29 de janeiro de 2020

Perdidah

You should be sad
Halsey

Uma das canções que melhor mostra as qualidades e defeitos que Halsey apresenta é o single You should be sad, sexta canção lançada de Manic.

O single é uma balada mid-tempo country pop que se de um lado é uma boa aventura sonora, do outro lado surge com uma tentativa meia boca de tal ousadia. O destaque da canção é sua constante, ácida e sincera sobre o fim de um relacionamento com o famoso boy lixo. Nesse caso, a especulação aponta que You should be sad seja sobre o relacionamento com o rapper G-Eazy. Essa honestidade é o que faz da canção um trabalho acima da média. Além disso, a cantora entrega uma performance segura do começo ao fim. Entretanto, o single apresenta uma genérica e quase linear produção que pega o lado mais sem graça do pop e do country para criar uma canção que, infelizmente, não chega a lugar nenhum sonoramente. Não é uma canção ruim, mas ainda deixa claro como a cantora ainda está meio perdida.
nota: 6,5

Será?

Stupid Love
Lady Gaga

Essa resenha será diferente de todas as outras que já fiz até hoje, pois irá analisar uma canção que pode ou não ser um single. Isso se deve ao fato da canção ser uma vazada da Lady Gaga, indicando o seu retorno derradeiro. Entretanto, Stupid Love vale realmente ser digna do hype?

Stupid Love é uma boa canção pop com alguns problemas que podem ser concertados caso essa versão vazada seja uma "demo". O maior problema é a composição, mesmo apresentando .bons momentos. O ponto fraco é o seu refrão que não está altura dos grandes refrões da carreira da cantora, pois é raso e muito rasteiro. Isso fica ainda mais nítido quando se percebe que a canção é uma cruza da temática de Bad Romance com a sonoridade dance-pop de Born This Way. E essa segunda comparação é que dá mais esperança para o retorno de GaGa ao bom e velho pop. Rezemos.
nota: 7

26 de janeiro de 2020

No Me Gusta

Me Gusta
Shakira & Anuel AA

Durante a sua carreira toda, a Shakira sempre foi uma artista que lançou tendências para que os outros a seguissem. Nos últimos tempos, a cantora vem fazendo o contrário ao seguir tendências em seus lançamentos, mais precisamente o reggaeton. E o pior: não adiciona nada para o gênero ou para a carreira da colombiana como deixa claro a fraca Me Gusta.

Provavelmente lançada para aproveitar o hype da sua apresentação no Super Bowl, Me Gusta é uma tediosa e repetitiva mistura de reaggaeton com trap que começa mal e termina mal. Como dito anteriormente, além de acrescentar em nada na carreira da cantora, Shakira não coloca nada que possa fazer da canção algo que seja um trabalho com a sua cara. E isso é um banho de água gelada para quem sempre teve na cantora um exemplo de criatividade. O pior é que a cantora é a única coisa positiva dentro da canção ao segurar com alguma dignidade Me Gusta, pois o Anuel AA é dono de uma voz anasalada e, por vezes, irritante. Complicado ver a carreira da Shakira chegar nesse nível.
nota: 5

Outro Tema Para Sia

Original
Sia

Mesmo sendo uma das compositoras mais requisitadas e talentosas da última década, a Sia até agora não conseguiu entregar nenhum tema para filme que fosse digno do seu talento. O mais novo nessa lista é a mediana Original.

Original tem todas as qualidades da artista, mas, infelizmente, não consegue usar disso para entregar uma música realmente boa. A composição tem a estética dos bons trabalhos da Sia, mas termina de forma pouco inspirada e nada inspiradora como era a sua intenção. Performando de forma automática, a cantora deixa de lado suas poderosas interpretações para entregar uma morna interpretação. O pior, porém, é a produção que faz de Original um pop tão arrastado que ao seu final da vontade de tirar um cochilo. E o mais surpreendente é saber que a canção é ainda melhor que o filme que é tema já que Dolittle, estrelado pelo Robert Downey Jr., é uma verdadeira bomba atômica.
nota: 5,5


25 de janeiro de 2020

Artista do Ano

A última votação para os Melhores do Ano é para definir qual foi o maior nome de 2019. Os escolhidos vão desde a novatos que explodiram no ano até a explosão de uma veterana e passando pela consagração de critica e público de duas artistas consagradas. Votem!


23 de janeiro de 2020

2 Por 1 - Alicia & John

Conversations in the Dark
John Legend

Underdog
Alicia Keys

A Alicia Keys e o John Legend são os dois principais nomes do R&B do começo dos anos dois mil. Apesar de carreiras com comercialmente diferentes, os dois cantores sempre mostraram um talento gigantesco ao longo dos anos, criando grande momentos para o gênero. E, felizmente, os dois continuam a demonstrar essa qualidade com os lançamentos de novos trabalhos.

Conversations in the Dark é claramente uma parente do maior sucesso da carreira de Legend, a ótima All of Mepois a nova canção é uma romântica e edificante balada R&B com base de piano. Apesar de não ter a mesma força emocional da sua "aparentada", o single mostra todas as qualidades do cantor de maneira clara como o dia: arranjo impecável, composição madura e vocais poderosos e de um carisma ímpar. Essas mesmas características também podem da Alicia, mas a mesma tem em mãos uma canção bem menos inspirada. Underdog é uma boa R&B/pop mid-tempo que acerta com a sua inspiradora composição sobre aqueles que conseguem sobreviver mesmo quando todas as probabilidades estão contra. O problema aqui é a produção meio genérica que não tem a mesma força que os trabalhos de sucesso da cantora. Não é de longe ruim, mas é um pouco decepcionante vindo de alguém com o talento da cantora. De qualquer maneira, os dois cantores ainda possuem o brilho que os fizeram os artistas que são hoje.
notas
Conversations in the Dark: 7,5
Underdog: 7

22 de janeiro de 2020

Grammy 2020

Com a premiação acontecendo no próximo domingo, o Grammy desse ano que indica os trabalhos lançados em 2019 é, pelo menos nas indicações, um dos anos mais justos, equilibrados e diversos dos últimos tempos. Indo do hip hop ao indie pop/rock até o pop, as principais categorias também apresenta uma diversidades nos artistas donos dos trabalhos. E para tentar descobrir quem são os favoritos e possíveis vencedores aqui estão as minhas previsões!




21 de janeiro de 2020

Single do Ano - Votação Final

Chegou o momento de decidir qual foi o maior sucesso do ano após os duelos individuais. Então, qual foi o Single do Ano?


20 de janeiro de 2020

A Era do Viral

ROXANNE
Arizona Zervas

Cada vez mais as paradas musicais vão sendo afetadas pelo o que é sucesso nas mídias digitais. Não somente pelos burburinhos que os fãs fazem para artista x, mas, também, pela elevação de desconhecidos ao estrelato ao ter a sua música caindo no gosto desse público, normalmente através de algum meme. Foi assim com Lil Nas X e assim está acontecendo com o cantor Arizona Zervas e o hit ROXANNE.

Provavelmente, uma roupagem para a temática da canção com mesmo nomes do The Police, o single é um mediano, mas sustentável pop/rap com toques de R&B. Na verdade, a produção é que a canção tem de melhor, pois consegue entregar um trabalho até redondo e com boas pitadas de carisma. Não é perfeito, mas dá para entender o seu sucesso em certo nível. A composição é mediana com alguns momentos bons como, por exemplo, o refrão. O erro de ROXANNE é o uso excessivo de efeitos vocais que escondem o fato da voz de Arizona, que nasceu com esse nome, ser limitada e pouco interessante. Existe um fator muito importante nesses sucessos virais como o de ROXANNE: assim como é rápido a sua ascensão, rápido também é o seu esquecimento. Veremos.
nota: 6,5

Meh!

Diamonds
Megan Thee Stallion & Normani

Existem canções que parecem serem feitas para um artista iniciante decolar de vez. O problema acontece quando tudo não passa de aparências como mostra a canção Diamonds, parceria da rapper Megan Thee Stallion com a ex-Fifth Harmony Normani.

Tema do filme Aves de Rapina, a canção deveria ser um poderosa e contagiante hino sobre o poder feminino que remeteria a grandes canções com mesma pegada, mas, infelizmente, Diamonds resulta em um trabalho morno. É notável que Megan tem talento e carisma e, mesmo podendo ser trocada por outra cantora sem que se sinta a sua falta, Normani entrega uma performance na medida para a canção. Entretanto, a produção entrega uma batida sem nenhuma graça que, na verdade, parece requentada de outros trabalhos. E nem mesmo a clara alusão ao clássico "Diamonds are a girl's best friend" ajuda a dar o fator necessário para a canção pudesse ter a mesma força que a sua intenção. Infelizmente, uma canção que deveria ser um "boo" acaba sendo apenas "meh". Pena.
nota: 6

18 de janeiro de 2020

Revelação do Ano

Chegou o momento da escolha de qual foi a Revelação do Ano. Os escolhidos para a turma de 2019 tem a dona do possível futuro do pop, o dono do maior sucesso do ano, dois cantores em busca de não serem donos de apenas um hit e uma espanhola dona de uma pequena revolução musical. Eis aqui os indicados a Revelação do Ano:


17 de janeiro de 2020

As 100 Melhores Canções da Década - Parte IX

Reis

Ordinary Man (feat. Elton John)
Ozzy Osbourne

Poucos encontros musicais podem ser chamados de lendários, mas isso acontece de vez em quando dentro do mundo da música. E 2020 começa com um encontro mais que lendário, pois reúne dois dos maiores nomes da música de todos os tempos: o príncipe das trevas Ozzy Osbourne convidou a lenda viva do Elton John para participar na canção Ordinary Man.

O vocalista da lendária banda Black SabbathOzzy se tornou uma figura ímpar no mundo do entretenimento não apenas pela sua contribuição a música, mas, também, pela sua vida pessoal e a sua personalidade. Não irei dizer que sou familiar com a carreira de Ozzy, seja solo ou na banda, mas devo admitir que gostei de Ordinary Man. Longe do heavy metal, a canção é uma tradicional e bem produzida balada rock sobre o peso dos anos e da fama que levou Ozzy a ser o homem que é. Não tem nada ousado aqui ou original, mas é um trabalho honesto e com uma melancolia tocante. Além disso, a presença de Elton, não apenas tocando o piano, mas, sim, cantando alguns versos ajuda a canção a ganhar mais corpo e uma sensação de familiaridade para aqueles que, assim como eu, não conhecem o trabalho do roqueiro. E a cereja em cima do bolo é a guitarra de outra lenda, o Slash do Guns N' Roses. É sempre bom ver que ídolos desse porte ainda fazem músicas boas e, felizmente, ainda são relevantes para o atual cenário.
nota: 7,5

Fator Desconhecido

Circles
Post Malone

Não é hate ou coisa parecida, mas não consigo entender o sucesso do Post Malone vem fazendo nos últimos anos. E nem mesmo a mediana Circles ajuda a entender o motivo do rapper/cantor ter virado um dos maiores nomes do mainstream americano.

Deixando de lado a sua função como rapper, Post Malone encara o cantor de pop rock em uma balada mediana que não faz sentido nenhum. Com uma batida repetitiva e nenhum pouco interessante, Circles tem na performance apática, monótona e deslocada de Post Malone um momento de realmente coçar a cabeça. O que faz valer a canção é a sua boa composição que nas mãos de um artista melhor poderia resultar em uma música poderosa. Nas mãos de Post, Circles é apenas uma canção mediana que o seu sucesso é explicado pelo meme da Nazaré confusa.
nota: 6

14 de janeiro de 2020

Single do Ano - Votação

O último duelo será entre os dois principais nomes femininos de 2019: Lizzo e o seu sleeper hit em Truth Hurts e a ostentação de Ariana Grande em 7 Rings. Votem!


O Possível Sleeper Hit de 2020

Tusa
KAROL G & Nicki Minaj

Se existir uma coisa difícil de prever no mundo da música é saber qual canção será o famoso sleeper hit, pois, por natureza, esse tipo de sucesso é construído aos poucos até chegar ao nível de sucesso e nunca sabemos qual a canção que irá se tornar um. Todavia, se é para apostar em um que tem todas as possibilidades de virar um sleeper hit é a parceria da colombiana KAROL G com a Nicki Minaj na canção Tusa.

Nome em ascensão no mundo latino, KAROL G entrega em Tusa uma simpática e bem amarradinha mistura de latin pop com reggaeton. Longe de ser algo realmente fora da casinha, mas tem uma produção acertada que fica bem no meio do caminho entre o ruim e bom. O erro dela é colocar uma batida ao longo da canção que dá uma atrapalhada na instrumentalização. Segurando a canção está a presença da colombiana que entrega uma performance sólida que dá química com a Nicki Minaj que, como sempre, coloca a sua personalidade de forma a melhorar a canção. Subindo aos poucos as paradas ao redor do mundo, especialmente a Billboard, Tusa tem as características de um sleeper hit. Só falta saber se vai ter fôlego para tanto.
nota: 7

This is Mandy

When I Wasn’t Watching
Mandy Moore

A cantora/atriz Mandy Moore tem uma das carreiras mais curiosas do pop. Começando com uma estrela teen ao assinar como uma grande gravadora em 1999, Mandy nunca foi exatamente um grande sucesso comercial, mas assim mesmo conseguiu uma legião de fãs. A sua trajetória para o cinema também foi na mesma pegada, alcançando alguns poucos sucessos de verdade como o filme Um Amor para Recordar e dando voz para o desenho Enrolados da Disney. Entretanto, a sua faceta atriz ganhou finalmente um grande em momento em 2016 quando começou a interpretar a matriarca da família na série de sucesso This is Us, resultando na sua indicação à vários prêmios importantes. Na série, a atriz tem a oportunidade de exercitar o seu lado cantora várias vezes, ajudando ao público lembrar dessa sua primeira paixão. E, provavelmente, capitalizando sobre isso, Mandy "ressuscitou" a sua carreira de cantora depois de dez anos ao lançar o single When I Wasn’t Watching.

When I Wasn’t Watching é claramente o reflexo da maturidade da cantora ao ser um redondo pop contemporâneo que não chega a ser sensacional, mas tem alguma personalidade. O erro da canção é uma instrumentalização com uma batida equivocada que se utiliza de uma bateria um pouco irritante que atrapalha o bom andamento da canção que poderia resultar em algo bem mais interessante. Isso porque a composição é um trabalho realmente bem escrito sobre se sentir perdido sem saber como se encontrar. Uma mudada no refrão seria bem vinda, mas When I Wasn’t Watching soa como um desabafo pessoal da cantora. Vocalmente, Mandy é uma cantora esforçada, mas entrega uma performance apática que não está no mesmo nível da emoção da composição. De qualquer forma, o retorno de Mandy deve satisfazer os fãs de uma artista que conquistou o seu lugar ao Sol por méritos próprios.
nota: 6

9 de janeiro de 2020

Single do Ano - Votação

A disputa para Single do Ano chega para colocar um sucesso que demorou vinte cinco anos para acontecer e outro sucesso que tem como dono um artista que ainda nem completou vinte e cinco anos: de um lado All I Want for Christmas Is You da Mariah Carey contra Circles do Post Malone. Votem!


7 de janeiro de 2020

A Pior Não Tão Ruim Música de 2019

Dance Monkey
Tones And I

Provavelmente, você não deve saber por nome quem é a cantora Tones And I (!?!), mas tenho quase certeza que ouviu o seu grande sucesso em algum momento. Nascida Toni Elizabeth Watson, a australiana alcançou o número um na Inglaterra por onze semanas e vem subindo aos poucos a Billboard, onde já ficou na nona posição, com a canção Dance Monkey. Esse sucesso irritou muitas pessoas, pois o single é considerado por muitos uma das piores canções do ano. Na verdade, quem acha que Dance Monkey a pior música do ano está errado, mas, curiosamente, também está certo. 

Dance Monkey não uma canção tão ruim como muitos a pintam, mas está bem longe de ser uma boa canção. O que quero dizer é que existem pontos positivos que meio que são cancelados pelos pontos negativos. O acerto da canção é a sua bem feita e, até certo ponto, original batida dance-pop que se beneficia de uma ousada inclusão toques de jazz e pop soul. Não é algo fora do normal, mas tem o seu charme e consegue sustentar um pouco a canção. A composição é boa até a página dois, pois no momento que parece que acabou a criatividade, a letra fica se repetindo-se a exaustão, minando qualquer qualidade que a mesmo possui. O grande problema de Dance Monkey é a voz de Tones And I: dona de um timbre inusitado, sendo uma mistura anasalada da Sia com a Meghan Trainor, a cantora não é nem de perto unanimidade com o público. Na minha opinião, porém, o problema aqui é na pronuncia estranha que a cantora dá para várias palavras, criando um ruído indesejável na canção. Dance Monkey é, apesar de tantas opiniões sobre a mesma, esquecível no melhor das hipóteses.
nota: 5

Virando Mesas

Future Nostalgia
Dua Lipa

Está ficando bem claro que Dua Lipa está pronta para ser o grande nome do pop na década que se inicia. Depois da cativante Don't Start Now, a cantora lançou a ótima Future Nostalgia.

Apesar de ser um single promocional, Future Nostalgia é uma interessantíssima e refrescante dance-pop com toques de electro e funk, comprovando a minha sensação que a cantora precisa quebrar expectativas em todas as suas canções. É necessário dizer que a canção não é daquele tipo que na primeira ouvida já gruda na nossa cabeça como chiclete e pode até estranhar a sua batida. Ao prestar  atenção com cuidado é possível não apenas gostar da canção, mas, também, notar as nuances que a produção adiciona a canção, ajudando Future Nostalgia ter uma estrutura incorporada e bem acima da média. Uma pena que a canção seja apenas promocional, pois merecia um tratamento completo de single.
nota: 8


5 de janeiro de 2020

Começando o Ano em Baixa

Yummy
Justin Bieber

Nos últimos dois anos, a primeira resenha de um lançamento importante no começo do ano era sempre alguma canção que realmente interessante. Na verdade, ambas músicas (uma do Bruno Mars e a outra da Lizzo) foram a abertura perfeita para o ano que estava por vim. Em 2020, porém, a situação é bem diferente, pois o primeiro grande lançamento não é nada auspicioso. Tudo graças ao comeback do Justin Bieber.

Yummy não é a pior canção dos últimos tempos, mas faz um trabalho considerável para alcançar tal feito. A produção é fraca, mas até passável devido ao uma pegada chiclete aqui e ali nesse pop/R&B nada original. O que afunda a canção como o iceberg do Titanic é a sua pobre, mal escrita e medíocre composição que tenta ser uma exaltação da esposa do cantor, mas acabada sendo apenas uma coleção de frases com a mais pura vergonha alheia. E para piorar, Justin entrega uma performance tão forçada em ser cool que soa como sendo irritante e automática. Além dos incêndios devastadores na Austrália e o perigo de um confronto mundial, o ano de 2020 começa com essa bomba chamada Yummy. Nada bom.
nota: 4

Single do Ano - Votação

A terceira disputa para Single do Ano será a batalha das parcerias com o sucesso de Señorita dos pombinhos Shawn Mendes e Camila Cabello contra o hit internacional de Con Altura da Rosalía e do J Balvin com a participação de  El Guincho. Votem!


1 de janeiro de 2020

Kesha Just Wanna Have Fun

My Own Dance
Kesha

Está cada mais claro que a nova fase da Kesha é para a cantora simplesmente se divertir como se fosse o seu primeiro álbum. E assim que soa a legal My Own Dance.

A canção é uma inusitada e divertida dance-pop com pop rock que consegue criar uma instrumentalização completamente sua. Não é nem de perto um trabalho parecido com o pop que a mesma entregava no começo da carreira, mas My Own Dance tem um charme único que combina com a personalidade da cantora. O problema da canção é a sua composição que, apesar do tema empoderado sobre não ter medo de ser quem é, apresenta um trabalho meio repetitivo e com pouco apelo pop. De qualquer forma, ouvir a cantora se divertido assim é algo gratificante. 
nota: 7

Sem Comparações

Solita
Kali Uchis

Quando escutei pela primeira vez o novo single da cantora Kali Uchis pensei que para essa resenha teria que comparar o mesmo com o trabalho da Rosalía. Entretanto, um pouco mais de reflexão cheguei a conclusão que isso seria um imenso equivoco, pois, primeiramente, as duas cantoras tem personalidades bem diferente, apesar de algumas semelhanças, e, em segundo lugar, ficar comparando mulheres é algo bem patético quando não é para acrescentar em nada. E é por isso que Solita merece ser descoberto por seus próprios méritos.

Além de ter ganhando destaque bem antes da Rosalía, Kali Uchis apresenta em Solita uma sonoridade bem diferente que a espanhola vem mostrando. O single é uma mistura gostosa de latin pop com R&B, criando uma batida equilibrada e cativante. Mesmo não sendo exatamente o trabalho mais original, a canção é uma refrescante visão sobre o latin pop. O seu único erro é não ter um clímax adequado, deixando a canção linear demais para um trabalho tão bem amarrado. Felizmente, Solita refinada e que sabe muito bem misturar espanhol com inglês para descrever o famoso "melhor só que mal acompanhada". A única comparação que faço aqui é fato da Kali Uchis deveria receber o mesmo reconhecimento que a Rosalía.
nota: 7,5






Feliz 2020!