31 de janeiro de 2014

Quase Lá

Can't Rely On You
Paloma Faith

Às vezes quando a expectativa é alta demais sobre uma música podemos quebrar a cara mesmo que ela nem seja realmente ruim. Quando vi que a inglesa Paloma Faith iria lançar o primeiro single do seu novo álbum (A Perfect Contradiction) e teria a produção do multi platinado Pharrell Williams já imaginei a maravilha que está por vim. Infelizmente, isso foi um lindo sonho de uma noite de verão. Ou quase. A parceria dos dois artistas resultou na morna Can't Rely On You.

O single tem tudo o que deveria ter para ser genial: a visão de Pharrell sobre R&B, a voz de Paloma mostrando toda a sua versatilidade e a mistura dos estilos em uma letra acima da média. Só que tudo isso não é misturado como deveria e Can't Rely On You fica uma colcha de retalhos, quase caído no histérico. Mesmo assim ainda é bom ouvir uma cantora tão interessante como Faith que carrega tanta personalidade em sua voz e, aqui, mostra uma faceta mais soul music. Pharrell faz uma de suas produções características misturando R&B com toques generosos de funk music, mas a construção do arranjo parece uma mistura sem direção de instrumentos que tentam tocar um mais alto que o outro e todos "querem" ficarem mais altos que a voz da cantora. A composição é legal e tem algumas ideias interessantes como o poema em italiano no começo, mas não reflete o talento de Faith e Pharrell que já entregaram obras bem mais contundentes. Resumidamente: a canção ficou quase lá.
nota: 6,5

30 de janeiro de 2014

Uma Segunda Chance Para "Love You Like a Love Song"

Love You Like a Love Song
Selena Gomez & The Scene


Mais um ano se inicia: 2011.

Havia uma época em que a Selena Gomez tinha uma carreira realmente promissora. Essa época foi quando ela lançou a música Love You Like a Love Song. Essa época ela ainda tinha o "The Scene" para dar o apoio necessário para ela brilhar. Essa época ela não tinha cometido o seu álbum solo.

Love You Like a Love Song é um pérola pop. Produzida pelo Rock Mafia e lançada como single do álbum When the Sun Goes Down, a canção é um trabalho primoroso ao transformar um pop teen em uma homenagem divertida, refinada e atual ao pop dos anos '80. Sem precisar apelar para clichês modernos Love You Like a Love Song se sobressai de outras canções lançadas na mesmo época ao ser um produto original (na medida do possível) e bem produzido. Selena recebe uma produção vocal ótima ressaltando suas principais qualidades (o delicado tom, por exemplo) e se adequando perfeitamente ao papel de cantora pop. A letra e um pouco bobinha, mas é tão fofinha e cativante que conquista rapidinho e no final a gente fica cantando o refrão sem parar. Tempos bons para Selena. Uma pena que ela jogou tudo pela janela.
nota original: 8
nota atual: 8

Resultado Final: Selena deveria voltar a fazer músicas como Love You Like a Love Song já que a canção é a melhor da carreira dela e muitas cantoras do seu mesmo "nicho".
Resenha Original

29 de janeiro de 2014

Enquanto Um Está na Cadeia, O Outro...

Mmm Yeah (feat. Pitbull)
Austin Mahone


Se eu não conhecesse um pouco da indústria fonográfica e fosse um pouquinho ingênuo poderia acreditar que o fato do Austin Mahone lançar um novo single na mesma semana que o Justin Bieber foi preso é apenas uma mera coincidência do destino que é um "menino pimpão". Como sou bem esperto não caiu nesse conto para boi dormir. De qualquer forma o cantor de apenas 17 anos pode estar no limiar de finalmente estrear no mainstream com o possível sucesso de Mmm Yeah.

Atualmente em segundo lugar no iTunes, Mmm Yeah (nome cretino, né?) mostra que vocalmente Austin desenvolvendo assim como qualquer adolescente que está se tornando adulto. Essa mudança é bem trabalhada pela produção, mas a voz dela ainda carece de muito trabalho já que por boa parte da canção ela parece ser "engolida" pelo arranjo. Por falar em arranjo, a produção faz de Mmm Yeah um pop dance rasteiro que não tem coragem de usar mais vigorosamente as influências latinas e de hip hop que apenas flerta. A composição é até aceitável dentro do que a canção se propõe a fazer e a participação do Pitbull é legalzinha sem adicionar nada de substancial. Se o Austin realmente estourar é apenas mais um ciclo da vida se cumprindo. Sai o "velho" e entra o "novo".
nota: 6

27 de janeiro de 2014

Além da Realeza

Into the Blue
Kylie Minogue


Mesmo ainda me rendendo aos adjetivos caracterizadores sobre artistas serem reis, rainhas, princesas e
toda as nomenclaturas reais devo admitir que esses títulos nem sempre representam toda a essência de muitos dos homenageados. Por exemplo, a Kylie Minogue. Muitos a chama de deusa do pop ou, como eu classifico, a verdadeira Princesa do Pop. Só que Kylie é bem mais do que isso, pois ela é uma verdadeira artista e isso é bem mais importante que qualquer titulo de nobreza.

Se preparando para lançar o seu 12° álbum intitulado Kiss Me Once Kylie divulgou o primeiro single de trabalho, a ótima Into the Blue. A canção é uma volta ao passado pop "clássico" de Kylie mostrando toda a elegância dela em uma produção revigorante colocando o estilo em uma categoria adulta e ao mesmo tempo dançante sem recorrer a "farofa nossa de cada dia". Mesmo em alguns momentos a voz de Kylie fique um pouco nasal demais, ela consegue carregar a canção com a graça que sempre teve em uma performance perfeita. A melhor parte da canção é a sua composição que acaba sendo uma aula de como fazer um letra para uma canção pop que consiga ser "cacth" e ter substância levando uma mensagem de verdade e não apenas os mesmo e velhos clichês de sempre. Isso prova a minha teoria da Kylie ir bem além de qualquer denominação pode descrevê-la. E quantos podem dizer isso?
nota: 8

26 de janeiro de 2014

Grammy 2014

Como vocês sabem hoje acontece a 56° edição do Grammy. Em um ano em que muitos brilharam, a premiação promete ser a mais surpreende dos últimos anos tanto podendo consagrar um artista quanto podendo distribuir gramofones dourados para todos os lados. Para saber quem são as minhas apostas, as minhas preferências, as surpresas e os esnobados dêem uma conferida nesse especial!

25 de janeiro de 2014

O Verdadeiro Pop Rock

Alone Together
Fall Out Boy

Falta culhões nas bandas jovens de hoje em dia. Todas estão se transformando em "boy bands". Porém, ainda há bandas que mantém o pop rock ainda vivo como é o caso do Fall Out Boy.

Terceiro single oficial de Save Rock and Roll, o single é um ótimo exemplo do que um bom pop rock pode ser. Nada de letra bonitinha e fofinha, mas uma composição cheia de intenção usando de imagens poderosas e bem definidas para falar sobre solidão e amor. A ótima performance vocal de Patrick Stump combina com a produção bem amarrada e fiel ao estilo tanto em sua atmosfera quanto em seu poderoso arranjo. Isso é culhões de verdade o resto é piada.
nota: 8

23 de janeiro de 2014

Não Consigo Lembrar de Lembrar

Can't Remember to Forget You (feat. Rihanna)
Shakira


O cenário estava armado para o que seria o primeiro evento musical do ano: a parceria entre Shakira e
Rihanna. Só que não está sendo o que poderia ser.

Can't Remember to Forget You  abre os trabalhos do décimo álbum da colombiana tem o pior defeito que uma música que une dois grandes nomes pode ter: não é ruim, mas também não é boa. Se a euforia de ver duas divas pop juntas é mais contido hoje em dia ao menos era de se esperar que a química entre as duas "bombas" de sexualidade que são Shakira e RiRi fosse algo de nível nuclear. Infelizmente, Can't Remember to Forget You peca nesse quesito. A química entre as duas cantoras está lá, mas é "represada" por uma produção certinha demais que não utiliza suas ótimas influências (reggae misturado com pop e rock) para extravasar todo esse fogo que apenas sentimos as faíscas. Outro ponto negativo é a composição pouco criativa que repete certos clichês batidos sobre amores mal resolvidos. Mesmo com trabalhos vocais decentes nenhuma das duas brilha como era de ser esperar. Uma pena de verdade Shakira e Rihanna fazerem uma canção tão descartável.
nota: 6

22 de janeiro de 2014

Dois Pesos, Duas Medidas e Uma Supresa

Let It Go
Demi Lovato
Idina Menzel*


Sinto saudades dos tempos em que os temas da Disney eram cantados por nomes como Elton John e Phil Collins, mas ao menos podemos contar com a qualidade Mickey de música para filme que o estúdio sempre teve. O último filme deles é a animação Frozen - Uma Aventura Congelante que tem como uma das canções principais Let It Go que nesse momento é a favorita para ganhar o Oscar esse ano. A canção foi lançada em duas versões: a original cantada pela atriz Idina Menzel e a "versão comercial" cantada pela Demi Lovato.

Vamos começar com o ponto em que as duas canções têm exatamente em comum: a composição, apesar de algumas pequenas alterações na versão da Demi. Escrita pelo casal Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez (vencedor de dois Tony, o Oscar do teatro) a letra de Let It Go é trabalho muito bem feito que consegue captar o momento em que é cantando no final e ao mesmo consegue funcionar livremente como "single". Isso é extremamente importante para a aceitação do público e por consequência fator de sucesso da canção comercial. Agora vamos as diferenças entre as duas versões. Na versão original a produção dá para a canção a cara que ela tem de ter: uma canção épica feita para se cantar em um musical. O arranjo aqui é poderoso e com todas as nuances para dá aquela sensação que a canção é uma "continuação" de uma fala durante o filme. Na versão da Demi as suas principais qualidade foram alteradas para se adequar as rádios. Em certos momentos a mudança feita pela produção de Eman Kiriakou e Andrew Goldstein (apenas produtores da versão da Demi) acerta, mas em outros erra  por exemplo na inclusão de novos instrumentos e acelerando o tempo em a partir do primeiro refrão. Uma mudança desnecessária. Finalmente, os vocais da versão original ficam por canta da atriz da Broadway Idina Menzel conhecida do grande público pelo papel em Glee de mãe da Lea Michele. A atuação de Idina é ótima apesar de eu não ser exatamente fã da sua voz. Então é aqui que entra a surpresa. Entre as duas versões eu prefiro os vocais da Demi. Mesmo não sendo uma cantora sensacional, a jovem estrela está bem produzida sem usar de exageros em sua performance. Na falta de grande interpretes ou mesmo de canções a Disney está até de canção.
nota
Versão Idina: 7,5
Versão Demi: 7
*A versão original não tem capa.

21 de janeiro de 2014

The Queen Of Aussies

Walk of Shame
P!nk


Como já disse anteriormente a P!nk é praticamente a Rainha da Austrália já que qualquer música que ela lança por lá consegue alcançar uma posição na parada dele. A última foi a canção Walk of Shame. Lançada
apenas por lá como single chegando à posição de 60°. Coisa notável já que não teve divulgação sendo apenas lançado um vídeo com imagens de bastidores da sua última turnê.

Walk of Shame é uma canção que leva a assinatura de P!nk: um pop rock divertido e viciante. A canção fala de maneira desrespeitosa e hilária sobre quando depois de fazermos uma bobagem que nesse caso é dormir com alguém apenas pelo sexo. Walk of Shame é uma expressão que se refere a esse caminhar envergonhado depois de nos darmos conta do que fizemos. A produção de Greg Kurstin faz da canção um pop rock rasteiro e bastante divertido. Não é sensacional, mas é bem acima da média. E que viva o reinado da Rainha dos Aussies!
nota: 7,5

19 de janeiro de 2014

Um Sucesso Sem Força

Counting Stars
One Republic


Algumas canções fazer sucesso e a gente nem percebe. Parece até contraditório, mas isso acontece. Normalmente são aquelas canções que vão crescendo aos poucos nas paradas até chegarem ao topo sem muito alarde. O último caso disso foi o single Counting Stars da banda One Republic que já vendeu mais de 3 milhões no iTunes e alcançou o 2° lugar na Billboard.

Single do álbum Native, a canção foi lançada em Junho do ano passada e foi aos poucos crescendo nas paradas. O bom disso é que a canção é realmente boa sendo a melhor do CD. Mesmo com todas as
marcas que uma produção de Ryan Tedder pode trazer para o bem ou para mal Counting Stars se destaca positivamente por uma cadencia bem marcada pela adição de instrumentos de percussão que dá uma cara original para a canção. Sempre mostrando um compositor acima da média no mundinho pop Ryan consegue fazer escrever uma música com algo para passar e que é ao mesmo tempo comercial. Outro bom momento da canção é o coral que dá corpo para os bons vocais de Ryan. Uma canção que não vai marcar, mas que é melhor que sucessos estrondosos atualmente.
nota: 7,5

17 de janeiro de 2014

As Duas Faces (Perfeitas) Da Beyoncé

XO
Drunk in Love (feat. Jay Z)
Beyoncé


Não há mais dúvidas: BEYONCÉ é um sucesso de vendas. Se não bastasse ter conseguido as melhores criticas da carreira de Bey sendo considerado um dos melhores trabalhos mainstream dos últimos anos, BEYONCÉ já vendeu quase 2 milhões de cópias em apenas 17 dias ao redor do mundo. Só depois do lançamento do CD foram lançados os singles para a "divulgação" (coisa que nem precisa, mas deve ajudar). Assim como em I Am...Sasha Fierce o esquema é o de lançamento duplo de single com diferentes focos. Começamos com o single mais "pop".

XO é a canção mais emocionante da carreira da Beyoncé. Porém, não é uma emoção unilateral que contempla apenas um "tipo" de emoção. XO pode ser vista e sentida de várias maneiras dependendo apenas do estado de espírito de quem ouve.

A canção é a exaltação de uma simples regra, mas que esquecemos de cumprir: a vida é curta demais, então ame. Para uma pessoa mais desapercebida XO pode falar apenas de um amor romântico. Ledo engano. A beleza da composição está no fato de pode ser destinada de qualquer pessoa para qualquer pessoa. De um filho para a mãe. De um irmão para outro. De um amigo para outro amigo. Não importa, pois a poderosa mensagem contida em XO é universal. Poucas vezes nos últimos anos uma canção conseguiu através de uma composição tão simples em forma passar tantos sentimentos e tão poderosos. E não poderia ser diferente já que a construção do arranjo é magnifico. A produção liderada por Ryan Tedder (um de seus melhores trabalhos), The-Dream e a própria cantora fazem de XO uma power balada pop/R&B com toques de eletrônico. Só que a elaboração da sonoridade é enriquecida e refinada com a adição de várias nuances para canção transformando-a em uma obra original e cativante. Nem é preciso falar que Beyoncé está perfeita em sua performance mostrando não apenas talento vocal, mas toda a sua sensibilidade em um interpretação linda.

Já em Drunk in Love, lançada nas rádios de música "urban", mostra Beyoncé em seu lado mais sexual. E como ela faz isso bem.

Esqueça as batida fáceis que estamos acostumados quando de trata de uma fusão de hip hop com outros estilos já que Drunk in Love passa longe de ser mainstream. A produção (que tem como produtores o Timbaland e J Roc) faz da canção um impressionante mistura de trap com hip hop ao utilizar uma batida bem cadenciada e sexy dando para a canção uma estrutura minimalista, mas ao mesmo tempo poderosa. Ainda mais com o acréscimo de detalhes que fazer a diferença como a leve influência oriental bem no começo da canção. Beyoncé está "em chamas" em sua performance sensacional cheia de malícia, sensualidade e com um toque de girl power mostrando quem manda ali é ela ainda mais com a participação do maridão Jay-Z em mais um ótimo featuring. E se não bastasse todo essa sexualidade latente tanto nos vocais quanto no arranjo, a composição entrega o momento mais "safado" da carreira da Beyoncé (quando falamos de um single). Drunk in Love fala de sexo e não vergonha disso, mas nada que chegue perto de ser vulgar mostrando que sexo pode ser usado com classe e inteligência. E assim a Beyoncé veio e simplesmente está arrasando para tristeza das "inimigas".

nota
XO: 9,5
Drunk in Love: 9

16 de janeiro de 2014

A Difícil Transição

Cannonball
Lea Michele


Confesso que nesse momento eu estou torcendo pela carreira musica da atriz Lea Michele dar certo, mesmo não sendo fã dela ou da série Glee. Explico: se já não é fácil a transição de atriz para cantora, Lea faz isso depois da morte do namorado e companheiro de série Cory Monteith no ano passado. Por isso, esse novo começo em sua carreira é uma maneira de seguir em frente.

Lançada como primeiro single do seu álbum solo intitulado Louder a canção Cannonball é até melhor do que se poderia esperar apesar de alguns deslizes. Não tem como negar, mesmo gostando ou não da voz, Lea é uma boa cantora. Com formação na Broadway a atriz/cantora domina perfeitamente a canção pena que a produção não dá espaço para ela brilhar como poderia. Com a produção de Stargate a canção é pop contemporâneo bem mais adulto que a maioria das canções pop ultimamente, mas também erra ao ser certinha demais sem dar a chance para Lea explorar mais sua capacidade vocal. Composta em parceira da produção com Benny Blanco e a cantora Sia Fuller a letra poderia ser mais profunda apesar de conseguir se manter acima da média para uma composição que tem uma mensagem quase de auto ajuda. Torcer pela Lea não sentir pena, mas torcer pelo bem.
nota: 7

15 de janeiro de 2014

A Garota Que Brinca de Magia e Hip Hop

Dark Horse (feat. Juicy J)
Katy Perry


Depois do resultado morno que teve com Unconditionally a Katy vai tentar recuperar o topo das paradas com o terceiro de Prism, a legalzinha Dark Horse.

A canção é como todas as outras do álbum: poderia ser bem melhor, mas é até boazinha. O grande destaque da canção é a sua produção que pega forte influência do hip hop (mais precisamente do trap) mistura com pop e cria uma batida bem marcada e cadenciada. Contudo, o que poderia ser um trunfo de Dark Horse é esvaziada com a preocupação de envernizá-la com uma capa de "sou comercial" que metade da força artística. A composição que faz citações à magia e ao fantástico comparando com o amor é boa, mas também tem seu calcanhar de Aquiles: o refrão apenas normal e sem brilho. Gosto da proposta da produção na parte vocal de Katy dando um ar mais contido e sombrio, mas a presença de um rapper tão "avulso" como o Juicy J é quase um tiro no pé. Chamasse um rapper mais expressivo ou tirasse essa parte. Acredito que a música reúna todos os aspectos para ser sucesso só faltou apurar para transformá-la em sucesso de qualidade.
nota: 6,5

14 de janeiro de 2014

Nem Salva, Nem Piora

Adore You
Miley Cyrus


Ninguém pode negar que Miley Cyrus conseguiu mudar a sua imagem publica desde que lançou o seu álbum Bangerz. O que falta ainda é ela lançar uma canção que seja realmente boa, pois até agora só veio bomba ou canções que ficaram bem na média.

Esse é caso de Adore You escolhida como terceiro single e sucessora do sucesso Wrecking Ball. Produzida pelo desconhecido Oren Yoel a música tem em nesse ponto as suas maiores qualidades: a mistura de R&B com pop em arranjo delicado e com uma atmosfera genuinamente comovente. Dentro de Bangerz a canção se destaca por essa pegada mais leve e é o melhor momento do álbum. Poderia ser bem melhor se não fosse tão longa com mais de quatro minutos e meio. Miley entrega uma performance surpreendente boa. Sem exageros, sem clichês explícitos e mostrando outros lados de sua voz que até então era desconhecidos. Claro, ainda falta muito arroz com feijão para ela. A pior característica de Adore You é a sua fraca composição que não entrega nada de substancial para valer a sua "capa" promissora. A canção bem salva a Miley, mas também nem piora o que já é de grande valia.
nota: 6,5

13 de janeiro de 2014

Um Barulho Bem ao Longe

Thunder
Jessie J

Mesmo não tendo os resultados comerciais que era esperando do álbum Alive, Jessie J tem coisas boas para mostrar. Esse é o caso do single Thunder.

Apesar de não ser a sétima maravilha da música Thunder é uma boa canção. Jessie prova novamente a sua capacidade como cantora ao entregar uma atuação vocal ótima mesmo em uma canção morna como essa. A produção é bem feitinha, mas não chega a empolgar. A canção deveria ser um power pop, mas não chega a ser um momento épico e também fica longe de ser apática. A composição é mediana sem entregar a força que deveria mostra devido a sua intenção. É bom, mas passou longe do alvo.
nota: 6,5

11 de janeiro de 2014

Querendo Mais, Sendo Menos

Story Of My Life
One Direction


Sabe aquele velho ditado de que de "boas intenções o inferno está cheio"? Então, essa é a melhor definição para a canção Story Of My Life atual single do One Direction.

O grande problema com a canção é que a intenção é até louvável (dar para os meninos ingleses uma cara mais adulta e artística), mas tudo é atrapalhado pela execução da produção que para conseguir o objetivo faz com que Story Of My Life seja uma tentativa canhestra de "imitar" o Mumford & Sons e a sua sonoridade. Não há nada de errado com a canção para ser franco só que também não há nada exatamente certo: a elaboração do arranjo é até bem feitinha só que é claro e quase vergonhoso a tentativa de soar como "meninos grandes" emoldurando a sonoridade de outros artistas, a composição parece um trabalho pessoal, mas esbarra no fato do resultado final ser raso e feito para (e apenas para) as suas fãs. Os vocais são a parte mais original da canção mesmo sendo apenas ok. Eles tentaram ser mais que são realmente e deu no que deu.
nota: 6

10 de janeiro de 2014

Uma Segunda Chance Para "Nothin' On You"

Nothin' On You (feat. Bruno Mars)
B.o.B


Terminando a safra de 2010 vamos revisitar um rapper que tinha tudo para se tornar uma grande estrela, mas foi perdendo o brilho nos últimos tempos: o B.o.B

Quando foi lançado Nothin' On You, primeiro single da carreira do até estão estreante rapper B.o.B, a canção se mostrou um sobro de ar fresco no mundo hip hop ao unir o estilo com o pop e R&B. O resultado foi uma canção simpática na época, mas que perdeu o frescor após esses anos.

Nothin' On You nada mais é que uma canção legalzinha, mas longe de ser sensacional. A produção dos então desconhecidos The Smeezingtons (dupla de produtores formada por Bruno Mars e Ari Levine) dá para o single uma batida bem construída casando bem os estilos, mas sem muito mais do que isso. Simpática, mas quase "esquecível". Apesar do bom desempenho de B.o.B mostrando um pouco da sua capacidade como rapper, o brilho da canção fica para o featuring Bruno Mars, até então sem se lançar na carreira solo, cantando o viciante refrão. Sendo uma canção de amor Nothin' On You é bem bonitinha e nada mais que isso. Foi um bom começo para o B.o.B que não soube aproveitar. Uma pena.
nota original: 8
nota atual: 7

Resultado Final: Assim como a carreira de B.o.B, Nothin' On You também perdeu a graça ao longo dos anos.
Resenha Original

9 de janeiro de 2014

Faixa Por Faixa - Votação 2

Devido ao sucesso na votação para escolher o último Faixa Por Faixa resolvi fazer mais uma enquete para saber qual álbum vocês gostariam de ver sendo analisado. Dessa vez a disputa será entre dois sucessos de cantoras pop completamente diferente uma da outra.



Quem vocês querem: Fergie ou  Kelly? Votem!

8 de janeiro de 2014

Um Toque de Destiny

Little Me
Little Mix


Uma das melhores caracteristicas do Destiny's Child era o feminismo empregado pelo grupo em suas composições. Canções como Independent Women, Pt. I, Bills, Bills, Bills, Girl, entre outras mostra o cuidado do grupo liderado pela Beyoncé em sempre transmitir mensagens que evoquem o "girl power". Essa é a melhor qualidade de Little Me da também girl band Little Mix.

Little Me, segundo single do álbum Salute, é como conselho das integrantes para as suas fãs mais jovens: sejam fortes, sejam independentes, sejam vocês mesmas. Mesmo essa embalagem parecer de autoajuda barata, a execução da composição feita pelo grupo TMS e por Iain James consegue tirar qualquer pieguismo em uma letra adulta e refinada que ao mesmo tempo consegue ser comercial sem perder sua essência. Além disso, a mensagem passada pela canção é atual e tem  uma atmosfera de urgência. O esquema balada power pop funciona bem devido a boa produção assim como o vocais individuais ótimos e a perfeita harmonia entre as integrantes. Uma influência bem executada e muito bem vinda.
nota: 8

7 de janeiro de 2014

Entre Acertos e Erros

Recovery
James Arthur

Para quem acompanha o meu trabalho aqui no SoSingles sabe o quanto eu elogiei o trabalho do britânico James Arthur, mas nem tudo são flores na vida do vencedor do The X Factor. Recentemente ele se viu envolvido em uma polêmica quando em uma "guerra de rappers" (como vistas no filme 8 Mile) James usou palavras consideradas homofóbicas como a palavra "queer". Devido a isso James sofreu com as criticas tanto de pessoas público como de boa parte do público. Além disso, James deu declarações via Twitter que inflamaram ainda mais os ânimos. Mais tarde James pediu desculpas pelo seu comportamento e a sua acessória alegou que tudo foi causado pela estafa mental devido ao trabalho frenético dos últimos meses. E devo dizer que eu acredito nele. Não deve ser fácil para um cara que viu sua vida mudar tanto em tão pouco tempo lidar com tudo que acontece de novo a sua volta. Mais do que isso: eu torço por ele, pois um cara que lança uma canção como Recovery merece a minha torcida.

Não há melhor música do seu álbum debut melhor para embalar essa fase de James. Recovery fala de recomeçar. De renascer. De dar mais uma chance para si mesmo. De lutar para viver. Em uma composição arrasadora James traz à tona todos aqueles sentimentos que precisamos ter quando a vida nos coloca para baixo e temos a coragem de recomeçar. Como "um soldado na guerra" somos catapultados para uma guerra dentro de nos mesmos em busca de sua redenção. A power balada construída pela produção dá o tom perfeito para esse turbilhão de sentimentos em um trabalho único. A grandiosidade imprimida pela produção encontra em James o interprete mais que perfeito para expressar o significado da canção: não bastasse ter uma voz tão impressionantemente diferente ele entregar uma performance incomparável desde o emocionante começo até o apoteótica final em que James tira o mais poderoso sentimento da garganta em um momento genial. Só espero que esses incidentes não se repitam e James possa brilhar como ele merece.
nota: 9,5

6 de janeiro de 2014

Primeira Impressão

Freedom
Rebecca Ferguson


Tem uma característica que eu realmente não importo é o "sucesso comercial" quando deparo com um álbum realmente bom. Não importo com a sua vendagem ou quantos singles ficaram no topo das paradas. Só me importo com a música que chega aos meus ouvidos. Por isso, sempre estou aberto para a música de qualquer artista e ela me retribui com presente como o segundo álbum da inglesa Rebecca Ferguson, o lindo Freedom. Conhecida após sua participação no The X Factor UK, Rebecca lançou o aclamado Heaven que tinha a sensacional Nothing's Real But Love. Apesar do resultado sensacional o álbum anterior tinha certas "irregularidades". Dois ano depois a cantora retorna para comprovar definitivamente o seu potencial.

Não espere um álbum que tenta vender Rebecca como uma cantora pop construída para disputar posições nas paradas inglesas ou internacionais. Espere ouvir Rebecca fazendo o que nasceu para fazer: cantar soul music. Em Freedom ela faz isso com louvor ao entregar performances sólidas, poderosas e com toda aquela emoção que o estilo necessita. Mais que apenas boas performances, Rebecca e seu belíssimo tom (uma mistura de Macy Gray com uma versão mais delicada da Tracy Chapman) conseguem construir e delimitar a sua personalidade artística entregando interpretações emocionantes e de intensidades perfeitas para cada música mostrando toda a sua força e ao mesmo tempo sabendo controlá-la. Um trabalho primoroso assim como a ótima produção dada. Contando com a presença de vários produtores pouco conhecidos desse lado do Atlântico Freedom é construído com os dois pés ficados no soul, mas dando um toque moderno misturando influências distintas como o do pop e do R&B contemporâneo. Porém, o excelente trabalho na criação de uma sólida, refinada e deliciosa. Não há nenhum momento fraco durante todo o álbum que consegue manter a qualidade artística e técnica com arranjos excepcionais. Como o nome Freendom pode indicar o álbum é essencialmente sobre liberdade, ou melhor, é sobre libertação. Aquele tipo de libertação que você sente quando deixa para trás pessoas e sentimentos que nos fizeram mal. Um trabalho tocante, cativante e sincero que consegue chegar em qualquer coração sem precisar desbancar para o sentimentalismo barato. Dentre todas as ótimas faixas há dois momentos de destaques: o dueto com John Legend na linda Bridges e a avassaladora Freedom. Mesmo sem ter o sucesso que merece, Freedom merece ser descoberto por quem gosta de música.

O Poder de Seguir em Frente

I Hope
Rebecca Ferguson


Desapegar deveria ser a palavra de ordem quando queremos esquecer alguém que nos machucou. E isso que prega I Hope, o primeiro single do álbum Freedom da Rebecca Ferguson.

A canção parte da ideia que para seguir em frente é preciso esquecer, perdoar e desejar apenas o melhor para quem lhe fez mal. Uma ideia até de certa maneira simples, mas que na realidade é mais difícil que parece. Porém, a bela composição faz tudo parece fácil e descomplicado de uma maneira cativante. A batida é bem mais forte e cadenciada que se pode esperar para embalar uma composição tão sentimental como essa, mas a produção acerta na elaboração da sonoridade criando um belo exemplar de pop soul. Além disso, Rebecca está perfeita ao entregar uma performance arrebatadora. E no final, seguir em frente é apenas mais um estagio de crescer.
nota: 8

3 de janeiro de 2014

Especial


Single Do Ano

Para começar a revelação do melhores de 2013 escolhi a categoria de Single do Ano. Antes vamos relembrar quem foram os três vencedores dos últimos ano:


Esse ano, pela primeira vez, tivemos um empate em primeiro lugar! Então, os singles escolhidos foram:


31 Votos (26,27%)



28 Votos (23,73%)


17 Votos (14,41%)

11 Votos (9,32%)

Os 50 Melhores Singles de 2013 - Top 5



Senhoras e senhores, finalmente está na hora de revelar qual foram os Cinco Melhores Singles de 2013. E devo admitir que o primeiro lugar é uma surpresa. Sem mais delongas aqui está:



5.Mirrors
Justin Timberlake

"Mirrors, assim como What Goes Around... Comes Around, é uma balada pop com forte influência que mostra a capacidade de Justin carregar com elegância uma canção que em sua versão original tem oito minutos e que em nenhum minuto faz o ouvinte perder o interesse ou perder a qualidade em todos os aspectos. Mesmo seguindo o mesmo esquema de construção de What Goes Around..., a evolução rítmica aqui é perceptivel a desde a primeira nota: a produção acachapante dada para a canção cria um arranjo arrojado, moderno, cuidadoso, rico e que mostra um artista em busca de um som que seja mais real com a nítida presença de uma orquestra completa no fundo. Há tantas e ótimas nuances durante toda a música que apenas agrega qualidades que fica até difícil elencar todas ou falar de uma mais especificamente. Todas são geniais. Justin entrega uma de suas melhores performances ao colocar o capuz do cantor pop "romântico" que fica difícil não se deixar levar pela voz dele. E vocês acham que ele voltaria a chutar cachorro morto e chorar magoa de cabloca com uma composição de dor de cotovelo?  Claro que não! Com nitída inspiração na sua esposa a atriz Jessica Biel, Mirrors é uma declaração de amor belíssima que mostra o lado humano de um homem apaixonada de maneira sincera, adulta e nada piegas. Uma canção como essa, qualquer pessoa que tenha um coração gostaria de receber como homenagem. E na sua evolução, Justin vai a passos largos ocupar eternamente o posto de Príncipe de Pop e por méritos próprios."
Resenha


4.Q.U.E.E.N. (Feat. Erykah Badu)
Janelle Monáe

"Q.U.E.E.N. tem uma das produções mais inspiradas que eu ouvi desde que comecei esse blog: a produção pega uma "imensidade" de influências e desconstrói de uma maneira inovadora, apoteótica, grandiosa e sem comparações. Apresenta em "camadas" ao longo de seus mais de cinco minutos, Q.U.E.E.N. tem a sua parte instrumental em estado de graça. Claro, boas ideias não sobrevivem sem uma execução a altura, mas aqui até acredito que essa parte até superou a concepção original, pois é muita perfeição para uma música só. E que podemos falar da composição? Um manifesto sobre a liberdade de expressão sem usar de melodrama, pieguismos e bobeiras. Janelle é "fierce" da sua maneira e quer que todos saibam disso da melhor maneira: sendo "fierce" elevado a décima potência. Por fim, Monáe domina a canção com o poder de uma diva do soul music sabendo que cantar é um arte de muitas facetas e não apenas alcançar notas altas ou coisa parecida. Já Erykah Badu nos presenteia com uma participação inusitada e deliciosa. Nada mais apropriado do que colocar o nome de rainha para uma canção da Janelle Monáe. Simplesmente perfeita."
Resenha


3.You're Nobody 'Til Somebody Loves You
James Arthur

"Segundo single (e primeiro inédito) do seu álbum debut que leva seu nome que será lançado agora no próximo dia 4, You're Nobody 'Til Somebody Loves You é uma "pancada" musical em que cada elemento é de uma grandiosidade tão impressionante que fica quase impossível não ficar maravilhado com o trabalho de James ao lado do grupo de produtores TMS. Tudo começa pela acachapante performance de James que se não bastasse ser dono de uma voz única e capaz de transmitir emoção com uma profundidade abissal, ele entrega em You're Nobody 'Til Somebody Loves You uma performance épica e genial ao mostrar todo o sentimento que a canção pede com uma força brutal de um animal atacando uma presa. Genial. A produção também não deixa por menos é dá para James uma canção a altura de seu talento. You're Nobody 'Til Somebody Loves You é uma grandiosa canção rock com um influencia pesada e sensacional do rock dos anos '60 e '70. A introdução já sugere que estamos diante de uma canção completamente diferente e a sensação aumenta no decorrer da canção com a construção de um arranjo genial em uma cadencia épica e atordoante. A carga emocional colocada na composição sobre a falta que amo faz na vida de uma pessoa é impressionante em um relato verdadeiro e contemporâneo. Acredito que James Arthur tem o potencial de ir bem muito além de apenas ser o melhor vencedor de um reality, mas ele chegar ao ponto de ser um dos melhores artistas dos últimos tempos."
Resenha


2.Clown
Emeli Sandé

"Quinto single de Our Version of Events da Emeli Sandé, Clown te tira dos eixos. A glória da sua simplicidade pode até não parecer contudente, mas não se deixe levar pelo contido arranjo produzido por Naughty Boy já que nada mais pode ser mais arrasador que uma simples lágrima caída em vez do choro compulsivo. Clown é uma obra capaz de fazer o mais desumano sentir sua composição que pega pelo coração e te joga na parede sem usar de força bruta. Não importa qual o sentido que ela seja compreendida: a da pessoa que a gente ama nos enganando, a indústria da música querendo mudar Emeli como ela mostra no lindo clipe ou qualquer uma que sua alma quiser, pois Clown vai no fundo e vai te deixar sem forças, sem reação, sem chão. Vai bater e ficar. Emeli sabe disso e não deixa por menos: sem em nenhum milésimo de segundo exagerar ou se conter demais, ela entrega a performance de uma vida. Uma atuação fora desse mundo que não importa se é a versão gravada ou em qualquer apresentação ao vivo sempre vai ser perfeita. Acachapante. Visceral. Emocional. Algo que transcende o tempo, a vida, o espaço e até a morte. Poucos podem sentir isso, mas quem sentir será presenteado com um dos momentos mais perfeitos da história da música. Bem vinda a eternidade, Emeli Sandé! E desculpa de não poder definir melhor já que me faltam palavras."
Resenha


1.Saturday Night
Natalia Kills

"Esqueça qualquer esquema da música pop que você tem ouvido nos últimos anos, pois Saturday Night consegue quebrar todos paradigmas que o mundo pop constrói. Tudo começa pela acachapante produção Jeff Bhasker que transforma a canção, lançada como primeiro single do álbum  Trouble, em uma viagem perturbadora, angustiante, sombria e, de uma maneira estranha, viciante. A mistura genial de pop com pop rock conduzida por maestria em uma instrumentalização revigorante que encontra na performance estupenda de Natalia o mais perfeito aliado para passar toda a atmosfera pesada e ao mesmo tempo libertadora de Saturday Night. Contudo, o ponto alto da canção é sua composição: poucas vezes vi uma artista pop se abrir de uma maneira tão sincera revelando os seus demônios mais sombrios. Chamado pela própria Natalia como "tema da minha vida", Saturday Night fala sobre violência domestica, abuso de drogas e a (des) esperança de uma garota que se viu sozinha em um mundo tão frio e desumano. Visceral. Magistral. Genial. Acachapante. Resumidamente: Natalia entrou para o hall da eternidade pop com a obra Saturday Night."
Resenha

Artista do Ano

Essa é apenas quarta vez que essa categoria é apresentada aqui no blog. Que tal vermos quem foram os três primeiros?


Com 156 computados eis o resultado sendo que o Artista do Ano é:



1.Lady GaGa
62 Votos (39,74%)

2.Justin Timberlake
43 Votos (27,56%)


3.Eminem
18 Votos (11,54%)



4.Janelle Monáe
17 Votos (10,90%)



5.David Bowie
16 Votos (10,26%)

Os 25 Melhores Álbuns de 2013 - Top 5



Quais artistas que conseguiram ficar a frente de todos os outros e entregarem obras que ficaram para sempre em nossa memória? Vejam quais são os 5 Melhores Álbuns de 2013:


5.Like a Rose
Ashley Monroe


"Ashley Monroe, integrante do trio country Pistol Annies, lançou recentemente o seu segundo álbum solo intitulado Like a Rose. Sem nenhuma promoção de grandes escalas ou notoriedade pelo grande público mainstream, o álbum estreou apenas na posição 43 da Billboard. Contudo, isso não reflete na qualidade que a cantora entrega em um álbum espetacular que, felizmente, recebeu os louvores merecidos da critica americana que ovacionou em resenhas melhores que até do David Bowie (se você comparar a média, claro). Claro, que pelo êxito que ela teve no grupo country já poderia se esperar algo decente dela, mas Like a Rose vai muito, muito, muito além disso. Like a Rose é uma coleção de apenas nove músicas que busca na raiz do country sua alma para construir uma sonoridade simples, doce, elegante e extremamente bem produzido. O cuidado em criar cada arranjo é nítido e exemplar na forma de conduzir as belas e sensíveis melodias que mostra o quanto rico pode ser o country executado da maneira certa. As composições são outro ponto forte do álbum: não importa se são letras mais acidas e divertidas para as canções up-tempo ou as tocantes e lindas declarações sobre o amor e suas formas nas baladas, cada faixa é uma pérola tirando sentimentos verdadeiros usando inteligência, sensibilidade e talento. Como cantora Ashley é uma "velha senhora". Sua voz tem todos os atributos e qualidades das grandes cantoras de country como a Dolly Parton. Pode até não agradar quem curte Taylor Swift, mas para quem curte o estilo ou não tem preconceitos pode encontrar uma interprete vigorosa, versátil dentro do estilo e com capacidade de encantar em qualquer momento. Dentro de um álbum "curto", mas riquíssimo que precisa ser descoberto e ouvido na integra consigo ressaltar os momentos de maior destaque: a melancólica Used, a divertida Monroe Suede, o dueto sensacional com Blake Shelton em You Ain't Dolly (And You Ain't Porter) e as melhores do álbum as tristes e geniais The Morning After e She's Driving Me Out of Your Mind. Um trabalho marcante que veio de maneira imprevisível."
Primeira Impressão


4.James Arthur
James Arthur

"Para o álbum é elaborado uma espécie de pop/R&B contemporâneo/urban misturado com uma forte influência de rock e hip hop. Essa mistureba toda é lindamente construída mostrando uma originalidade única, refinada e magistral. Mesmo sendo calcada em uma base como referencias mais antigas e no próprio trabalho dos produtores do álbum, a sonoridade aqui mostra o nascimento de uma tendencia que sabe como misturar essa nova estética criada na Inglaterra com um verniz mais internacional. Estamos diante de um possível sucesso global mesmo acreditando que ainda é possível James evoluir ainda mais, mas isso ele deve conseguir com o tempo e a experiência. Outra grande qualidade do álbum é a presença de James como compositor em quase todas as canções (a exceção fica por de Impossible que é uma regravação). Isso dá para o trabalho o nível pessoal e intimo necessário para conectarmos com James sem nem ao menos sabermos qual sua história (isso é fundamental para atrais quem não acompanhou o reality). Contudo, isso não seria suficiente para resultar em composições boas. Com a lapidação feita pelos colaboradores o resultado final se transforma em viagem emocionante, arrebatadora e comovente sobre os seus demônios, seus amores, seus medos, suas alegrias. Conseguimos ver quase em forma sólida a mente de um homem que passou por muitas coisas. A maneira como cada faixa é composta mostra um artista inquieto em busca da verdade que se esconde nas entranhas de si mesmo. Mesmo com toda essa carga emocional as composições não partem para um caminho "cabeça" e elitista ao saber balancear com o lado mais popular sem perder sua essência. Só que isso seria a apenas a ponta do iceberg se James não fosse o cantor que é. Se não bastasse ser dono de uma voz tão única e sem comparações, ele entrega performances que eu só posso classificar como uma força sobre-humana. Uma força da natureza assim como uma onda gigante que arrasta tudo por onde passa. Uma erupção de vulcão que parecia a muito adormecido. Um furacão da mais alta categoria varrendo uma cidade inteira. A gente sabe que mesmo esses eventos da natureza terem um fim nada do que foi será como antes. E é assim que a gente se sente após ouvir o álbum com James entregando tudo que tem e o que não tem. Diga que depois de ouvir a magistral Suicide você vai ficar intacto perante a entrega de James em uma composição arrasadora em uma power balada épica? Ou ficar imune a batida sexy de New Tattoo e performance deliciosa de James? Quem sabe você não vai se emocionar com a acachapante Recovery ou não sonhar com o amor ao ouvir o belíssimo dueto de James com a Emeli Sandé em Roses? Isso sem falar do single You're Nobody 'Til Somebody Loves You, a good vibe com uma atmosfera mais dark de Get Down, a dançante e empolgante Lie Down e a doce Certain Things. Além do resto do álbum que é simplesmente perfeito e genial. James entrou como o cara que apenas venceu um reality musical e sai daqui mostrando qual é a definição do que é ser um artista de verdade."
Primeira Impressão


3.Trouble
Natalia Kills


"Lançado no começo desse mês, Trouble já pode ser considerado como um dos melhores trabalhos pop do ano. Contudo, Natalia vai muito mais além do que apenas entregar um álbum pop de qualidade: Trouble é um manifesto em forma de música sobre os demônios e anjos que atormentam a mente da jovem cantora. Então, fique ciente que aqui ela vai muito, mais muito, mais muito além dos velhos e surrados clichês que o estilo oferece. Natalia coloca em suas músicas uma carga emocional tão forte e desconcertantemente tão sincera que poucas vezes o mundo pop presenciou uma artista abrindo seu coração e expondo seus medos, suas verdades, seus segredos mais profundos dessa maneira. Cada faixa parece um capítulo na vida de Natalia em que ela conta sua vida em composições viscerais e acachapantes que em nenhum momento perdem o DNA pop sabendo usar todos os clichês possíveis, os revirando do avesso para reconstrui-los de uma maneira surpreendente e impecável.  Ao lado do produtor Jeff Bhasker (que já tinha trabalhado com ela no seu primeiro CD Perfectionist de 2011), Natalia cria uma sonoridade única, original e que combina perfeitamente com as mensagens passadas por ela mesmo que seja de uma maneira completamente inusitada e inesperada. Como já comprovou com a sensacional Wonderland, Natalia é dona de uma sonoridade bem diferente do que estamos acostumados: bem mais madura com pitadas de uma atmosfera sombria e classuda devido as influências de rock, eletrônico underground, pop chiclete e até mesmo de R&B. Tudo isso é defendido com perfeição por Natalia em performances certeiras mostrando como uma cantora usa todas as suas qualidades em pró das canções em vez de tentar imitar outros estilos ou cantoras apenas para conseguir se encaixar no mundo mainstream. A viagem pelo mundo (des) encantado de Natalia começa já em um nível altíssimo com a sensacional Television seguido pela "tapa na cara" Problem, Controversy parece uma prima bem mais viciante de Gang Bang da Madonna e Rabbit Hole ao lado de Daddy's Girl são aulas de como fazer um pop chiclete. Enquanto isso, a sombria e triste Devils Don't Fly junto com a bonita e melancólica Marlboro Lights fazem a contrapartida perfeita com seus vernizes de "baladas românticas" com as batidas mais aceleradas das outras faixas. Só que nenhuma supera a genialidade do single Saturday Night (resenha a seguir). Até mesmo os momentos menos inspirados do álbum (Boys Don't Cry e Watching You) não comprometem o resultado final já que são acima da média da maioria das canções pop que estão tocando na rádio atualmente. Que pena de quem não vai ao CD já que está preso a pré-conceitos, pois Natalia Kills entregou um CD inesquecível."
Primeira Impressão


2.The 20/20 Experience
Justin Timberlake


"Os anos afastado, quase por completo, do mundo musical fez um bem gigantesco para a sonoridade de Justin. E isso também deve muito ao parceiro dele, o produtor Timbaland que teve problemas pessoais sérios nos últimos anos e voltou com tudo. Não é segredo para ninguém que JT é influenciado diretamente pelo pop/R&B que consagrou Michael Jackson e em The 20/20 Experience ouvimos toda essa sonoridade do começo ao fim. Todavia, não é apenas um "copia e cola". O álbum é a evolução sonora do som de Justin. Com a produção mais do que inspirada de Timbo que conta com a ajuda do próprio Justin e do produtor J-Roc, The 20/20 Experience é uma experiência. O álbum é rico com as centenas de nuances colocadas na produção de todas as faixas com casamentos perfeitos de várias batidas, ritmos, texturas e pegadas. A construção de arranjos é genial ainda mais se contarmos com o fato que Justin não fez nenhuma concessão e entregas faixas enormes em duração só que em nenhum momento elas são engolidas por esse "exagero". Ao contrário, tudo é bem amarrado que essa escolha artística se faz necessária para poder transmitir toda a complexidade de suas produções. The 20/20 Experience é uma experiência audaciosa onde Justin nada contra a maré mostrando que o pop é muito mais refinado que o público jovem de hoje pensa. Um trabalho tão intricado merece um interprete na mesma altura. Claro, JT é esse cara. Seu trabalho vocal durante todo o álbum é impressionante onde ele entrega vocais "reais" nos dois sentidos da palavra: pouco alterada, a voz dele é de uma qualidade de rei do Pop sabendo usar todas as suas qualidades em favor da melhor performance possível. Cheia de personalidade que nenhum auto-tune compra. Infelizmente, nem o melhor paraíso é livre de algumas nuvens de chuva. Há um defeito em The 20/20 Experience: as composições poderiam ser bem mais que são. Todo álbum é feito por letras de alma, coração e corpo moldados no melhor que o pop pode trazer seja na forma ou no conteúdo, mas em vários momentos ficam faltando algo. Em comparação com as poderosas construções sonoras, certos momentos soam "bobos" como algumas escolhas de tema. Nada realmente muito grave, mas que não deixa The 20/20 Experience ser A obra prima. Contudo, os momentos em que Justin consegue fechar todo o pacote de maneira perfeita temos músicas como a genial Mirrors (resenha a seguir) que ouso dizer que dever ser tornar uma das melhores do ano. E vou além: deve ser a melhor da carreira do Justin. Não muito atrás fica a sensacional Let The Groove Get In que com certeza é a representação perfeita do que poderia estar fazendo Michael Jackson nos dias de hoje. Já em Blue Ocean Floor, ele entrega uma versão sua mais profunda e muito bem vinda no que é a melhor composição de The 20/20 Experience. Há também a deliciosa Pusher Love Girl que mesmo com uma letra de gosto duvidoso agrada ao abrir o álbum de maneira grandiosa, a fofa/foda Strawberry Bubblegum e a dançante/sexy Don't Hold The Wall. Para você o quanto o álbum é ótimo no final das contas uma música como Suit & Tie é uma das mais fracas. E qual a melhor maneira de encerrar esse texto? Simples: voltando ao começo. JUSTIN TIMBERLAKE É FODA. THE 20/20 EXPERIENCE É FODA. Sem mais."
Primeira Impressão


1.The Electric Lady
Janelle Monáe


"O trabalho faz parte do seu "projeto" intitulado Metropolis que começou com o EP Metropolis: Suite I (The Chase) de 2007 e que teve continuidade no seu debut The ArchAndroid de 2010 (dele saiu os singles Tightrope e Cold War). The Electric Lady  marca a quarta e quinta parte do projeto que tem ainda mais duas partes para serem lançadas. Considerada por muitos como uma das melhores artistas surgidas nos últimos anos, Monáe não decepciona em nenhum segundo durante toda a (longa) duração do álbum. Bem mais que não decepcionar ela vai bem além do que poderia ser esperado: Monáe entrega a mais exata definição de perfeição.

O grande diferencial de The Electric Lady para os outros trabalho de Monáe é que a produção está bem menos psicodélica voltado-se para uma sonoridade mais "certinha". Não entenda como "certinho" algo careta ou datado, mas a cantora decidiu voltar ao "inicio" para "olhar para o futuro". Claramente uma diva soul, Monáe e seu equipe de produtores pegam soul, rock soul e R&B contemporâneo e misturam tudo graciosamente em uma perspectiva única, moderna e de um poder tão forte que entra no nossos ossos com uma onda de energia. É impossível e improvável alguém ouvir a parceria dela com a lenda Prince em Givin Em What They Love e ficar impassível com essa magnética, poderosa e avassaladora canção. E para melhorar, Prince ainda toca guitarra para colocar o creme em cima do bolo. Cada faixa é de uma excelência em qualidade em todos os sentidos que apenas comprova a capacidade técnica de Monáe e da equipe que a cerca. Além da parte de instrumentalização ser um trabalho impressionante, podemos sentir toda a sensibilidade criativa que emana de The Electric Lady como se fosse quase uma força vital que une a cantora com a música. Na linda Dorothy Dandridge Eyes com participação de Esperanza Spalding podemos sentir essa áurea assim como na delicada old fashion Look Into My Eyes. Como a diva que é, Janelle Monáe domina cada segundo de The Electric Lady com uma classe, uma força, um domínio vocal inigualável tanto na parte técnica como na arte da interpretação que faz com que entremos em uma jornada quase transcendental. A facilidade que ela vai de uma cantora Motown rejuvenescida na maravilhosa Victory ou uma jazz singer moderna em Can't Live Without Your Love ou mesmo uma cantora pop/dance/R&B/funk na gloriosa Dance Apocalyptic (resenha a seguir) é de fazer muitas cantoras que se acham "fodonas" corarem de vergonha! As composições são perfeitas. Para cada faixa, cada concepção, cada mensagem, Monáe consegue entregar apenas a perfeição em todos os sentidos seja na sassy e classy Q.U.E.E.N. (resenha a seguir) com a ótima Erykah Badu, na romanticamente sexy Primetime ao lado do cantor Miguel, ao lado de Esperanza Spalding na linda Dorothy Dandridge Eyesou seja homenageando sua mãe na inspiradora Ghetto Woman. Contudo, apesar de ser difícil de ficar apontando apenas uma ou duas como as melhores em um álbum tão genial como esse, tenho que ressaltar que a canção Electric Lady com a participação sensacional da Solange (irmã da Beyoncé) é algo fora de sério. Como eu fiz com os outros: Janelle Monáe bem vinda a eternidade. E muito obrigado por The Electric Lady
. "
Primeira Impressão

Revelação do Ano

Antes de revelar qual foi o artista escolhido por vocês como Revelação de 2013, vamos dar uma olhada em quem foi eleito como o melhor novo artista nos últimos anos. Lembrando que em 2008 e 2009 ainda não havia votação e os escolhidos foram feitos por mim apenas.

Aqui está o resultado final da enquete que teve um total de 137 votos:


1.Ariana Grande
47 Votos (34,34%)



2.Iggy Azalea
41 Votos (29,93%)



3.Macklemore & Ryan Lewis
27 Votos (19,71%)



4.Little Mix
13 Votos (9,46%)



5.James Arthur
9 Votos (6,57%)