25 de março de 2013

Primeira Impressão

The Next Day
David Bowie

Vamos colocar todas as cartas na mesa: não sou fã ou mesmo conhecedor do trabalho do David Bowie, mas não tem como negar que esse tiozão foi, é e sempre será um dos alicerces do rock. Conhecendo uma pequena e superficial parte da carreira dele não posso dizer que ouvi décimo sétimo álbum dele lançado recentemente com algum background suficiente para poder comparar com outros trabalhos deles. Também não vou fazer de conta só para fazer média para ninguém. Então, tive que "encarar" o desafio de analisar The Next Day de uma maneira que pudesse pesar uma carreira de década de David e ao mesmo tempo pudesse ter uma visão "pura" e sem amarras. E qual o resultado: sendo de uma lenda do rock ou não, The Next Day é um grande álbum.

No alto dos seus 66 anos, Bowie mostra a sonoridade que influenciou várias gerações de roqueiros. Só que aqui estamos falando do cara de deu origem, então espere o som real, cru e sem concessões de um artista que sempre esteve a frente do seu tempo. Em The Next Day ouvimos um artista que ainda sabe como se colocar na atual conjuntura musical sem perder nada de sua personalidade agradando aos fãs antigos e ainda abrindo caminho para uma nova geração. Apesar disso, o álbum não é feito para todo o público com sua sonoridade seca, poderosa, estranha e multifacetada que foi dada pelo produtor Tony Visconti que trabalha com Bowie desde o segundo álbum dele datado de 1969. Em resumo, rock para quem não sabe o que é isso de verdade. Não assuste com as complicadas, irônicas e profundas composições. David é de outra época e tem uma noção bem diferente do que é uma canção de amor, por exemplo. Contudo, não ache que ele é apenas um tiozão que gosta de falar de coisas esquisitas. Tente ler nas entrelinhas. Assim também não é fácil assimilar a voz de David para quem tem uma definição de "o que é ser cantor" restrita. David é bem mais que apenas um cantor, ele é um interprete incomparável. Escolhendo entre dos as faixas coloco como os maiores destaques, a canção que abre o disco e dá nome à ele, The Next Day, o single Where Are We Now? (resenha a seguir) e a balada You Feel So Lonely You Could Die. No mais, só devemos nos curvar ao talento de Bowie que é tão foda que continua ir conta a corrente ao fazer nenhuma promoção do álbum ao contrário do que todos fazem e mesmo assim ser um sucesso enorme. Vida longa, David Bowie!

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