Simmer
Hayley Williams
Com mais de dez anos com dez anos de blog é difícil realmente me deixar de boca aberta, mas de vez em quando isso acontece. E para isso acontecer é preciso que as estrelas estejam alinhadas de uma forma única como é caso dos primeiros singles da carreira solo da Hayley Williams, vocalista do Paramore.
É necessário dizer que a surpresa não é do fato que a cantora está entregando ótimas canções, pois a mesma já tinha comprovado esse talento nos últimos anos com o lançamento dos últimos álbum do Paramore. E isso por si só já foi um momento de cair o queixo, especialmente ao comparar com os primeiros trabalhos da banda. O grande susto com os trabalhos solos é qual a sonoridade que a cantora decidiu seguir para a sua carreira solo ao ir do indie pop/pop rock/ pop para uma sonoridade mais rock, alternativo e com uma pegada sombria. Todavia, a grande surpresa não é somente a forma, mas, principalmente, a qualidade dos dois primeiros singles da carreira da Hayley.
Logo nos primeiros acordes de Simmer já pode se perceber que a canção é algo que demanda a sua atenção, resultando em um experiência que transita do inspirador ao claustrofóbico. E isso, leitores, é algo extremamente positivo. Sonoramente, o single é um maduro e dark indie rock/pop que tem na sua batida discreta o ponto certo para criar uma canção poderosa. Sem nenhum arrombo sonoro, mas com uma batida contida e complexa, Hayley consegue envolver quem ouve em uma viagem poderosa ao criar uma sensação que estamos diante de uma verdadeira art pop. Falta um pouco ainda para tal feito, mas isso tem todas as possibilidades de acontecer se a cantora continuar nessa messa pegada. Ainda mais com uma composição tão impressionante como a de a Simmer: uma crônica adulta e inteligente sobre raiva que, nas entrelinhas, fala sobre relações de abuso e empoderamento. Apesar de qualidade ouvida, um leve sinal amarelo aparece em Leave It Alone.
Não acredite que a canção seja ruim, pois Leave It Alone é ótima. O problema é que a canção transparece mais do que o necessário as influências da cantora. Nesse caso, Leave It Alone é uma versão light de uma canção do Radiohead. Claro, você entregar uma canção que seja comparada uma das bandas mais importantes de todos os tempos não é nada ruim, mas o problema é que Hayley e a produção deveriam ter encontrado uma maneira de dar mais personalidade para a canção, principalmente na sua econômica, mas significativa composição que deixa mais claro essa semelhança. Felizmente, como dito anteriormente, o resultado é bem acima da média em uma melancólica canção indie rock/pop sobre se o amargo sentimento de perda de quem a gente ama. Amadurecendo como cantora, Hayley entrega nas duas canções performances seguras e com uma personalidade em pleno desenvolvimento. Sinceramente, nunca poderia acreditar que um dos trabalhos mais aguardados de 2020 seria o da Hayley Williams. E isso é realmente de ficar de boca aberta.
notas
É necessário dizer que a surpresa não é do fato que a cantora está entregando ótimas canções, pois a mesma já tinha comprovado esse talento nos últimos anos com o lançamento dos últimos álbum do Paramore. E isso por si só já foi um momento de cair o queixo, especialmente ao comparar com os primeiros trabalhos da banda. O grande susto com os trabalhos solos é qual a sonoridade que a cantora decidiu seguir para a sua carreira solo ao ir do indie pop/pop rock/ pop para uma sonoridade mais rock, alternativo e com uma pegada sombria. Todavia, a grande surpresa não é somente a forma, mas, principalmente, a qualidade dos dois primeiros singles da carreira da Hayley.
Logo nos primeiros acordes de Simmer já pode se perceber que a canção é algo que demanda a sua atenção, resultando em um experiência que transita do inspirador ao claustrofóbico. E isso, leitores, é algo extremamente positivo. Sonoramente, o single é um maduro e dark indie rock/pop que tem na sua batida discreta o ponto certo para criar uma canção poderosa. Sem nenhum arrombo sonoro, mas com uma batida contida e complexa, Hayley consegue envolver quem ouve em uma viagem poderosa ao criar uma sensação que estamos diante de uma verdadeira art pop. Falta um pouco ainda para tal feito, mas isso tem todas as possibilidades de acontecer se a cantora continuar nessa messa pegada. Ainda mais com uma composição tão impressionante como a de a Simmer: uma crônica adulta e inteligente sobre raiva que, nas entrelinhas, fala sobre relações de abuso e empoderamento. Apesar de qualidade ouvida, um leve sinal amarelo aparece em Leave It Alone.
Não acredite que a canção seja ruim, pois Leave It Alone é ótima. O problema é que a canção transparece mais do que o necessário as influências da cantora. Nesse caso, Leave It Alone é uma versão light de uma canção do Radiohead. Claro, você entregar uma canção que seja comparada uma das bandas mais importantes de todos os tempos não é nada ruim, mas o problema é que Hayley e a produção deveriam ter encontrado uma maneira de dar mais personalidade para a canção, principalmente na sua econômica, mas significativa composição que deixa mais claro essa semelhança. Felizmente, como dito anteriormente, o resultado é bem acima da média em uma melancólica canção indie rock/pop sobre se o amargo sentimento de perda de quem a gente ama. Amadurecendo como cantora, Hayley entrega nas duas canções performances seguras e com uma personalidade em pleno desenvolvimento. Sinceramente, nunca poderia acreditar que um dos trabalhos mais aguardados de 2020 seria o da Hayley Williams. E isso é realmente de ficar de boca aberta.
notas
Leave It Alone: 8
Simmer: 8,5
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