30 de março de 2013

O Cara Que Lança Singles Igual a Rihanna

Drinking from the Bottle (feat. Tinie Tempah)
Calvin Harris

Foram até agora seis singles (e mais um para ser lançado no começo de Abril) saídos do álbum 18 Months do DJ Calvin Harris. O cara lança single com se fosse a Rihanna!

Drinking from the Bottle é a parceria de Calvin com o rapper inglês Tinie Tempah e a canção de número seis na lista de singles do álbum. A canção é uma colcha de retalhos eletrônica que funciona se você procura por algo diferente, mas não tão longe do lugar comum. A composição é até legal com vários momentos inspirados, mas que erra na seguinte frase:

"Se você não é magra, então você está no lugar errado"

Sério? A presença de Tinie é boa, mas não marca de maneira mais intensa sua participação na canção. E assim Calvin lança mais um single que daqui a pouco será substituído por mais um single. É ciclo da vida.
nota: 6,5

29 de março de 2013

Primeira Impressão

Girl Who Got Away
Dido

O quarto álbum da carreira da inglesa Dido vai ser daqueles que vai dividir opiniões de maneira drástica: uma parte da critica e do público vai odiar e uma parcela (provavelmente pequena) vai defender de maneira categórica a sua qualidade. Nessa segunda categoria eu vou me relacionar com Girl Who Got Away que classifico com um trabalho primoroso.

O álbum traz a certeza que mesmo o mundo mude várias e várias vezes sempre teremos pessoas capazes de extrair a beleza dele de maneira mais simples e pura possível. Uma dessas pessoas é a Dido. Aquela cantora que fez o mundo se apaixonar por ela na linda Thank You de 1999 ainda consegue tirar emoções verdadeiras em composições despidas de complexidade e vestidas dos sentimentos mais primários e verdadeiros que podemos ter. Ao lado do irmão e parceiro de longa data Rollo Armstrong e vários outros nomes conhecidos, Dido construí uma coleção de canções que falam sobre amor e a vida com habilidade de nunca percorrer caminhos sentimentalóides e ao mesmo tempo conversar com o público de frente abrindo seu coração. Aquela voz doce, meiga e confortante da inglesa está de volta de maneira primorosa que faz qualquer canção uma obra que só ela poderia cantar. Algo tão pessoal que conseguimos entrar no mundo da cantora sem nem percebemos que estamos lá. Sua sonoridade continua quase a mesma: pop adulto da melhor qualidade com produções competentes. Contudo, Girl Who Got Away tem uma pegada diferente com a introdução de melodias com forte influência da música eletronica. Não pense que temos uma Dido fazendo "batidão" com se fosse "amiga" do David Guetta. As influências aqui são outras como o tipo de música eletrônica com estilo "ambiente". O casamento do som dela com esse eletrônico é perfeita resultando em uma sonoridade ideal para o álbum que não carrega nas texturas sabendo dosar e criando arranjos cativantes e deliciosos. O álbum já abre com a sensacional No Freedom (resenha a seguir) seguida pela linda Girl Who Got Away que dá nome ao álbum. A melhor fica por conta de Sitting On The Roof Of The World, uma honesta visão sobre o sucesso. Há também a acachapantemente melancólica Happy New Year, a forte Day Before We Went To War, End Of Night sobre dar a volta por cima depois do fim do amor e a até participação do rapper Kendrick Lamar funciona muito bem na sensacional Let Us Move On. Então, digam o que quiserem, pois esse blog vai defender até o fim Girl Who Got Away e as decisões da Dido. E tenho dito.

A Volta de Uma Querida

No Freedom
Dido

É tão bom a gente ver a volta de uma pessoa que um dia foi querida, mas o tempo e a distância separou e que até estava apagada na nossa memória. Apagada, mas nunca esquecida. Esse é caso da Dido.

No Freedom, single do álbum Girl Who Got Away, traz aquela Dido que a gente conhecia: doce, cativante e que consegue falar lá dentro com pouco. A bela composição mostra que quando amamos de verdade podemos ter a grandeza de deixar a outra pessoa livre ao notarmos que não somos a pessoa certa. Sua sinceridade desconcertante é acompanhada pela delicada e contundente performance de Dido que faz a gente seja tocado de uma maneira diferente: sua voz entra de mansinho e quando chega lá dentro é faz o estrado já que passar uma mensagem tão forte de uma maneira serena é para poucos. Mesmo sendo um trabalho simples na construção do arranjo, a produção consegue arrematar tudo lindamente. Que bom que a Dido voltou!
nota: 8

28 de março de 2013

Quero Ser Kelly Clarkson

Heart Attack
Demi Lovato 


Vou admitir: Demi Lovato subiu no meu conceito depois de participar do The X Factor USA. Apesar de ter sido uma mentora bem ruim, Demi foi uma jurada tão deliciosamente safada que conseguiu melhores resultados na bancada do que a Britney Spears que mesmo tendo uma artista que foi vice-campeã parecia estar na maioria do tempo lobotomizada. O que eu não consigo ainda é gostar da sua carreira como "cantora". Ainda mais quando ela quer a Kelly Clarkson.

Heart Attack marcar o começo dos trabalhos para seu novo álbum que deve ser lançado ainda esse ano e mostra que ela ainda precisa aprender muito. Começa pelo fato de achar uma personalidade que seja apenas dela já que a canção parece uma versão mais fraca das canções dos últimos anos da Kelly Clarkson. E nem tem nenhum produtor que há trabalhou com a dona do hit Stronger (What Doesn't Kill You). A estrutura de pop/dance é praticamente a mesma com a diferença que aqui se tem mais influência do eletrônico, mas que não dá personalidade suficiente para fazer um arroz com feijão parecer uma lasanha. Demi cresceu com sua voz, mas parecer sempre estar forçando a voz para ela parecer maior que é na verdade. A composição é boazinha, principalmente para o público de Demi que já ouviu coisa bem pior e achou a melhor coisa da humanidade. Agora um recado para ela do fundo do meu coração:

"Querida, Demi,

Espero que você volte para a bancada ao lado do Simon Cowell para esse ano jogar um copo d'água na cara dele. E não tente ser a Kelly na música. Que tal ser você e usar a sua personalidade como jurada? Beijos!
nota: 6

27 de março de 2013

Primeira Impressão

The 20/20 Experience
Justin Timberlake

Estou aqui há um tempo tentando achar a melhor maneira de fazer a introdução desse texto. Pensei em falar do mais clichê: os anos que Justin Timberlake passou longe do mundo da música. Pensei a falar do mais batido: onde que ele se encaixa no atual cenário musical. Também passou na minha cabeça fazer uma comparação já velha entre ele o Rei Do Pop. Pensei em seguir um caminho mais original e mostrar como a carreira dele se encaixa com os dos maiores nomes do pop. Aí, eu iria traçar vários linhas comparativas entre ele, MC, Madonna, Britney Spears, Beyoncé, Lady GaGa e outros. Decide que isso tudo seria muito redundante, chato, banal, sem personalidade da minha parte. A melhor maneira de começar esse texto seria colocando apenas duas frases. Elas já dizem tudo de forma clara, direta e da melhor maneira possível: JUSTIN TIMBERLAKE É FODA. THE 20/20 EXPERIENCE É FODA. Sem mais.


Os anos afastado, quase por completo, do mundo musical fez um bem gigantesco para a sonoridade de Justin. E isso também deve muito ao parceiro dele, o produtor Timbaland que teve problemas pessoais sérios nos últimos anos e voltou com tudo. Não é segredo para ninguém que JT é influenciado diretamente pelo pop/R&B que consagrou Michael Jackson e em The 20/20 Experience ouvimos toda essa sonoridade do começo ao fim. Todavia, não é apenas um "copia e cola". O álbum é a evolução sonora do som de Justin. Com a produção mais do que inspirada de Timbo que conta com a ajuda do próprio Justin e do produtor J-Roc, The 20/20 Experience é uma experiência. O álbum é rico com as centenas de nuances colocadas na produção de todas as faixas com casamentos perfeitos de várias batidas, ritmos, texturas e pegadas. A construção de arranjos é genial ainda mais se contarmos com o fato que Justin não fez nenhuma concessão e entregas faixas enormes em duração só que em nenhum momento elas são engolidas por esse "exagero". Ao contrário, tudo é bem amarrado que essa escolha artística se faz necessária para poder transmitir toda a complexidade de suas produções. The 20/20 Experience é uma experiência audaciosa onde Justin nada contra a maré mostrando que o pop é muito mais refinado que o público jovem de hoje pensa. Um trabalho tão intricado merece um interprete na mesma altura. Claro, JT é esse cara. Seu trabalho vocal durante todo o álbum é impressionante onde ele entrega vocais "reais" nos dois sentidos da palavra: pouco alterada, a voz dele é de uma qualidade de rei do Pop sabendo usar todas as suas qualidades em favor da melhor performance possível. Cheia de personalidade que nenhum auto-tune compra. Infelizmente, nem o melhor paraíso é livre de algumas nuvens de chuva. Há um defeito em The 20/20 Experience: as composições poderiam ser bem mais que são. Todo álbum é feito por letras de alma, coração e corpo moldados no melhor que o pop pode trazer seja na forma ou no conteúdo, mas em vários momentos ficam faltando algo. Em comparação com as poderosas construções sonoras, certos momentos soam "bobos" como algumas escolhas de tema. Nada realmente muito grave, mas que não deixa The 20/20 Experience ser A obra prima. Contudo, os momentos em que Justin consegue fechar todo o pacote de maneira perfeita temos músicas como a genial Mirrors (resenha a seguir) que ouso dizer que dever ser tornar uma das melhores do ano. E vou além: deve ser a melhor da carreira do Justin. Não muito atrás fica a sensacional Let The Groove Get In que com certeza é a representação perfeita do que poderia estar fazendo Michael Jackson nos dias de hoje. Já em Blue Ocean Floor, ele entrega uma versão sua mais profunda e muito bem vinda no que é a melhor composição de The 20/20 Experience. Há também a deliciosa Pusher Love Girl que mesmo com uma letra de gosto duvidoso agrada ao abrir o álbum de maneira grandiosa, a fofa/foda Strawberry Bubblegum e a dançante/sexy Don't Hold The Wall. Para você o quanto o álbum é ótimo no final das contas uma música como Suit & Tie é uma das mais fracas. E qual a melhor maneira de encerrar esse texto? Simples: voltando ao começo. JUSTIN TIMBERLAKE É FODA. THE 20/20 EXPERIENCE É FODA. Sem mais.

The Evolution of Timberlake

Mirrors
Justin Timberlake


Se você parar e analisar bem cuidadosamente Mirrors vai acabar descobrindo que a canção é uma espécie de continuação de What Goes Around... Comes Around que por sua vez era uma "sequência" de Cry Me a River. Contudo, não pense que Justin Timberlake simplesmente retoma velhos assustos e velhas sonoridades. Estamos diante de um artista em pleno ápice de sua criatividade que tem em Mirrors o resultado da sua evolução.


Mirrors, assim como What Goes Around... Comes Around, é uma balada pop com forte influência que mostra a capacidade de Justin carregar com elegância uma canção que em sua versão original tem oito minutos e que em nenhum minuto faz o ouvinte perder o interesse ou perder a qualidade em todos os aspectos. Mesmo seguindo o mesmo esquema de construção de What Goes Around..., a evolução rítmica aqui é perceptivel a desde a primeira nota: a produção acachapante dada para a canção cria um arranjo arrojado, moderno, cuidadoso, rico e que mostra um artista em busca de um som que seja mais real com a nítida presença de uma orquestra completa no fundo. Há tantas e ótimas nuances durante toda a música que apenas agrega qualidades que fica até difícil elencar todas ou falar de uma mais especificamente. Todas são geniais. Justin entrega uma de suas melhores performances ao colocar o capuz do cantor pop "romântico" que fica difícil não se deixar levar pela voz dele. E vocês acham que ele voltaria a chutar cachorro morto e chorar magoa de cabloca com uma composição de dor de cotovelo?  Claro que não! Com nitída inspiração na sua esposa a atriz Jessica Biel, Mirrors é uma declaração de amor belíssíma que mostra o lado humano de um homem apaixonada de maneira sincera, adulta e nada piegas. Uma canção como essa, qualquer pessoa que tenha um coração gostaria de receber como homenagem. E na sua evolução, Justin vai a passos largos ocupar eternamente o posto de Príncipe de Pop e por méritos próprios.
nota: 9

26 de março de 2013

Um Cara Para Se Conhecer

Playing With Fire (feat. Labrinth)
Plan B

Na minha tentativa de sempre deixar o blog aberto para novos artistas de todos os tipos e lugares às vezes me escapa um ou outro que eu deveria ter dado atenção. Um desse nomes é o rapper inglês Plan B.

Desde que lançou seu primeiro álbum em 2006, Plan B vem chamando muito atenção pela qualidade de seus trabalhos, todos eles recebendo ótima criticas pela impressa especializada em especial o estilizado The Defamation of Strickland Banks onde ele "conta" uma história com começo, meio e fim. Ano passado ele lançou o álbum Ill Manors que serve de soundtrack de um filme como o mesmo nome. Mesmo sendo lançado em Dezembro passado e servindo como último single do álbum, Playing With Fire mostra um pouco quem é Plan B: um artista corajoso, talentoso e competente. Contado a história de jovem que entra para uma gang, Plan B não tem medo de expor suas ideias de maneira direta e critica sobre a atual situação social da Inglaterra. Uma composição inspirada e nada clichê que na mistura com um arranjo original que intercala uma batida mais crua com algo mais refinado vindo do soul e com uma atuação "old fashion" de Labrinth acaba por resultado uma canção impressionante. Assim também é a atuação do rapper: contida e diferente do que você já ouviu, mas que mostra um rapper inspirado e moderno que busca ir além do que é mostrado hoje em dia. Se você não conhece o Plan B já está na hora.
nota: 8

25 de março de 2013

Primeira Impressão

The Next Day
David Bowie

Vamos colocar todas as cartas na mesa: não sou fã ou mesmo conhecedor do trabalho do David Bowie, mas não tem como negar que esse tiozão foi, é e sempre será um dos alicerces do rock. Conhecendo uma pequena e superficial parte da carreira dele não posso dizer que ouvi décimo sétimo álbum dele lançado recentemente com algum background suficiente para poder comparar com outros trabalhos deles. Também não vou fazer de conta só para fazer média para ninguém. Então, tive que "encarar" o desafio de analisar The Next Day de uma maneira que pudesse pesar uma carreira de década de David e ao mesmo tempo pudesse ter uma visão "pura" e sem amarras. E qual o resultado: sendo de uma lenda do rock ou não, The Next Day é um grande álbum.

No alto dos seus 66 anos, Bowie mostra a sonoridade que influenciou várias gerações de roqueiros. Só que aqui estamos falando do cara de deu origem, então espere o som real, cru e sem concessões de um artista que sempre esteve a frente do seu tempo. Em The Next Day ouvimos um artista que ainda sabe como se colocar na atual conjuntura musical sem perder nada de sua personalidade agradando aos fãs antigos e ainda abrindo caminho para uma nova geração. Apesar disso, o álbum não é feito para todo o público com sua sonoridade seca, poderosa, estranha e multifacetada que foi dada pelo produtor Tony Visconti que trabalha com Bowie desde o segundo álbum dele datado de 1969. Em resumo, rock para quem não sabe o que é isso de verdade. Não assuste com as complicadas, irônicas e profundas composições. David é de outra época e tem uma noção bem diferente do que é uma canção de amor, por exemplo. Contudo, não ache que ele é apenas um tiozão que gosta de falar de coisas esquisitas. Tente ler nas entrelinhas. Assim também não é fácil assimilar a voz de David para quem tem uma definição de "o que é ser cantor" restrita. David é bem mais que apenas um cantor, ele é um interprete incomparável. Escolhendo entre dos as faixas coloco como os maiores destaques, a canção que abre o disco e dá nome à ele, The Next Day, o single Where Are We Now? (resenha a seguir) e a balada You Feel So Lonely You Could Die. No mais, só devemos nos curvar ao talento de Bowie que é tão foda que continua ir conta a corrente ao fazer nenhuma promoção do álbum ao contrário do que todos fazem e mesmo assim ser um sucesso enorme. Vida longa, David Bowie!

A Volta do Titã do Rock

Where Are We Now?
The Stars (Are Out Tonight)
David Bowie

Vinte anos depois de ter colocado o single "Jump The Say" em nono na parada inglesa, David Bowie voltou a emplacar uma canção com a enigmática Where Are We Now?, primeiro single do álbum The Next Day.

Densa do começo ao fim, Where Are We Now? é uma excelente balada rock devido a sua produção austera, focada e deliciosamente depressiva. A composição fala de maneira sincera e melancólica sobre envelhecer e querer saber aonde você se encaixa no mundo. Belo trabalho. Ainda mais com a interpretação perfeita e tocante de Bowie.

Um pouco menos inspirada está o segundo single, mas ainda ótima The Stars (Are Out Tonight). Mais "rock" que a anterior, a canção fala sobre a fama e suas consequências nos dias de hoje. Há uma dose generosa de ironia de um homem que já centenas de "astros" nascerem e morrerem (de verdade e metaforicamente):



Eles te queimam com seus sorrisos radiantes
Te prendem com seus belos olhos
Estão destruídas e humilhadas ou bêbadas ou com medo
Mas espero que elas vivam para sempre

A visão nua e crua queimando como uma brasa é refletida no refinado, mas com uma batida pungente do arranjo enquanto David desfila sua capacidade em um atuação contundente. Isso é ser realmente relevante.
nota
Where Are We Now?: 8,5
The Stars (Are Out Tonight): 8

24 de março de 2013

Miss You Missy

9th Inning (feat. Timbaland)
Missy Elliott

Muito antes de Azealia, Nicki, Eve e até mesmo da Lil' Kim houve uma garota chamada Missy Elliott. Ao lado do produtor ainda desconhecido Timbaland, a rapper que ainda se chamava Missy "Misdemeanor" Elliott e já tinha uma longa carreira em grupo de R&B que nunca foram para frente e como produtora de outros artistas, lançou o álbum Supa Dupa Fly em 1997 que foi aclamado pela critica como um dos mais originais e inovadores do hip hop.

Ao longo dos anos, ela mudou de nome e foi construindo uma carreira cada vez mais respeitada entre a critica, com o público e entre o meio musical onde já trabalhou com a nata  como No Doubt, Mariah Carey, Whitney Houston, Destiny's Child, Beyoncé, Nas, Mary J. Blige, entre outros. Além de descobrir novos nomes como a falecida Aaliyah, Ciara e Jazmine Sullivan. Esse ano completa oito anos que Missy não lança um álbum sendo o último The Cookbook de 2005. Nesse meio tempo, Missy fez algumas participações esporadicas em canções alheias e ficou prometendo lançar o álbum Block Party desde 2007 sempre adiando a data devido ao trabalho de criação do álbum e também devido ao um quadro de Doença de Graves. Então, cá estamos em 2013 e finalmente parece que dessa vez o álbum sai já que foi até lançado uma nova música.

9th Inning não é exatamente um single já que foi apenas usada como divulgação para falar tipo: "Eh, eu estou viva!", mas também não tem importância já que não é exatamente a melhor canção de Missy. Mesmo assim a canção é aperitivo delicioso do que por aí. Missy voltou a trabalhar com Timbaland (esse também fazendo seu retorno esse ano que vamos falar depois) e mostra que a química ainda está tinindo. 9th Inning tem uma pegada forte, diferente e completamente pessoal feita por Timba para uma Missy renovada, mas não menos criativa e poderosa com versos precisos e "matadores". Até Timba está de volta como rapper mais maduro e menos farofeiro. A composição fala literalmente da volta de Missy e é bom ponto de partida para os trabalhos dela. Como disse antes, a canção ainda não é exatamente o que ela pode entregar só que já mostra o que podemos esperar: Missy Elliott em estado de graça. Sentimos sua falta Missy! Bem vinda de volta!
nota: 7,5

23 de março de 2013

2 Por 1 - Nelly Furtado

Parking Lot
Waiting for the Night
Nelly Furtado


Nelly Furtado flopou tanto com The Spirit Indestructible, mais tanto que até Nicole Scherzinger ficou com dó! Ok, deixando as piadas de lado, vamos ao que interessa: os singles.

Terceiro single do álbum, Parking Lot é uma confusão de proporções épicas. A produção de Darkchild tenta ser original, mas parece uma música descartada da carreira solo de Gwen Stefani sem nenhum pingo de criatividade. Nelly está em uma espiral em que sua voz parece mais anasalada e quase insuportável  e a composição é um amontoado de ideias rasas e sem graça sendo o refrão da canção o pior da carreira dela.

Waiting for the Night melhora quando Darkchild não tenta fazer mais que uma canção interessante que mistura R&B e eletropop para criar um mid-tempo balada. Com ecos de Madonna em Ray of Light, a canção tem até uma construção que consegue envolver, mas só consegue no final enquanto o começo da música parece "flat" onde uma Nelly sem carisma tenta vender seu pão. Com a ajuda da boa construção na parte final, a atuação da Nelly melhora e lembramos que ela pode ser uma artista de qualidade. É esperar para ver se ela retorna como fez depois de Folklore.

nota
Parking Lot: 5
Waiting for the Night: 6,5

18 de março de 2013

Primeira Impressão

A Love Surreal
Bilal

Sim, vou falar de um artista que se chama Bilal. Sim, vocês podem rir. Só que depois, por favor, descubram esse talentoso cantor americano que lançou recentemente o ótimo álbum A Love Surreal.

Conhecido no mundo do neo soul pelo trabalho de composição ao lado de nomes como Common, Erykah Badu, The Roots e também com nomes grandes do mainstream como Beyoncé e Jay-Z, Bilal (filho de mãe católica e pai mulçumano) lançou seu terceiro álbum solo no final de Fevereiro. A Love Surreal é um trabalho impressionante onde se tem um desfile inspirado de uma sonoridade extremamente refinada que se não reinventa o neo soul é uma amostra do que um talentoso músico pode fazer usando suas melhores características. Cercado de uma equipe de músicos talentosos, Bilal consegue produzir faixas perfeitas misturando R&B, jazz, blues, funk, hip hop e até música eletrônica que falam entre si de maneira graciosa e ao mesmo tempo funcionam perfeitamente sozinhas. Além disso, essa prolifera mistura de tantos estilos é conduzida de maneira sublime gerando toda a preciosa personalidade de A Love Surreal. Como o nome sugere, o álbum é um ajuntado de canções que fala sobre amor e sua vertentes desde decepção amorosa até o sexo. Todas as músicas têm composições que mesmo contidas em sua construção "fisíca" conseguem passar uma gama de sensações bem abrangente. Bilal é um cantor fora de comparações com nomes da atualidade sendo que apenas podemos encontrar parâmetros com grandes nomes do soul music como Marvin Gaye. A Love Surreal é um álbum que merece ser ouvido como um todo, mas peço que ouçam a genial Slipping Away que se o álbum só fosse já estaria de bom tamanho. A Love Surreal já é um dos melhores álbuns do ano e vai ser difícil ser superado.

17 de março de 2013

Primeira Impressão

Two Lanes Of Freedom
Tim MCgraw


Muitos aqui no Brasil não sabem quem é o Tim MCgraw, mas nos Estados Unidos ele é da realeza. A realeza country. Não bastasse ter se casado com uma das grandes estrelas do estilo por lá a cantora Faith Hill, ele tem uma carreira que chegou esse ano aos 20 anos tem cerca de 40 milhões de cópias vendidas apenas nos EUA. Nos últimos anos, Tim viu surgiu vários novos artistas que conquistaram uma geração mais nova do público. Na tentativa de atrair esse público Tim tenta dar uma renovada na sua sonoridade no décimo segundo álbum da sua carreira, Two Lanes Of Freedom.

Two Lanes Of Freedom não é um álbum ruim, mas essa tentativa de modernizar Tim dilui grande parte da personalidade do cantor. Um grande espelho disso são as composições: quando ele tenta soar "cool" como em Southern Girl, ele na verdade parece um tiozão cantando uma canção que era para o sobrinho. Quando ele vai para um caminho mais pessoal, Tim parece um cantor de country maduro e seguro que consegue arrancar suspiros como na bonita Annie I Owe You A Dance sendo ai o verdadeiro artista aparece. A produção geral do álbum é boa mesmo que peque em não saber como inserir Tim ne nova território sem parecer um ato meio desesperado. O mais curioso que é o próprio Tim que assina a co-produção do álbum. Se ele não tem sucesso nesse vertente, ao menos ele ainda mantém uma voz cativante que mesmo parecendo com outros do estilo tem algo diferente e memorável. Como disse antes, quando Tim se comporta como o Tim temos bons momentos com a romântica Friend Of A Friend, a "sou macho caipira" Truck Yeah, o emocionante Book Of John e sendo a melhor do álbum a country/soul Let Me Love It Out Of You. Mesmo sem nenhuma música realmente ruim, fico me perguntando qual o motivo de Highway Don't Care com a  Taylor Swift, quer dizer, eu sei e mesmo assim me questiono. E a música ainda tem do Keith Urban que só toca guitarra. Querido Tim, seja apenas esse Tim que a Faith se apaixonou e esqueça de tentar agradar a gregos e troianos. Valeu.

16 de março de 2013

New Faces Apresenta: "A Linda Garota Que Canta Como Se Fosse de Fora Desse Mundo"

The Power of Love
Gabrielle Aplin


Cantar deveria ser considerado um estado de espírito. Uma elevação da alma. Um estado de transe entre o real e o divino. Hoje em dia existe uma concepção que se você consegue tirar uma nota certa e tem um rostinho bonito você é o melhor cantor (a) para um bando de fãs histerico(a)s. Que pena.

Gabrielle Aplin é a nova aposta do mercado fonográfico inglês para esse ano. A jovem de apenas 20 anos já alcançou o primeiro lugar da parada na terra da Rainha com o single The Power of Love. Aplin tem como principal e maior qualidade o fato de ser dona de uma singular voz, algo que transita entre o clássico e o contemporâneo de uma maneira graciosa. Há algo angelical na voz dela que consegue falar internamente com quem ouve usando uma simplicidade admirável unida com uma técnica perfeita. A escolha para regravar The Power of Love (canção originalmente do grupo Frankie Goes to Hollywood de 1984) foi perfeita: a composição já emana algo muito diferente devido a sua elaboração poética sobre a força do amor com lindas metáforas e o arranjo, aqui mais refinada na construção instrumental dando um toque mais intimista e delicado, é um complemento perfeito para a transmissão dessa sensação quase angelical que a jovem passa. Uma voz que deve ser conhecida o quanto antes.
nota: 8

15 de março de 2013

O Dueto Quase Perfeito

Just Give Me a Reason (feat. Nate Russ)
P!nk

Quando você une uma das artistas pop mais talentosa das últimas décadas com um líder de umas das bandas mais interessantes que surgiu nos últimos tempos o resultado só pode ser uma canção como Just Give Me a Reason mesmo com alguns problemas.

P!nk não poderia ter escolhido melhor parceiro para "conversar" em Just Give Me a Reason: a voz Nate Russ é o casamento perfeito para o da P!nk. As atuações de ambos são trabalhos impressionantes não apenas na parte técnica, mas na parte emocional que cada um coloca que ao mesmo tempo são divergentes e que mesmo assim se casam perfeitamente. Claro, que tudo isso é ajudado pela magistral composição escrita à três mãos: P!nk, Nate e o produtor da canção Jeff Bhasker. Just Give Me a Reason é uma conversa de dois amantes que estão no fim da relação, mas que tem visões diferentes de como está a relação deles. Mesmo assim eles estão tentando achar alguma saída para "voltar a amar novamente". A letra acerta ao mistura falas mais "reais" com belas metáforas dosando as duas partes para criar uma experiência forte, tocante, verdadeira e sem pieguismos. Infelizmente, a canção tem seu defeito e recaí sobre a produção.  Mesmo Just Give Me a Reason sendo um trabalho competente de Bhasker ao fazer uma balada pop convincente e fora de lugares comuns que se pode cair ao fazer um dueto como esse, ele erra no clímax no final quando o arranjo não tem um momento que sintetiza toda a experiência que foi mostrada anteriormente. Faltou um tantinho para a canção não ser perfeita, mas o resulta final ainda é excelente. E não poderia ser diferente.
nota: 8,5

14 de março de 2013

Morno

Looking Hot
No Doubt


A recepção ao retorno do No Doubt foi tão morna, mais tão morna que o grupo já está planejando um novo álbum ainda para esse ano. E não seria diferente ainda mais com o desempenho do segundo single de Push and Shove, a legalzinha Looking Hot.

Quer dizer, o não desempenho já que a canção não entrou em nenhum chart mesmo com a divulgação e até a polêmica envolvendo o video clipe lançado que foi tirado do ar por, supostamente, ser ofensivo aos índios nativos americanos. E até que Looking Hot é até boa, mas que é tão "canção" do No Doubt que não dever ter feito a cabeça do novo público. Na canção temos uma Gwen Stefani jogando na cara da sociedade que aos 43 está melhor que 90% das mulheres com a metade da sua idade com uma batida tipica do grupo misturando dance, pop, rock, ska e reggae. Tudo muito bem produzido, mas com um resultado bem morno. A canção realmente nasceu para ser morna e não teve como aquecê-la.
nota: 6,5

13 de março de 2013

Uma Segunda Chance Para "If U Seek Amy"

If U Seek Amy
Britney Spears

Eu posso encontrar dezenas de problemas na atual situação da carreira da Britoca, mas admito que quando ela acerta não tem para ninguém no quesito pop.

If U Seek Amy foi o terceiro single do álbum Circus de 2008, mas deveria ter sido o primeiro. Há alguns fatores que me fazem acreditar na afirmação anterior: se não bastasse If U Seek Amy ser a melhor canção do álbum, ela também é a melhor da carreira dela "pós-fundo do poço". O single se destaca pelo fato de que aqui Britoca está mais "humanizada". Seus vocais mostram uma cantora mais "animada" e divertida parecendo que aqui ela estava realmente animada para gravar deixando transparecer. Além de sua voz não está tão alterada como em outras canções. Também a produção de Max Martin é bem legal: pop dance divertido que não apela para o pancadão e lembra o começo da carreira dela. A composição finaliza a canção com chave de ouro como sendo a tradução perfeita do que deve ser uma canção pop, ainda mais de uma pessoa que muitos afirmam como a princesa do pop: divertida, fútil, criativa e com a dose certa de polêmica e ironia. Ainda espero que essa Britoca ainda viva em algum lugar.
nota original: 7,5
nota atual: 7,5

Resultado Final: Com o passar dos anos, If U Seek Amy mostra que ainda existe vida na música da Britoca se mantendo um momento positivo na carreira dela nos últimos anos.
Resenha Original

12 de março de 2013

Linhagem

When I Was Your Man
Bruno Mars


When I Was Your Man, segundo single do álbum Unorthodox Jukebox do Bruno Mars, vem de uma linhagem que já tem nomes como Adele, Elton John, Michael Jackson, Stevie Wonder, Prince, Alicia Keys e outros: a balada pop soul.

When I Was Your Man conta como seu principal atributo a intima e poderosa performance de Bruno que apenas acompanhado de um piano alcança um nível impressionante de emoção genuína. Um verdadeiro interprete capaz de muito fazendo pouco. Mesmo cedendo ao clichê de fazer uma balada apenas a base um piano, o trabalho instrumental é competente conseguindo equilibrar a canção ao unir a atuação de Bruno com a ótima composição que mostra que fazer uma canção romântica vai além dos mesmos arquétipos: aqui Bruno se lamenta e pede desculpa a ex por ter não ter sido um homem de verdade e deseja que o atual amor dela seja tudo que ele não foi. Forte, emocionante e sincero. Uma canção que respeita e é merecedora da sua linhagem.
nota: 8

11 de março de 2013

Primeira Impressão

All That Echoes
Josh Groban


Existem alguns artistas que sempre entregam trabalhos que ao menos pode se chamados de sólidos. Um desses caras é o cantor Josh Groban que lançou o álbum o sexto álbum da sua carreira intitulado All That Echoes que estreiou no primeiro lugar da Billboard.

Groban, que teve como produtor o famoso Rob Cavallo, entrega o seu trabalho mais pop até agora ao invés do "clássico pop" que fez até agora. Claro, Josh é conhecido por trazer o estilo clássico para o grande mainstream e a influência continua em All That Echoes só que mais contida. Fãs mais "ardorosos" dele podem estranhar e até reclamar, contudo não se pode negar a qualidade do trabalho mesmo nãos sendo o seu melhor de uma maneira geral. A escolha das canções (tantos as inéditas, quanto as regravações) é boa, mas não tão boa como em outros trabalhos. É um trabalho sólido com escolhas interessantes como a regravação da linda tradicional canção irlandesa She Moved Through the Fair que é a melhor canção do álbum. Também é bom ver Groban assinando várias canções como compositor como é o caso da bela Sincera em italiano. E o que falar de Josh vocalmente? Ele ainda é um dos melhores cantores da atualidade mesmo que aqui esteja mais contido, mas ainda é um prazer ouvir Josh e suas ótimas interpretações. All That Echoes é um trabalho solido de um artista solido.

Esse Cara é o Josh

Brave
Josh Groban


Muitos podem tentar, mas poucos são o cara de verdade. Um deles é o Josh Groban.

Primeiro single do álbum All That Echoes, Brave mostra a competência de um artista multifacetado. A produção de Rob Cavallo consegue unir de maneira moderna, adulta e sem clichês toda as influências de Groban do mundo da música clássica com o mundo da canção popular sem pesar a mão para nenhum dos lados e entregando um arranjo bem orquestrado. Josh sempre é responsável por trazer à tona sentimentos simples, mas cativantes em suas performances e aqui não é diferente. Apesar de a composição ser um pouco prosaico é um trabalho correto que casa muito bem com toda a canção. Assim com o cara deve fazer.
nota: 7,5

10 de março de 2013

Apenas Respeito

Waterfalls
Stooshe

Um grande clássico da música pode seguir duas direções em relação as suas possíveis regravações: de um lado pode haver tantas regravações que a canção original meio que se perdeu ao longo dos anos ou ser um trabalho basicamente impossível de regravar. Contudo, a segunda opção tem algumas exceções. Raras, mas existem.

Quando a girl band TLC (que em breve terá um especial aqui no blog) lançou o hit Waterfalls a época era outra, completamente diferente da de hoje: além do contexto musical, havia um grande burburinho social acontecendo com a epidemia da AIDS ainda no auge, questões sociais como a situações de jovens carentes nas periferias, a situação na África e os primeiros avanços na luta pelo meio ambiente. Então, imagine esse grupo de três meninas ainda muito jovens falando de maneira incisiva sobre assuntos que conseguiram quebrar barreiras e entrar com tudo do mainstream em 1995 como o impacto foi marcante. Só que não só por isso: Waterfalls em si é uma das melhores canções da década de noventa com a mistura perfeita e original de R&B, pop e hip hop. Isso fez de Waterfalls uma canção impossível de ser regravar sem parecer uma tentativa desesperada. Ou uma tarefa quase impossível.

O girl band inglesa Stooshe cometeu essa proeza e lançou um cover da canção com terceiro single do álbum debut delas que ainda não foi lançado. Mesmo correndo grandes riscos com essa escolha, o
Stooshe consegue o inacreditável ao conseguir um bom resultado. A principal razão foi o respeito. Com a benção da T-Boz, uma das integrantes do TLC que ouviu uma versão acústica, o grupo produziu sua versão usando as principais qualidades da canção: a batida inesquecível foi alterada minimamente sendo mudado apenas a cadencia da canção, aqui mais "musical" com a inclusão de mais instrumentos. Vocalmente, o trio faz um trabalho ótimo sendo a melhor e mais inteligente mudança foi fazer as três cantarem o verso rap antes do final da música ao invés de trazer um rapper. Isso dá personalidade, mas sem comprometer a "verdade" da canção. Mesmo sem alterar a composição, o impacto social da canção se perde um pouco nessa versão, mas sem perder a genialidade. Apesar disso, o Stooshe fez o que era impossível apenas usando algo que falta hoje em dia: respeito.
nota: 7,5

9 de março de 2013

Uma Estrada Perdida

Miss Atomic Bomb
The Killers


Gostaria de saber quando foi que os artistas deixaram de compor músicas que contam uma história para canções sobre festejar a noite inteira. Graças a Deus, ainda existem bandas como o The Killers.

Segundo single do excelente álbum Battle Born, Miss Atomic Bomb é uma dessas canções que mais parecem baseadas um conto de algum autor moderno sobre a bela história de um garoto do interior que se apaixona pela garota mais "atrevida" da cidade e se vê em um momento que vai mudar sua vida e nunca vai mais esquecer. Gosto especialmente do primeiro verso sobre o momento em que ele se apaixonou, mas como um todo a composição é inspiradora, romântica sem ser piegas e de um sentimento profundo e comovente. Ajuda muito a retomada do grupo de uma sonoridade perdida nos anos oitenta com uma mistura de rock e new wave só que sem ter cheiro de naftalina. Artistas que tem essa visão são poucos, mas ainda há esperança nessa estrada perdida.
nota: 9

8 de março de 2013

New Faces Apresenta: "Apenas Mais Uma Indie"

Ho Hey
The Lumineers

Uma coisa que ainda não entendi sobre esse boom de sucesso de bandas indie no mercado americano é um resposta de um público que não se via representado no atual mainstream ou apenas o mesmo público que sem saber muito diferenciar estilos e artistas compra tudo como se fosse uma massa grande e uniforme de indie. De qualquer maneira, nem sempre surge algo realmente interessante.

A banda The Lumineers, que recebeu duas indicações ao Grammy desse ano inclusive a melhor Novo Artista, conseguiu se destacar ao emplacar a sem graça Ho Hey no terceiro lugar da Billboard. O single que abre os trabalhos do álbum debut homõnimo deles é uma canção simples só que uma maneira sem graça e monótona. O trabalho de instrumentalização é competente, mas sem nenhum atrativo ao não ser algumas nuances diferentes ao longo da canção. A composição falha por não passar de maneira mais pungente sua ideia original que fica perdida na tentativa de deles de serem "cool". Finaliza, com vocais sem nenhuma pegada que parecem frios e distantes. Resumidamente: é apenas mais uma indie.
nota: 5,5

7 de março de 2013

Especial Cher

Pode haver uma Rainha do Pop. Pode até uma Princesa do Pop. Só que mesmo com toda a realeza que esses títulos emanam, apenas alguém imortal pode realmente transcender o limite da eternidade com todo seu esplendor. E no quesito pop apenas uma pessoa está hoje gabaritada, pois já colocou seu nome no Olímpo dos Deuses da Música!

Esse é um especial para marcar o retorno dela ao mundo da música! Divirtam-se!

A Volta da Deusa do Pop

Woman's World
Cher

Sabe o que é conseguir carregar uma música dignidade?  É quando uma artista, independentemente de qual o estilo, composição, batida ou situação da canção, esse artista sempre vai além e entrega personalidade em uma bandeja de ouro com toda a "catigoria". E se a música é boa, a situação apenas melhora.

Primeiro single que ainda nem foi lançado oficialmente do álbum que a Cher está prometendo para esse ano depois de doze anos sem lançar um trabalho seu, Woman's World mostra um sessentona pronta para meter o pé na porta e mostrar como se faz pop dançante de verdade. Como produção do renomado DJ Paul Oakenfold a canção foi feita para tocar em qualquer boate do mundo sem precisar de remix mostrando que para fazer esse tipo de canção não basta uma batida tem que ter classe. No alto dos sessenta e seis anos, Cher mantém quase intacta sua poderosa voz apenas um pouco mais encorpada, mas nada que a estrague nada daquela Cher de antigamente. Com aquela pegada fenomenal que ela possui fazendo quem houve Woman's World querer cantar do começo ao fim coisa que está rara no pop atual. O feminismo é a temática da composição que se não é exatamente genial é boa o suficiente para não deixar o bola cair e ainda passar uma mensagem que conecta com a vida da Cher. Além, é claro, do ótimo refrão. Deusas são feitas para isso: quando na hora mais escura, elas aparecem trazendo luz.
nota: 8

Faixa Por Faixa

CD: Believe
Artista: Cher
Gênero: Dance-pop, house, disco, latin
Vendagem: Cerca de 11,5 de cópias
Singles/Peak na Billboard: Believe (1°), Strong Enough (57°), All or Nothing (Não entrou) e Dov'è l'amore (38°).
Grammy
Vitórias

2000
Best Dance Recording (Believe)

Indicações
2000
Best Pop Vocal Album
Record of the Year
(Believe)

Ano: 1998


6 de março de 2013

Valeu, Chorão!

"O sol sempre nascerá para mim; um dia, não nascerei para ele. Que meu agradecimento, por tão flamejante companhia, seja minha vida ardente."
Luiselza Pinto

Quem Diria?

Daylight
Maroon 5

Quem diria que o maior sucesso, em relação ao desempenho dos singles, do Maroon 5 desde a estréia com Songs About Jane seria das canções saídas do mediano Overexposed. E o terceiro single Daylight comprova isso.

Sétimo na Billboard, a canção é uma balada rock pop bem cafoninha, mas que tem todo apelo comercial possível. Daylight mostra um Adam todo meloso e comportado entregando uma performance segura, mas monótona para uma composição que abusa do sentimentalismo de segunda mão para conquistar fãs mais sensíveis. A produção cumpre o papel de entregar uma canção redondinha que não tem nenhuma gota de originalidade. Sempre digo e vou repetir: sucesso não é sinônimo de qualidade.
nota: 5,5


5 de março de 2013

As 50 Melhores Músicas Pop de Todos os Tempos

Chegamos a deliciosa posição quatro na nossa lista! Hoje teremos uma aula para vocês mulheres que lêem o blog: como ser sensual, sem ser vulgar!


Igualzinho a essa gata aí de cima! Então, minha senhora, clica aí!


4 de março de 2013

Um Lindo Passarinho

Lovebird
Leona Lewis


Leona Lewis pode até ter flopado com a lindinha Lovebird, mas não foi por qualidade.

Segundo single do álbum Glassheart, a canção é um simples, eficiente, cativante e bonitinha balada pop/R&B que tem como ponto alto a produção na medida certa que constrói um arranjo simples, mas cheio de pequenas e belas nuances. O tom contido reflete na performance delicada e pontual que consegue carregar de maneira graciosa a quase brega, mas adorável e com certa ingenuidade pouco vista nos dias de hoje. Como dizia a Hebe: uma gracinha!
nota: 7,5


2 de março de 2013

Metade Levine, Metade Thomas

Troublemaker (feat. Flo Rida)
Olly Murs

Qual o sabor de pizza que você mais gosta? São mais de um? Então, você normalmente deve pedir uma "metade/metade"? Que tal isso se aplicar para a música? Você pede um Matchbox Twenty ou um Maroon 5 e ganha em vez um Olly Murs todinho para você.


O inglês que foi segundo colocado na sexta edição do The X Factor é uma das apostas para invadir o mercado americano e assim o mundo inteiro de vez. Já no terceiro álbum, Olly lançou o hit chiclete Troublemaker que foi primeiro na Inglaterra e até foi bem nos EUA e no resto de mundo. Em questão de qualidade a canção é, digamos, duvidosa. Olly entrega uma canção certinha e comercial, mas que parece algo que o Marron 5 faria uns anos atrás. Só que um pouco melhor. Se isso não bastasse, Olly nem tem exatamente uma personalidade vocal forte já que as vezes parece o Adam Levine e em certos momentos é uma xerox de Rob Thomas, vocalista do Matchbox Twenty. Sem falar da participação do Flo Rida que nada acrescenta a música que poderia passar sem essa intervenção. Dois por um que não vale muito o preço.
nota: 6