31 de agosto de 2012

Faixa Por Faixa - Grandes Álbuns

CD: Body Talk
Artista: Robyn
Gênero: Electropop, synthpop
Vendagem: Sem dados
Singles/Peak na Billboard: Indestructible (US: não entrou, UK: 171°) e Call Your Girlfriend (US: não entrou, UK: 55°)

Grammy
Indicações

2009
Best Dance Recording  (Dancing On My Own)

2012
Best Dance Recording (Call Your Girlfriend)

Ano: 2010


Já conhecida no mundo pop, a cantora sueca Robyn resolveu lançar o projeto Body Talk. Antes de ter o álbum completo pronto ela lançou dois EP's (Body Talk PT.1 e Body Talk PT.2) e recebeu ótimas criticas. Quando lançou o trabalho final com todas as músicas inclusas, Body Talk foi ovacionado e se transformou em uma obra de arte pop mesmo sem ser um sucesso de vendas.


Faixas (US and Canadian edition)

1.Dancing On My Own (Radio Version): Existem músicas boas. Existem músicas ótimas. Existem músicas geniais. E existem músicas acima do bem e do mal. Nessa última categoria é que entre a melhor música pop lançada nos últimos dez anos. Quaria muito ter conhecido ela antes para ter incluído ela na lista das 200 Melhores Músicas da Década. Robyn transforma uma dor de corno em uma pérola pop de uma qualidade avassaladora. Seja o arranjo elegante, original e cheio de personalidade que consegue ser dançante e triste ao mesmo tempo. A batida é feita realmente para exorcizar qualquer sentimento rancoroso. A composição é simples, mas de uma verdade tão crua e ao mesmo tempo é pop tendo um dos melhores refrões que eu já ouvi. Enquanto Robyn é a prova viva que para ser cantora de verdade não precisar ter uma voz "enorme". Cantar de verdade precisa passar emoção na hora certa e saber como usar a tecnologia para dar um "up". Resumido: isso é pop. Sem mais.
nota: 10

2.Fembot: Buscando uma inspiração voltada completamente para o synthpop dos anos oitenta, o produtor Klas Åhlund (que é basicamente o produtor de quase todo álbum) mostra o alcance que Robyn consegue atingir como uma excepcional compositora criando um trabalho inteligente e divertido.
nota: 8,5

3.Don't Fuckingg Tell Me What to Do: Continuando no estilo "menos é mais" a composição é clean, mas cool.A batida estilizada como uma linha de produção de uma fábrica remete aos trabalho do Daft Punk. Apesar de parecer pobre, a complexidade que a faixa mostra o poder de criação da cantora ao lado de Åhlund.
nota: 8,5

4.Indestructible: "Esqueça qualquer eletropop produzido pela Ke$ha e CIA. Indestructible é uma viagem psicodélica no que tem de melhor nesse estilo tão massacrado e massificado nos últimos tempos. A canção é um mistura house music, pop (como a Madonna fazia bem no início de carreira) e o que a Britney Spears deveria ter virado. É dançante, mas não é chiclete ou repetitivo. Tem uma atmosfera futurística romântica coma adição de uma batida deliciosa com um sintetizador inspirado. Em questão de estrutura a letra é simples e um pouco curta, mas em questão de poder de sintetizar emoção é sensacional assim com o poderoso refrão. Robyn tem uma voz fininha, mas surpreendente, gostosa de ouvir e com personalidade. Ela não abusa de efeitos o que deixa a música natural"
nota: 8

5.Time Machine: A canção mistura perfeitamente o eletropop mais tradicional com o pop chiclete em um refrão simplesmente genial. "Tudo que eu quero é um DeLorean" declama Robyn no refrão e eu pergunto: tem como não amar? E ainda mais com a inteligência de falar sobre amor sem ser piegas ou "hipster" demais.
nota: 9

6.Love Kills: Uma batida mais pesada e dark marca a faixa mais pessimista em relação ao amor. Se em Dancing On My Own há uma melancolia aqui há uma raiva presa que Robyn coloca para fora em uma composição deliciosamente pessimista.
nota: 8,5

7.Hang With Me: A primeira "balada" do álbum mostra que vocalmente Robyn é uma delicada e bela jóia que cresce nas mais simples melodias. Aqui o ritmo é menos frenético mostrando que não é só de hits dançantes a cantora é feita.
nota: 8,5

8.Call Your Girlfriend: "No segundo single do álbum Body Talk, Robyn expõe francamente sentimentos em um "discutindo a relação" diferente: ela é a amante que pede para o amante contar toda a verdade para a namorada e dar o fora nela. Sincera e direta. A composição é a prova que ainda há inteligência e sentimentos no pop. Mas também isso não seria suficiente para criar uma canção boa. O eficiente arranjo que leva seu tempo para crescer e a voz delicada, mas cheia de personalidade de Robyn fecham o pacote de maneira exemplar."
nota: 8

9.None of Dem (feat. Röyksopp): Aqui Robyn segue um caminho mais cru. Com a produção da dupla Röyksopp, a canção ganha um produção potente que lembra o trabalho da M.I.A.
nota: 8,5

10.We Dance to the Beat: Novamente Robyn olha para o passado para construir seu futuro. A canção é uma versão modernizada do "industrial" com toques de synthpop e pop. Pessoas que não tem referencia pode até achar a canção chata e sem conteúdo, mas Robyn e Åhlund são preciso ao apresentar o estilo a uma nova geração.
nota: 8

11.U Should Know Better (feat. Snoop Dogg): Sim, você não leu errado: a canção é featuring Snoop Dogg. E sabe do melhor: a canção é a segundo melhor do álbum. Ao contrario de quase todo mundo a parte de Snoop é divida igualmente com Robyn e não apenas um verso solto. Mesmo assim quem brilha é a dona da música que se transforma em uma bomba pop com uma letra hilária e uma produção perfeita.
nota: 9,5

12.Dancehall Queen: Do nada vem Robyn dando uma de Bob Marley sueca com essa faixa deliciosa que mistura a pegada do reggae com pitadas de pop com o tema do Abba em Dancing Queen.
nota: 8,5

13.Get Myself Together: Para começar a terminar o álbum, Robyn se volta para o pop mais tradicional com uma batida mais comercial sem perder o rumo do álbum aliando ao uma letra com mensagem positiva.
nota: 8

14.In My Eyes: Emoldurando uma vibe Madonna em True Blue, Robyn entrega a sua canção mais fofo do álbum com uma inspiradora composição e vocais lindos.
nota: 8,5

15.Stars 4-Ever: Finalizando, fecha o álbum com a pior canção do álbum. Se todas as cantoras de pop de hoje pudesse entregar uma canção viciante, divertida e bem produzida como essa, o mundo seria um lugar melhor.
nota: 7,5

30 de agosto de 2012

O Encontro do Chato com a Chatinha

Good Time
Owl City & Carly Rae Jepsen

Somando um mais um encontramos dois. Somando um cantor chato mais uma cantora chatinha encontramos uma canção muito chata. Essa é a equação é o resultado da parceria entre o cantor Owl City  (aquela da bonitinha Fireflies) e a Carly Rae Jepsen (vocês sabem de que música, né?) intitulado Good Time.

Single dos álbuns do dois (The Midsummer Station do Owl e o Kiss da Carly), Good Time é irritantemente pop chiclete e radiofônico. Resumindo: dispensável. Nenhum dos dois cantores marca presença de fato na canção. Tudo parece "flat" com vocais fracos e sem personalidade. Assim também é a composição que não mostra nada que possa ficar na memória a não ser o acumulado de pieguisse fofas para fazer sucessos entre adolescentes com pouca exigência. De "bom momento" a canção não tem nada.
nota: 4,5

29 de agosto de 2012

Lutando para Não Dormir

The Fighter (feat. Ryan Tedder)
Gym Class Heroes

Vou ser honesto: tive a maior dificuldade para ouvir a chata The Fighter do grupo Gym Class Heroes. Antes de terminar a canção já queria cair do lado e dormir.

Apesar da boa intenção atrás de letra de auto ajuda, os clichês e a falta de qualquer pingo de originalidade compromete toda a boa vontade. Ryan Tedder faz sua produção mais preguiçosa, arrastada e sem inspiração com um arranjo completamente fraco. E para pior a falta de brilho de Travis McCoy arrasta ainda mais a música para o buraco. E de lá espero que não sai mais.
nota: 3

28 de agosto de 2012

Mãe, Vou Ser Jurada!

Pound the Alarm
Nicki Minaj

Como a Nicki Minaj virou jurada do American Idol ainda é um mistério já que ela nãos e encaixa nos dois requisitos básicos de juradas de realities show: não é uma "novata" que nunca alcançou o sucesso de verdade (Nicole Scherzinger ou a Demi Lovato) ou uma veterana em busca de uma revitalização na carreira (Britney Spears e Christina Aguilera). Sem a resposta para essa devo admitir que a parceria dela com a Mariah Carey e mais um jurado (Deus, seja o Adam Lambert) deve render algo de interessante. Enquanto isso não acontece, Minaj vai continuando sua dominação pop com o lançamento do single Pound the Alarm.

Seguindo o mesmo esquema de toda a parte pop do Pink Friday: Roman Reloaded: pop dance frenético e radiofônico. Nada muito novo a produção do RedOne mostra na produção cumprindo exemplarmente o que se espera de uma canção como essa. Assim também é a letra sobre se divertir sem preocupar com o dia de amanhã e como um refrão contagiante. O mérito da canção é mostrar que Nicki evolui para uma perfeita cantora pop que consegue unir seus dons de rapper para dar originalidade, personalidade e se destacar da multidão. E uma coisa digo: se a música fosse lançada na época do AI com ela como jurada seria primeiro na Billboard. Só espero que isso aconteça já que ela está merecendo há um tempão.
nota: 7,5

26 de agosto de 2012

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

Devo admitir que fiquei assim com os comentários no outro post das 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos:

Então lembrei que ainda faltam quarenta posições e em algum momento alguém vai falar sobre "porque não colocou música fulana de tal" ou "porque colocou música na frente daquela" ou "cadê a Britney?" aí fiquei assim:


Para seus comentários e xingamentos, mais uma parte dessa safadeza!


One Matchbox Direction Twenty

She's So Mean
Matchbox Twenty


Para quem tem menos de 20 anos é quase impossível de saber o que é o Matchbox Twenty. O grupo americano fez muito sucesso no meio dos anos noventa e no começo dos anos '00 com os álbuns Yourself or Someone Like You (1996) e Mad Season (2000). Mais conhecido ainda ficou o vocalista da banda Rob Thomas que participou do mega sucesso Smooth do guitarrista Carlos Santana considerado um dos maiores sucessos da história e que levou os Grammy's de Música e Gravação do Ano em 2000. Além disso, sua carreira solo teve o hit Lonely No More de 2005. Exatamente dez anos após o seu último lançamento de um álbum inédito (o último foi More Than You Think You Are de 2002) o grupo prepara o lançamento do CD North em Setembro e como primeiro single foi lançada a canção She's So Mean.

A canção tenta vender uma embalagem de rock alternativo, mas no fundo é apenas um pop radiofônico que mais parece feito pelos pais do One Direction. Não que o som do grupo fosse a oitava maravilha do mundo, mas era bem mais legal. Em She's So Mean o grupo fala sobre uma garota má, mas que é uma tentação. Mais clichê que isso não há e ainda piora com a composição boba que caberia melhor nos novatos do OD. A coisa fica ainda mais genérica no arranjo que além se ser fraco conta com uma batida sem graça e monótona. Apenas os vocais de Rob mostram que estamos diante de uma canção da banda. Se eles passaram dez anos para mostrar isso nem precisam voltar já que temos o One Direction para ocupar o lugar deles.
nota: 5

25 de agosto de 2012

Super Pérola Pop - Prefácio

Primeiro, quero agradecer à todos pelos comentários feitos por vocês em relação a minha "enquete" sobre quais músicas deveriam estar no Pérola Pop. Saber que tem gente aí do outro lado do computador. Obrigado de verdade. Segundo, quero dá algumas satisfações: infelizmente, não poderei fazer todas as sugestões dadas já foram muitas. Além de muitas, várias já passaram aqui no blog de alguma maneira. Então, resolvi pegar essa que já passaram e republicar elas para começar esse especial do Pérola Pop. Em breve começo a publicar as dica inéditas que vocês me deram (todos terão pelo menos uma indicação feita).

Don't You Remember
Adele


Publicada em 27 de Março de 2011 em Podia Ser


"Em Don't You Remember, Adele faz um cruel e arrebatador retrato sobre um coração dilacerado que se humilha ao tentar buscar alguma faísca do amor acabado. A canção poderia muito bem ser o quarto single do 21, principalmente nos EUA. A produção é assinada pelo lendário produtor Rick Rubin. Dele a canção ganha um toque lindíssimo de country e combinado com sua alma "soul" cria uma melodia primorosa cheia de nuances que emoldura perfeitamente a história passada pela composição de Don't You Remember. Vai do doce e calmo no começo ao desesperador até o angustiante e triste na parte final. Por sua vez, a letra é de um requinte de crueldade ao ser tão verdadeira que é possível imaginar que todo não passa de uma conversa ao cara a cara onde Adele tenta entender o que aconteceu para o fim sem explicações do relacionamento. E mais que entender, ela quer reconquistar mesmo que se humilhando em desespero admitindo uma culpa que ela nem sabe se é dela mesmo e se prende ao mínimo de esperança que existe."


Scheiße e Bloody Mary
Lady GaGa

Publicados em 6 de Julho de 2012

"GaGa mostra como fazer a mistura perfeita entre o fútil e o genial: de um lado a letra com pedaços em alemão e espanhol com influência dos trabalhos feministas de Madonna com uma letra falando sobre a liberação sexual da mulher e do outro a batida enfurecida, dançante ao extremo, viciante e pop de primeira qualidade. E é nessa segunda opção que a canção se destaca"





"Defino a faixa como "a música que só a Lady GaGa poderia fazer". Novamente ela volta a falar de um tema religioso, mas aqui com mais propriedade em uma canção que ressalta a falta do valor feminino na cultura cristão. Apesar de poderosa, a falha vem da falta de aprofundamento mais incisiva no tema. Compesa isso no refrão avassalador. GaGa está avassaladora em seu desempenho e o arranjo misturando dance com opera é o ponto mais solido da canção dando o tom macabro/gótico necessário."

Scars
Allison Iraheta


Publicado em 14 de Abril de 2010

"Escrita pelo experiente Toby Gad (que trabalhou também com Kris Allen e é autor ou co-autor de sucessos como Big Girls Don't Cry e If I Were a Boy)a música é um pop/rock balada muito bem executado que utiliza a voz rouca e distinta de Allison na medida certa.Com letra inspirada e madura que questiona "o por quê as pessoas querem que a gente mude"(Você e suas alternativas/Não me mande para o seu terapeuta/ Lá no fundo eu sei o que você precisa/ E eu não tenho certeza se é isso que eu quero ser) o único problema da música é o arranjo.Começando muito bem na base apenas do violão ao fazer a transição da batida mais calma para a mais forte no final da música,ele fica exagerado e se coloca sobre a voz de Allison"

Freakshow
Britney Spears

Publicado em 31 de Janeiro de 2010

"voltando ao "normal" com esse pop mais baseado nas coisas que ela já fazia antes.Um pop redondo e certeiro com um refrão grudento e dançante"


Sky Fits Heaven e Swim
Madonna 

Publicado 30 de Janeiro de 2011

"Sky Fits Heaven: outro bom momento. Com uma temática mais religiosa e poética, a canção tem uma pegada mais lúdica que mistura perfeitamente o dance com a influência oriental."

"Swim: o álbum tem uma linha continua de uma música para outra. Em Swim, ela fala de amor e redenção e continua a se entregar liricamente seu lado mais humano e verdadeiro. Quando pesaríamos que a rainha do pop com todas suas polêmicas, poderia olhar para o passado e dizer "Eu não consigo carregar esses pecados nas minhas costas". E ela faz de maneira sóbria e adulta em uma canção simples e deliciosa."

Harajuku Girls
Gwen Stefani

Publicado em 18 de Janeiro de 2012
 


"Quando Gwen Stefani lançou seu primeiro solo, ninguém esperava pela bomba pop que ela iria trazer com Love, Angel, Music, Baby. Desde que Madonna surgiu poucas foram tão boas fazendo pop com a vocalista do No Doubt. Sucesso de vendas, críticas e dona de hits como Rich Girl, Hollaback Girl e Cool e músicas não valorizadas pelo público com a genial What You Waiting For? (apesar de ter sido single), uma música não foi valorizada como deveria. Harajuku Girls é um pop/R&B como toques de surrealismo misturado com sitações pop de primeira categoria. Quem sabe da linha de "história" que Gwen usou na carreira solo sabe que as harajuku girls são aquelas meninas japonesas estilizadas que se vestem "extravagantemente" misturando estilos, cores e roupas. A música é uma declaração de amor de Gewn para elas destacando o quanto fascinada ela está. A composição é uma aula de como fazer uma letra de música pop ir além do pop chiclete e mostrar inteligência e riqueza de detalhes. Produção requintada e Gwen em estado de graça mostram a capacidade de uma música se transformar em clássico mesmo sem quase ninguém conhecer."  

24 de agosto de 2012

New Faces Apresenta: " A Garota Que Fazia Bullying no Reality"

Home Run
Misha B

 Não sei se vocês já reparam, mas aqui no blog já passou vários ex-participantes do The X Factor UK. Só de cabeça, sem nenhuma pesquisa, lembro de Leona Lewis, Alexandra Burke, Cher Lloyd, One Direction, Little Mix, Rebecca Ferguson e Joe McElderry. E olha que eu nunca assisti nenhuma temporada até agora. Sabendo que sempre rola um artista que bomba, comecei a assistir a nona temporada do reality para acompanhar o que vêm por aí. Só que antes vou falar de uma ex-participante a cantora Misha B.

Participante da oitava temporada do reality, a inglesa teve como mentora a Kelly Rowland que teve que defender a "aluna" da acusação de fazer bullying com outras participantes antes deles cantarem para se saíssem mal. Deu polêmica e muita "gritaria". No final das contas Misha se saiu até bem terminando em quarto lugar e conseguindo um contrato com uma gravadora. Como primeiro single dela foi lançado a divertida Home Run. O melhor aspecto da canção é que ela mostra a versatilidade da cantora. ela tem voz forte como uma diva soul, caminha muito bem no dance misturando diva pop e cantora reggae e tem presença diferente como rapper. A canção também dá essa possibilidade com uma mistura caprichada de estilos e batidas que conquista aos poucos e depois na sai da cabeça. Só que Home Run peca na letra boba e com um refrão fraco. Uma boa estréia para alguém que era a vilã.
nota 7,5

23 de agosto de 2012

Primeira Impressão

Havoc and Bright Lights
Alanis Morissette

Houve um tempo que a Alanis Morissette era extremamente relevante para o mundo musical. Jagged Little Pill  já foi "O" disco feminino da história. Isso foi à 17 anos atrás e hoje Alanis ainda está na ativa, mas sem o mesmo brilho de antes. Ela não perdeu apenas em vendagem, mas em qualidade. Ao longo dos anos seu trabalho foi perdendo cada vez mais qualidade e ela foi se transformando em uma cópia de si mesma. Em 2008 ela lançou Flavors of Entanglement o que eu considero o seu fundo do poço. Depois de um hiato de quatro anos a canadense resolveu sair da toca e vai lançar seu oitavo álbum de estúdio intitulado Havoc and Bright Lights e tenho duas noticias uma boa e uma ruim. A ruim é que o álbum é fraco. A boa é que é superior ao anterior.

Havoc and Bright Lights é um álbum essencialmente pop. Tem pitadas de eletrônico e rock que com uma produção fraca transforma tudo em um som bem genérico. O excesso de produção em cima das canções deixou tudo muito clean, asséptico e sem gosto ou textura. Sem saber onde se agarrar, Alanis se transforma em cópias de Avril Lavigne e Amy Lee. Quando ela decide ser ela mesma a coisa muda de figura, a canção cresce e ganha certa personalidade. Seu lado mais pungente sempre foi o de compositora. Aqui não há um trabalho genial, mas é muito interessante. Falando sobre sua relação com a fama e outras relações mais intimas, Alanis ainda tem uma cerne ainda revigorante. De longe a melhor canção é Lens, uma balada sobre um amor amargo que tem uma pegada "old Alanis". Outros momentos bonzinhos são a estranhamente pop Woman Down, a clichê e grandiosa Celebrity e a delicada com inspiração oriental Win and Win. Do lado ruim tem a chata Spiral que mais parece com uma música que a Avril faria e mais sem graça Receive. Não é uma obra de arte, mas mostra que Alanis ainda guarda algo lá no fundo.

22 de agosto de 2012

Se Eu Falar Mal, Faz Sucesso?

Lazy Love
Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself)
Ne-Yo


Tenho uma cisma que fui eu responsável pelo "flop" do último álbum do Ne-Yo. Sério, pois só quando eu comecei a falar "bem" ela fracassa. Para provas é só conferir nas resenhas dele. Então, se eu resolver falar "mal" será que ele faz sucesso? Brincadeiras à parte, o caso é que o cantor está preparando seu novo álbum intitulado R.E.D marcando seu primeiro lançamento pela Motown Records. Foi lançado como primeiro single a canção Lazy Love.

A música marca a volta de Ne-Yo paro R&B que fazia no começo da carreira só que com o reflexo que a maturidade traz. Extremamente sexual, mas com elegância e classe a composição demonstra apenas como ele cresceu e apurou o seu talento de compositor. Seguindo um caminho mais balada o arranjo cumpre sua função lindamente mesmo não sendo original. Ne-Yo tem uma performance exemplar com vocais controlados, sexies e na medida certa para passar o tesão necessário em parecer vulgar. E depois de dito isso, alguém acha que Lazy Love fez algum sucesso? Não. A canção só chegou a posto de 26° na R&B/Hip-Hop Songs.

Para tentar melhor a situação foi lançada Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself). A canção peca pela produção sem imaginação tentando enbarcar na dance pop e esquecendo que mesmo fazendo coisa bem melhor ele flopou. Só que ganha pontos com a boa e diferente composição que tem como uma das autoras a cantora Sia.

Por mais que você se culpe
Você não pode ser responsabilizada pela maneira que se sente
Não possui exemplo de um amor
Que foi remotamente real
Como você pode entender algo que nunca teve?
Oh, querida, se você me deixar te ajudar com tudo isso

Um lado novo de ver o amor para o estilo que peca pelas letras fracas e repetitivas. E Ne-Yo faz uma boa performance mesmo que não seja genial. E a canção teve melhor desempenho que a anterior: um "ótimo"  97° na Billboard. Vou rezar para que meu pé frio na "acabe" com a carreira do Ne-Yo.

nota
Lazy Love: 8
Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself): 7

21 de agosto de 2012

A Garota Que Pode Fazer Outro Sucesso Talvez

Curiosity
Carly Rae Jepsen

Se Call Me Maybe é um dos hits do ano a sua interprete também é um dos nomes do ano. Contudo, devemos lembrar que Carly Rae Jepsen ainda é uma cantora de um hit só (solo). E ela vai tentar de tudo para conseguir um novo hit.

Segundo single do EP que saiu seu primeiro sucesso, Curiosity teve apenas impacto no país natal dela o Canadá. Chatinha do começo ao fim pecando por ser doce demais, mas ao mesmo tempo quer ser dançante. Carly é até uma cantora esforçada, mas sua voz parece de uma menina de doze anos. Fica um pouco difícil de acreditar que uma mulher de 26 anos tem essa "atmosfera" pura e doce. E a letra é muito fraca com um refrão péssimo sem nenhuma criatividade. Carly prepara seu primeiro álbum após o estouro e, aí sim, vamos saber se ela vai ser one hit wonder ou não.
nota: 5

20 de agosto de 2012

Katy Swift

We Are Never Ever Getting Back Together
Taylor Swift

Quando eu deparo com certas coisas, penso: "Porra, tem como ficar pior?". E a respota vem com a canção We Are Never Ever Getting Back Together da Taylor Swift.

Tenho que admitir que nunca fui exatamente fã da Taylor, mas quando ela lançou a boa Safe & Sound até achei que seria um novo caminho na carreira da jovem. Só que me enganei completamente. Foi como querer banana como sobremesa e ganhar ovo cozido. Se eu esperava um country mais raiz, Taylor vai de cara no pop querendo ser a Katy Perry. Primeiro single do seu quarto álbum intitulado Red, We Are Never Ever Getting Back Together é ruim que dói. Tudo que você pode imaginar de uma canção pop chicleta chata a canção é. Boba com uma letra super fraca e com um refrão sem graça. Clichê em uma batida repetida não só por Perry, mas como a Avril Lavigne. Max Martin e Shellback cuidam do arranjo de gosto dúvidoso e sem nenhuma força ou qualquer pigo de country. Vocalmente, Taylor não é nada. Se para cantar country ela já tem problemas imagine cantando pop teen. E para piorar só Deus pode explicar a razão, We Are Never Ever Getting Back Together bateu o recorde de vendagem  digital que era de Born This Way da GaGa. Pior que uma canção péssima é um arrasa quarteirão péssimo. Duram-se com um barulho desses.
nota: 2

19 de agosto de 2012

Ops, I Flop It!

Let It Go
Alexandra Burke


Alguém aí se lembra da Alexandra Burke? Pois bem, acho que nem os britânicos lembram muito dela já que deram uma bela esnobada no segundo álbum da vencedora do The X Factor. Heartbreak On Hold ficou apenas no 18° lugar da parada e só conseguiu vender 5% do que vendeu o seu primeiro trabalho Overcome. Se depender do "sucesso" do segundo single não vejo muito futuro para esse trabalho de Alexandra.

Let It Go ficou apenas no 23° lugar na para inglesa e quase sem nenhum impacto em outros países. E sabe que até é um pouco injusto. A canção não é exatamente o ápice de uma carreira, mas é até legal. Começa com os vocais seguros e controlados. Claro, o tom natural dela ajuda muito. A produção é esquema David Guetta/Red One mostra que copiar é a melhor pedida para quem não tem muita criatividade. Só que no final das contar flop é flop e Alexandra flopou lindamente.
nota: 6,5


18 de agosto de 2012

2 Por 1 - Michael Kiwanuka

I'm Getting Ready
I'll Get Along
Michael Kiwanuka


Fazer música "gospel" de qualidade hoje em dia é difícil sem cair em clichês ou em fanatismos religiosos como no Brasil. Só que ainda resta pessoas como o cantor Michael Kiwanuka que fez em I'm Getting Ready uma canção mais representante da fé do que todas as "entram na minha casa" e CIA.

Sem usar frases de efeito evangelizadoras baratas e nunca perder a qualidade de saber comover, Michael conta uma história de redenção. Vemos um homem em processo de deixar suas amarras e apenas acreditar. Acreditar que exista algo acima de nós. Algo forte e imortal que deveria unir todos em um só coral, mas que pelas "crenças" deturpadas de tantos homens separam a humanidade. Simples, mas com uma profundidade espetacular conseguida pela voz singular e poderosa de Kiwanuka a letra é um trabalho magistral, humano e poderoso.

Menos impactante têm a balada soul/folk, mas com méritos de sobra está a deliciosa I'll Get Along. Lembrando as melodias de Randy Newman, o cantor passeia suave em uma canção contagiante só que de uma maneira original. Sabe aquelas canções que grudam na cabeça de uma maneira que a sua batida fica na cabeça por semanas? I'll Get Along é isso com o fato de ter uma complexa instrumentação. Tudo nas canções de Michael Kiwanuka são aparentemente simples, mas que guardam uma imensidão de sentidos. Isso é boa música.

nota
I'm Getting Ready: 9
I'll Get Along: 8

17 de agosto de 2012

2 Por 1 - Lana Del Rey

Summertime Sadness
National Anthem
Lana Del Rey

Há algo de perturbador na capa do Born to Die. Lan Del Rey vestida com uma camisa branca com uma expressão #chatiada misturada com um olhar maligno é refletida em todo o álbum no tom dark e quase angustiante. Só que para esse humilde blogueiro  acha que é em Summertime Sadness que o ápice da atmosfera de Born to Die.

Existe uma melancolia perturbadora nos vocais de Lana. Como uma sociopata preste a cometer algo só que tenta esconder atrás de um sorriso e uma voz falsamente calma e centrada. E de uma forma perturbadora, mas avassaladora de cantar uma canção aparentemente "agitada". Claro, em comparação com o resto Summertime Sadness é quase uma dance pop assinado pelo David Guetta. Isso ajuda a dar o tom sinistro/alegre que envolve de maneira pegajosa. Fechando o pacote tem a letra sobre um amor de verão que termina de maneira triste ou brutal, depende da cabeça de quem ouve.

Na sexy/histérica National Anthem Lana perde um pouco desse tom com a elaboração pomposa demais. A letra cool sobre um relacionamento baseado em interesses financeiro é divertida, fútil, boba, viciante e poderosa de uma maneira estranha. A persona criada por Lana está em sua melhor forma em National Anthem: sexy, meiga, doce e com toques de algo mal. O arranjo se alonga um pouco demais nos efeitos e na propensa grandiosidade, mas acaba sendo apenas um detalhe. E vocês, qual a sua preferida?
nota
Summertime Sadness: 9
National Anthem: 8,5

16 de agosto de 2012

2 Por 1 - Rebecca Ferguson

Too Good to Lose
Glitter & Gold
Rebecca Ferguson

Quando eu falei da cantora britânica Rebecca Ferguson no, agora, longíncuo final de 2011 não poderia esperar que o seu álbum Heaven fosse tão bem recebido quando chegasse nos Estados Unidos. Mesmo sem fazer sucesso comercial, o trabalho foi muito bem elogiado pelos críticos americanos fazendo o álbum ganhar uma média de 84 no site Metacritic. E devo admitir que o álbum merece todo o reconhecimento.

Segundo single do álbum, a desprentensiosa Too Good to Lose é deliciosa. Seguindo um caminho bem mais agitado que o single anterior Nothing's Real But Love mostrando a versatilidade sonora dos vocais de uma inspirada Rebecca. Produzido por Eg White, a canção ganha um clima de setentista com a deliciosa batida que busca uma sonoridade mais R&B misturado com blues. A simples e inteligente declaração de amor dá uma leveza preciosa para a canção.

Buscando uma atmosfera mais séria está o terceiro single Glitter & Gold. A composição fala das escolhas erradas que fazemos e o preço que pagamos por elas. A cantora mostra um lado mais "frio" em relação aos outros singles mais românticos, mas sem perder certa delicadeza. A voz de Rebecca, mesmo sem ser uma performance genial, é um bálsamo para os ouvidos cheia de vitalidade. Quem sabe não há tempo de descobrir Rebecca Ferguson e ela se tornar um sucesso de verdade? Antes tarde...
nota
Too Good to Lose: 8
Glitter & Gold: 8

15 de agosto de 2012

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

Então, eu me ralei para fazer um post como a primeira parte do As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos e ninguém, mas ninguém fez um comentário! Sabem como eu me senti:



Mas assim com a Preciosa não vou desistir! NEVER! Vou até o fim e nada pode me deter! Eis a safada e saborosa segunda parte de As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos:


Indie Cool Engraçadinho

Everybody Talks
Neon Trees

Ás vezes humor salva muita coisa. Até salva música de cair no lugar comum como é o caso da divertida Everybody Talks do grupo Neon Trees.

Musicalmente, Everybody Talks não é nada que um dance pop com algumas pitadas de rock que poderia passar batida já que o arranjo é bem genérico (em grande parte do tempo) e nem tem três minutos de duração. Contudo, assim como seu desempenho nas paradas ela cresce aos poucos. Começa pelo vocais convincentes e pela letra super original e bastante divertida. Sem pieguismo e de maneira inteligente falando sobre uma tentativa de cantada/pé na bunda. Nada que uma risada não melhore o astral.
nota: 7

14 de agosto de 2012

Primeira Impressão

Fall to Grace
Paloma Faith


Esse ano prometi que todos os lançamentos relevantes teria espaço aqui no blog mesmo que demore um pouquinho. Ou um "poucão". Não importa, pois tudo vai sair de alguma forma. Esse é o caso do interessante trabalho da inglesa Paloma Faith, Fall to Grace.


Lançado em Maio desse ano o trabalho poderia ser genial, mas faltou dois ou três passos. Antes de apontar os erros vamos aos acertos e são vários. Começando pela própria Paloma dona de uma voz completamente diferente do que temos no mercado atual. Para tentar achar uma comparação que melhor se enquadre seria a mistura da Annie Lennox com a Cyndi Lauper e toques de Fiona Apple só que ela consegue encontrar sua personalidade com interpretações fortes, emocionantes e marcantes. Não há como não se deixar levar pela estranha voz que de alguma maneira consegue chegar nos corações. Em geral, Fall to Grace é marcado por composições impressionantes com toques sombrios sobre amores amargurados, melancólicos, frustrados e sem esperanças. Há vários momentos de puro brilhantismo principalmente nas quatro primeiras músicas. Um começo de álbum acachapante que consegue ser melhor que muitos álbuns por aí. Só que depois da quarta música a coisa começa a ficar estranha. A mistura ousada e rica de soul e pop perde  rumo quando as canções se tornam mais pop e perdem brilho. Enquanto as faixas mais puxadas para o R&B e soul mostram complexidade sonora com arranjos mais pomposos, as faixas puxadas para o pop descambam em batidas quase monótonas e clichês da categoria "dance pop alternativo". Esse é o caso de Blood Sweat & Tears que teria muito mais substância se fosse mais "soul". Como disse antes, os momentos geniais estão no começo de Fall to Grace com a sequência genial de Picking Up the Pieces (resenha a seguir), 30 Minute Love Affair, Black & Blue e Just Be. O álbum também termina excepcional com Freedom que tem um começo sensacional e a triste Streets of Glory. Faltou aparar algumas arestas, mas até está de bom tamanho sendo esse "quase" bem acima de muitos álbuns.

A Balada Para um Coração Renegado

Picking Up the Pieces
Paloma Faith

Você se anularia por um amor? Se transformaria em um ser clemente por um amor que não é seu? Tentaria ser o objeto de desejo de alguém sabendo que essa pessoa deseja algo que você não é? Aceitaria se essa pessoa viesse para você amando outra? Deitaria feliz e satisfeito ao ver essa pessoa chorar por outro? Tentaria curar essa pessoa desse sofrimento? Responder sim para essas perguntas parece loucura, mas isso acontece com mais frequência que podemos imaginar. O amor pode ser tão cruel que uma pessoa pode se autodestruir para conseguir uma gota de amor. Em Picking Up the Pieces tudo isso é mostrado com uma mordaz poesia pela Paloma Faith.

Porque ela se foi,
Em sua sombra, sou eu quem você vê?
Porque tudo o que resta é você e eu
E eu estou pegando os pedaços
Que ela deixou para trás


Esse trecho tirado do refrão da canção é uma faca no coração para qualquer um que, por amor, aceitou essa pessoa de volta ou mais uma vez. A exatidão de como Paloma descreve esse tipo de relação é simplesmente acachapante. A verdade expressa em cada palavra nua e crua é como uma precisa, mas dolorida cirurgia que arranca os mais profundos sentimentos em poucos e intermináveis segundos. Está o amor quase doentio, a aceitação de ser posto em segundo, o conhecimento da tragédia emocional que a própria pessoa se preta a fazer. O arranjo pop/rock/soul completamente diferente de uma balada normal marca perfeitamente o tom da canção. Bem estilizada e com uma batida delicadamente cadenciada, mas com certa dose de dramaticidade necessária para acompanhar o desempenho impecável e memorável de Paloma. Entre momentos doces e poderosos, Faith domina Picking Up the Pieces com unhas e dentes de uma pessoa que já passou por isso. E quem não passou, provavelmente vai passar. É ciclo do amor.
nota: 9

13 de agosto de 2012

Não é Sobre o Bruce, Mas..

Springsteen
Eric Church

Que tal uma música que tem como nome Springsteen, mas não é sobre o Bruce?

Single do cantor country  Eric Church relata de maneira bonita e triste as lembranças de um amor da juventude lembrando que eles cantavam as canções do Bruce Springsteen. Só que o próprio Eric, um dos compositores da canção, revelou que a canção teria na verdade outro "muso", mas que usou Springsteen para prestar uma homenagem ao cantor. De qualquer forma, o resultado é mais que satisfatório. Vocalmente, Eric tem um voz bem menos grave que seu contemporâneos e o seu tom um pouco anasalado se destaca mesmo não sendo avassalador. E por fim, a produção acerta no tom contido para dar a atmosfera necessária para criar o clima intimista da canção. Poderia até se chamar GaGa ou Spears que seria boa.
nota: 7,5

12 de agosto de 2012

E Vocês?

Quero primeiro agradecer a todos que comentaram sobre a opinião de vocês sobre os melhores do ano até agora e quero ressaltar que será levado em conta essas listas e a próximo mais no final do ano.

Agora, quero pedir a ajuda de vocês novamente. Quero que vocês me dêem sugestões sobre músicas para o Pérola Pop. Funciona assim: vocês escolhem uma música de um artista que NÂO virou single, mas se destaca no álbum. Simples assim.Só peço que tentem um artista que não teve um post no Pérola Pop (para saber quais já foram clique aqui). Todas as sugestões vão acabar virando post.

P.S: Coloquem o nome da faixa, o artista e o nome do álbum.
P.S 2: Comentem, pois olha quem está esperando:

11 de agosto de 2012

Back To "80

Around My Way (Freedom Ain't Free)
Lupe Fiasco


Venho reparando que nos últimos tempos alguns artistas estão entrando numa onda de voltar a básico. Quer dizer, resgatar velhas sonoridades de quando os "originadores" eram novidade e a músicas eram feitas por quem realmente tinha algo de novo para contar. Isso é bem claro no single Around My Way (Freedom Ain't Free) do rapper Lupe Fiasco.

A batida é sem dúvida baseada na era de ouro do rap onde os rappers não tinham medo de misturar o estilo com outros como o blues e o jazz. Bem menos agressivo que os contemporâneos, Lupe entrega uma música deliciosa na elaboração do arranjo pecando na letra quase genérica. A mensagem social é boa, porém não tem a força que a intenção de Lupe mostra. Além disso, ele é um rapper normal apenas. Dito tudo isso é bom ver que tem gente que ainda olha o passado para criar algo fora da caixa nos dias de hoje.
nota: 7

Primeira Impressão

Life Is Good
Nas


No universo do hip hop existe atualmente quatro "deuses": Jay-Z, Kanye West, Eminem e Nas. Esse último o mais "reservado" de todos. Considerado um dos melhores de todos lembrado principalmente pelo seu debut Illmatic, considerado um dos melhores álbuns de rap de todos os tempos e um divisor de águas para o estilo. Sempre politizado em suas composições, Nas sempre esteve no topo das paradas de vendagem de álbum sem precisar de massiva campanha de divulgação. E não seria diferente com o lançamento do poderoso Life Is Good.

Nas entrega um álbum old school com batidas fortes, atemporais e marcantes. Em nenhum segundo o álbum perde o rumo ou fica menos poderoso mostrando o pulso firme do produtor Salaam Remi principal produtor do álbum e antigo colaborador de Nas. Tudo o álbum segur a sonoridade única de Salaam com influência de jazz, blues e R&B. Nas é um rapper incrvel. Sua capacidade de "fazer rap" mostra o quanto ele é foda. Sempre no ponto certo e sem precisar virar "cantor" para conseguir entrar nas batidas diferentes. A melhor qualidade do álbum é seu o teor pessoal que Nas colocou nas músicas. Quando ele coloca suas reflexões sobre sua vida pessoal como o fim do casamento dele com a cantora Kelis e também suas visões do mundo do hip hop, Nas abre o leque para que mais pessoas possam se identificar com seus dramas. E com letras enxutas, precisas e inteligentes. Não posso não deixar de comentar a canção Cherry Wine com a participação de Amy Winehouse uma balada hip hop com influência de jazz e muito parecida com as canções do primeiro álbum da cantora, Frank. Um trabalho indispensavel para quem gosta de música de verdade seja qual foi o estilo.

2 por 1 - Nas

The Don
Daughters
Nas

Em The Don, single de Life is Good, Nas afirma que ele é "foda". E pelo resultado, só podemos confirmar isso.

O energético arranjo mostra a preocupação em criar uma obra contundente e a capacidade sonora que o rapper tem. A batida é forte, mas diferente do hip hop comum vai em um caminho mais reggae e ska. Isso dá para The Don a personalidade necessária para comprovar que Nas está bem acima da multidão. Rapper primoroso que não perde nenhum momento para dar sua mensagem. Sabendo quem ele é e da onde foi, sua mensagem é extremamente atual e pertinente.

Daughters é uma confissão tocante de como é ser pai, mas especificamente ser pai de uma menina. Nas mostra um lado pessoal em um meio onde mulheres são tratadas como objetos sexuais mostrando sua preocupação com a criação de sua filha nesse meio. A batida segue uma cadencia mais lenta e até mais delicada se comparada ao resto do álbum. Contudo, não perde vitalidade. Assim como o próprio Nas que se mostra ainda o melhor entre os melhores.

nota
The Don: 8,5
Daughters: 8,5

9 de agosto de 2012

Faixa por Faixa - Grandes Álbuns

CD: I Never Loved a Man the Way I Love You
Artista: Aretha Franklin
Gênero: Soul music: Memphis soul, Southern soul
Vendagem: Sem dados
Singles/Peak na Billboard: Respect (1°) e I Never Loved A Man (The Way I Love You) (9°).

Grammy
Vitórias 1968
Best Rhythm & Blues Recording e Best Female R&B Vocal Performance (Respect)

Ano: 1967

Aretha Franklin já tinha no currículo nove álbuns lançados entre 1956 e 1966 pela gravadora Columbia. Só quando ela assinou com Atlantic sua carreira realmente decolou a transformando na lenda que ela é hoje. O primeiro lançamento pela gravadora foi o momento definitivo não só pela carreira dela, mas também para a história da música e da sociedade americana. I Never Loved a Man the Way I Love You é considerado até hoje como um dos maiores álbuns já feitos e de uma importância social incrível.

Faixas

Lado Um

1.Respect: Muitos podem pensar apenas na qualidade musical que a canção tem é o que faz dela uma das melhores canções da história. Contudo, seu pano de fundo é tão importante. Gravada e escrita originalmente pelo cantor Otis Redding, a regravação ganhou contornos sociais quando o foco da canção mudou ao Aretha se firmar com uma mulher forte, independente e que pede respeito ao seu homem. Imagine isso nos anos sessenta cantado por uma negra! Isso é a história sendo feita através da música.
nota: 10

2.Drowning In My Own Tears: Você realmente sabe o que é cantar? Realmente sabe? Então ouça essa regravação de outra lenda Ray Charles e aprenda. Miss Aretha arranca o coração para expressar o sofrimento de se afogar nas próprias lágrimas de tanto sofrer. Se você não se arrepiar em cada segundo você deve estar morto.
nota: 10

3.I Never Loved A Man (The Way I Love You): Os acordes de guitarra que fazem a base ao lado de uma batida transcendental de bateria fazem da canção um marco no blues que influencio nomes como o Aerosmith.
nota: 10

4.Soul Serenade: Além de cantora, Aretha é genial pianista. Aqui ela tem a oportunidade de mostrar não só um desempenho fora desse mundo como cantora, mas a magia que pode criar com as mãos: poesia. Caso vocês ouvirem o começo da canção devem lembrar (acho) de um comercial de sabonete de muito tempo atrás.
nota: 10

5.Don't Let Me Lose This Dream: Aqui vemos com clareza as origens da nossa bossa nova na sonoridade cadenciada e simplista do blues. Escrita pela própria Aretha abrindo ainda mais o leque de alcance dessa lenda.
nota: 9,5

6.Baby, Baby, Baby: Novamente com letra de Aretha, a canção é uma carta de sofrimento sobre o fim de um amor. Ela sabe que errou, mas pede que ele entenda seus motivos. Aretha tira da voz uma tristeza cortante para expressar tanto sofrimento.
nota: 10


Lado Dois

1.Dr. Feelgood (Love Is A Serious Business): Ciúmes e luxúria ganhando contornos classudos no vocais em estado de graça de Aretha que mais uma vez assina a autoria desse sexy blues.
nota: 9

2.Good Times: De autoria de Sam Cooke, Aretha coloca uma pimenta no álbum com uma batida deliciosamente mais atrevida e dançante. A versatilidade para cantar sobre amor ou diversão fica registrada em uma música de apenas dois minutos.
nota: 9,5

3.Do Right Woman, Do Right Man: A história da canção já vale tudo: durante a gravação da música, Aretha e seu marido/empresário sumiram durante algumas semanas antes dela terminar de gravar sua parte. A gravação mostra Aretha com uma voz cheia de dor e com um tom grave e poderoso.
nota: 10

4.Save Me: A canção mais fraca do álbum é um tapa na cara da maioria das cantoras de hoje já que é melhor que vários álbuns. Um detalhe: a canção foi escrita por ela e por sua irmã Carolyn Franklin, além de ter o grupo The Sweet Inspirations, fundado pela Cissy Houston.
nota: 8,5

5.A Change Is Gonna Come: Nada melhor que terminar com a regravação avassaladora do clássico de Sam Cooke, o mais imponente e importante hino de protesto. E assim se faz lendas.
nota: 10

8 de agosto de 2012

A Balada Para o Mediano

Power & Control
Marina & The Diamonds

Como pode em um álbum como músicas excepcionais como o Electra Heart é escolhida a mediana Power & Control como single? Sem saber qual é a resposta ao certo, só me resta resenhar.

Power & Control é uma power eletropop balada que carece de muita substância mesmo que tenha composição super interessante. A produção é estilizada, mas erra ao criar uma atmosfera dark pop clichê e arrastada. Faltou algo original na sua concepção. Marina está bem, porém tem vocais no automático e frios. Para quem curte ser apenas médio está até bom.
nota: 6

7 de agosto de 2012

New Faces Apresenta: "As Novas The Supremes"

Black Heart
Stooshe

Elas foram e sempre será a maior banda feminina de todos os tempos e são parte de uma das mais ricas era da música: a Motown. Claro que me refiro ao The Supremes, grupo que dominou o mercado fonográfico durante os anos sessenta com sucessos como Baby Love, Stop! In the Name of Love e You Keep Me Hangin' On. Além do sucesso comercial, elas ajudaram a consolidar o soul music entre os grandes estilos americanos ao transformá-lo em uma sonoridade mais popular. Durante esses mais de quarenta anos vários grupos femininos surgiram com a influência direta do grupo liderado pela eterna Diana Ross como é o caso do Destiny's Child. Contudo, o som sempre foi bem diferente do que o The Supremes fizeram. Então, para minha surpresa e em pleno 2012 me deparo com o trio feminino inglês Stooshe. No começo, antes de ouvir a canção, pensei: "Lá vêm outro grupo britânico estilo Spice Girls". Ledo engano.

Formado por Karis Anderson, Alexandra Buggs e Courtney Rumbold, o grupo é considerado como uma das grandes promessas para os próximos messes com o lançamento do primeiro álbum delas quase pronto para ser lançado ainda esse ano. E pelo sucesso dos dois primeiros singles a expectativa é muito boa. Depois da música Love Me ficar em quinto lugar na parada britânica, o segundo single intitulado Black Heart ocupa a terceira colocação e pode terceiro e pode ter melhor resultado já que está em terceiro no iTunes na terra da Rainha. E é última que fiquei surpreendido.

Uma atmosfera nostálgica permia toda a canção sem deixar cheiro de naftalina. Black Heart é excepcional pop soul como não vejo tem já algum tempo. Ao contrario do lado dark de Amy Winehouse, tudo aqui é levado numa cadência mais divertida e leve. O arranjo é delicioso desde as primeiras batidas e quando o maravilhoso refrão chega somos transportados para uma outra época. A letra, mesmo atualizada em alguns aspectos, mantém certa doçura e inocência ao falar de um "devorador de coração". O mais curioso são os vocais das três integrantes: elas têm vozes muito parecidas tanto que só quando vi o clipe percebi isso. Contudo, as três são muito boas e quando unem as três são excepcionais. E na terra que nos deu Adele, quem sabe o Stooshe não é o próximo grande fenômeno? Qualidade elas tem de sobras.
nota: 8

6 de agosto de 2012

Além do Que Sê Ouve

Blown Away
Carrie Underwood

"O homem do tempo previu um tornado
Ela rezou para ele derrubar tudo
"

Há mais que apenas uma canção ótima por trás de Blown Away da Carrie Underwood. Há uma contundente e forte mensagem social. Coisa rara de vermos hoje em dia.

A composição fala sobre a história de uma menina/adolescente/adulta que sofrendo com os abusos físicos e/ou psicológicos pede que tudo aquilo acabe de alguma maneira para que não sofra mais. Coisa tão comum atualmente em milhares de lares espalhados pelo mundo. Não é pelo simples fato da mensagem, mas também pelo ótimo trabalho de transformar um assunto tão forte em uma letra tão forte quanto que também tem poesia. A produção buscou um tom dark em um arranjo grandioso. Novamente, a performance de Carrie é irretocável e à altura da canção. Pena que isso não afeta o nosso "country" que vive na mais absoluta podridão musical. Uma grande pena.
nota: 8,5

4 de agosto de 2012

A Mesma Mistura

Both of Us (feat. Taylor Swift)
B.o.B


Eu já falei uma dezena de vezes sobre a mistura de rapper + cantora + featuring, né? E mais uma vez estou aqui falando. Dessa vez o encontro acontece entre o rapper B.o.B e cantora Taylor Swift na canção Both of Us.

Terceiro single do álbum Strange Clouds, a canção pode até chamar atenção quando vemos a participação da cantora country. Contudo, após ouvida as coisas se acertam. Mesmo cantando de forma delicada e sensível o bom refrão, a participação de Taylor não é nada de mais. A composição é bonitinha falando sobre bullyng, mas bem genérica em sua "poesia". B.o.B faz um trabalho correto e os produtores Dr. Luke e Cirkut fazem um hip hop/pop bem amarradinho, mas sem pegada forte. É a mesma mistura só com ingredientes modificados.
nota: 6

3 de agosto de 2012

O Dia que Roubaram a Canção da Mariah

Triumphant (Get 'Em) [feat. Rick Ross e Meek Mill]
Mariah Carey

Mimi está de volta. Dessa vez, a promessa é de um comeback digno do The Emancipation of Mimi. Depois de amargar três lançamentos em declínio de vendas, ela se armou de todos os lados fazendo basicamente o que fez a Jennifer Lopez quase literalmente. Deu uma parada na carreira para ter os filhos, ficou quietinha preparando o próximo álbum e virou jurada do American Idol. Depois da saída de J.Lo, Mimi foi convidada para participar da bancada do programa, mas recusou e só aceitaria se o salário fosse bem maior que o da Jennifer. Então, ela conseguiu. Dezoito milhões de doláres pela participação da 12° temporada. Assim sendo, ela se transformou na maior estrela a fazer parte desse tipo de programa com o maior salário de todos os tempos (só acho que perde para o Simon Cowell na era Idol, mas não tenho certeza). Só uma coisa ela não fez igual á J.LO: se juntou no lado farofa da força. Dito isso, vamos ver se a aposta deu certo.

Triumphant (Get 'Em) é R&B de verdade, mesmo com pesada influência do hip hop. Isso é bom, mas tem um pequeno grande problema: a canção é roubada pelo rapper Rick Ross. Não é só isso: o tempo de Mimi na sua própria música é bem limitado. Já falei isso algumas vezes, mas é mais estranho quando acontece isso com alguém do porte da cantora e a situação se complica ainda mais quando sabemos que ela é co-produtora de Triumphant (Get 'Em) ao lado de Jermaine Dupri e Bryan-Michael Cox, dois gênios do R&B. Na parte que cabe para Mariah na canção (refrão e o verso final) ela está bem contida sem momentos geniais, mas dentro do limite do bom. O desconhecido Meek Mill é ok e como disse antes, Rick Ross rouba a canção para si. Além do vozeirão que faz dele um dos rappers mais marcantes da atualidade a localização do seu rap no meio da canção aumenta essa impressão de que ele é o dono da canção. Outro detalhe é a letra apenas média. Como boa parte da canção é em rap temos partes boas de verdade e outras nem tanto. Mariah recorre ao um tema já usado várias vezes por ela: auto-ajuda. Exaltando o poder de superação dentro de cada um, Mimi passa uma mensagem ótima só que meio batida e que ela mesma já fez melhor. A grande atração da canção é a produção instrumental que pega mais pesado na batida sem exagerar, mas mostrando uma Mimi mais sóbria. Isso será o suficiente para ela voltar como a grande Mariah? Será que o AI vai ajudá-la? Será que a próxima canção dela será dela mesmo? Aguardem cenas dos próximos capítulos.
nota: 6,5

2 de agosto de 2012

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

Como vocês devem ter percebido, eu adoro uma lista. E quanto polêmica melhor. Para elevar minha safadeza depois de escolher as maiores cantoras de todos os tempos, vou definir quais são as 50. MELHORES. MÚSICAS. POP. DE. T-O-D-O-S. OS. T-E-M-P-O-S. Isso mesmo! Vou ter a falta de vergonha na cara de fazer isso. Mas espere! Não vai ser uma simples lista. Não, vai ser uma lista ELEVADA! O que é isso? (Só que eu vou inserir algum humor). Terá a sua canção favorita? E mais importante: vocês vão achar justo?



De qualquer maneira clica ai e se divirtam!


1 de agosto de 2012

O Flop da Rainha

Turn Up The Radio
Madonna

Dona Madge flopu bonito. Claro, que flopar para a Madonna é diferente já que no final da contas ela é a Rainha do Pop. Pode os CD vender pouco, pode os singles nem tocar na rádio do Divino, pode os clipes serem de orçamento limitado. Contudo, a veia é safada e mostrando o tooba ou as peitcholas ela sempre vai estar no topo. E ainda consegue fazer músicas como Turn Up The Radio.

Pop, pop, pop, pop, pop. Essa é a melhor definição para o terceiro single de MDNA. Apesar de pecar no clímax final, a canção é o hino para estádio do álbum. A batida contagiante criada por ela e Martin Solveig é contagiante na sua própria cadencia mais lenta e pungente. Madonna está perfeita com vocais lembrando os áureos anos oitenta. E finalizando como uma composição clichê, mas deliciosa que entrega uma Madonna leve, auto astral e sem preocupação em chocar ou coisa parecida. Dona Madge pode até flopar, mas flopar como ela ninguém faz.
nota: 8