31 de março de 2011

Resta Rezar

Motivation (Feat. Lil' Wayne)
Kelly Rowland

É chegada a hora que o terceiro álbum da Kelly Rowland só decola com reza. Muita reza. De várias religiões e crenças. Não podemos dizer que a Kelly não tinha material de qualidade ou muito menos que não tentou. E ela vai continuar, mesmo que tenha que começar do zero. Para isso ela lançou o single Motivation.

A canção, ao que parece, será o reinício dos trabalhos de divulgação do álbum (ainda sem nome) no mercado americano. Com o featuring do rapper Lil' Wayne, Motivation é até agora a mais fraca das músicas lançadas pela Kelly nessa nova fase da sua carreira. Não sei se tem muito apelo comercial para fazer sucesso no concorrido mercado americano. Mesmo assim, a música tem suas qualidades. Uma mistura de hip hop com eletropop bem elaborado com uma batida diferente sendo mais cadenciada e sexy. E essa segunda qualidade é o seu principal assunto. Kelly narra com "metáforas" o ato sexual. A composição fica no meio do caminho entre o vulgar e o divertido. Anda em uma linha fina, mas não escorrega. Kelly está correta, mas muito longe do potencial de sua voz. Já Lil' Wayne não atrapalha nem ajuda. Quase dispensável. Então, não há muito que se possa fazer para ela decolar de vez. Eu já estou rezando já faz um tempão. Só Deus para ajudar.
nota: 6,5

29 de março de 2011

Coisas Que Eu Nunca Pensei que Aconteceria

Jam (Turn It Up)
Kim Kardashian

Tem certas coisas que a gente precisa ver para crer. E quando a gente vê e admiti que é realidade, é necessário algum tempo para digerir toda a informação. Sentar, acalmar os ânimos e aceitar a verdade. Mesmo ainda com certa dificuldade, apresento a resenha do single da Kim Kardashian.

Quem é a Kim Kardashian?, você deve estar se perguntando. Kim-Kay, para os íntimos, até alguns anos não era ninguém apenas mais uma filha riquinha de uma socialite. Mas seguindo a "escola de como ficar famosa da Paris Hilton", um vídeo dela fazendo "coisinhas" com um namorado (pasmem, irmão da cantora Brandy) vazou. Sucesso na hora. Então, assessorada pela mãe ela se tornou uma celebridade famosa especialmente por sei sextape e suas formas generosas (e coloca generosidade nisso). Posou para a Playboy americana e, se não bastasse tudo isso, emplacou um reality show mostrando o dia a dia dela com a família. E por tabela fez do resto da família celebridade. Se isso tudo não bastasse e para coroar a cereja no bolo de maneira deliciosa, ela resolveu se lançar uma música. Com ela cantando. Ela mesma.

Acho que em alguma noite regada de vodka e tequila, os produtores Tricky Stewart e The Dream resolveram convencer Kim a gravar uma música produzidas por eles. O motivo? Só Deus sabe, mas a moça resolveu aceitar a proposta e gravou a canção Jam (Turn It Up) lançada exclusivamente no iTunes. Antes vou ao ponto positivo: metade da renda da venda da canção será voltada ao uma instituição de caridade. Dito isso, vamos a realidade de Jam (Turn It Up): a canção é a pior que eu já ouvi na minha vida. Claro que eu ainda estou sendo "bonzinho" e chamando isso de música. Até a Paris conseguiu fazer algo decente. Mesmo Kim também sendo vitima, ela tem parcela de culpa nessa bomba. Cantar é uma coisa tão longe do que ela tenta fazer aqui que nem consigo descrever a m*rda que é. Tricky Stewart e The Dream não escreveram uma letra ou produziram um arranjo. Eles defecaram. Tudo é de uma falta de gosto tão grande que a gente para e pensa se isso tudo não é uma brincadeira dos três. Uma grande piada. O que seja é de muito mau gosto. Querida Kim, continue sendo quem você: linda (para mim, a mulher mais bonita da atualidade) e gostosa. Já está de bom tamanho.
nota:0

As Músicas Que Você Precisa Ouvir Antes de Morrer

Whole Lotta Love
Led Zeppelin

Compositores: John Bonham, John Paul Jones, Jimmy Page, Robert Plant e Willie Dixon
Ouvir Por Quê?: Uma das maiores canções de rock de todos os tempos. Ajudou a definir uma geração e ainda influencia centenas de aspirantes a rockstar.
Quem Já Cantou?: Tina Turner, Ben Harper, Prince, Pussycat Dolls (?), Tori Amos,  Leona Lewis (?), Mary J. Blige, Adam Lambert e Chris Cornell.
Ano: 1969

27 de março de 2011

Adele: Um Verbo

Em inglês você pode mudar um adjetivo para criar um advérbio ou um verbo. Exemplo: wind. Colocando um y, a palavra se transforma em windy, em tradução livre "ventoso" (alguma coisa com bastante vento). Essa aula rápida de inglês é para introduzir o meu texto sobre a Adele.

De tempos em tempos algo na tênue linha do mundo musical é abalado. Algo tão significativo que altera o ciclo natural. Como uma pedra jogada em um lago calmo. O efeito serão ondas subsequentes na superfície após o impacto principal. Mas quando nesse mesmo lago pequeno, calmo e raso alguém jogasse uma pedra do tamanho de um carro? Os resultados seriam muito maiores e avassaladores. Essa sensação é a mesma que está acontecendo com o sucesso da Adele. Não apenas mais um sucesso, mas sim uma pedra gigantesca sendo atirada no laguinho.

O fato de tanto burburinho não é exatamente o sucesso em si, mas como o porquê desse sucesso. Os dois milhões de álbuns já vendidos em cerca de dois meses, o sucesso dos singles nas paradas mundiais e as criticas ovacionando 21 são só possíveis devido ao reconhecimento do público ao talento da jovem britânica. Não só ao talento, mas a capacidade de fazer do não comercial popular. Não popular "modinha". E sim ser popular no fato que conseguir chegar a nossos corações de qualquer pessoa capaz de abaixar a guarda e ser tocada pelos sentimentos tão normais e ao mesmo tempo profundos e avassaladores. Ela faz o mais básico que se pode fazer em um álbum: colocar seu coração e alma. Ela adelou em 21.

E com essa nova palavra criada e espero que o sentido tenha sido entendido, vou começar um especial para ver como a Adele está adelando.

Vulcano

Set Fire to the Rain
Adele

Como não notar um vulcão em plena atividade? Como não se admirar com esse espetáculo da natureza? Como não temer seu poder de destruição? Como evitar as consequências de uma erupção? Como? Assim é Set Fire to the Rain.

Terceiro single de 21 que irá ser lançado oficialmente em breve na Inglaterra, a canção é a narrativa quando todos os sentimentos explodem depois da descoberta de uma traição. Adele emoldura cada palavra como uma força quase tocável. Desde a descoberta ainda misturada com sentimentos contraditórios como amor, raiva, confusão e decepção no primeiro verso, passando pela vingança no refrão e chegando à saudade misturada com rancor e a raiva de si próprio no último verso. No meio de tudo isso há espaço para a esperança cega e saudade de uma farsa. Explosivo. Devastador. Genial. Adele se coloca acima do bem e do mal em uma performance já eterna. Assim também está Set Fire to the Rain. Não há igual ou que possa ser comparado com a produção brilhante feita para a canção. O arranjo consegue captar mais que perfeitamente a intricada rede de sentimentos expostos na canção. E muito mais que isso. Seu brilhantismo na construção de uma melodia atemporal que eleva aos céus os vocais já divinos faz de Set Fire to the Rain já fazer parte da lista das melhores canções de todos os tempos. Assim como uma erupção, Set Fire to the Rain arrebata quem presencia sua passagem. E deixa marcas para todo sempre nos solos de cada coração.
nota:10

Podia Ser

Coração Dilacerado
Don't You Remember

"Entre as diversas formas de mendicância, a mais humilhante é a do amor implorado."
Carlos Drummond de Andrade


Humilhação. Um dos atos mais degradantes que um ser humano pode se submeter ou ser submetido. E quando envolve amor há algo de compreensivo. Quase aceitável. Seria o sentimento de piedade em ver alguém implorando o amor de outra pessoa? Ou um reconhecimento entre dois corações sensíveis que entende o que o outro passa? Não importando o que seja sempre iremos nós render a essa forma de "amar". Independente de quem seja você e suas convicções. Sempre.

Em Don't You Remember, Adele faz um cruel e arrebatador retrato sobre um coração dilacerado que se humilha ao tentar buscar alguma faísca do amor acabado. A canção poderia muito bem ser o quarto single do 21, principalmente nos EUA. A produção é assinada pelo lendário produtor Rick Rubin. Dele a canção ganha um toque lindíssimo de country e combinado com sua alma "soul" cria uma melodia primorosa cheia de nuances que emoldura perfeitamente a história passada pela composição de Don't You Remember. Vai do doce e calmo no começo ao desesperador até o angustiante e triste na parte final. Por sua vez, a letra é de um requinte de crueldade ao ser tão verdadeira que é possível imaginar que todo não passa de uma conversa ao cara a cara onde Adele tenta entender o que aconteceu para o fim sem explicações do relacionamento. E mais que entender, ela quer reconquistar mesmo que se humilhando em desespero admitindo uma culpa que ela nem sabe se é dela mesmo e se prende ao mínimo de esperança que existe.

"Quando eu vou vê-lo novamente?
Você se foi sem adeus, nenhuma palavra foi dita
Nem um beijo de despedida para selar nada
Eu não sabia nada sobre o estado em que estávamos



Mas eu sei que tenho um coração inconstante e amargura
E o olho de um errante, e um peso na minha cabeça.

Mas você não se lembra,
não se lembra?
A razão que me amou antes,
Amor, por favor lembra de mim mais uma vez."


Mas nada disso seria possível se Adele não entregasse a performance de uma vida. Aqui ela não só está em estado de graça como cantora com vocais ridiculamente perfeitos. Adele ganha os céus com uma interpretação inigualável. Cada palavra é carregada de sentimentos e uma força quase sobrenatural. Se eu pudesse comparar, eu afirmaria que Don't You Remember está para Meryl Streep em Ironweed. Triste. Verdadeiro. Humano. É assim que é Don't You Remember. Assim é a humilhação.
nota:10

Quando Não Há Mais Nada Para Fazer

Someone Like You
Someone Like You: Live from the BRIT's
Adele

Quando todo já foi dito e feito, o que resta? Nada, apenas aceitar a vida como ela é. Rendição. A vida precisa seguir. As contas precisam ser pagas. A casa precisa ser limpa. O cachorro precisa ser alimentado. Com essa urgência das coisas banais serem feitas, é necessário chegar ao um ponto que é preciso encarar a vida é dizer: "Eu tentei, mas não dá mais. Desisto". É assim que Adele se mostra no segundo de 21, Someone Like You.


A canção é uma "power" balada acompanhada apenas no piano e voz. E sabe o que é mais incrível? Someone Like You não é a melhor música do álbum e mesmo assim é genial. Não há nada mais perfeito que os vocais  de Adele que transmitem uma tristeza tão profunda e real que leva lágrimas as olhos de qualquer pessoa.  Lá está ela em algum surpermerdado e encontra o amor da sua vida depois de anos sem vê ele. Ele tocou a vida adiante. Casado. Feliz. Ela parou no tempo. Sozinha. Então sem ter mais nada a fazer ou falar, ela deseja o melhor para ele ("Eu desejo nada, menos o melhor / Para você também" ). Mas ele deixa claro que ela ainda não o esqueceu (Eu esperava que você ao ver meu rosto se lembrasse / De que para mim/ Não está acabado), mas também vai tentar continuar a viver ( Não se preocupe / Eu vou encontrar alguém como você). Real, honesto e tocante. Como disse antes, a canção não é a melhor do álbum. Mesmo assim a canção é sensacional e qualquer artista com um pouco de inteligência gostaria de ter uma canção desse nível em um CD. Mas como a Adele é a Adele, ela conseguiu elevar tudo a um outro nível com a sua apresentação de Someone Like You no BRIT Awards no começo desse ano. Com algumas mudanças das notas em alguns momentos e uma performance arrebatadora, Adele conseguiu fazer da canção um sucesso na Inglaterra apenas com essa apresentação. Someone Like You chegou ao primeiro lugar da parada inglesa na mesma semana e ser ter sido lançado como single e ainda conseguiu entrar na parada americana apenas com os downloads. Em Someone Like You, Adele não tem muito que fazer. Mas na vida real ela tem muito mais a fazer. Muito mesmo.


nota
Versão Álbum:8,5
Versão Ao Vivo:9,5

Faixa por Faixa

CD: 19
Gênero: Pop, Soul
Vendagem: 2.8 Milhões
Singles/Peak na Billboard: Hometown Glory (UK: 19°), Chasing Pavements (21° / UK: 2°),  Cold Shoulder (UK: 18°), Make You Feel My Love (UK: 4°) 

Grammy 2009
Vitórias
Best New Artist 
Best Female Pop Vocal Performance (Chasing Pavements)

Indicações
2009
Song of the Year e Record of the Year (Chasing Pavements)

2010
Best Female Pop Vocal Performance (Hometown Glory)

Ano: 2008


Para encerrar o especial da Adele, vou dar uma olhada no primeiro álbum da jovem inglesa. Intitulado 19 (a idade que ela lançou o CD), o trabalho foi bem recebido pela critica ainda sobre a sombra do sucesso da conterrânea Amy Winehouse. Mesmo ainda não tendo a mesma bagagem emocional para compor com profundidade, seu talento como compositora chamou a atenção com letras inspiradas. Mas o grande destaque mesmo foi a sua capacidade vocal. Devido ao reconhecimento de seu potencial ela levou para casa vários prêmios, inclusive o de revelação no Grammy.


Faixas


1. Daydreamer:  Romântica, doce e sonhadora. Na faixa que abre o álbum, a jovem interpreta qualquer jovem da sua idade em busca do príncipe encantado. O arranjo com base apenas de um dedilhar de um violão coloca em evidência o delicado vocal de Adele, outra faceta da voz da cantora que merece reconhecimento.
nota: 7,5


2. Best for Last: Outro arranjo simples, mas com mais "recheio" com uma guitarra divertida e um toque mais jazz. Adele brinca com seu instrumento em passagens contidas que deixa a sensação de quero mais e mais.
nota: 7,5


3. Chasing Pavements: O grande ponto de interrogação é nas primeiras impressões da canção é fácil se espantar e pensar que como uma música tão "normal" poderia ganhar tanto destaque na maior premiação de música. Mas deve-se ouvir o single mais de uma vez para que esse pré-conceito seja destruído.
Para começa pela voz de Adele. Uma jovem branca britânica com uma voz que é a essência da "alma negra americana" (não te lembra alguém?). Segundo pela qualidade da canção em si. Pela letra enigmática e melancólica e o arranjo feito para não se contrapor pelo brilho do vocal. É claro que a música não é genial devido ao fator não emplacar de primeira em nossos ouvidos. Mas como um bom vinho ela deve-se saborear em pequenas doses para que todo seu sabor possa ser sentido em sua plenitude.
nota: 7,5

4. Cold Shoulder: A canção mais pop de Adele até hoje graças ao produtor Mark Ronson. Trabalho bem feitinho, mas fora do lugar. A voz de Adele parece metalizada e a canção fica parecendo uma versão de Valerie.
nota:6


5. Crazy for You: Aqui Adele desce nas pronfundezas do blues para tirar um pouco de alma para dar personalidade e carisma para sua voz. Um pouco mais de instrumentos poderia criar uma música inesquecível com uma composição acima da média e inspirada. Mas com os vocais de Adele tudo parece certo e perfeito.
nita:8


6. Melt My Heart to Stone: Uma balada pop que quase dá certo. Tudo é muito bem feito e tem um inicio perfeito. O que acontece é do meio da canção pare frente algo se perde. Até mesmo Adele não consegue brilhar plenamente. No final temos um produtor bom, mas não marcante.
nota:7


7. First Love: Quase uma canção de ninar para falar sobre o pé na bunda que ela vai dar no primeiro amor. Estranho, deliciosa e adorável. Quem não queria levar um pé na bunda assim?
nota:8


8. Right As Rain: Mais amarga e menos romântica em suas palavras, Adele entrega uma canção simpática e com pegada Motown. Divertida.
nota:6,5

9.Make You Feel My Love: Regravação de Bob Dylan de 1997. Sua forte e marcante voz se encaixa perfeitamente no doce e delicado arranjo a base de piano. A letra é maravilhosa, nada menos que podemos esperar de Bob Dylan.
nota: 8

10. My Same: Cheia de gingado e sarcasmo, Adele mostra que sabe fazer canções up-tempo sem perder o brilho. Gracioso.
nota: 7,5


11. Tired: Nada especial nessa faixa que tem momentos estranhos como a mudança no arranjo em um determinado momento. Mesmo assim tem qualidades interessantes com um quase eletropop em alguns momentos.
nota:6,5

12. Hometown Glory: A canção que foi relançada no final de 2008 (já que foi lançada como primeiro single do álbum em 2007) é uma pequena viagem musical. Assim como as outras canções de Adele demora um pouco para se apreciar a música de maneira correta. E que grande e poderosa música se mostra Hometown Glory. Começando pelo arrebatador introdução ao piano. Sem falar no excelente arranjo em toda a música que cresce de maneira grandiosa sem ficar "over" demais, mas sem perder o poder de impacto. A performance vocal de Adele é irretocável. Diria que em certos momentos beira a perfeição. Escrita pela própria Adele, a letra mostra uma artista em busca de composições originais e íntimas que apesar de saídas fáceis, é nítido o talento dela.
nota: 8,5

Bonus Tracks

13.That's It, I Quit, I'm Moving On: Canção gravada ao vivo mostra um lado blues, quase country dela. Um pedacinho rápido e delicioso.
nota:7

14. Now And Then: uma demo de Adele. Sem classificação.


15. Painting Pictures: mostra o poder de sensualidade de Adele nos vocais e um lado mais rock.
nota: 7

23 de março de 2011

Elizabeth Taylor


A arte é um instante de eternidade e perfeição.
V. Avelino

Dois Pesos e a Mesma Medida

If I Were a Boy
Reba McEntire

Fazer uma regravação de um sucesso é extremamente perigoso. Ainda mais se você mudar completamente o estilo da música, mas de vez em quando acontece que dá certo. Assim aconteceu com a canção If I Were a Boy da Beyoncé que ganhou uma versão pela voz da cantora Reba McEntire.

Após fazer uma apresentação ao vivo da música em uma premiação country, Reba decidiu gravar a canção no álbum All The Women I Am e agora lançou como single. Claro que a versão de Reba transforma If I Were a Boy em uma música country. O mais curioso que mesmo com essa imensa mudança de pop / R&B para "sertanejo americano", a canção não perde qualidade apenas muda o foco. Assim como fez em Because of You da Kelly Clarkson, Reba coloca sua marca registrada. Abaixa um pouco o nível dos vocais numa performance mais contida e sensível. O arranjo tem o único problema da canção (a letra é exatamente a letra). Mesmo mudando a pegada, em certos momentos a canção parece com a mesma base da original. Mesmo assim o resultado se compara ao original, o que já é ótimo.
nota:7,5

22 de março de 2011

Lady of Pop Final

Lady of Pop
Final

Part.I
Part.II


Lady GaGa


Música: LoveGame
Álbum: The Fame
Ano: 2009

Ela é GaGa. Queiram ou não ela é uma Lady do Pop e em LoveGame ela nunca esteve tão pop.



Elton John

Música: Your Song
Album: Elton John
Ano: 1970


Se tiver alguém nessa lista que realmente merece ser chamado de dama é o Elton. E sem dúvida nenhuma, ele é a dama-mãe de todos os artistas pop.

2 por 1 - Chris Brown

Look At Me Now (feat.Lil Wayne e Busta Rhyme)
Beautiful People ( feat.Benny Benassi)
Chris Brown

Ao que parece, Chris Brown vai conseguir fazer a sua volta definitiva com o lançamento do álbum F.A.M.E. Depois do bom desempenho de Yeah 3X, os dois próximos singles parecem confirmar essa tendência. Começando com a canção Look At Me Now.


Comprovando que seu melhor estilo é hip hop / R&B, Look At Me Now é surpreendentemente boa. Tem alguns defeitos, mas o resultado final é satisfatório. Tem uma pegada mais urbana com arranjo mais "cru". Velho hip hop de rua seria a melhor definição. Claro, com alguns toques de pop. Nada que transforme a canção demais. Chris faz a vez de rapper com alguns versos e Lil' Wayne está com uma voz diferente e até sem personalidade. Porém, quem rouba é a cena é o Busta Rhyme. Sumido já faz algum tempo, a gente até esquece que ele é um senhor rapper. Sua parte é ótima principalmente a que ele fala extremamente rápido. Genial.

Em Beautiful People, o cantor arrisca entrar de vez na onda eletropop só que agora mais eletrônico. Com a produção do DJ Benny Benassi, a canção quase consegue um resultado acima da média. O começo de Beautiful People é promissor. Voz grave do Chris com arranjo meio fantasmagórico em uma crescente frenética dá um aperitivo interessante do que poderia ser a música se a partir do primeiro refrão não caísse no lugar comum com uso de efeitos batidos e sonoridade repetitiva. A letra funda como um pires não ajuda em nada. Fica a esperança de quem sabe na próxima.

Seria isso tudo suficiente para a carreira de Chris voltar a brilhar? Claro, se ele parar de se envolver em escândalos como aparecer em fotos nu ou quebrar camarim de estúdio de TV, ele pode se preocupar apenas com a música.
nota

Look At Me Now:7
Beautiful People:6

OIQ? 2

Rhythm of Love
Plain White T's

Falei recentemente sobre a estranheza que certas músicas causam e como isso afeta no resultado final da música. Mas nem sempre esse resultado é negativo.

Rhythm of Love é o primeiro single do álbum Wonders of the Younger da banda Plain White T's conhecidos pelo sucesso Hey There Delilah. A canção é um pop folk simples, meio deslocada no tempo e adorável. Tem uma atmosfera doce, romântica e até brega que se mistura numa liga perfeita. A letra clichê e deliciosa, o arranjo piegas e "indie" demais e os vocais de bobo apaixonado forma uma música que poderia ser uma bomba. Mas não é. O por quê? Não sei. E é esse o fato pelo OIQ?. Tão estranho que dá certo.
nota:8

21 de março de 2011

Versões

Hoje estréia um novo segmento aqui no SoSingles. O "Versões" vai ser um espaço para ver como músicas que marcaram uma época foram envelhecendo com o tempo através de suas regravações. E para começamos teremos um hino romântico, I'll Stand By You.


Ficha Técnica
Nome: I'll Stand By You
Artista Original: The Pretenders
Compositores: Chrissie Hynde, Tom Kelly, Billy Steinberg
Produção: Ian Stanley
Ano: 1994

O último hit da banda The Pretenders veio dessa balada ícone. I'll Stand By You fala sobre apoiar a pessoa amada não importa o que aconteça. Com uma pegada mais dramática e até pop em relação ao som da banda, I'll Stand By You é uma das últimas grandes músicas românticas a ser feita.

Coveres

Artista: Girls Aloud
Produtor: Xenomania
Ano: 2004

O grupo da inglesa Cheryl Cole faz uma regravação sofrida com vozes fininhas tentando cantar um música maior que cinco integrantes. Triste e sem graça.
nota:4


Artista: Carrie Underwood
Produtor: Não informado
Ano: 2007

A vencedora do American Idol gravou a canção para caridade no Projeto Idol Gives Back. A versão é contida, simples e eficiente. Claro, no estilo country.
nota: 7


Artista: Rod Stewart
Produtor: Clive Davis e John Shanks
Ano: 2006

O veterano roqueiro faz uma versão primorosa com sua voz rouca e potente. Apesar de conservadora e sem acrescentar nada, é de tirar o chapéu.
nota:8,5


Artista: Glee (Cory Monteith)
Produtor: Não informado
Ano: 2009

A versão do sucesso Glee é correta apenas.
nota: 6

Artista: Shakira e The Roots
Produtor: Versão ao Vivo
Ano: 2010

Gravado para o álbum em ajuda as vitimas do terremoto, Shakira faz sua versão com paixão e muito bem orquestrada.
nota:7,5

Artista: Pia Toscano
Produtor: Versão ao Vivo
Ano: 2011

Candidata desse ano do American Idol, a jovem foi aplaudida de pé pelos jurados após uma performance perfeita.
nota: 9



Eu Já Tive o Suficiente

Just Can't Get Enough
Black Eyed Peas

Eu não sei vocês, mas essa nova fase do Black Eyed Peas já deu o que tinha que dar para mim já faz tempo. E estou achando que boa parte do público também acha assim. Apesar do sucesso de The Time (Dirty Bit), mas nada que chegue ao pés de I Gotta Felling, o álbum The Beginning meio que encalhou nas prateleiras comparado ao sucesso do The E.N.D. Talvez muitas pessoas pensaram que era tudo o mesmo álbum, só que com edições diferentes, e preferiram apenas baixar a música. Qualquer que seja o motivo, o resultado bem mediano de The Beginning só agora começa a tentar ser revertido com o lançamento do segundo single, Just Can't Get Enough.

O single é o mais tedioso que o grupo já lançou. Just Can't Get Enough. tem uma batida linear que dá sono, mesmo sendo bem melhor que The Time (Dirty Bit). Vocalmente, os quatro integrantes parecem em ponto morto com desempenhos fracos. Apesar de usar menos auto tune, tudo parece extremamente fabricado. Quem rende menos é a Fergie com uma vozinha de quase uma criança pentelha. A letra é pseudo-romântica cheia de clichês e bobeiras de corar. O mais incrível é que precisou de 7 pessoas para escrever essa besteira. Repito: S-E-T-E. De nada adiantou. Quem sabe o Black Eyed Peas também não esteja cansado e volte no próximo álbum a ser o velho Black Eyed Peas de antes.
nota:4

16 de março de 2011

Pocket Jennifer Hudson

Se a Britney teve um, porque a J-Hud não pode ter o dela. Ainda mais agora que ela está linda, magra, elegante, é mãe e ainda é a mesma diva.

A Volta da DreamGirl

Where You At
Jennifer Hudson

Eu já falei tantas vezes de grandes comeback na música, mas esse é diferente. A volta da cantora Jennifer Hudson vai muito além dos clichês musicais que o envolvem. É muito mais do que isso. É a volta de uma sobrevivente. Uma guerreira. Uma filha, irmã e tia ainda com uma cicatriz aberta. Uma mãe em construção. Uma diva. Uma mulher. Um ser humano. Com o lançamento do segundo álbum, I Remember Me, Hudson tem a difícil tarefa de continuar sua carreira do ponto que parou após os assassinatos de seus familiares, consolidar seu status de sucesso de vendas perante o público e mostrar sua evolução artística. O primeiro single de trabalho do álbum lançado é a música Where You At.

A canção continua no terreno de J.Hud: o puro R&B. É gratificante ver que ainda há artistas que não precisam buscar novas sonoridades em busca da aceitação do público. Em Where You At, Hudson faz isso muito bem. Produzida pelo veterano Harvey Mason, Jr., a canção tem batida marcante e muito bem produzida para complementar as outras arestas da música de maneira a não brilhar demais ou faltar substância. O grande trunfo da música é o vocal de Jennifer. Todos já sabem do poder dele, mas ele está ainda melhor com a evolução de Jennifer. Controlada, mas ainda com o fogo que a fez famosa. E quando precisa crescer e fazer os agudos necessários, Jennifer está impecável. Escrita pelo cantor R.Kelly, a letra fala sobre a desilusão causada por falsas promessas. É bem escrita, mas um pouco comum e sua idéia e falta um refrão mais poderoso. Apesar disso, o resultado é mais que satisfatório. E Jennifer é muito mais. É uma aula de vida.
nota:7,5

Primeira Impressão

I Remember Me
Jennifer Hudson

Se eu pudesse definir em apenas uma palavra o segundo álbum da Jennifer Hudson seria coesão. I Remember Me é um álbum redondinho, bem produzido e certinho. Não há momentos geniais ou momentos ruins. Tudo dentro do limite do bom. É claro que está muito longe do álbum que a Hudson merece e pode fazer. Dentro do limites, Jennifer prova ser a melhor cantora americana da atualidade sem muito esforço. A sua sonoridade está mais madura com pitadas de pop, graças a participação de produtores como StarGate, Ryan Tedder, Salaam Remi, Swizz Beatz e de Alicia Keys. Letras acima da média também comprovam o desenvolvimento dela. Como um todo, I Remember Me lembra uma mistura de Diana Ross misturando o R&B com pop com os vocais de Whitney Houston. Entre as músicas os destaques são para o single Where You At, a inspiradora I Got This e I Remember Me que dá nome ao álbum. Duas regravações merecem destaque: escrita por Diane Warren e gravada pela primeira vez por Natasha Bedingfield Still Here é emocionante e regravação do clássico Feeling Good é precioso. O grande momento do álbum porém é na última canção, Believe. Escrita por dois cantores de country, a canção se transformou em uma balada gospel poderosa e com Jennifer tirando o último pingo de emoção possível. Impecável. Dito isso, ainda espero "O" álbum da Hudson para um futuro próximo. O que ela seria capaz de fazer com o mesmo material da Adele em 21? Fico arrepiado só de pensar.

15 de março de 2011

5 Contra 1

Alicia Keys

O Topo

1°If I Ain't Got You

Poucas vezes um artista conseguiu unir tão perfeitamente emoção e perfeição técnica em uma música apenas.


2°Fallin'

No seu primeiro single lançado, Alicia fez o que cantoras com anos de estrada gostariam de ter feito: perfeição.
 

3°No One

Quando se poderia pensar que ela seria engolida por uma nova geração, ela voltou sem mudar seu estilo e fazendo o melhor dela.


4°You Don't Know My Name

Diferente, old fashion, inspirada e deliciosa. Uma pérola na carreira dela.

5°Karma

Aqui ela construí um hino com cadencia forte e letra inspirada sobre a traição.


O Fundo do Poço

Try Sleeping With A Broken Heart

Tente não dormir com essa música e já vai sair ganhando.

Morno, Mas Bom

Moment 4 Life (feat. Drake)
Nicki Minaj

Com o sucesso conquistado nos últimos tempos (Pink Friday já vendeu mais de 1 milhão de cópias), Nicki Minaj vai fixando cada vez seu nome entre os grandes nomes do hip hop atual. E nem adianta a Lil' Kim toda recalcada sair meter o pau na Nicki que ela está com tudo mesmo não mostrando seu melhor.

O último single a ser lançado do Pink Friday é parceria com o rapper Drake, Moment 4 Life que se tornou a canção dela a chegar mais alto na Billboard alcançando o 13° lugar (Your Love chegou ao 14°). A canção continua a mostrar o talento da rapper em criar músicas que ao mesmo tempo tem a pegada pop sem esquecer o lado hip hop. Tudo muito bem balanceado e divertido. Mas Moment 4 Life ainda esbarra na inexperiência de Nicki que ainda está crua em finalizar suas canções. Falta um refinamento maior em sincronizar versos com tempo de música deixando a canção "inacabada". Outro fator é que se esperava mais do encontro de Nicki com Drake já que os dois são o que há de melhor na nova geração do hip hop. Aqui eles entregam desempenhos modestos que funcionam. Moment 4 Life não é genial, mas é simpática e gostosa de ouvir. Dá para o gasto.
nota:7

14 de março de 2011

As Melhores Canções Nacionais de Todos os Tempos

Oceano
Djavan


Uma das maiores canções de amor da música nacional.

Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
E esqueço que amar
É quase uma dor...

13 de março de 2011

A Vingança da Ke$ha

Till the World Ends
Britney Spears


Só pode ser vingança contra o pobre público que já não aguenta mais a Ke$ha que ela escreveu Till The World Ends e deu para Britney Spears. Pois só assim explica o segundo single do álbum Femme Fatale. Realmente não quero pensar no real motivo da escolha da canção como single, já que as razões são tão tristes. Será que ela quer pegar carona no sucesso da Ke$ha? Ou tentando trazer uma nova base de fãs que estão vidrados no novo pop? Medo de qualquer uma.

Medo de ouvir Till the World Ends e pensar que a qualquer minuto ela vai cantar We R Who We R ou Blow. É tudo muito igual, batida com cadencia. Vocais com composição iguais. Parece tudo um produto saído de alguma fábrica de produção em massa operada por robôs sem alma, coração ou criatividade. Medo do que resta de esperança de redenção definitiva da Britney seja evaporada pela pressão pelo sucesso a qualquer custo. Medo da própria Britney que aceita tudo calada ou fingindo estar tudo bem. Não é preciso saber administrar o dinheiro envolvido, para isso tem gente estudada. Mas o caminho artístico, ela precisa pegar pelas rédeas e falar quem manda em todas as esferas. Não é de hoje que se nota um desinteresse dela em relação a sua vida de cantora. Compreensível devido ao fato dela ser mãe, mas se ela continua por qualquer fator, não precisa de um certo esforço ainda mais devido aos fãs que a idolatram? Ela não se apresenta divulgando seus singles já faz tempo. Cantar ao vivo? Sem comentários. Britney parece um fantoche nas mãos dos peixes grandes. E Till the World Ends é a prova disso. Comercial. Radiofônica. Sem alma. Não é a Britney. Essa é a pior vingança que a Ke$ha poderia fazer. E leia-se, dessa vez, Ke$ha como todas as pessoas que odeiam Britney Spears.
nota:5

Pocket Britney Spears

Como não há como fugir, os dois próximos post vou falar da Britney Spears. O álbum Femme Fatale estará no Primeira Impressão e o single Till The World Ends será analisado. Esse especial é rápido, mas não prometo ser indolor.

Primeira Impressão

Femme Fatale
Britney Spears

Como vocês todos sabem o sétimo álbum da Britney Spears vazou na internet. Todos também sabem que nunca foi fã da Britney Spears, mas sempre reconheço sua importância para a música e gosto de vários momentos dela. Para avaliar Femme Fatale tentei o máximo tirar qualquer pré-concepção sobre a Britney, juro de todo meu coração. Explicado isso, vamos ao que interessa: Femme Fatale é o pior álbum da carreira de Britney Spears. É o fundo do poço de uma carreira cheia de altos e baixos, mas sempre com momentos no mínimo interessantes. Se no pior momento da vida dela ela conseguiu um bom e surpreendente resultado com Blackout, é assustador ver que com tudo aparentemente resolvido e calmo surge esse tenebroso Femme Fatale. O álbum reúne de uma vez só e sem piedade os maiores e piores clichês do atual cenário musical. Mais tudo é elevado quando a principal imaginamos que a Ke$ha poderia ter feito melhor. O uso do auto-tune é como a peste negra de Femme Fatale: Miss Spears nunca esteve tão mal nos vocais. Não há paixão nas músicas. Tudo é tão artificial e fabricado que eu fico triste em saber que muitas pessoas acham isso a melhor sonoridade do mundo. Britney parece apenas uma convidada em seu próprio CD onde as batidas sem graça e extremamente repetitivas dominam da primeira música até à última. Os principais produtores Dr. Luke e Max Martin não dão a mínima para a personalidade de Britney a fazendo uma espécie de "Ke$ha 2". Enquanto a maioria das músicas são tão fracas que não merecem uma nota aqui (caso virem singles, quem sabe?), quatro delas precisam ser citadas, pois representam o pior e o melhor. Quando digo pior, me refiro da carreira da Britney. Começo com a odiosa How I Roll. Um surdo poderia produzir melhor isso, que eu nem consigo chamar de música. Histérica, sem sentido, sem graça e ultrajante. E se não bastasse isso, a "parceria" de Britney com will. i. am é sem dúvidas o mais fundo do poço da carreira dela. Não consigo achar palavras para descrever a aberração que é Big Fat Bass. Mas não só de desgraça vive Femme Fatale. Como um raio de sol na mais densa escuridão, as duas últimas faixas parecem como um milagre entre o povo de pouca fé. Gasoline e Criminal conseguem pegar tudo de ruim e transformar em um oásis de inspiração onde vemos a verdadeira Britney Spears. Tem defeitos, mas são o melhor em muito tempo. Todo devido a parceria com Benny Blanco e Shellback mostrando que o grande defeito do álbum em sua maioria foi a união de Dr. Luke e Max Martin. Quero acreditar ainda que uma nova Britney Spears ainda esteja para nascer misturando o que era bom naquela menina de ...Baby One More Time com a mulher que ela virou. Pois isso que se mostra em Femme Fatale é um frankenstein fantoche do pop farofa.

12 de março de 2011

New Faces

O mundo da música está sempre em renovação. E isso se intensificou com o avanço da internet nos últimos anos. É cada vez mais rápido o aparecimento de novos artistas. E ainda é mais rápido o sumiço deles. Mas no meio de milhares, sempre alguns se destacam e tem a sorte e o talento necessário para continuar sobre os holofotes. Então, para poder inteirar o blog dos novos nomes que estão surgindo, criei esse especial para ver quem são as "New Faces" de 2011. E também quero a ajuda de vocês. Caso vocês conheçam algum novo artista que está se destacando e promete ser um grande nome para os próximos anos, deixe aqui o seu recado. Nele eu peço que coloque o nome do artista ou banda, um link para seu single e, se possível, um link para a capa do single. Feito isso em breve eu vou analisar os artistas indicados por você. Espero que participem. E fiquem agora com o especial, começando com uma analise das melhores vozes da atualidade.

As Cinco Melhores Vozes da Atualidade

Recentemente, quando fiz a escolha das melhores vozes femininas e masculinas da atualidade, várias pessoas não entenderam uma coisa: a escolha era dos artistas em destaque no atual momento da elaboração das listas. Passando algum tempo, volto a escolher as melhores vozes da atualidade. Só que dessa vez com dois diferenciais: primeiro, é uma lista mista e segundo, são apenas cinco nomes. Agora você confere os eleitos do blog.


5° Crystal Bowersox

Mesmo sendo a segunda colocada da última edição do American Idol, a jovem Crystal Bowersox é o que tem de mais refinado no mundo da música alternativa. A doçura, a delicadeza e a melodia impregnada na voz de Crystal é capaz de fazer emocionar qualquer pessoa com um desempenho contido e sensível. Uma pena ela não vingar.


4° Jazmine Sullivan

Rouca, poderosa e dramática. Não há melhores adjetivos para descrever a protegida da Missy Elliott, Jazmine Sullivan tem todas as características de uma grande diva do soul music. A alma colocada nas suas música mostra o talento que Jazmine quer privar o público de ouvir, pois ela anunciou que vai dar uma pausa na carreira. Espero que apenas seja uma "pausa".


3° Florence Welsh

Quem poderia acreditar que a vocalista do Florence And The Machine, Florence Welsh poderia ser tão versátil? Seu talento vocal é inegável indo do doce até o explosivo com classe de uma cantora lírica, mas nos últimos meses ela provou em apresentações no Grammy e no Oscar ser capaz de carregar as mais diferentes músicas com perfeição. Grande e agradável surpresa.


2° Bruno Mars


O único homem a fazer parte da lista, Bruno Mars dá ao cenário uma característica que há muito tempo não se via: o showman. Excepcional compositor, ótimo produtor e dono de uma voz belíssima. Suas interpretações inspiradas e cheias de sentimentos, coloca a música pop em outro nível que poucos atingiram. Um deles foi um certo Rei do Pop.




1°Adele

Não há como não colocar Adele no topo na maioria das listas da atualidade. E nessa, é obrigatório. Caso você ouça o álbum 21 dela e não ache "grandes coisas", meu caro, você é louco. Adele é a melhor voz da atualidade não só entre os "novatos", mas como também os "antigos". Ninguém está aos pés da performance avassaladoras dela. Há paixão. Há alma. Há perfeição. Espero que por muito, muitos e muitos anos mais.

Reciclagem de Primeira Classe

Tightrope (feat. Big Boi)
Janelle Monáe

A mais nova queridinha da critica especializada é americana Janelle Monáe. Com 25 anos e apenas um álbum lançado, ela já é citada com uma das melhores cantoras da atualidade. O álbum The ArchAndroid (Suites II and III) foi aclamado pela imprensa especializada e recebeu, incríveis, 91% de aprovação no site metacritic (site que reúne todas as criticas). O grande mérito do sucesso de Janelle é o fato dela ser o pacote completo. Desde a sua imagem, sempre usando um tipo de smoking e com cabelo afro perfeitamente penteado, passando pelas suas apresentações originais e criativas que unem música, imagem e dança (recentemente ela esteve no Brasil abrindo o show para a Amy Winehouse) e chegando na sua sonoridade misturando pop, soul music e funk. E é nesse último elemento que Janelle se destaca ainda mais sobre a multidão.

Janelle é o resultado de várias influências do soul music que vão desde James Brown, Miachael Jackson e até chegando ao Prince e Annie Lennox. Essa mistura de estilos e até gêneros diferentes resulta em um som retrô e estilizado. Em nenhum momento é vendido como original ou revolucionário. E esse é o grande trunfo. Todo o som de Janelle Monáe é um "remake" que os grandes nomes já fizeram desde a batida até os vocais. Mas ela faz tudo isso de uma maneira primorosa. E dessa maneira, Janelle Monáe parece tão original como qualquer "originador" dos anos '50, '60 e '70. De certa maneira, ela consegue isso ao fazer tão bem seu trabalho que se destaca no atual cenário musical.

O primeiro single do álbum The ArchAndroid (Suites II and III) é a eletrizante Tightrope. A canção o encontro mais do que perfeita do som funk (não o funk do Rio, é sim do que o James Brown fazia) com o mundo pop. Não esse pop comercial, é sim o pop mais raiz, alternativo e dançante. Há uma pegada genial na composição do arranjo que coloca Tightrope em um novo nível: a melhor música não comercial dos últimos anos. O single não foi feito para aqueles limitados ao auto tune do pop, do hip hop de "cafetões" ou o country medíocre. Tightrope nem tem um público alvo definido. É para quem gosta de música boa e quer dançar ao som de uma "old new school". De outras gerações Janelle traz o comprometimento com a composição numa letra muito bem elaborada e divertida, a força para manter a batida no melhor nível possível com suas variações sensacionais de texturas e tons com a preocupação e a paixão imprimida nos vocais primorosos numa mistura de James Brown com uma Tina Turner menos poderosa. Do seu talento próprio ela coloca na música uma pegada mais atual com uso de batidas de eletropop como rotações de um vinil ao fundo e a participação do rapper Big Boi do OutKast. Ao final de Tightrope você vai ficar com a sensação de "eu já vi isso!". Mas tudo é tão bem elaborado e costurado que você vai querer ouvir de novo e de novo e de novo e de novo que vai esquecer isso rapidinho.
nota:8,5

Nem Tão New Face

Indestructible
Robyn

Nem sempre quem a gente acha que é um novato, é um iniciante na música. Esse é o caso da sueca Robyn. Ela iniciou a carreira no meio dos anos noventa quando lançou o álbum Robyn is Here e com ele teve o hit Do You Know (What It Takes) que alcançou o 7° lugar na Billboard em 1995. Após o sucesso, Robyn meio que desapareceu do grande público, mesmo que ainda produzindo muito. Cerca de 15 anos depois da estréia, Robyn lançou o projeto Body Talk. Mais madura e de dona de sua carreira, Robyn se transformou em musa do "eletropop alternativo" ganhando a critica especializada e voltando a ter destaque nas paradas mundiais com a canção Dancing on My Own. No final do ano passado, ela lançou Body Talk part.3 e um álbum juntando as três partes intitulado apenas Body Talk. Desses dois lançamentos o primeiro single é a canção Indestructible.

Esqueça qualquer eletropop produzido pela Ke$ha e CIA. Indestructible é uma viagem psicodélica no que tem de melhor nesse estilo tão massacrado e massificado nos últimos tempos. A canção é um mistura house music, pop (como a Madonna fazia bem no início de carreira) e o que a Britney Spears deveria ter virado. É dançante, mas não é chiclete ou repetitivo. Tem uma atmosfera futurística romântica coma adição de uma batida deliciosa com um sintetizador inspirado. Em questão de estrutura a letra é simples e um pouco curta, mas em questão de poder de sintetizar emoção é sensacional assim com o poderoso refrão. Robyn tem uma voz fininha, mas surpreendente, gostosa de ouvir e com personalidade. Ela não abusa de efeitos o que deixa a música natural. Não sei para vocês, mas Robyn é uma das minhas melhores descobertas nos últimos tempos. Pode ser até tarde, mas melhor que nunca.
nota:8

Young Leona

Happiness
Alexis Jordan

Comparações. Quando você é um jovem artista em começo de carreira, sempre haverá comparações suas com artistas já consagrados. A americana Alexis Jordan de apenas 18 anos já começa a carreira com várias delas sobre a cabeça. Primeiro, ela pode ser comparada com o Justin Bieber já que ela só assinou um contrato com uma gravadora (nesse caso a do Jay-Z, Roc Nation) depois dos seus vídeos no You Tube fazendo cover de vários artistas foram assistidos por milhões de pessoas. Segundo, ela pode ser comparada com a Leona Lewis. Além das duas terem participado de realities de calouros (no caso de Alexis ela participou do America's Got Talent não conseguindo chegar a final e Leona venceu o The X Factor), as duas cantoras tem um tom bastante parecido. Alexia parece uma versão "baby" de Leona, claro que com menos potencia e experiência. Porém, seu single de estréia é tudo o que a Leona gostaria de fazer.

Happiness é um dance pop elegante, divertido e lindíssimo. Em cerca de quatro minutos, ele é melhor que todas as músicas dançantes que a Leona já fez até hoje. A jovem Alexis domina a canção de uma forma quase brilhante. Completamente diferente de qualquer coisa que temos atualmente, ela dá alma e emoção ao uma canção que só pediria "animação". Ela consegue colocar sua personalidade, mesmo que em certos momentos pareça sua colega inglesa. A composição e a produção ficam por conta de Stargate que vêm conseguindo sair do nicho pão com ovo do eletropop com músicas mais classudas como em Firework e Beautiful Monster. Em Happiness ele consegue de novo unindo um arranjo ótimo e uma letra muito bem escrita. Alexis pode até ser comparada com outros artistas, mas ela está abrindo caminho para daqui alguns anos ela possa ser usada como comparação. É só continuar assim.
nota:8

Na cara da GaGa

Price Tag (feat. B.o.B)
Jessie J

Talvez uma das coisas que mais deva dar satisfação ao um novo artista é de alguma forma conseguir ultrapassar um artista já consagrado. Quem fez isso recentemente foi a britânica Jessie J quando bateu a Lady GaGa na parada inglesa. Explicando: na mesma semana que GaGa lançou Born This Way na Inglaterra, Jessie J estava na segunda semana no topo da parada com a canção Price Tag e não deixou GaGa ocupar o primeiro lugar. Mas se você pensa de Jessie J é "crua" nesse meio, está enganado. Antes de se lançar como cantora, Jessie trabalhou como compositora escrevendo músicas para nomes como Justin Timberlake, Alicia Keys, Christina Aguilera e escreveu a melhor música da Miley Cyrus, Party in the U.S.A. Então, pode-se esperar não apenas mais um nome na multidão, mas sim uma cantora preparada para o mainstream como poucas. E isso, ela mostra que tem. Com visual diferente e uma postura forte (ela assumiu que é bissexual), Jessie J é a grande promessa de 2011 eleita pela famosa lista Sound of... da BBC britânica que já escolheu nomes como 50 Cent, Adele, Mika.

Tudo isso é visto no single já citado, Price Tag. A canção tem uma pegada meio pop com reggae e hip hop completamente viciante em todos os aspectos. Produzida por Dr. Luke mostrando que têm muitas outras facetas que ele já mostrou. Tem cadencia sensual e dançante, mas se precisar de velhos clichês como auto tune e etc. Tem inteligência, ao ajudar a compor uma música com uma mensagem que não seja apenas "se divirta" e "dance muito". E tem tino para o inusitado ao fazer o rapper B.o.B dar sua ótima contribuição. Mas quem brilha mesmo é Jessie. Sua voz é acima da média, lotada de personalidade com um tom diferente e original. Até mesmo falando é melhor que a maioria das cantoras. Jessie J pode até não se tornar fenômeno mundial, mas tem tudo para isso. E ainda derrubar a Britney, a GaGa (de novo), a Ke$ha, a Katy.......
nota:8

9 de março de 2011

Latipha Sacanea o Clip

Ela voltou. Não sei para o bem ou para o mal, mas ela está de volta. Senhoras e senhores é hora da minha amiga Latipha tomar conta do blog. E seja o que Deus quiser.

                           
                                                     Latipha Sacanea o Clip
                                                               Apresentando
O Ataque da Mulher Coringa

8 de março de 2011

O Refrão

I Need a Doctor (feat. Eminem e Skylar Grey)
Dr.Dre

Nas grandes músicas, em determinado momento, ela atinge seu ápice. Seja um solo de guitarra, seja um agudo ou um grande final. Não importa o que seja, o que importa é que nesse momento podemos sentir todo o potencial da canção. Algumas vezes, esse momento acontece em músicas não tão geniais no seu todo, mas que se destaca por essa característica. Assim acontece com a canção I Need a Doctor do rapper Dr. Dre.

A canção é o segundo single do novo álbum do lendário rapper e produtor intitulado Detox. A música já é um marco na carreira do Dr. Dre ao ocupar o quarto lugar da Billboard, feito que ele não fazia há dezoitos anos como o artista principal. Claro, ele teve uma mãozinha do pupilo Eminem como featuring da canção. E mais que apenas uma participação, I Need a Doctor é uma "homenagem" / "agradecimento" do Emimen para seu mestre que sempre deu apoio em toda sua carreira e também um "afago" de Dre para o seu protegido. É curioso e até tocante, ver a afeição e carinho entre dois rapper's ditos como casca grossa e com cara de mal. É obvio que essa afeição tem vários palavrões, mas o que vale é a intenção da boa composição. O single é produzido pela nova estrela do hip hop, Alex da Kid (Love the Way You Lie e Airplanes). Dele a canção ganha uma batida orgânica e diferente do estilo de Dr. Dre. Tem um tambor frenético e o uso do auto tune que atrapalha um pouco a performance dos dois rapper's. Agora chegamos ao grande momento de I Need a Doctor: o refrão. Cantando pela quase desconhecida Skylar Grey, o refrão é sem dúvida um soco no estomago ao começar em acapela: simples, sensível e edificante. Skylar mostra potencial para ser a próxima grande revelação da música ainda esse ano já que está trabalhando em um álbum com o Alex da Kid. E ela já começou muito bem ao ser o grande destaque em uma música onde divide a cena com dois dos maiores nomes da música atual.
nota:7,5