3 de janeiro de 2014

Os 25 Melhores Álbuns de 2013 - Top 5



Quais artistas que conseguiram ficar a frente de todos os outros e entregarem obras que ficaram para sempre em nossa memória? Vejam quais são os 5 Melhores Álbuns de 2013:


5.Like a Rose
Ashley Monroe


"Ashley Monroe, integrante do trio country Pistol Annies, lançou recentemente o seu segundo álbum solo intitulado Like a Rose. Sem nenhuma promoção de grandes escalas ou notoriedade pelo grande público mainstream, o álbum estreou apenas na posição 43 da Billboard. Contudo, isso não reflete na qualidade que a cantora entrega em um álbum espetacular que, felizmente, recebeu os louvores merecidos da critica americana que ovacionou em resenhas melhores que até do David Bowie (se você comparar a média, claro). Claro, que pelo êxito que ela teve no grupo country já poderia se esperar algo decente dela, mas Like a Rose vai muito, muito, muito além disso. Like a Rose é uma coleção de apenas nove músicas que busca na raiz do country sua alma para construir uma sonoridade simples, doce, elegante e extremamente bem produzido. O cuidado em criar cada arranjo é nítido e exemplar na forma de conduzir as belas e sensíveis melodias que mostra o quanto rico pode ser o country executado da maneira certa. As composições são outro ponto forte do álbum: não importa se são letras mais acidas e divertidas para as canções up-tempo ou as tocantes e lindas declarações sobre o amor e suas formas nas baladas, cada faixa é uma pérola tirando sentimentos verdadeiros usando inteligência, sensibilidade e talento. Como cantora Ashley é uma "velha senhora". Sua voz tem todos os atributos e qualidades das grandes cantoras de country como a Dolly Parton. Pode até não agradar quem curte Taylor Swift, mas para quem curte o estilo ou não tem preconceitos pode encontrar uma interprete vigorosa, versátil dentro do estilo e com capacidade de encantar em qualquer momento. Dentro de um álbum "curto", mas riquíssimo que precisa ser descoberto e ouvido na integra consigo ressaltar os momentos de maior destaque: a melancólica Used, a divertida Monroe Suede, o dueto sensacional com Blake Shelton em You Ain't Dolly (And You Ain't Porter) e as melhores do álbum as tristes e geniais The Morning After e She's Driving Me Out of Your Mind. Um trabalho marcante que veio de maneira imprevisível."
Primeira Impressão


4.James Arthur
James Arthur

"Para o álbum é elaborado uma espécie de pop/R&B contemporâneo/urban misturado com uma forte influência de rock e hip hop. Essa mistureba toda é lindamente construída mostrando uma originalidade única, refinada e magistral. Mesmo sendo calcada em uma base como referencias mais antigas e no próprio trabalho dos produtores do álbum, a sonoridade aqui mostra o nascimento de uma tendencia que sabe como misturar essa nova estética criada na Inglaterra com um verniz mais internacional. Estamos diante de um possível sucesso global mesmo acreditando que ainda é possível James evoluir ainda mais, mas isso ele deve conseguir com o tempo e a experiência. Outra grande qualidade do álbum é a presença de James como compositor em quase todas as canções (a exceção fica por de Impossible que é uma regravação). Isso dá para o trabalho o nível pessoal e intimo necessário para conectarmos com James sem nem ao menos sabermos qual sua história (isso é fundamental para atrais quem não acompanhou o reality). Contudo, isso não seria suficiente para resultar em composições boas. Com a lapidação feita pelos colaboradores o resultado final se transforma em viagem emocionante, arrebatadora e comovente sobre os seus demônios, seus amores, seus medos, suas alegrias. Conseguimos ver quase em forma sólida a mente de um homem que passou por muitas coisas. A maneira como cada faixa é composta mostra um artista inquieto em busca da verdade que se esconde nas entranhas de si mesmo. Mesmo com toda essa carga emocional as composições não partem para um caminho "cabeça" e elitista ao saber balancear com o lado mais popular sem perder sua essência. Só que isso seria a apenas a ponta do iceberg se James não fosse o cantor que é. Se não bastasse ser dono de uma voz tão única e sem comparações, ele entrega performances que eu só posso classificar como uma força sobre-humana. Uma força da natureza assim como uma onda gigante que arrasta tudo por onde passa. Uma erupção de vulcão que parecia a muito adormecido. Um furacão da mais alta categoria varrendo uma cidade inteira. A gente sabe que mesmo esses eventos da natureza terem um fim nada do que foi será como antes. E é assim que a gente se sente após ouvir o álbum com James entregando tudo que tem e o que não tem. Diga que depois de ouvir a magistral Suicide você vai ficar intacto perante a entrega de James em uma composição arrasadora em uma power balada épica? Ou ficar imune a batida sexy de New Tattoo e performance deliciosa de James? Quem sabe você não vai se emocionar com a acachapante Recovery ou não sonhar com o amor ao ouvir o belíssimo dueto de James com a Emeli Sandé em Roses? Isso sem falar do single You're Nobody 'Til Somebody Loves You, a good vibe com uma atmosfera mais dark de Get Down, a dançante e empolgante Lie Down e a doce Certain Things. Além do resto do álbum que é simplesmente perfeito e genial. James entrou como o cara que apenas venceu um reality musical e sai daqui mostrando qual é a definição do que é ser um artista de verdade."
Primeira Impressão


3.Trouble
Natalia Kills


"Lançado no começo desse mês, Trouble já pode ser considerado como um dos melhores trabalhos pop do ano. Contudo, Natalia vai muito mais além do que apenas entregar um álbum pop de qualidade: Trouble é um manifesto em forma de música sobre os demônios e anjos que atormentam a mente da jovem cantora. Então, fique ciente que aqui ela vai muito, mais muito, mais muito além dos velhos e surrados clichês que o estilo oferece. Natalia coloca em suas músicas uma carga emocional tão forte e desconcertantemente tão sincera que poucas vezes o mundo pop presenciou uma artista abrindo seu coração e expondo seus medos, suas verdades, seus segredos mais profundos dessa maneira. Cada faixa parece um capítulo na vida de Natalia em que ela conta sua vida em composições viscerais e acachapantes que em nenhum momento perdem o DNA pop sabendo usar todos os clichês possíveis, os revirando do avesso para reconstrui-los de uma maneira surpreendente e impecável.  Ao lado do produtor Jeff Bhasker (que já tinha trabalhado com ela no seu primeiro CD Perfectionist de 2011), Natalia cria uma sonoridade única, original e que combina perfeitamente com as mensagens passadas por ela mesmo que seja de uma maneira completamente inusitada e inesperada. Como já comprovou com a sensacional Wonderland, Natalia é dona de uma sonoridade bem diferente do que estamos acostumados: bem mais madura com pitadas de uma atmosfera sombria e classuda devido as influências de rock, eletrônico underground, pop chiclete e até mesmo de R&B. Tudo isso é defendido com perfeição por Natalia em performances certeiras mostrando como uma cantora usa todas as suas qualidades em pró das canções em vez de tentar imitar outros estilos ou cantoras apenas para conseguir se encaixar no mundo mainstream. A viagem pelo mundo (des) encantado de Natalia começa já em um nível altíssimo com a sensacional Television seguido pela "tapa na cara" Problem, Controversy parece uma prima bem mais viciante de Gang Bang da Madonna e Rabbit Hole ao lado de Daddy's Girl são aulas de como fazer um pop chiclete. Enquanto isso, a sombria e triste Devils Don't Fly junto com a bonita e melancólica Marlboro Lights fazem a contrapartida perfeita com seus vernizes de "baladas românticas" com as batidas mais aceleradas das outras faixas. Só que nenhuma supera a genialidade do single Saturday Night (resenha a seguir). Até mesmo os momentos menos inspirados do álbum (Boys Don't Cry e Watching You) não comprometem o resultado final já que são acima da média da maioria das canções pop que estão tocando na rádio atualmente. Que pena de quem não vai ao CD já que está preso a pré-conceitos, pois Natalia Kills entregou um CD inesquecível."
Primeira Impressão


2.The 20/20 Experience
Justin Timberlake


"Os anos afastado, quase por completo, do mundo musical fez um bem gigantesco para a sonoridade de Justin. E isso também deve muito ao parceiro dele, o produtor Timbaland que teve problemas pessoais sérios nos últimos anos e voltou com tudo. Não é segredo para ninguém que JT é influenciado diretamente pelo pop/R&B que consagrou Michael Jackson e em The 20/20 Experience ouvimos toda essa sonoridade do começo ao fim. Todavia, não é apenas um "copia e cola". O álbum é a evolução sonora do som de Justin. Com a produção mais do que inspirada de Timbo que conta com a ajuda do próprio Justin e do produtor J-Roc, The 20/20 Experience é uma experiência. O álbum é rico com as centenas de nuances colocadas na produção de todas as faixas com casamentos perfeitos de várias batidas, ritmos, texturas e pegadas. A construção de arranjos é genial ainda mais se contarmos com o fato que Justin não fez nenhuma concessão e entregas faixas enormes em duração só que em nenhum momento elas são engolidas por esse "exagero". Ao contrário, tudo é bem amarrado que essa escolha artística se faz necessária para poder transmitir toda a complexidade de suas produções. The 20/20 Experience é uma experiência audaciosa onde Justin nada contra a maré mostrando que o pop é muito mais refinado que o público jovem de hoje pensa. Um trabalho tão intricado merece um interprete na mesma altura. Claro, JT é esse cara. Seu trabalho vocal durante todo o álbum é impressionante onde ele entrega vocais "reais" nos dois sentidos da palavra: pouco alterada, a voz dele é de uma qualidade de rei do Pop sabendo usar todas as suas qualidades em favor da melhor performance possível. Cheia de personalidade que nenhum auto-tune compra. Infelizmente, nem o melhor paraíso é livre de algumas nuvens de chuva. Há um defeito em The 20/20 Experience: as composições poderiam ser bem mais que são. Todo álbum é feito por letras de alma, coração e corpo moldados no melhor que o pop pode trazer seja na forma ou no conteúdo, mas em vários momentos ficam faltando algo. Em comparação com as poderosas construções sonoras, certos momentos soam "bobos" como algumas escolhas de tema. Nada realmente muito grave, mas que não deixa The 20/20 Experience ser A obra prima. Contudo, os momentos em que Justin consegue fechar todo o pacote de maneira perfeita temos músicas como a genial Mirrors (resenha a seguir) que ouso dizer que dever ser tornar uma das melhores do ano. E vou além: deve ser a melhor da carreira do Justin. Não muito atrás fica a sensacional Let The Groove Get In que com certeza é a representação perfeita do que poderia estar fazendo Michael Jackson nos dias de hoje. Já em Blue Ocean Floor, ele entrega uma versão sua mais profunda e muito bem vinda no que é a melhor composição de The 20/20 Experience. Há também a deliciosa Pusher Love Girl que mesmo com uma letra de gosto duvidoso agrada ao abrir o álbum de maneira grandiosa, a fofa/foda Strawberry Bubblegum e a dançante/sexy Don't Hold The Wall. Para você o quanto o álbum é ótimo no final das contas uma música como Suit & Tie é uma das mais fracas. E qual a melhor maneira de encerrar esse texto? Simples: voltando ao começo. JUSTIN TIMBERLAKE É FODA. THE 20/20 EXPERIENCE É FODA. Sem mais."
Primeira Impressão


1.The Electric Lady
Janelle Monáe


"O trabalho faz parte do seu "projeto" intitulado Metropolis que começou com o EP Metropolis: Suite I (The Chase) de 2007 e que teve continuidade no seu debut The ArchAndroid de 2010 (dele saiu os singles Tightrope e Cold War). The Electric Lady  marca a quarta e quinta parte do projeto que tem ainda mais duas partes para serem lançadas. Considerada por muitos como uma das melhores artistas surgidas nos últimos anos, Monáe não decepciona em nenhum segundo durante toda a (longa) duração do álbum. Bem mais que não decepcionar ela vai bem além do que poderia ser esperado: Monáe entrega a mais exata definição de perfeição.

O grande diferencial de The Electric Lady para os outros trabalho de Monáe é que a produção está bem menos psicodélica voltado-se para uma sonoridade mais "certinha". Não entenda como "certinho" algo careta ou datado, mas a cantora decidiu voltar ao "inicio" para "olhar para o futuro". Claramente uma diva soul, Monáe e seu equipe de produtores pegam soul, rock soul e R&B contemporâneo e misturam tudo graciosamente em uma perspectiva única, moderna e de um poder tão forte que entra no nossos ossos com uma onda de energia. É impossível e improvável alguém ouvir a parceria dela com a lenda Prince em Givin Em What They Love e ficar impassível com essa magnética, poderosa e avassaladora canção. E para melhorar, Prince ainda toca guitarra para colocar o creme em cima do bolo. Cada faixa é de uma excelência em qualidade em todos os sentidos que apenas comprova a capacidade técnica de Monáe e da equipe que a cerca. Além da parte de instrumentalização ser um trabalho impressionante, podemos sentir toda a sensibilidade criativa que emana de The Electric Lady como se fosse quase uma força vital que une a cantora com a música. Na linda Dorothy Dandridge Eyes com participação de Esperanza Spalding podemos sentir essa áurea assim como na delicada old fashion Look Into My Eyes. Como a diva que é, Janelle Monáe domina cada segundo de The Electric Lady com uma classe, uma força, um domínio vocal inigualável tanto na parte técnica como na arte da interpretação que faz com que entremos em uma jornada quase transcendental. A facilidade que ela vai de uma cantora Motown rejuvenescida na maravilhosa Victory ou uma jazz singer moderna em Can't Live Without Your Love ou mesmo uma cantora pop/dance/R&B/funk na gloriosa Dance Apocalyptic (resenha a seguir) é de fazer muitas cantoras que se acham "fodonas" corarem de vergonha! As composições são perfeitas. Para cada faixa, cada concepção, cada mensagem, Monáe consegue entregar apenas a perfeição em todos os sentidos seja na sassy e classy Q.U.E.E.N. (resenha a seguir) com a ótima Erykah Badu, na romanticamente sexy Primetime ao lado do cantor Miguel, ao lado de Esperanza Spalding na linda Dorothy Dandridge Eyesou seja homenageando sua mãe na inspiradora Ghetto Woman. Contudo, apesar de ser difícil de ficar apontando apenas uma ou duas como as melhores em um álbum tão genial como esse, tenho que ressaltar que a canção Electric Lady com a participação sensacional da Solange (irmã da Beyoncé) é algo fora de sério. Como eu fiz com os outros: Janelle Monáe bem vinda a eternidade. E muito obrigado por The Electric Lady
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Primeira Impressão

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