For It tem a mesma estrutura que o maior sucesso de Iggy, pois as duas contam com a mesma equipe de produção que muda apenas o tom indo do "hip hop/pop chiclete" para o "hip hop/pop chiclete/street". Até mesmo a composição de "eu sou a melhor de todas" continua a mesma assim como a boa performance de Iggy. O que Beg For It perde é originalidade e urgência em ser sucesso. Agora resta para Iggy saber que se Beg For It pode ainda reverter o limbo que caiu The New Classic.
nota: 6,5

4 de novembro de 2014

A Segunda Vez de Imagine Dragons

I Bet My Life
Imagine Dragons

O imenso sucesso atingido em 2013 devido, principalmente, ao sucesso do single Radioactive é o
condutor para que a banda volte para lançar o segundo álbum da carreira deles. Ainda sem título, o CD já conta com o primeiro single: a legal I Bet My Life.

Longe do impacto de Radioactive, mas também distante da balada rock de Demons, I Bet My Life é um rock comercial razoável. A canção em nenhum momento ousa já que sua produção segue a cartilha sonora que ajudou a banda a se estabelecer como um sucesso. Ao mesmo tempo, essa característica é bem vinda, pois, em tempos tão massificados, ajuda a dar uma personalidade definida para o Imagine Dragons. I Bet My Life contém uma composição com tema interessante em que o narrador reflete a sua relação com o seus pais e ao mesmo tempo soando como um pedido de desculpas. Porém, se o conteúdo é bom, a forma não é tão boa mostrando uma falta de refinamento da composição caindo em lugares estranhos como, por exemplo, o refrão pobre e pouco inspirador. I Bet My Life não é o arrasa quarteirão que poderia ser, mas, sejamos sinceros, Radioactive também não era e acabou com um dos maiores sucessos de todos os tempos. Quem sabe?
nota: 6,5

3 de novembro de 2014

O Esquema Minaj

Only (feat. Drake, Lil Wayne & Chris Brown)
Nicki Minaj


Um dos maiores problemas que fazem rappers mulheres sumirem depois de algum tempo após o sucesso inicial é a falta de consistência na carreira com exceção de Missy Elliott que atingiu outro nível de prestigio. Quem está conseguindo fugir desse destino é a Nicki Minaj. Existem vários motivos para a rapper ser uma exceção como, por exemplo, ela ter a capacidade de transitar pelo mundo do pop e hip hop com grande facilidade e sem perder "qualidade". Então, não é de se estranhar que depois de Anaconda, o próximo single de The Pinkprint seja Only, uma canção bem hip hop tradicional que reúne Nicki com a "rapaziada".

A canção, co-produzida por Dr.Luke e Cirkut, se beneficia de um arranjo com uma batida minimalista e dark que cria a atmosfera perfeita para unir os quatro participantes da canção. Infelizmente, Only não vai muito além de uma boa estrutura acabando em apenas mais uma promessa. Nicki não vai além do básico em sua parte entregando uma performance apenas ok assim como o rapper Drake e o seu mentor Lil' Wayne. O mais curioso da canção é colocar Drake ao lado de Chris Brown (responsável pelo refrão), pois, como todos sabem, o rapper (supostamente) pegou a Rihanna o que teria resultado em uma rixa com Brown. Novamente, Nicki erra na composição extremamente explicita e sem um tema definido já que Only seria sobre o quanto a rapper é gostosa, mas isso também não é bem claro. Felizmente, para Nicki, a canção ajuda ainda mais a consolidar o esquema para que a rapper não se torne irrelevante ou esquecida como várias das suas colegas.
nota: 6